Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

15. A serpente entre nós

O descontrole tomava a aldeia enquanto pelo ar da manhã, o detetive ouvia o berrante. No centro da praça, um homem segurava o instrumento em uma mão e um arco na outra. A multidão em volta dele crescia a cada instante, com os indígenas saindo de suas habitações para entender o que acontecia, assim como Mendes, parado na beirada.

O cervo que conhecera a tão pouco, estava no chão. Pouco atrás de Mendes, quase oculto por sua sombra, estava Turi, amedrontado, observava seu irmão Iaraú fazer a acusação:

— O caçador matou nosso Jacy-Paraná!

Então a multidão se agitou, com vários olhares irados. Através desse emaranhado de vozes, o caçador agarrado ao solo, levantou a voz em sua própria defesa:

— Eu já disse que não matei o cervo. Não fui eu!

— Você desapareceu durante a noite e reapareceu sorrateiramente enquanto todos dormiam. Momentos depois Jacy-Paraná aparece morto.

— Eu só queria minha arma de volta, seus porcos! — Ele grita, saltando os olhos, desesperados. Sua mão estende-se em direção a um dos homens ali próximo, que segurava a arma dele, facilmente reconhecível.

É neste momento que a voz de Wai'ana se faz ouvir, atravessando o caos com a força de um trovão.

— Iaraú, explique-se. Por que esse alarme? — Ela pede esclarecimentos, mas antes que ele possa responder, seus olhos caem sobre o corpo imóvel de Jacy-Paraná. Seu rosto se acinzenta e a mão leva-se ao peito, um sussurro escapando de seus lábios. — Oh... o cervo...

Na orla do desespero, uma nova pessoa aparece. Isadora, com seus longos cabelos negros e pele morena. Ela caminha até o centro da aglomeração com seus punhos fechados envolvendo um bisturi, caindo o olhar sobre o corpo imóvel do animal e, depois, sobre o caçador, levando-a tampar a boca.

Iaraú ergue o berrante em direção ao céu, expressando pesar. — Jacy-Paraná era nosso símbolo de vida e fertilidade. Sua morte é uma profanação de tudo que consideramos sagrado! Este homem — apontou para o caçador — profanou nossa terra com o sangue de Jacy-Paraná. Ele deve pagar por isso!

Apareceram gritos de aprovação. O medo escureceu os olhos de Joaquim, enquanto se debatia em desespero.

— Eu não fiz nada seu imbecil! Eu não matei o animal!

Wai'ana intervém, levantando uma mão. — Nosso povo nunca se rebaixou ao assassinato como forma de julgamento, Iaraú. É contra nossos costumes, caso não se lembre.

— A não ser que seja para nos defendermos. Deixaremos o assassino de Jacy-Paraná livre e ele cometerá outros crimes.

— Devemos buscar a verdade — disse ela. — Não o derramamento de sangue.

— Não podemos ignorar o que está diante de nossos olhos, mãe.

Iaraú estende a mão em direção ao corpo de cervo pronto para falar, e um silêncio se espalha entre os indígenas.

— Nossa aldeia sempre viveu em harmonia com a natureza. Os animais, as plantas, as águas e os ventos... tudo interligado, e nós somos parte disso. Mas o homem... o homem tem desafiado essa ordem natural.

Com olhar grave, Iaraú faz um gesto amplo com a mão, como se quisesse abraçar todo mundo com suas palavras.

— Olhem ao redor, irmãos. Os rios, que fluíam livres e limpos, estão diminuindo e sendo contaminados. As árvores, nossas irmãs, estão sendo derrubadas e queimadas. Tudo isso é obra deles.

O caçador parece querer protestar, mas o olhar feroz de Iaraú o cala. O homem com o berrante retoma sua fala.

— E agora, temos o assassinato do nosso guardião sagrado. Um crime que, tenho certeza, que é obra deste homem. — disse, apontando para Joaquim. — O que será de nós se permitirmos que essas transgressões continuem impunes?

Enquanto a discussão fervia, Mendes movia-se para além da multidão. O cervo, Jacy-Paraná, chamava sua atenção. Ele chegou perto do corpo, observando os detalhes com cautela, até ouvir uma voz questionadora atrás dele:

— O que você está fazendo aí, forasteiro?

Mendes se virou para enfrentá-lo.

— Tentando evitar outro assassinato. — Ele voltou sua atenção ao corpo de Jacy-Paraná.

Se agachando, seus olhos percorreram alguns detalhes visíveis do animal inerte, sua mão tocando a pelagem. Então, sua palma encontrou um corte incisivo, feito por uma arma afiada.

— Está admirando a obra de seu amigo? Ou procurando um jeito de esconder a verdade? — Iaraú falou, carregando suspeita.

O detetive o ignorou e com um esforço gentil, rolou o corpo do animal de lado procurando outros sinais de lesão. Foi então que seus olhos se arregalaram. Ali, desenhado no solo, estava o símbolo que ele não esperava encontrar outra vez - uma espiral com um raio no centro.

Levou um instante para a ficha cair. Era uma descoberta que jogava uma luz completamente nova sobre o que eles estavam lidando. Se elevando, ele voltou para a multidão que ainda discutia acaloradamente.

— Wai'ana... — Ele chamou urgente. — Acredito que não foi Joaquim quem fez isso. Este símbolo aqui... — Apontou para o chão. — É o mesmo que eu havia desenhado para você ontem.

De repente, uma mudança perceptível percorreu a todos. Os murmúrios e os olhares se voltaram para Isadora, cujo rosto escondia sua preocupação. Tentando manter a calma, ela deu alguns passos à frente, até o centro onde Mendes e o símbolo estavam, e olhou do chão para o detetive.

— Sabemos de quem é esse símbolo...

— Sabe? Quem o fez?

A mão dela vacilou enquanto tentava fazer um movimento que destacasse a figura a baixo.

— Foi uma seita antiga, comandada por um líder, um guardião do tempo.

— Um guardião está fazendo isso?

— O nome dele é Eldric, e todos que fazem parte de sua seita são chamados de Perpétunos. Eles querem a ampulheta e desaparecem com o corpo de qualquer um que atrapalhe, principalmente outros guardiões.

— E o símbolo?

— Foram eles que fizeram. Meu pai... ele era um dos guardiões também. E foi por isso que o mataram. — A voz dela quebrou. — E agora eles estão atrás de mim. Porque eu sou... a próxima guardiã.

Após a revelar, Isadora se aproximou mais dele enquanto as conversas se intensificavam. Com um rosto sombrio, ela sussurrou algo que apenas ele podia ouvir, algo que o fez congelar.

— Arthur, — ela disse. — Lembra quando estávamos no meu quarto, e ouvimos um barulho alto?

Ele piscou, surpreso, mas não deu resposta.

— Eu acho que nisso você derrubou a ampulheta e ela nos trouxe para cá antes da nossa morte.

A reação dele foi instintiva, seus olhos abriram-se como se fossem saltar. Ele recordava a ocasião em que o objeto escapou de suas mãos, antes de tudo mudar.

— Helena... Como...? — Começou, mas Iaraú retomou a discussão

— Veja, isso é exatamente o que eu sempre dizia! — Ele exclamou, exibindo Isadora. — Ela trouxe o perigo para nossa aldeia. Ela é a culpada por tudo isso!

Wai'ana estava pronta para se opor. — Nós somos um povo, Iaraú. Uma família. E família protege os seus. Lutamos juntos. Morremos juntos. Isso é o que significa ser um Wanakaua.

— Não se engane, mãe. — Ele respondeu com uma nota de escárnio na voz. — Ela nunca foi verdadeiramente uma de nós.

— Isadora carrega em si o espírito do nosso povo, compartilha da nossa dor e da nossa alegria. Ela não é a culpada pelo que aconteceu.

O olhar da líder encontrou Isadora, e um aceno imperceptível de solidariedade passou entre elas. E, acima de tudo, de pertencimento.

— Ela é como ele — disse Iaraú — Que até onde sabemos pode fazer parte até da seita dos Perpétunos.

— Iaraú... — interveio Wai'ana. — Chega de acusações!

Mas ele não parecia ouvi-la. Sua atenção estava totalmente concentrada em Joaquim. Mendes pôde ver a raiva na face pintada. Enquanto o caçador, por outro lado, apesar do medo evidente, usou isso como combustível.

— Então agora sou eu o vilão? — Joaquim provocou.

— Sua inocência forjada não engana ninguém.

— Você deveria calar essa boca. — O caçador prosseguiu. — Até porque, talvez o verdadeiro responsável esteja me encarando neste exato momento.

— Você não tem... — Iaraú dizia, mas foi cortado.

— Quem será que é você de verdade, que se considera tão superior a mim. Deixe-me esclarecer algo: eu não sou um pedaço de bosta menos nojento do que você.

Isadora assistiu boquiaberta, vendo Joaquim desafiar abertamente Iaraú. Era como ver uma fagulha se aproximar de um barril de pólvora.

— Eu quero que você diga a todos que estão aqui, índio. Por que você também estava acordado na hora em que tudo aconteceu? Diga quem é realmente o traidor aqui?

Joaquim encarou Iaraú, assim como todos que estavam ali presentes. A floresta parecia ter prendido a respiração esperando por sua resposta. Mas ele não disse nada.

Em vez disso, Iaraú levantou seu arco e, com um movimento rápido, um arrepio passageiro - a flecha foi lançada, diretamente no peito do caçador.

Os indígenas que assistiam, explodiram em protestos. Gritos de choque e descrença, enquanto o caçador agonizava no chão. Com o rosto cheio de uma frieza que fez Mendes estremecer, Iaraú olhou para o caçador agonizante e disse:

— Essa é a minha resposta.

Wai'ana estava paralisada. Os indígenas que seguravam o caçador pela corda agiram rápido. Eles soltaram-no e correram na direção de Iaraú, pegando-o pelos braços e mantendo-o imóvel.

À medida que a cena caótica se desenrolava diante de seus olhos, Mendes se afastou e se ajoelhou ao lado do caçador ferido. O corpo de Joaquim estava encharcado de suor frio, os olhos vidrados e um sangue escuro que manchava o chão embaixo dele.

— Você não tinha o direito! — Wai'ana berrou, apontando um dedo acusador para Iaraú.

— Tudo que eu estou fazendo é para proteger o nosso lar.

A garganta de Mendes se contraiu, vendo a flecha imóvel, esculpida em madeira e pedra.

— Não. Tudo que fez foi atirar em um homem a sangue frio. — Continuou Wai'ana.

Naquele momento, Mendes estendeu a mão e, com toda a delicadeza que pôde reunir, segurou a haste da flecha. Ele podia sentir a pulsação fraca e irregular de Joaquim contra seus dedos. Fechando os olhos, ele puxou a flecha do peito dele.

O homem soltou um grito estrangulado, contorcendo o corpo de dor. Mendes sentiu seu coração contrair. Joaquim estava morrendo e não havia nada que ele pudesse fazer para mudar isso. Tudo o que ele podia fazer era olhar a flecha manchada.

Durante a discussão entre a líder e Iaraú, Mendes foi atraídos por um pequeno detalhe na haste que a flecha tinha, logo abaixo das penas, uma sequência de linhas entrelaçadas formavam um padrão distinto. Mendes sentiu uma pontada de reconhecimento. Havia uma flecha parecida que ele tinha que avaliar. A lembrança o fez buscar em sua bolsa.

Encontrando o objeto que usou para libertar Joaquim na noite anterior, ele o segurou, colocando as flechas lado a lado, olhando as marcas uma vez mais. Não havia dúvidas - elas eram idênticas. Era a mesma sequência de linhas, a mesma curva, a mesma forma.

Mendes olhou para Iaraú, agora preso pelas mãos dos indígenas ainda tentando convencer a todos de que fizera o certo. E, pela primeira vez desde que a flecha fora lançada, Mendes sentiu uma pitada de raiva brotar dentro dele.

—Iaraú! Isso é seu? — O detetive ergueu as duas flechas para que todos pudessem ver.

— Por que está me mostrando isso? — Ele perguntou, em desprezo.

— Essa flecha foi encontrada por mim na floresta, próxima aos dois corpos e esse mesmo símbolo.

Após a proferida verdade, Isadora berrou em questionamento quanto ao que ele havia feito.

— Isso não significa nada, — ele disse. — Todo mundo aqui sabe fazer flechas.

— Mas nem todos fazem flechas exatamente iguais, — retrucou Mendes. — Cada pessoa tem seu próprio estilo, suas próprias marcas. E essa aqui tem duas que são iguais.

Os mais velhos cruzavam olhares mais expressivos que os jovens. Algumas expressões desafiavam Iaraú, como se quisessem que ele negasse as acusações. Nessa hora Wai'ana levantou a voz seriamente:

— Diga a verdade a todos, Iaraú. Foi você que matou Jacy-Paraná?

Ele parou de se debater, encarando a todos antes de exclamar, elevando a voz a cima do vento. — Sim... fui eu!

Dessa forma a confissão explodiu com a força de um tufão. Wai'ana permaneceu imóvel, encarando o filho que acabara com a harmonia de seu povo.

— Não consigo acreditar que você... — engasgou ela.

Então um grito abrupto cortou sua declaração. Isadora, até então paralisada de choque, rugiu:

— O QUE VOCÊ FEZ COM MEUS PAIS!

— Eu não fiz nada. — Iaraú fez uma careta de prazer cruel — Mas estava lá, eu assisti eles queimarem e gritarem no fogo até não ouvir mais nada.

O horror no rosto de Isadora tornou-se algo mais perigoso. Mendes percebeu o perigo um segundo antes de se materializar. O bisturi em sua mão reluzia enquanto ela avançava para Iaraú.

— Não! — Wai'ana gritou, e Mendes segurou-a pelo braço. Mas ela já estava diante do traidor, o bisturi a centímetros de seu pescoço. Um sorriso dele brotou, a insanidade intensificando-se conforme a ponta chegava mais perto.

— Não é só isso, Isadora. Saiba que seus pais não estavam sozinhos na floresta! Seu namorado Kaimbe... ele estava lá também... e ele não te disse nada. Nada!

Isadora soltou um grito agoniado, a dor se tornando muito grande. Mendes a puxou dali, protegendo-a dos ataques.

— Está mentindo! — Wai'ana rugiu, antes de se voltar para Isadora. — Isadora, qual é o estado de Kaimbe?

Com o rosto encharcado de lágrimas, ela balançou a cabeça. — Ele... ele teve uma convulsão... eu tentei, Wai'ana..., mas ele não acorda... está respirando, só isso.

Iaraú travou os olhos intensamente em Isadora, fazendo-a cerrar os dentes. — Poderia ter sido você no lugar dele.

— JÁ CHEGA, IARAÚ! — Wai'ana ordenou. — Por que fez tudo isso?

Ele lambeu os lábios, que estavam secos como a alma. — Você se lembra dos tempos de criança, quando as pessoas me olhavam e sempre me comparavam a meu pai? Os comentários sobre quem eu era ou deveria ser. — Seus dedos apertaram fortemente a palma da mão. — E quando ele nos deixou. Era como se fosse meu dever manter a lembrança dele. A cada olhar teu, sentia essa responsabilidade presa em mim. E o mais difícil era saber, lá no fundo, que não importava o quanto eu me esforçasse, não importava o quanto tentasse... Kaimbe era o herdeiro natural de Ahote. Então eu não só vivia à sombra do meu pai, mas também à de meu próprio irmão.

— Por mais que tenha se sentido injustiçado, o que você fez foi imperdoável.

— VOCÊS NUNCA VIRAM O QUE ME FAZIAM SENTIR!

— E QUANTO A MIM?! — Um grito mais forte os ultrapassou. Turi saiu das sombras, demonstrando uma avalanche de emoções. — Você se esqueceu de mim, irmão?

Mendes, arrepiado, percebeu Wai'ana virar rapidamente de um filho para o outro.

— O que você quer Turi? Você sempre foi o preferido! — Iaraú respondeu irritado.

— Fui? — Ele replicou. — Fui mesmo? Por que parecia que era mais conveniente me deixar de lado? Kaimbe, o mais corajoso, você um dos melhores guerreiros e eu... eu não era nada, eu não fazia nada.

Wai'ana tentou dizer algo, mas a revolta falou por cima.

— Eu sempre fui o que não causava problemas, porque pensei que meu nascimento já fosse um. Nunca tive a chance de ser mais do que isso. — seus olhos se avermelhavam — Mesmo assim, nunca traí meu povo, nunca traí minha família.

O peito de Iaraú se movia rapidamente. — O que foi feito, já não pode mais ser desfeito. O que importa agora será o julgamento dos vivos, não é mãe?

Os olhos de Wai'ana se arredondaram de angústia, mas compartilhava da mesma fúria que Isadora.

— Você transgrediu todas as barreiras, — disse ela. — Traiu não apenas a nosso povo, mas a família que um dia lhe acolheu. A sua punição será à altura do seu crime.

Ela deu um passo à frente, varrendo todos os presentes antes de concentrar-se novamente nele.

— Você será expulso. Banido de nosso círculo, e arrancado de nossa família. Será um paria, condenado a vagar sozinho pela floresta, sem o calor de nosso fogo e a segurança de nossa aldeia.

No cochicho agitado, rostos mostravam surpresa; alívio; indignação. Um murmurar suave e contínuo, como o vento tempestuoso.

A reação de Iaraú foi um riso abafado, um som vazio e desesperado. — Banido? — Ele repetiu, olhando ao redor. — Eu já fui banido há muito tempo de suas vidas.

— Podem tirá-lo da minha frente — Wai'ana ordenou. — E o mandem para longe daqui!

E assim, os guerreiros Wanakauas levantaram-no, arrastando Iaraú para além da multidão. Enquanto ele era levado, o seu riso podia ser ouvido, junto de seu aviso final:

— Os Perpétunos estão vindo... e destruirão tudo isso!

Ainda aturdido, Mendes pegou sua câmera de dentro da bolsa, a lente focando o rosto contorcido de Iaraú sob a luz do dia. Ele tirou uma foto nítida para servir como evidência.

Wai'ana, permaneceu parada, fitando a mata onde seu filho desaparecia. Quando ele finalmente se foi, ela virou-se para sua comunidade.

— Nós ouvimos suas palavras, sua traição e seu aviso. Não podemos ignorar o que foi dito. A ameaça dos Perpétunos é real.

O discurso morreu por um protesto, vindo da parte mais externa da multidão.

— Jacy-Paraná está morto! — A face de um dos homens clareou. Uma cruz pintada de azul cobria seus traços. — Nós vamos lutar e morrer por causa dela?

Todos os olhos se voltando para Wai'ana, esperando a decisão quanto a Isadora. Ela encarou o homem mantendo o mesmo tom.

— Não se esqueçam do que ela e sua família já fizeram por nós. A mãe de Isadora, Amanda, os educou e mostrou generosidade. O pai dela curou nossas doenças, salvou vidas e esteve ao lado de meu marido em seus últimos dias de vida. Nós não estamos lutando só pela Isadora. Estamos lutando por todos nós.

Ela olhou para todos com fogo nos olhos. — Iaraú escolheu seu caminho, e nós escolhemos o nosso. Estamos sem o nosso cervo, mas não vamos nos curvar ao medo, nem permitir que traidores nos dividam. Nós somos um só corpo. Um povo forte, corajoso, resistente. Nós enfrentamos tempestades e secas, feras e doenças. Nós não vamos cair agora, não por Iaraú, não pelos Perpétunos. — Ela levantou a mão, o punho cerrado em desafio. — Nós vamos para guerra!

O grito foi seguido por um rugido, cada Wanakaua se juntando ao clamor. Eles bateram no peito, levantaram as armas, se colocando ao lado da líder, prontos para lutar.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro