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Capítulo 1

"Estou acordando...
Eu sinto isso em meus ossos,
o suficiente para fazer meu sistema explodir. Bem-vindo à nova era, à nova era..." - Radioactive / Imagine Dragons

O ar frio pairava sobre as árvores do cemitério naquela manhã de domingo. Dominick estava vestido de preto e descansava embaixo de uma daquelas árvores enquanto esperava Ellen. A garota chegou alguns longos minutos atrasada, também vestida de preto.

- Demorou - Dominick disse, com aparente chateação.

- Desculpa - Ellen respondeu, sentando-se ao lado dele. - Eu sinto muito pelo que aconteceu - completou devagar.

O rapaz olhou para ela, abriu a boca para dizer algo, mas por fim, apenas riu. Ellen franziu a testa.

- Dominick! Ele era seu pai - ela disse, fazendo o jovem rir mais.

- Não vai me fazer falta.

- Como não?

A garota realmente não entendia como o rapaz podia ser tão frio em relação a tudo que havia acontecido ao seu pai.

- Só não vai me fazer falta, Ellen. Apenas isso - ele disse olhando profundamente nos olhos dela, com uma sinceridade que a assustou. - Você trouxe tudo que vamos precisar?

Ellen suspirou, e abriu a mochila que trazia nas costas. Tirou duas lanternas de dentro e uma corda grande. Não sabia se precisaria daquilo, mas achou melhor trazer. Depois tirou de dentro da mochila algumas chaves. Dominick sorriu ao olhar para elas.

- Boa menina - disse, pegando as chaves da mão de Ellen.

- Preciso devolvê-las pro armário do vovô ainda hoje, Nick... Ele não quer que ninguém se aproxime daquela casa. Dizem que é amaldiçoada. - Ellen sussurrou as últimas palavras. Ela estava com medo.

Naquela noite ela e Dominick iriam até a casa do outro lado da rua. Era um lugar perigoso, segundo as crendices da vizinhança.

A casa pertencia a família de Ellen. O avô perdeu a esposa e suas duas filhas naquela casa. Tinha sido numa noite de sábado. Ninguém nunca soube o que aconteceu de fato, mas o que se sabe é que a mulher esfaqueou as duas filhas e depois fez o mesmo consigo mesma. O avô de Ellen não estava em casa quando aconteceu e nem a menina que ainda era uma criança na época.

- Nick...

- O que foi, Ellen?

- Eu estou com medo.

Dominick riu. Levantou-se do chão e pôs as chaves da casa no bolso da calça jeans preta. Pegou a mochila que Ellen havia trazido e pôs nos ombros.

- Não precisa vir comigo se não quiser.

A garota levantou-se do chão também e suspirou. De maneira nenhuma ela deixaria o rapaz entrar sozinho na casa. E se acontecesse alguma coisa com ele? Por mais que Ellen estivesse com medo ela não deixaria Dominick ir sem ela.

- Eu vou com você - ela disse baixinho.

Dominick sorriu e andou por entre os túmulos devagar. Ellen foi logo atrás. Seus pensamentos estavam meio conturbados, mas ela não podia fraquejar agora. Por mais que estivesse com medo ela iria aonde Dominick fosse, afinal foi isso que prometeu ao pai dele um pouco antes dele morrer.

★★★

Era noite e Ellen estava em seu quarto apenas esperando o sinal de Dominick para sair e encontrá-lo do lado de fora. Às 19h20 ele mandou uma mensagem de texto dizendo que já estava esperando-a.

A garota suspirou e após colocar o celular no bolso da calça saiu do quarto. Encontrou o avô cochilando no sofá da sala. Na televisão passava um telejornal local. Ellen pensou em desligar o aparelho, mas se o fizesse ela acordaria o idoso então ela saiu sem fazer isso. O ar frio da noite a recebeu de braços abertos e ela sentiu todos os pelos do seu corpo se eriçarem. Atravessou a rua e depois de andar um pouco parou em frente a casa onde ela e Dominick entrariam naquela noite. Ele estava esperando-a com as mãos nos bolsos do casaco.

- Você tem certeza que quer fazer isso? - Ellen perguntou sentindo seu coração pulsar de medo só de pensar em entrar na casa.

Dominick fez que sim com a cabeça e depois de tirar a mochila das costas abriu-a e entregou uma lanterna para Ellen. A garota não pôde deixar de tremer ao segurar a lanterna em mãos. Dominick revirou os olhos ao notar o nervosismo da menina e, depois de pegar sua própria lanterna, fechou a mochila e a pôs nas costas de novo.

Ellen olhou para a casa quando Dominick começou a subir os degraus que davam até a entrada. De noite a casa parecia ainda mais assustadora. Ela estava com medo. Fora ali naquela casa em que sua mãe e sua tia foram esfaqueadas até a morte. Se ela não estivesse fazendo festa do pijama na casa de sua amiga talvez ela estivesse morta também. Será que sua avó teria coragem de matar uma criança de apenas cinco anos? Ora, que bobagem! É claro que teria.

- Você não vem?

Dominick estava olhando para ela enquanto a esperava. A garota balançou a cabeça para afastar os pensamentos sobre o passado e subiu os degraus um a um até parar diante do rapaz. Ele sorriu para ela quando tirou as chaves do bolso e balançou-as no ar.

- Sempre quis fazer isso - ele falou com uma risada.

Ellen se perguntava se ele não estava nem um pouco triste pela morte do pai. Ela nunca teve um, então não sabia como era a sensação de perder. Mas deveria doer, não?

- Nick... - gaguejou ela.

O rapaz estava procurando a chave certa para abrir a porta e não lhe deu atenção.

- Nick, eu acho que seria melhor a gente...

- Abri! - Dominick riu, sentindo-se vitorioso e começou a entrar na casa devagar.

Ellen não teve outra escolha a não ser entrar na casa junto com ele. Seu coração estava tão acelerado que ela podia jurar que Dominick conseguia ouvir em alto e bom som, mas mesmo assim ela o seguiu com as mãos tremendo enquanto segurava a lanterna. Havia muita poeira e teias de aranha por toda a casa. Ellen acreditava que ninguém ia ali. A casa já estava fechada a mais de dez anos. Talvez caindo aos pedaços.

- Nick... - Ellen sussurrou.

Dominick havia ouvido a menina falar seu nome com a voz tremida, mas ele a ignorou. Estava fascinado pela casa. Tudo ali era velho e desgastado pelo tempo, mas ainda assim era lindo. Bom, pelo menos ele achava aquilo lindo. Ellen por outro lado estava tremendo de medo. Ela acreditava nas crendices da vizinhança sobre haver algo maligno naquela casa. E ela estava certa em acreditar.

Dominick começou a mexer nas gavetas ali naquela sala e em seguida começou a subir as escadas já que não havia achado nada de interessante naquele cômodo. Ellen não queria subir as escadas. Aquela casa era velha, fazia anos que não via uma reforma. Era perigoso subir até o andar de cima. Mas ela não queria ficar sozinha ali naquela sala por isso ela subiu atrás de Dominick.

- Não tem nada de interessante aqui nessa casa - profere o rapaz, enquanto subia as escadas com aparente decepção.

Mas, no fundo de um dos quartos no andar de cima, uma música começou a ser tocada em um velho piano.

- Que merda é essa? - Dominick subiu o último degrau da escada e parou no corredor enquanto Ellen segurava na manga do casaco do rapaz. Ela estava com medo e isso era evidente pela maneira que seu coração batia forte contra o peito dela.

- Vamos embora daqui, Nick.

O rapaz não deu ouvidos para a garota. Ele queria saber de onde vinha aquela música. Dominick não conhecia muito de música clássica, mas ele sabia que aquela era uma. Für Elise? Sim, era. Seu pai costumava tocar essa música logo cedo pela manhã aos sábados e domingos. Apesar de que as notas não estavam saindo perfeitas ele ainda reconhecia aquela música.

- Você está ouvindo o mesmo que eu, Ellen? - perguntou para a garota que tremia ao seu lado, agarrando-se cada vez mais forte ao seu casaco.

- É o piano, Nick... Minha avó costumava tocar para nós em datas comemorativas.

Ellen estava gaguejando. Talvez o rapaz não tivesse entendido muito bem o que ela havia dito. A música já havia cessado a alguns segundos, mas Dominick ainda queria ver quem estava tocando. Então ele se aproximou de cada porta até parar diante de uma que estava entreaberta.

- Quero ver quem está aqui, Ellen.

- Não, por favor. Vamos embora.

Dominick não queria ir embora. Sua curiosidade era maior que qualquer vestígio de medo que ele pudesse ter. Então ele abriu a porta do quarto com um chute e usou a lanterna para iluminar o quarto totalmente escuro. Havia um piano velho do lado de uma cama antiga. Não havia ninguém tocando-o. Mas, ao contrário dos outros móveis, ele estava descoberto e isso fazia Dominick acreditar que havia alguém tocando aquele piano ali naquele quarto. Se ele soubesse, se ele ao menos soubesse disso, ele não teria entrado ali e deixado Ellen sozinha no corredor.

- Por favor, vamos embora - Ellen pediu novamente. Dessa vez com a voz chorosa. Ela estava com muito, muito medo. Estava na porta enquanto olhava para todos os lados embora não estivesse vendo muita coisa.

Dominick parou de prestar atenção no piano e virou para olhar para Ellen bem a tempo de ver alguém se aproximar da garota. Era um mendigo? Pelas roupas parecia ser um. Ele a agarrou por trás fazendo a garota soltar um grito agudo.

- Dominick! - ela exclamou.

O rapaz se viu dominado por uma força interior. Algo mais forte que ele. Era a força do ódio, afinal aquele homem estava tocando no corpo da sua garotinha. Ele moveu-se dali com uma rapidez e uma fúria tão extrema que se o homem que apalpava o corpo de Ellen tivesse percebido a teria largado ali mesmo e corrido para longe.

- Larga ela! - gritou para o mendigo. Sua raiva estava estampada em seu rosto e em sua voz, mas estava escuro e o mendigo estava bêbado demais para notar.

Ele continuou apalpando o corpo de Ellen enquanto a garota chorava. Isso fez Dominick sentir mais raiva. Afinal, quem aquele homem pensava que era pra tocar em sua menina desse jeito?

- Eu falei pra você soltar ela, seu inútil!

Dominick pegou uma barra de ferro que estava sobre uma cômoda empoeirada e se aproximou do mendigo que apenas riu e passou a apalpar os seios de Ellen que se debateu ao sentir aos mãos dele sobre eles.

Talvez aquele homem não acreditasse que Dominick tivesse coragem de fazer algo contra ele, talvez ele achasse que o rapaz não faria nada além de ameaçá-lo, mas ele estava errado. Dominick estava com raiva. Ele faria qualquer coisa para defender Ellen. E foi naquele corredor escuro em que o rapaz cometeu o seu primeiro crime. Ele poderia apenas ter empurrado o homem e deixado-o desacordado, porém ele estava com muita raiva para fazer apenas isso. Estava dominado por uma fúria que não podia e, talvez nem quisesse, controlar.

Então ele desferiu inúmeros golpes na cabeça do mendigo com a barra de ferro. Ele não estava ouvindo a voz de Ellen gritando para que ele parasse, nem os gemidos do mendigo pedindo misericórdia. Só quando ele viu a quantidade de sangue no chão empoeirado da casa é que ele parou se afastando do corpo do homem e olhando para Ellen, finalmente a ouvindo.

Aproximou-se da menina e pôs as mãos ásperas no rosto dela, depois a abraçou devagar. Ellen só queria ir embora. Aquela casa não lhe trazia boas recordações e ela esperava que o rapaz entendesse isso. Ela estava com medo e naquele momento enquanto ela olhava para o corpo do mendigo no chão, ela nem se importava mais com as histórias que contavam sobre a casa. Ela só queria esquecer que tudo aconteceu, porém aquilo ainda iria lhe pertubar por muito tempo.

Dominick segurou na mão de Ellen para sair dali. A mão da garota estava fria e suada. Ele olhou para ela por um instante e em seguida começou a descer as escadas ainda segurando sua mão. Os dois jovens nem notaram quando algo surgiu da poça de sangue e fixou os olhos vermelhos neles enquanto desciam as escadas.

Quando eles já estavam do lado de fora da casa Ellen abraçou o rapaz. Dominick retribuiu o abraço da menina de maneira desajeitada e em seguida sorriu para ela. Um sorriso torto. Um sorriso que por alguma razão fez Ellen sentir medo. Dominick estava sujo de sangue. Havia acabado de matar alguém, mas ele parecia não se importar com isso. Então Ellen se afastou dele e seguiu para sua casa sem olhar para trás e sem nem ao menos lembrar de pegar as chaves da casa com ele.

Dominick não queria que Ellen sentisse medo dele. Ele não queria ver aquele olhar assustado no rosto de sua garotinha, mas sempre tinha sido assim. Ela era um anjo e ele um demônio condenado ao inferno. Ele sabia o seu destino e sabia também o dela. Ele caminhou pelas ruas desertas, apesar de ainda ser muito cedo, e finalmente chegou em sua casa. Um casebre caindo aos pedaços. Ele morava ali sozinho desde que seu pai expulsou-o de casa um pouco antes de morrer. Dominick não queria voltar para sua antiga casa. Seu pai não queria ele lá e apesar de não ser um homem que obedecia as regras ele queria respeitar a vontade de seu pai pelo menos uma vez em sua miserável vida.

★★★

Bom, eu estou ciente dos erros, então em breve eu irei revisar.

Não seja um leitor fantasma. 👻

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