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Capítulo 6

— Vocês o mataram.

Murmuro isso para mim mesma abismada enquanto entro no meu apartamento. Sam me olha do outro canto da sala, onde recolhe alguns papéis do chão. Decido me juntar a ele e tentar organizar alguma coisa na minha vida que deu uma volta numa montanha russa gigante em tão pouco tempo. Preciso arrumar algo, mesmo que isso seja minha casa para poder organizar os pensamentos e não enlouquecer, isso se eu já não estiver louca.

— Seu vizinho morreu no momento que aquele espírito entrou no corpo dele.

Elizabeth rebate indiferente enquanto me olha, não a encaro quando vou atrás de uma pá e uma vassoura em outro cômodo. Daniel vem atrás de mim e pede para que eu seja razoável.

— Lizzie está certa. Ele já estava morto, apenas demos fim ao sofrimento dele.

— E se ele tivesse família? Você incendiou a casa, queimou qualquer lembrança que a família dele poderia ter. Você poderia muito bem ter apagado a existência dele com um estalar de dedos e então ninguém saberia que ele existiu!

Ele não diz nada quando cuspo isso com raiva para ele, Daniel apenas pede desculpas enquanto me olha conformado.

— Eu preciso de espaço. Vá dar uma volta com sua namorada e leve sua namorada com você.Ele está prestes a acrescentar algo quando sinto que não aguento mais e grito.

— Vão embora!

O ruivo me lança um último olhar antes de sair, dizendo que sente muito. Espero alguns minutos antes de voltar para sala. Samuel me olha de canto de olho quando apareço, mas não fala nada enquanto limpamos a sala em silêncio e eu me perco em pensamentos depois disso.

— Onde você conheceu esses dois?

Já passou algumas horas quando a gente termina a organização e Sam me pergunta isso. Entre colocar os móveis que são usáveis no lugar, jogar o que não presta mais no lixo e todas as outras coisas eu consegui finalmente conseguir organizar alguns pensamentos e ver que isso não é fantasia, está acontecendo e ao mesmo que isso me deixou ainda mais nervosa alguma parte de mim que sempre esteve inquieta pareceu finalmente se acalmar, como se uma parte que nunca encaixa estivesse se encaixando.

Me viro para Samuel e o vejo deitado no chão da sala ao meu lado. Analiso sua pergunta e percebo que ele fala de Daniel e Elizabeth.

— Faz algumas noites, eles me salvaram de um...homem.

Meu amigo parece curioso com minha hesitação, mas não pergunta mais nada ao ver que não estou afim de conversar.

Olho para a janela e vejo a escuridão tomando o céu. Vai ser uma noite sem estrelas. Ellen e eu estaríamos vendo um filme agora. Se ela estivesse aqui. Olho para moreno novamente.

— Quero limpar o quarto dela sozinha.

Sam parece entender, pois me dá um sorriso antes de se levantar e sair, avisando que volta pela manhã e que é para eu ligar caso algo aconteça. Aceno em concordância de volta.

Quando não ouço mais os passos dele no corredor me levanto e saio para fora do apartamento, tranco a porta antes de atravessar o corredor e entrar no apartamento do Sr. Mars. A luz funciona por algum milagre, os bombeiros nunca apareceram, nenhum morador do prédio se manifestou sobre o incêndio, quase como se nada tivesse acontecido. Não há um forte cheiro de queimado como eu achei que teria, mesmo que eu consiga ver um tom de preto horrível em tudo que foi queimado, nada se salvou. Eu caminho pelo apartamento, fingindo não ver o contorno do corpo queimado e contorcido na sala. Já havia entrado aqui algumas vezes para ajudar ele, então consigo sentir falta de alguns quadros na parede e alguns livros na estante que agora são apenas pó. 

Toda uma vida agora resumida a cinzas que vão ser levadas pelo vento.

Nesse ano em que estive aqui, nunca vi ninguém o visitar. Nenhum filho ou neto. Nenhum parente. O quarto parece não ter sido completamente afetado, ainda que esteja bem destruído. Consigo ver seu livro favorito em cima da mesinha ao lado da cama, uma cruz na parede onde a cama está encostada. Toco na correntinha dourada, que está inteira de algum jeito, em cima do que um dia foi um travesseiro, abro o pingente em forma de coração e vejo um casal, o homem parece ele, jovem e carismático com seu sorriso de uma ponta da orelha a outra. A mulher eu não reconheço, mas ele olha de forma apaixonada para ela. Talvez sua esposa. Guardo a correntinha no bolso da calça, para caso de alguém vier vê-lo, e volto para casa.

Meu coração pula, mas não me surpreendo quando vejo Daniel sentado no meu sofá novamente, ao menos Elizabeth não parece estar por perto, não sei se aguentaria sua atitude indiferente. Também sinto que não vou me livrar deles tão cedo então me sento na outra ponta, encarando o chão.

— O Sr. M... o espírito disse que Ellen está em Kalligo, onde fica isso?

Daniel suspira cansado e eu o olho levemente preocupada com a expressão no rosto dele.

— Kalligo é a capital do Reino da Escuridão.

Ele está olhando para o chão enquanto eu o encaro confusa.

— Não há nenhum lugar com nome de reino da escuridão no planeta Terra.

— Não há nenhum lugar com esse nome no seu território comum.

Ele me corrige, mesmo que eu não saiba onde foi que eu errei. Dou um sorriso debochado para ele cruzando os braços e é a vez dele de ficar confuso.

— E onde você mora então, em Marte?

Daniel sorri como se eu tivesse feito uma piada engraçada, e eu sei que não fiz.

— Moramos em Azalad, mais especificamente em Somren, que fica no Reino do Gelo. E também na capital do Reino do Fogo.

Meus olhos alcançam Elizabeth na entrada quando ouço sua voz, ela possui duas caixas de pizzas na mão e uma expressão tranquila, quase como se me oferecesse uma trégua da sua frieza.

— Azalad? Nunca ouvi de nenhum lugar chamado assim.

Ela revira os olhos como se eu tivesse falado algo idiota, mas não diz nada enquanto entra e fecha a porta. Eu nem sequer ouvi seus passos, ou os de Daniel quando ele passou para entrar no meu apartamento. Tenho que ficar de olho nesses dois.

— Imagine que há um véu separando nosso mundo do mundo comum que você conhece, conseguimos viajar entre eles com um pouco de facilidade, mas humanos nunca conseguiram entrar em Azalad.

Me surpreendo pela voz paciente dela, que me olha para ver se entendi.

— Como uma realidade paralela?

Ela dá de ombros, sentando ao lado do ruivo e abrindo a primeira caixa de pizza, vejo bastante queijo derretido. Ela sorri como uma criança quando morde um pedaço, Daniel tentar esconder seu sorriso vendo a cena.

— E como é essa divisão de Reino da Escuridão e Reino do Gelo?

Dessa vez é ele que me responde, estendendo a outra caixa para mim. Pego um pedaço da pizza com calabresa e bastante cebola, o olho tentando não pensar em como ela sabia meu sabor favorito.

— Há cinco reinos: Fogo, Gelo, Ar, Terra e Escuridão.

— Todos tem poderes iguais a vocês?

Daniel e Lizzie se olham, sorrindo por algum motivo que desconheço antes que ela se vire e acene que sim para mim.

— Geralmente costumamos ter poderes diferentes, mas sempre ligados ao nosso elemento.

Olho para o ruivo, mas ele não parece disposto a largar seu pedaço de pizza para falar algo mais, dou de ombros decidindo perguntar sobre isso depois.

— Então precisamos apenas ir para o Reino da Escuridão e encontrar Ellen. O que estamos esperando?

O casal parece ficar sem fome no segundo seguinte, largando os pedaços pela metade na outra parte da caixa. Eu pego outro pedaço. Lizzie me olha séria dessa vez.

— Se aquele espírito falou a verdade então temos um grande problema em mãos, Farina. Não podemos apenas ir lá e levar Eleonora embora.

Olho para os dois e, ao mesmo tempo que vejo fúria em seus olhares, também vejo um pouco de tristeza. Largo meu pedaço pela metade na caixa como eles.

— Por que não? O que eles querem com ela?

Daniel coloca uma mão na perna da garota, chamando sua atenção, e acena com a cabeça antes dele continuar falando.

— Eles estão atrás da chave do Reino da Terra, talvez você tenha visto ela.

Tento me lembrar de alguma chave, uma especial, que possa ter visto com Ellen. Nada vem a minha cabeça. Eles parecem decepcionados com isso também.

— Por que eles acham que essa chave está com ela?

Lizzie parece perder a atenção em meu colar novamente, sua testa franzindo em confusão antes dela subir seus olhos para os meus. Ela aperta seus dedos uns nos outros antes de dizer de forma firme.

— Porque Eleonora é a princesa do Reino da Terra.

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