29. Alfajor
Olá, caro leitor! Basicamente, eu reservei um capítulo inteiro apenas para recapitular o que vimos ao longo dessa jornada espirituosa e, sem sombra de dúvidas, PERIGOSA!
Sério, eu já perdi as contas de quantas vezes eu quase morri. O lado bom de não ter morrido é que vocês puderam ter minha ilustre narração até o fim — como Alfajor ou como Benjamin, tanto faz, afinal, somos um só!
Tudo bem, vamos por partes, e tenha paciência, essas mudanças de forma sempre embaralham minha mente. Quando vou de humano a beija-flor, todo o meu cérebro precisa ser reduzido e realocado dentro do cérebro de um beija-flor. E, quando vou de beija-flor a humano, todo o meu cérebro precisa se expandir do cérebro de uma ave para o cérebro de um humano. Confuso, eu sei, mas funciona, embora sempre me deixe nauseado.
Agora que estamos bem e aquelas monstras foram mandadas sei lá para onde, sinto que finalmente posso finalizar essa jornada. Embora eu estivesse perfeitamente bem como Benjamin, precisei pedir à minha amada Serena que me transformasse em beija-flor novamente para escrever esse capítulo, pois, como vocês bem se lembram, eu narrei mais da metade dos capítulos dessa jornada como Alfajor, então nada mais justo do que finalizá-la como tal.
Bom, como esse capítulo vem antes do epílogo, eu estou me segurando para não dar spoilers do que aconteceu com as nossas vidas depois do grande final, e vocês sabem que eu não sou bom guardando segredos, né. Quando eu não deixo que escapem por acidente, eu os revelo enquanto estou dormindo — o que compromete a minha fama de investigador.
Preciso ser rápido antes que o feitiço de Serena acabe. Não deve durar muito, apenas tempo suficiente para eu agradecer a você, caro leitor, por chegar até o fim dessa história.
Obrigado por ter paciência comigo — mesmo quando eu preferia assistir a novelas a narrar o que estava acontecendo. Obrigado por confiar nos meus pontos de vista — mesmo eu sendo megalomaníaco e exagerando na maioria das vezes.
Essa jornada certamente me mudou, sinto que sou uma ave melhor. Um ser humano melhor. Um pai melhor — já que tecnicamente conheço melhor minhas filhas. E, por último, mas não menos importante, obrigado por torcer por mim e pela minha família, seu honroso apoio foi fundamental para chegarmos ao fim dessa aventura vivos.
Aqui eu me aposento da profissão de narrador, obviamente ainda vou narrar o epílogo, mas, depois disso, chega! Já contei histórias demais por uma vida inteira de beija-flor (sabia que a expectativa de vida de uma beija-flor é de três a cinco anos?). Foi uma honra narrar a história da família Feliallo e foi melhor ainda poder não só acompanhar, mas também fazer parte desse universo.
Assim como eu, procure sempre estar próximo daqueles que amam, cuidam e respeitam quem você é! E lembre-se de mim quando encontrar algum beija-flor dançando entre as flores de algum jardim qualquer por aí. Há um pouco de mim em cada um deles!
Um abraço do seu amigo de penas favorito,
Alfajor.
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