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37. Cascata vermelha

São nas alturas melancólicas de uma cascata onde há o despejar das almas. As águas geladas em um transe, descem vertiginosas, notificando o fim de uma existência miseravelmente falha. Se a cachoeira onde Mendes imaginava-se se avermelhasse, seria o sangue escuro que jorra do corte no coração do líder daquela Seita — violento... visceral, como sua vida foi.

Em corpos tombados, O protagonista acompanha o jovem que matou seu amigo agachar-se sobre Eldric sem chorar. Era uma ausência de luto incomoda entre pai e filho, enquanto Mendes sentia-se em uma manhã de névoa onde as águas citadas transformam-se em lágrimas claras e puras, que turvavam os olhos inconformados pela perda e pelo inimaginável. As lágrimas queriam traga-lo de inexplicáveis sensações. Descendo, espiralando junto ao líquido da cascata não literal que explodiam em ensurdecedores tiros.

E na perda ascendeu-se nele as emoções, e um amargo gosto de ira, que assemelhava-se ao sangue que escorria dos lábios, deixando-o faminto por algo, e esse algo era vingança. Paralisado de joelhos, os dedos de Kaimbe, que evitara o tiro de Eldric, lhe tocaram tentando puxar seu corpo para longe das mortes, porém seu próprio peso não permitia ser levado. A gota de seu sangue escorreu mais uma vez pelo nariz e engoliu a lágrima que descia na gravidade. Ambas as águas, de sangue e da tristeza se misturaram na mesma cascata de dor e ira.

Já o jovem assassino, que bem poderia ostentar chifres do diabo, beija a mão do moribundo de próprio sangue, buscando em seu pescoço um colar. Quando o tirou, era o símbolo pertencente ao guardião que seu pai fora. Os dedos serviram de esconderijo para o objeto enquanto se alienava aos tiros trocados por seus aliados, e alienava-se por Mendes que o reparava como um cão cujo osso foi roubado.

O semblante de Mendes era lamentável e poderiam pensar nele como um pobre coitado, talvez até fosse, mas não por estar agora se jogando sobre o corpo do amigo morto. Coitados seriam os inocentes que não percebiam que a cada tentativa de afastar-se de Kaimbe ele se aproximava cada vez mais da arma que havia caído a lado de Paulo. E na volta de um dos puxões, ele tomou impulso suficiente para agarrar-se a ela.

Um Perpétuno o capturou nessa ação, se tornando vítima nas mãos de Mendes que apertou o gatilho e disparou sem remorso, sabendo que outro também não teria pena por ele. O filho de Eldric com o susto do tiro se levantou com a corrente do colar balançando nas mãos. Mendes o mirou, e pouco importava sua idade, esse garoto matou Paulo e merecia morrer como o pai.

Porém, um seguidor da Seita que se encontrava próximo percebeu e, empurrou o guardião em direção a carruagem. O monstro que tomava posse de Mendes não o perdoaria pela intromissão e atingiu esse salvador que na teoria não deixaria o descendente de Eldric morrer.

A mão que o puxava tornou-se quatro, e ele viu, meio apagado pela própria perda de controle, Isadora também ajudando Kaimbe a puxá-lo dali. Isso não o fez parar de apertar o gatilho, ele continuava a ver os Perpétunos caírem. Todos pareciam desesperados e recuavam pela surpresa que a morte lhes fazia. Esse medo poderia muito bem ter sido somente por sua atitude feroz de cão raivoso, mas perceberia em seguida que também eram por causa das balas que vinham de alguém na multidão, uma pessoa que atuou no assassinato de Eldric. Que mesmo sem ter rosto, mudou o seu destino.

De seus olhos viu um borrão fugir assustado, era o novo guardião do tempo que se levantara. Aquilo inflamou mais ainda a raiva de Mendes. Com o coração pulsando, ele clamava aos seus companheiros, a voz enlouquecida desejando por vingança.

— Deixem-me! Deixem-me acabar com ele!

Kaimbe e Isadora não pararam, arrastando Mendes cada vez mais longe da possibilidade de alcançá-lo. Além disso, a angústia de deixar o corpo de Paulo para trás crescia mais dentro ele.

Em um momento suas palavras pareceram finalmente encontrar ouvidos receptivos, pois sentiu o puxão cessar abruptamente. Respirando forte e com os olhos molhados, pensou ter conseguido convencer seus amigos da importância de seu pedido, mas a realidade era outra. Eles pararam apenas por causa do elegante lembrado como Antônio Soares que estava agachado, alguns metros da carruagem, totalmente em choque.

— Venha com a gente! — pediu Isadora.

Ao redor, mesmo que os Perpétunos tivessem se dispersado, os rebeldes não desapareceram, atirando contra qualquer um que achassem suspeito.

— Não vou! — exclamou, rejeitando a oferta de Isadora. — Não vos conheço!

Kaimbe apertava o braço de mendes que se debatia atrás do diálogo ao mesmo tempo em que um dos cavalos de Soares foi baleado, o mesmo guinchou próximo a carruagem e depois tombou. As cordas do bicho tensionaram e se retorceram enquanto o outro cavalo, agitado em pânico, começou a se debater violentamente.

— Precisa levantar-se! — Isadora agachou-se ao lado do homem que tapava os olhos com os braços. — Vai morrer aqui.

— Não posso...

— Por Amana, nós que vamos morrer com esse homem! — Kaimbe pestanejou.

— Solte-me, Kaimbe! — Mendes respirou um ar gelado e com um olhar severo encarou Kaimbe. — Solte-me agora! Não irei fugir.

— Como posso saber?

— Dou minha palavra a você.

— É o suficiente?

— Deveria ser.

— Não faça isso! — gritou Isadora.

Porém, suas palavras chegaram um segundo tarde demais. Kaimbe já havia afrouxado seu aperto, e Mendes havia aproveitado para se livrar. Ao ver que Mendes já estava livre, Isadora fechou a boca, engolindo os protestos.

Mendes marchou diretamente em direção a ela e ao homem ainda agachado e o agarrou-o pelo braço tentando puxá-lo para cima. — Levante-se agora!

O receptor gaguejou, olhando de repente para os olhos de Isadora que não trouxeram respostas. De repente ele pareceu assustado, como se não tivesse outra escolha. O olhar que Mendes o fez ceder o braço e se levantar apressado. Um de frente para o outro, Mendes verbalizou seu plano ao homem:

— Precisamos dar a volta e chegar até os nossos cavalos, está me ouvindo?!

— Sim... nã-o... não. Não sei!

— A resposta é sim. Você não tem escolha, infelizmente! — Sem paciência, Mendes agarrou o rosto do homem, forçando-o a andar em direção a uma ruela composta por casas coloridas e paralelas. — Vamos!

— O que você está fazendo? — Isadora, processando, hesitou e andou na mesma direção que eles andavam. — Deveríamos ir embora de uma vez, você... você acha que os cavalos ainda estão lá? Com todo esse tumulto... está tudo bem com vo...

— Paramos longe do tumulto com os cavalos, lembra? Eles devem estar bem — Mendes a cortou sem diminuir o andar — E não pergunte se estou bem, está nítido que não.

Tensos e relutantes Kaimbe e ela seguiram-no pela ruela. Caminhando a frente, o homem com o braço preso indagou. — Vocês vão dizer o que vão fazer comigo?

— Tirar você do perigo está bom para você? — diz Mendes olhando para trás, vendo se não eram seguidos. — Aqui ninguém quer te machucar... por mais que você, Antônio Soares e sua empresa, mereçam afundar.

— Espera aí! Antônio Soares. Você me chamou de Antônio Soares? Não acredito, está me confundindo!

Mendes parou bruscamente. — Como é meu senhor?

Kaimbe limpou os olhos e lambeu os beiços por trás do grupo. — Eu tinha razão então?... Fizemos todo esse caminho por nada?

— Não, não. Eldric não estavam com ele à toa — Mendes balançou a cabeça, recusando-se a aceitar. Ele olhou para o homem em desespero. — Você tem que ser ele!

— Não, por favor. — O homem levantou as mãos trêmula. — Você deve estar me confundindo com meu irmão. Eu sou Manoel... Manoel Francisco Soares. — Ele olhou para a arma ainda na mão de Mendes engolindo o ar. — Por favor, deixe-me ir, eu não sou quem você procura.

— Não, não. Mas, se você é irmão dele. Sabe onde ele está.

— O que vocês querem com ele?

— Conversar e... talvez pegar informações.

Manoel abaixou a cabeça nervoso. — Conversar? Isso é mentira.

— Digo a verdade. — Mendes olhou ao redor mais uma vez.

— Vocês devem querer outra coisa. Podemos negociar

— Não queremos o dinheiro dele, se é isso que está pensando. — Mendes fez um sinal para que ele voltasse a andar. — Eu sei das coisas que a empresa dele tem feito, das casas derrubadas, das famílias desalojadas. Mesmo assim, não estamos aqui para isso.

— Mas é exatamente por isso que estou aqui. Ou acha que concordo com tudo isso?

O grupo alcançou o fim da ruela, e Mendes quase pulou quando Kaimbe, com um olhar preocupado, indicou não encontrar a saída, apenas um muro alto e branco bloqueando o caminho. Porém, Isadora apontou para um buraco estreito na base do muro que parecia ter sido feito por moradores.

— Então você não trabalha para o seu irmão? — Mendes perguntou enquanto seguiam em direção ao buraco.

Manoel negou com um gesto brusco, quase com nojo. — Não, nunca. Estou aqui para tentar impedi-lo. Ele e a mulher com o projeto Várzea não ligam se vão deixar gente desabrigada. Estou tentando parar isso, ou ao menos retardar.

Ao passarem pelo buraco, chegaram a uma viela que, provavelmente, foi usada para fugir do tiroteio. Manoel virou-se para Mendes e continuou sua frustração. — Aproveitei que por algum motivo eles decidiram não vir hoje. Deu-me um pouco mais de coragem para tentar fazer algo.

— Eles podiam saber da rebelião e por isso não vieram — Isadora fez uma acusação parecida com a de minutos antes.

— Todos nós sabíamos que haveria protestos, mas não dessa proporção, isso não tinha como saber.

"A não ser que você tenha uma ampulheta do tempo". E só o fato de Manoel não ter considerado essa possibilidade, já demonstrava a Mendes que muito provavelmente desconhecesse a relíquia usada na família. Depois do que Isadora especulou, Mendes também considerou várias possibilidades. "Será que não avisaram Manoel sobre ela porque queriam vê-lo morto, já que ele era contra os negócios? E se não fizeram nada porque sabiam que ele ficaria bem? Será que já sabiam a respeito de mim, de Isadora e Kaimbe, ou eles não sabem de nada ainda?" Ele torcia para que fosse a última. Não apenas por uma questão de menor resistência, mas menos complicação em lidar com eles quando os confrontasse, sem alterar drasticamente os planos do grupo.

Virando à esquerda numa rua mais ampla e mais afastada da baderna, Mendes falou para Manoel. — Difícil lidar com algo desse tamanho causado pela própria família. Da mesma forma que você tem seus motivos, eu também tenho os meus. Você pode escolher confiar em nós ou não, mas precisamos encontrá-los. Se tentar nos impedir, vai ser pior para você.

— Não, não. Eu... Eu não farei nada. Não sou estúpido.

Palavras de quem presenciou o homem matar falsos seguranças e sair vivo. Nem Mendes acreditava ser capaz de tudo aquilo, era como se não fosse ele, mas era o que tinha que ser. Era isso que seu corpo em chamas de ódio, tristeza e indignação conseguia ser.

Andando mais um pouco em um caminho mais familiar, conseguiram encontrar os cavalos amarrados e, como Mendes esperava, nada havia mudado. Estavam de pé, tranquilos, aguardando serem soltos novamente. Isso o aliviou mais um pouco, embora o peso em seu coração não diminuísse em nenhuma batida.

~-~⌛️~-~

O quarteto seguiu a cavalo, com Mendes conduzindo e Isadora mantendo a retaguarda enquanto, à frente, Kaimbe galopava com Manoel na carona. Assim, permitia a Mendes manter um olho sobre ele, cuja lealdade ainda podia ser questionada.

O grupo escolheu evitar as ruas mais movimentadas da cidade, cavalgando por caminhos mais isolados e menos iluminados que serpenteavam até a residência de Aurélia Menezes e Antônio Soares. Essas ruas laterais e passagens menos conhecidas faziam o trajeto parecer ainda mais longo do que o que de fato seria.

No decorrer da direção, Manoel expressou sua desconfiança quanto ao resultado da visita. Ele estava bastante preocupado com a possibilidade de a situação se tornar volátil, com medo das intenções do trio. Contudo, o grupo tinha uma visão clara: precisavam dessa reunião, independente das consequências. Insistiram que revelar suas verdadeiras identidades de antemão poderia fechar as portas para qualquer diálogo, algo que eles não podiam permitir.

Manoel, embora demonstrasse não gostar do casal rico, mostrava-se relutante em colocá-los em perigo direto. Ele tinha um senso de dever que o impelia a proteger, mesmo contra sua vontade. Após muita discussão e garantias. Mendes e ele acabaram por selar um acordo simbólico que acalmaria seus nervos no momento decisivo. Com isso, restava apenas que o plano de entrar desse certo.

Ao mesmo tempo, a todo momento Mendes se recordava do tiro que Paulo levara em flashes perturbadores. Pelo menos não se culpou pela morte, e conseguiu ser grato, por ter tido Paulo todo esse tempo a seu lado. Em algum momento pensou em usar a ampulheta para trazê-lo de volta assim que a encontrasse, mas lhe veio a lembrança de como a utilização do objeto causou coisas ainda piores. Mesmo com todas as certezas e maturidade que acreditava ter, ainda assim, não conseguia se livrar do pensamento de revanche e ódio, e esse sentimento também lhe doía causando tristeza, fazendo os sentimentos voltarem num ciclo. Desde que Paulo morrera não sentia nem mais a presença de Arthur, talvez esse também estivesse morto ou talvez tenha mudado e ficado irreconhecível como ele.

Seus pensamentos voaram até uma das vias mais exclusivas da cidade, até uma propriedade que exalava a opulência, a moradia do poderoso casal de Várzea. Na frente, um portão de ferro forjado que se abria para um jardim que era uma ode à ordem e à beleza, com canteiros geométricos repletos de flores e caminhos de pedra que levavam até uma casa branca majestosa.

Conforme o plano, Manoel se aproximou da entrada, enquanto Mendes e os outros mantinham-se discretamente ao lado do muro, ocultos. E Manoel, com um rosto contido de ansiedade com uma dose de confiança, chamou por uma das empregadas que diligentemente regava as rosas multicoloridas no jardim.

Ao vê-lo, ela sorriu amplamente em sua direção. — Sr. Manoel! — ela exclamou, enxugando as mãos no avental antes de se aproximar mais rápido. — Que bom vê-lo hoje! Como o senhor está?

— Poderia estaria melhor para falar a verdade — respondeu ele. — Preciso falar com Antônio. Você poderia, por favor, chamá-lo para mim? É importante.

— Claro, Sr. Manoel. — A empregada balançou a cabeça prontamente para depois desaparecer na grandiosa estrutura.

Manoel acenou levemente para Mendes e os outros, sinalizando que a primeira parte do plano estava em andamento. Minutos depois, a empregada retornou, seguida por um homem alto e muito parecido com Manoel que se aproximava vestido de maneira impecável. Esse tinha postura de ser o verdadeiro homem que buscavam desde o início.

— Manoel! Queria poder dizer que é uma agradável visita, mas... — Ele vasculhou o rosto do irmão buscando pistas. — Por que disso agora?

— Por quê? Já ouviu sobre o tumulto que a sua empresa causou hoje?

— Eu sempre soube que poderia acontecer algo, por isso os seguranças. Se eles falharam em controlar a situação, isso realmente é lastimável.

— Lastimável não é a palavra que eu usaria. É desastroso. Pessoas perderam tudo. Não é apenas um contratempo nos seus negócios!

— Parece que você não vê que temos um projeto grande e estruturado que vai beneficiar toda cidade a longo prazo. Esses efeitos colaterais que você citou vão acontecer. E não adianta pará-los assim, vamos continuar a crescer, com ou sem você.

— Acredita que o fim justifica os meios, mesmo que esses meios destruam os outros?

— Manoel, pare de ser idealista. Parece até que você torce contra os interesses dos Soares. Você deveria estar na linha de frente comigo, não contra mim.

— Não fale asneira. Sei a diferença entre o certo, errado e o lucrativo. E se eu for pelo certo, jamais apoiarei seus métodos!

— E é por isso que mesmo sendo meu irmão inteligente como é, ainda assim colocaria a empresa no nome do meu descendente, para respeitar as nossas práticas da forma como você não faz. E você... seria apenas o tio idiota, contra todo nosso legado.

— Isso está errado. — Mendes saiu do canto do muro, olhando em seus olhos como se finalmente tivesse encontrado a pessoa desejada em um jogo de esconde-esconde massivo. — E eu não herdaria esse negócio de forma alguma... não do jeito que está.

Antônio virou pescoço enrugando a testa e encarando o novo rapaz que apareceu junto a um casal em seguida.

— E vocês quem seriam...?

— Quem eu seria? — Mendes enrugou a testa igual. — Sérgio Mendes... Na teoria não sou ninguém.

— Então porque está aqui.

— Porque um dia serei alguém de seu interesse... — ele pausou, perfurando os olhos de Antônio. — Seu futuro bisneto, senhor Soares.

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