Sem hesitar e após os acontecimentos com os Espectros, o grupo seguiu em alta velocidade para a Fortaleza dos Elfos. 

  Prosne já havia alertado os companheiros sobre o que planejava, mas não teria dado os detalhes e nem como seria feito.

  O caminho maior já fora passado, faltavam algumas árvores a frente  mais um leve punhado de de estrada para chegarem ao local desejado. E eles seguiram. — Só mais um pouco. - comentava Grielion, que conhecia o trajeto como poucos no Reino.

  A luminosidade matinal chegara aos poucos, mas os nobres que cavalgavam ainda tinham energias de sobra e estavam excitados pela batalha de horas atrás.

  Foram passadas largas até finalmente concluírem o trajeto e chegarem a grande Fortaleza Elfica. — Somos nós. Grielion, primeiro! - exclamou o Elfo e logo na sequencia, puderam entrar. 

  Quenae recebeu o grupo. Trajando um enorme roupão branco que o cobria por completo. — Bom vê-lo novamente, irmão. - comentou. Sem Eärdel e com Grielion ausente, a liderança provisória dos Elfos ficou a cargo de Quenae, embora Grielion seja mais velho, foi o mais novo quem assumiu o poder, já que seu irmão abdicou-o e saiu em uma longa jornada com o grupo.

  — Vejo que decidiu de vez assumir nosso povo como chefe. - — Era hora, irmão. Você saiu numa longa viagem e só eu pude comandá-los. Ao fim das palavras, os dois se abraçaram e sorriram bem contentes com o reencontro.

  — É bom vê-lo novamente, mas o que querem por aqui? E ele, quem é? - se dirigindo ao mago.

  — É outro mago. Chama-se Prosne e é uma longa história, irmão. Precisamos descansar. Nos dê aqueles cômodos. - indagou Grielion, cortando logo a conversa que se alongara.

  O grupo prosseguiu a pequenos cômodos cedidos pelos Elfos e passaram a noite por lá.

  Na manhã seguinte, o grupo se reunira num dos salões da Fortaleza. Enorme, um emaranhado de detalhes dourados e verdes por todas as partes e um tapete colossal que se arrastava da entrada até o fim, onde ficava um trono de aço puro.

  O grupo já estava sentado no centro, em uma das mesas. Redonda e aconchegante. Suas poltronas eram fofas e na cor de ouro. 

  — O que de fato querem? O que devo aos senhores, meus nobres? - Quenae foi direto ao ponto com a pergunta para abrir a conversa. Neste momento, Prosne abriu a boca antes de todos para falar. — Homens. Precisamos de uma boa quantidade para o ataque.

  A mesa havia ficado um meio tensa, já que a conversa foi tão direta ao ponto. Os membros trocaram olhares.

  — Que ataque, mago? - — A Torre. Daremos fim as forças das trevas que por lá reinam. 

  — Se era isso, simples. Terão a quantidade necessária. - respondeu Quenae.

  Agora sim a mesa ficou mais espantada ainda. O que seria um debate e um pedido de ajuda, foi decidido em segundos. 

  — Isso sim é um Elfo bom, ora! - gritou Argdáin e aqueles ali sentados logo olharam para o eufórico Anão. - — Ora gente, me perdoem a empolgação.

  Quenae se levantou e caminhou em direção ao trono dos Elfos enquanto olhava pelas janelas do salão o sol daquela manhã. Passando sua mão calmamente sobre o trono que fora de Eärdel um dia. Grielion foi o único que se levantou e seguiu o irmão pelo salão.

  — Vai mesmo nos ajudar? Assim, tão fácil? - indagou. - — Meu irmão, foram eles quem fizeram tudo isso. Responsáveis pela queda do reino e por mortes inocentes. Um líder dos Elfos jamais abaixa sua cabeça perante a isto.

  Fora o grupo que estava a mesa, havia uma boa quantidade de Elfos ao Salão, pelas laterais por onde acompanhavam seu líder os visitantes e foi a hora exata para entrar para a história dos Elfos.

  Grielion suspirou firme e calmamente, foi-se agachando, dobrou seus joelhos e se ajoelhou perante seu irmão. - — Vire-se, por favor.

  Quenae, de costas, retornou-se e surpreendido foi, ao ver seu irmão se ajoelhando. - — Não seja mais nosso líder provisório. Tens o necessário, meu querido irmão. 

  Quenae ficou emocionadíssimo e levantou seu irmão. Ambos trocaram olhares perante o restante da sala. Os Elfos que ali estavam, aplaudiram seu novo líder e por último, os membros da outra mesa se levantaram também para aplaudir aquele grande momento.

  Quenae abraçou forte seu irmão mais velho. - — Farei com que nosso pai se orgulhe de nós, irmão. - ambos sorriram com muita felicidade e Grielion retornou a sua mesa.

  Agora líder e principal comandante dos Elfos, Quenae levantou uma taça de ouro e ordenou a todos. - — Elfos, deem a melhor festa a esses camaradas! Nós vamos colocar as forças malignas ao chão e venceremos! 

  O ambiente se tornou extremamente contagiante e feliz, onde todos beberam e ficaram felizes por todo o resto do dia.