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20. Dimensão Caída

Rúbia e Olga saíram da casa às pressas e se depararam com aquele cenário caótico, as crateras, a vegetação destruída e nem sei se compensa mencionar os seres vivos...

— Nosso jardim está destruído... — falou Olga, cabisbaixa.

— Ei! — disse Rúbia, chamando a atenção da mais nova. — Vamos consertá-lo, ok? E ele vai ficar tão lindo quanto era antes.

O sorriso de esperança no rosto de Olga me animou. Crianças são sempre uma dose extraordinária de esperança.

Corremos em direção à colina, o último lugar onde havíamos visto nossos amigos: Hélio, Magnólia, Miriana e Osvald. O caminho repleto de buracos tornou tudo mais árduo para as irmãs, especialmente Olga, que estava exausta. Não ousei ir voando na frente, quis esperá-las.

Chegamos ao local e, de imediato, nossos olhos se depararam com todos se levantando com dificuldade.

— HÉLIO! — falou Rúbia, correndo em direção ao garoto.

— PESSOAL! — falou Olga, abraçando o casal de adultos.

Ufa! Todos bem. Conscientes e inteiros. Celina estava certa, as plantas carnívoras não estavam devorando, apenas mantendo-os presos. Aquele espidrero foi muitíssimo esperto.

— Estão bem? — perguntou Rúbia.

— Sim, amor. Não se preocupa, estávamos apenas presos — disse Hélio, espreguiçando-se. — Aproveitei e até tirei um cochilo.

— Seu idiota, eu estava preocupada! — disse a garota, dando uma tapa de leve no ombro de Hélio.

— Onde está a Celina? — perguntou Magnólia, assustada.

— Está em casa, bem. Ela foi dormir para tentar conversar com a mamãe. Ela estava com dúvidas em alguns tópicos.

— Espera, falar com a mãe? Pensei que Serena estivesse morta — disse Miriana, confusa.

— É uma longa história, Miriana... — disse Rúbia, tentando buscar palavras para explicar.

— Bom, temos que nos abrigar — falou Osvald, olhando ao redor com apreensão. — Está quase anoitecendo e... nossa casa foi destruída pelas plantas carnívoras.

— A nossa também foi metade destruída — disse Olga.

— Não se preocupem, eu vou desenhar uma nova agora mesmo — falou Rúbia, pegando seu caderno de desenho.

De repente, uma explosão foi ouvida ao longe. Destroços voavam pelo ar, simbolizando que uma construção tinha sido destruída. ESPERA, FOI A NOSSA CASA! Eu reconheceria aquele papel de parede brega em qualquer lugar.

— Ah, não! — disse Olga, chocada.

— Vamos, a Celina pode estar em apuros — gritou Magnólia, correndo em direção à explosão.

— Espera, filha! Cuidado! — berrou Osvald, indo atrás da menina.

Quando me dei conta, todos estavam correndo até a casa das irmãs, mas havia algo de errado. O céu estava nebuloso. Os trovões já haviam chegado. Voei até o que sobrou da residência e, assim que cheguei, me deparei com o amontado de pessoas paradas olhando para Celina. A garota possuía um brilho muito forte nos olhos, era quase impossível enxergar sua retina. Seus cabelos esvoaçavam e uma energia muito forte emanava dela.

— Celina, o que está havendo? — perguntaram Rúbia e Olga ao mesmo tempo.

— A mamãe mentiu para nós. Ela é muito mais do que disse. Ela fez muito mais do que disse.

— Nós meio que já suspeitávamos disso, né — disse Olga.

— Ela era uma das Ninfas Soberanas e ela traiu as irmãs para fugir com o papai. Foram as irmãs dela, nossas tias, que amaldiçoaram a família, por causa do que ela fez.

— Não acredito que elas fizeram isso! — disse Rúbia. — Que tias são essas?

— A parte mais chocante é que a mamãe está viva! E o papai também. Ela forjou a morte deles para nos proteger e agora está presa em Foremagicst.

O QUÊ?

— O QUÊ?

— Estou indo atrás dela — avisou Celina, séria.

— Nós vamos com você — disse Rúbia.

— Não, não vão. É perigoso demais.

— QUE DROGA, CELINA! — esbravejou Olga.

Olga? Que linguajar é esse?

— Eu já estou cansada de você sempre impedir ou esconder os assuntos importantes da Rúbia e de mim. Nós somos tão poderosas quanto você. Nós também temos o direito de lutar pela nossa família.

— É perigoso demais, Olga. Seria um risco muito grande para vocês.

— Estamos cientes do risco e queremos prosseguir — disse Rúbia com os braços cruzados. — Se nossos pais estão vivos, cabe a nós todas ajudarmos a salvá-los.

— NÃO! EU JÁ DISSE QUE NÃO! — falou Celina, flutuando e com uma voz assustadora. — Vocês ficarão aqui, junto com os Valente, protegidos de qualquer coisa, enquanto eu vou salvar a mamãe.

— Não pode transformar isso em uma prisão para suas irmãs, Celina — disse Miriana. — Não era isso que sua mãe iria querer. Ela criou Célazul para ser um gracioso céu azul e não uma cela para seus familiares.

— Ela fez Célazul para ser um refúgio. Um lugar de paz e não uma prisão — disse Osvald.

— Célazul agora é minha dimensão, então sou eu quem dita as regras agora, e a regra vigente nesse momento é que todos vocês fiquem seguros aqui! Isso é tudo!

Após terminar de falar, Celina desapareceu, engolida por um portal surgido às suas costas. Contudo, os trovões continuavam lá. Célazul parecia instável. Um violento tremor de terra se iniciou, assim como uma ventania e uma chuva que foi ficando mais forte conforme os minutos passavam.

— A dimensão está instável — disse Rúbia.

— Não é para menos, a Celina surtou — disse Hélio, olhando ao redor assustado.

— Gente, o chão! — falou Magnólia, apontando para o solo.

Grandes poças de água estavam começando a se formar. Célazul estava se alagando.

— O QUE ESTÁ ACONTECENDO? — indagou Olga, tentando conter a sensação de pânico.

— Uma enchente. Célazul vai se alagar — disse Miriana.

— Não, os unicórnios! — lembrou Hélio, nervoso.

— Os gnomídeos! — disse Olga.

— Pessoal, calma! — disse Rúbia, tentando manter o equilíbrio. — Olga, vá atrás dos gnomídeos e os traga para a colina. Hélio, você faz o mesmo, só que com os unicórnios.

— Qual seu plano, amor?

— Vou construir um barco na colina. Grande o suficiente para proteger toda a população não apenas da chuva, mas também de uma possível enchente. Ninguém vai se afogar comigo aqui!

Graças aos céus eu nunca fui contra a Rúbia usar seus poderes quando quisesse durante seu tempo no orfanato.

— Alfajor, fica aqui! — disse Rúbia, olhando para mim.

Bom, eu não tinha muita escolha, né.

— Magnólia, Miriana e Osvald, vocês vêm comigo!

Corremos de volta à colina em meio à chuva e ao alagamento que lentamente ia se intensificando.

— Façam um escudo a minha volta para que meu papel não molhe — disse Rúbia.

Os outros a obedeceram sem pestanejar.

— Preciso ter muito cuidado com os detalhes, são eles que fazem a diferença...

Mesmo em meio ao cenário caótico, o grande barco surgiu. Grande e esbelto, todos ficamos boquiabertos quando surgiu no alto da colina.

— Todos vocês, para dentro, agora! — ordenou Rúbia, séria. — Deixem a porta aberta para o Hélio e a Olga.

Aquela chuva estava estragando a beleza das minhas penas, então entrei no barco o mais depressa possível. Incrível como Rúbia tinha pensado em tudo. Dentro da embarcação havia cobertores e alguns móveis, então poderíamos nos manter confortáveis e quentes mesmo com o aparente fim do mundo lá fora.

— Onde eles estão? Se demorarem mais, vão acabar se afogando — disse Miriana, fazendo o possível para se acalmar.

— Calma! — pediu Rúbia, olhando à floresta. — Ambos são inteligentes, vão saber o que fazer. Confio nos dois.

E isso era verdade. Mesmo com a água em um nível elevado, consegui assistir aos unicórnios cavalgando pelas águas, carregando não apenas Hélio, mas também Olga e os gnomídeos. Eles vinham em disparada, exceto Colorau, que ainda não era acostumado a cavalgar na chuva, mas Pimenta o estava auxiliando. Montados nos equinos, inúmeros pássaros e insetos se faziam presentes. Não preciso nem dizer que fiquei imensamente orgulhoso da Olga.

— Rápido, entrem! — disse Osvald, recepcionando-os na porta.

Quando todos entraram, rapidamente as portas foram fechadas. Com todo mundo seguro, nos restava apenas discutir o que fazer.

— Eu não acredito que a Celina fez isso com a gente — disse Rúbia, sentando-se em uma das camas. — Ela sabe o risco que é deixar suas emoções ficarem tão instáveis assim.

Os adultos estavam organizando os animais, que estavam muito dispersos com a imensa quantidade de espécies e espécimes em um mesmo ambiente. Além disso, estavam assustados com o barulhos da chuva.

— Não acredito que ela nos trancou aqui... — analisou Olga.

— Por isso a dimensão está assim... — explicou Miriana, nos fitando com um olhar amoroso. — Célazul é um refúgio, não uma prisão. Isso vai contra tudo que a Serena pregava. Ela era um espírito livre, não uma aprisionadora.

— Celina sente que tem a obrigação de cuidar de vocês o tempo todo... — disse Magnólia. — Sempre que conversávamos no orfanato, era notável sua preocupação. Tudo que ela fazia e faz é pensando em vocês...

— Me parte o coração que ela se sinta assim... É uma responsabilidade imensa para tomar para si — disse Olga.

— Também mexe comigo. É por isso que eu sempre fiz o possível para ajudá-la a não se sentir sobrecarregada. Tentava cuidar da Olga e mostrar que estávamos bem — disse Rúbia.

— E ela percebia isso. No fundo, essa é uma questão dela com ela mesma, não com vocês — disse Magnólia.

— A verdade é que nenhuma de vocês possui culpa alguma — disse Miriana. — Vocês, tão jovens, e já tiveram que lidar com inúmeras responsabilidades de adulto.

— É... Cada uma de vocês fez aquilo que achou que era melhor para sobreviver — comentou Hélio, abraçando Rúbia afetuosamente.

— Não se cobrem tanto, meninas — pediu Osvald, terminando de cobrir o último animal. — Tudo vai ficar bem. Agora, enxuguem essas lágrimas e vamos ver como está a situação lá fora.

Péssimo jeito de fugir do assunto, Osvald, pois a situação lá fora estava deprimente. O barco já flutuava e nós não tínhamos nos dado conta. Tudo estava alagado, não conseguíamos ver mais terra, apenas água... E RAIOS!

— ALFAJOR, CUIDADO! — disse Olga.

Mas o raio foi automaticamente atraído para um para-raios posicionado no meio do telhado.

— Eu desenhei esse para-raios, pois presumi que seriamos atacados por raios assim que as águas começassem a subir e nós nos aproximássemos das nuvens — elucidou Rúbia. — Então, não se preocupem.

Os tremores de terra, que antes haviam parado, recomeçaram. O barco começou a sair do eixo e as ondas ficaram mais agressivas.

— Precisamos tentar manter esse barco sobre a água. Se ele afundar, já era! — gritou Osvald.

— Não vai ser uma tarefa fácil, pai — disse Hélio, olhando o caos ao seu redor.

Ao mesmo tempo em que a terra tremia e as ondas se moviam depressa, o céu parecia estar caindo em cima de nós. Não sei explicar, mas, sempre que um trovão acontecia, era como se pudéssemos ver rachaduras pelo céu.

— Essa não! — disse Rúbia. — A dimensão... Célazul vai...

E, em um piscar de olhos, Célazul se desfez.

O céu desapareceu. A água desapareceu. Tudo sumiu, exceto a embarcação e todos que nela estavam. O barco apareceu em meio a uma cadeia de montanhas. Havia pinheiros nevados por todo lado.

— Onde estamos? — perguntou Miriana, ofegante.

— Nos Alpes Suíços! — percebeu Rúbia. — A magia nos trouxe diretamente ao local onde o último portal foi aberto. À mamãe.

Explosões eram audíveis ao longe, assim como raios e disparos. As montanhas nevadas eram o palco de alguma disputa poderosa e tudo indicava que Celina estava envolvida até o último fio de cabelo.

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