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13. Retorno ao Orfanato

Vocês não vão acreditar! Finalmente Emma e Levi ficaram juntos. Pensei que isso nunca ia acontecer, já que George e Lila tinham armado diversos planos para tentar separá-los. Que final emocionante! Nem acredito que minha novela já acabou. Quem sabe assim eu tinha tempo de focar na vida real.

Bom, muita coisa aconteceu nos últimos dias aqui em Célazul e, como o ilustre narrador desta história, cabe a mim, Alfajor, atualizá-los de cada acontecimento.

Primeiro, Celina. Depois de colocar Célazul e a vida de todos os seus habitantes em risco, ela estava tentando se redimir pegando menos no pé das irmãs. Ela também tinha assumido para si mesma a responsabilidade de cuidar da caixa criada por Rúbia, na qual o espírito obscuro estava preso.

Rúbia e Hélio tiveram seu segundo encontro e, dessa vez, nenhum monstro os atrapalhou. Se eles estavam namorando? Não sabia dizer! Mas eu torcia para que sim, pois eu adorava o jeito que ele a fazia gargalhar, mesmo quando estava brava.

Infelizmente, as meninas usaram tudo o que sabiam para tentar curar o olho de Hélio, mas magia nenhuma foi capaz de recuperar a visão do seu olho esquerdo. Os gnomídeos tentaram inúmeras vezes, mas tudo que conseguiram foi restaurar, de forma parcial, seu globo ocular, deixando o olho com um aspecto saudável, mas inteiramente esbranquiçado.

Miriana e Osvald, que eram sempre muito caseiros, falaram que nem notaram o quase fim da dimensão pelo qual passamos. Que bom? Ambos ficaram extremamente assustados com o ferimento do filho, mas Celina conversou com eles, garantindo-lhes que não descansaria até achar um jeito de recuperar a visão dele, o que, de certo modo, os tranquilizou.

E Olga, assim como eu, passava seus dias se divertindo o máximo que podia. Ontem, nós fomos até a aldeia dos gnomídeos ajudá-los de novo com a colheita de amoras, visto que as árvores estavam carregadas de frutinhas maduras. Nem preciso dizer que ela mais comeu do que colheu.

Eu fiquei brincando com os bebês gnomídeos, eles eram tão fofos, porém um pouco agressivos. Quase fui esmagado umas doze vezes. O lugar também tinha radiantes girassóis plantados, então minha diversão estava garantida. Néctar para dar e vender.

Entretanto, nem tudo eram flores. Quem dera fosse. Descobrimos que as ametistas que pegamos nas cavernas não tinham o mesmo poder da ametista antiga de Celina, ou seja, ela continuava desprotegida. Para piorar, as meninas ainda não conseguiram um jeito de entrar na caixa, onde o ser obscuro estava, para se comunicar com ele sem libertá-lo. A ideia era tentar se comunicar para entender o motivo de elas estarem sendo perseguidas por seres das trevas.

Ah, e minha novela acabou! Assisti ao último capítulo hoje. Eu me sentia desolado, como se uma parte de mim tivesse faltando. Acho que nunca encontrarei outra novela tão boa quanto essa. Espera, que barulheira era essa vindo da cozinha? Briga?

— Você não pode fazer isso, Celina. É perigoso demais — disse Rúbia, balançando a cabeça em repreensão.

— E se outra criatura daquela vir parar aqui? — perguntou Olga, fazendo uma cara de susto —, ou pior, você se tornar aquele monstro assustador de novo?

— Meninas, se acalmem — pediu Celina com uma calmaria invejável. — Eu vou voltar ao orfanato justamente para buscar meu colar de ametista que está com a Magnólia, e como eu tenho esse aqui que é mais fraco, eu posso trocar. Assim, de todo jeito, ela ainda terá um objeto para se lembrar de mim.

— Beleza, a ideia é boa. Existe uma linha de raciocínio. Mas ainda é bastante perigoso — disse Rúbia.

— Vamos junto com ela, Rúbia! — sugeriu Olga, animando-se subitamente. — Assim, nós poderemos protegê-la caso alguma criatura a persiga.

— Não sei, não, Ol...

— Também não acho uma boa ideia — falou Celina com uma careta.

— Então está combinado. Vamos juntas — disse Olga, pulando e rodopiando cozinha a fora.

Adorava a Olga, mas tinha de concordar com a Rúbia. A possibilidade de voltar para aquele orfanato me assustava de diversas maneiras. Primeiro que essas criaturas das sombras eram silenciosas e perigosas e também tinham todas aquelas crianças barulhentas. Credo! Sempre me arrepiava quando me lembrava das vezes em que fui acordado por gritos.

— Olga, espera! — disse Rúbia. — Nós ainda não decidimos. Voltar lá é perigoso demais.

— Ah, eu sei, mas vamos estar juntas. Além do mais, quero pegar meus pertences que deixei lá. Minhas roupas, a foto do papai e da mamãe e, principalmente, a gazânia do Alfajor.

Bem lembrado, Ol. Saudade do meu quarto-gazânia.

— Eita, é verdade... Meu caderno de desenhos ficou lá... Eu sei que já tenho um novo, mas tem alguns desenhos no antigo que eu gostaria de guardar.

— Tudo bem, tudo bem. Podemos ir todas juntas, mas com uma condição — falou Celina, encarando-as com autoridade. — Precisamos ser rápidas. Nada de demora. Chegamos, pegamos nossos pertences e voltamos.

— Perfeito por mim — disse Olga.

— É, né. Se é o jeito — bufou Rúbia.

Confesso que preferiria fazer qualquer outra atividade a voltar naquele orfanato, mas como TODAS decidiram ir, eu ia também, né. Já imaginou se algo de ruim acontecesse e elas não tivessem o grande e valente Alfajor para ajudá-las.

— Sairemos à tarde. É a hora em que a maioria das crianças vai estar na escola — avisou Celina.

— Falando em escola, nós não vamos mais estudar? — indagou Olga, encarando as irmãs com aqueles grandes olhos curiosos.

— Ah... acho que não? Há escolas para híbridos de humanos e ninfas? — perguntou Rúbia, confusa.

— Um problema de cada vez, garotas. Podemos discutir esse assunto depois.

***

Antes mesmo do horário marcado, Olga já estava na sala, visivelmente entusiasmada. Não parava de pular e de se pendurar nos móveis. Desce do sofá, menina, pensei. Que tortura, às vezes eu esquecia quão árduo era cuidar dessas garotas.

Assim que entardeceu, as mais velhas se situaram na sala para que pudéssemos viajar. Como sempre, me acomodei no ombro de Olga e esperei a magia acontecer.

— Lembrem-se, sejam silenciosas! — comentou Celina, encarando-nos com o cenho franzido.

Tá bom, menina! Vai logo.

Com o portal aberto, foi fácil entrar e sumir. Já viajei tanto assim que me acostumei com a sensação de frio na barriga. Caímos no nosso antigo quarto. Estava vazio. As camas metodicamente arrumadas; o cheiro de âmbar e lavanda predominando no ambiente.

— Ei, por que aqui não era tão cheiroso assim antes? — reclamou Rúbia.

— Sem distração, meninas. Peguem suas coisas e vamos.

— Não está aqui! — disse Olga, desapontada. — Não tem nada aqui. Meus pertences sumiram.

— Os meus também! — reparou Rúbia.

— Porcaria! — esbravejou Celina. — Eles devem ter movido nossos objetos para outro lugar... ou jogaram fora.

— Talvez a Magnólia saiba — disse Rúbia.

— Espera, a gazânia do Alfajor está ali! — disse Olga, apontando para a flor na prateleira. — Credo, quem colocou ela tão longe do sol? Ela vai acabar murchando.

— Venham, vamos atrás da Magnólia — falou Celina.

Caminhamos pelo corredor principal com cautela — medo, para falar a verdade. Imaginei um cenário em que alguém esbarrava na gente, estaríamos enrascados. A atmosfera parecia estar totalmente deserta, não ouvíamos o som de absolutamente nada.

— Que estranho... nem mesmo os funcionários parecem estar aqui hoje. O que será que aconteceu? — perguntou Celina.

— Não sei... mas eu estou com um mau pressentimento... Vamos rápido, por favor — disse Rúbia, encolhendo-se.

— Qual é o quarto da Magnólia? — indagou Olga.

— Lá em cima.

— Ótimo, vamos nos separar. Olga e eu vamos checar nos achados e perdidos e na sala do diretor. Enquanto isso, você checa com a Magnólia para saber o que ela descobriu — disse Rúbia.

— Espera, mas ela não está na faculdade? — perguntou Olga.

— Não, não está — respondeu Celina. — Ela estuda de manhã.

— Ah, sim.

— Vamos logo — apressou Rúbia. — Alfajor, você vai com a Celina, assim cada uma estará em dupla. Olga e eu, Celina e você.

Concordei com um rodopio.

Celina e eu corremos escadaria acima em direção ao quarto de Magnólia. Ao longo do percurso, assim como no andar de baixo, não havia sinal de ninguém. Me perguntei o que havia acontecido com as pessoas do orfanato, quer dizer, não estava reclamando, pelo contrário, eu amava um ambiente silencioso. Mas que era suspeito, era!

— Chegamos, é nessa porta aqui, Alfajor — disse Celina.

Abrimos a porta e, ao entrarmos no cômodo, nos deparamos com uma cena assustadora. Todas as meninas do quarto estavam presas a um emaranhado de gosmas verdes enquanto dois ogros cinzentos gigantes vasculhavam o quarto — deduzi isso porque eles estavam virando as camas de cabeça para baixo.

Assim que perceberam a nossa presença, as criaturas nos encararam, espantadas. Seu olhar fixo a nós era similar ao nosso, que também estava fixo a eles.

Celina, minha cara, que tal fecharmos a porta e corrermos? Não acho que virá algo agradável desses ogros, quis dizer, mas, como eu não tinha essa habilidade, me limitei a voar em círculos.

Os monstros rosnaram e correram em nossa direção — eles eram até bem rápidos.

— CORRE, ALFAJOR!

Na verdade, eu voava, nem pernas eu tinha. Mas entendi o recado e o fiz com maestria. Voei em direção à escadaria com toda velocidade das minhas asas, enquanto ouvia as agressivas pisadas dos ogros atrás de nós. Conforme nos aproximávamos do térreo, ouvimos gritos vindos das meninas.

— Rúbia! Olga!

PRECISÁVAMOS AJUDÁ-LAS!

Assim que chegamos ao térreo, encontramos Olga correndo de um bando de fadas furiosas e Rúbia espantando outras fadas com um pedaço de madeira.

— Saiam daqui, suas criaturas irritantes — dizia Rúbia enquanto balançava o pedaço de madeira em direção às criaturas.

— Socorro! Elas estão puxando meu cabelo — gritou Olga.

Quando esse lugar mega entediante ficou tão caótico?

— CUIDADO, ALFAJOR! — disse Celina, me empurrando com força para me livrar de um ataque gosmento.

Fiquei zonzo por uns instantes.

Celina correu em direção à Olga para tentar ajudá-la, fazendo os ogros irem atrás dela. A caçula, percebendo o que estava prestes a acontecer, tentou cantar para dispersar as fadas. Ela desafinou um pouco, mas deu certo. A parte boa foi que ela não tinha hipnotizado só as fadas, mas os ogros também.

— Deu certo? — falou Rúbia, incrédula.

Já ouvi Olga cantar tantas vezes que nem me hipnotizava mais. Acho que já criei resistência à sua voz encantadora. Mas a hipnose começou a falhar, o que era natural, visto que ela ainda estava aprendendo a controlar seus poderes.

— Vai, Celina, abre um portal e nos tira daqui rápido antes que a Olga perca o pouco controle que ela ainda tem sobre esses monstros.

— Conheço o lugar perfeito para irmos — falou a mais velha, abrindo um portal. — Todos para dentro, agora!

Não precisava nem pedir duas vezes. Não queria ter nenhum contato com aquelas fadas enxeridas.

Entramos no portal e saímos em um lugar que eu conhecia bem. Estávamos no telhado outra vez, só que, diferente da outra vez, não estava escuro. Tinha que admitir, a vista era muito mais bonita à noite.

— CELINA! — disse Magnólia, correndo em direção à garota para abraçá-la. — Como soube que eu precisava de ajuda?

— Eu não sabia... Eu só vim...

— E veio na hora certa! O orfanato foi tomado por um mundaréu de criaturas estranhas que estavam atrás de mim — contou Magnólia, desesperada. — Na verdade, eles estavam atrás disso.

— Meu colar? Mas por que eles estavam atrás do meu colar?

— Faz logo a troca, Celina, antes que você se esqueça — lembrou Rúbia, impaciente.

Ah, é! — falou Celina, tirando seu colar. — Precisamos trocar de colar, Meg. Infelizmente, esse colar que eu te dei é um pouco especial demais e serve apenas para me proteger. Sem ele, eu estou vulnerável.

— Ah, tá tudo bem. Coloca rápido.

— Mas você pode ficar com esse outro colar meu, afinal, continua sendo uma lembrança minha.

— Não tenho dúvidas de que é tão especial quanto o outro!

— Tá, mas ainda precisamos pegar os nossos pertences. Meu livro, a foto dos nossos pais... — comentou Rúbia, revirando os olhos.

— E nós vamos. Mas, antes, precisamos dar um jeito de libertar as crianças, não podemos ir e deixá-las aqui presas! Além disso, se eles estão aqui por causa do meu colar, todo esse caos é culpa minha.

— Ah, mas não tinha como você saber — retrucou Rúbia.

— Verdade, como você ia saber que, deixando o colar comigo, acabaria atraindo um monte de criaturas mágicas para cá? — completou Magnólia.

— Eu não sabia que a Meg sabia — disse Olga, arrumando suas marias-chiquinhas, que, anteriormente, foram bagunçadas pelas fadas raivosas.

— Contei faz uns dias.

— E nem nos contou. Parabéns, você acaba de ganhar o prêmio de irmã do ano — disse Rúbia, batendo palmas.

— Eu esqueci, tá legal? Além disso, também teve aquele incidente com o espírito obscuro, foi coisa demais.

— Ótimo, agora podemos discutir como vamos resolver todo esse caos? Eu quero pegar meus objetos — insistiu Rúbia, pisando firme.

— Seus pertences! — exclamou Magnólia. — Eu sei onde estão. Na verdade, fui eu que ajudei o diretor provisório a guardá-los em um armário lá na diretoria.

— Vocês duas não tinha ido procurar lá? O que houve? — indagou Celina, direcionando seu olhar às irmãs.

— Nem tivemos chance de chegar lá. Fomos atacadas por um enxame de fadas, esqueceu?

Eu sabia que a falta de vontade em voltar a esse lugar era um sinal. Torci para sair vivo dessa furada, caso contrário, como eu iniciaria uma novela nova?

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