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Parte I | A Estratégia

Primeiro capítulo, finalmente! Aproveitem a leitura, não esqueçam de votar e comentar bastante!

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Os mosquitos não estavam dando folga para Broch, sentado em frente a fogueira, ele limpa seu machado.

— Geralt! Tem mais óleo por aí?

— Se você passar mais óleo nesse machado, ela pode escorregar da sua mão e acabar me decapitando — responde o amigo, se aproximando.

— Não é para o machado, é para o meu pescoço, esses malditos mosquitos estão acabando comigo.

Geralt tira um pequeno frasco do bolso direito e o entrega para Broch.

— Vê se não acaba tudo.

— Valeu — Broch dá um sorriso desconfortável para Geralt.

Ele abre o frasco, o cheiro é horrível, mas não adiantava reclamar, era isso ou levar picadas de insetos. Ele vira o frasco e três pingos caem na sua mão, ele esfrega no pescoço.

— Quero ver vocês me jantando agora!

— Quero ver é se Thomas vai deixar você dormir na barraca fedendo assim — Geralt junta um galho no chão e se senta ao lado de Broch, ele começa a quebrar o galho em pequenos pedaços e os joga na fogueira.

— Duvido que ele vá dormir lá hoje — Broch responde — A batalha é amanhã cedo e ele pretende gastar todas as suas moedas restantes com as prostitutas do vilarejo, ele provavelmente está lá se divertindo.

Uma pequena pedra acerta a parte de trás da cabeça de Broch, ele e Geralt se viram para ver quem jogou, apenas para verem um homem jovem, alto com um bom porte, era Thomas a alguns passos olhando para ambos.

— Como pode ver, estou bem aqui, irmãozinho.

Broch revira os olhos.

— Eu disse "provavelmente".

Thomas se aproxima e senta entre os dois amigos.

— E aí, Geralt? Achei que ia encontrar você lá no vilarejo.

— Você sabe que fico com diarréia antes de uma batalha, não queria arriscar.

— Eu sei, hehehe.

— Ah, então você realmente estava lá com as prostitutas...

Thomas vira em direção do irmão.

— Pra começar, Broch, você está fedendo, vai dormir com o Geralt na barraca dele, porque na minha não vai dormir. Em segundo lugar, elas não são protitutas, são mulheres fáceis, é diferente.

— Você paga elas!

— Claro, para que possam se manter, estamos em tempo de guerra, irmãozinho, não está fácil pra ninguém. Aliás, em terceiro lugar, eu não vou pra canto nenhum hoje.

Thomas se levanta e tira a espada da bainha. Ele começa a cortar o ar e executar movimentos precisos de esgrima.

— Amanhã provavelmente é a batalha mais importante de nossas vidas, quero estar totalmente focado.

Geralt se levanta e anda na direção do amigo. Ele também tira sua espada da bainha e aponta para Thomas .

— Não só das nossas vidas, mas do reino inteiro. Prepare-se!

Geralt avança em direção a ele, com a espada posicionada para acertar sua cabeça, mas Thomas desvia e contra ataca mirando na sua lateral, Geralt se esquiva rapidamente e golpeia a espada de Thomas, que quase cede.

— São dois idiotas, nem antes de uma batalha esses dois ficam sem esse duelo estúpido.

Enquanto os amigos duelavam, Broch decidiu usar o óleo restante para passar no seu machado.

— E onde você estava, por sinal? — pergunta Geralt, desviando de um golpe direcionado ao seu pescoço.

— Eu estava com Hendrickson, discutindo a estratégia de amanhã...

— Ah, mas vamos fazer diferen... — antes de terminar a pergunta, Geralt teve sua espada enroscada num movimento circular pela de Thomas, jogando a espada para longe, pousando bem ao lado de um apático Broch.

— O que estava dizendo? — Thomas perguntou num tom debochado. Geralt apenas revirou os olhos.

— Eu estava perguntando da estratégia de batalha, achei que havia sido combinado de que iríamos na formação duas colunas.

— Não mais — Thomas finca a espada no chão e se agacha ao lado dela — Vamos na formação circular, os soldados do rei tem a vantagem da inclinação do terreno, iríamos ser derrotados rapidamente.

Ao ouvir isso, Broch se levanta num salto e vai na direção de Thomas.

— Isso é ridículo! Vamos todos morrer se formos nessa formação!

— Broch - Thomas se levanta e fica de frente para o irmão — a formação duas colunas não é boa para o terreno, William e seus homens estariam na parte superior da inclinação, eles...

— Não! — interrompe Broch — A formação circular é suicida, eles vão descer e nos matar do mesmo jeito, devemos atacar aproveitando a lama e...

Broch se vira para pensar melhor, o fogo refletindo metade do seu rosto o deixava com um olhar sombrio e audacioso.

— Lama? — Geralt pergunta, confuso — Estamos no verão, cabeçudo, aqui não chove a semanas.

Os olhos de Broch brilham.

— Aqui não chove a semanas...aqui não chove a semanas... é isso!!!

Geralt e Thomas se entreolham, confusos.

— É isso o quê?

— Temos que avisar Hendrickson!

Rapidamente, Broch sai correndo em direção ao acampamento.

— O que ele pensa que vai fazer?

— Geralt, continua na vigília, eu vou atrás dele — Thomas  corre atrás de seu irmão.

O acampamento ficava cerca de 50 metros de onde eles estavam, no meio da floresta, centenas de homens reunidos se preparando para a batalha da manhã seguinte, muitos eram mercenários contratados, mas a maior parte era composta por órfãos das vilas destruídas pelos homens do Rei William I, o monarca absoluto daquele país.

Fazia cerca de 16 anos que o país de Ludian era reinado por ele com grande autoridade, seu poder e influência se estendia até além dos mares.

Até hoje não se sabe como ele subiu ao trono, as histórias de seus feitos são tantas que poderiam ser caracterizadas como mitos, o que se sabe com certeza é que um jovem desconhecido e sem linhagem liderou milhares de homens para a cidade de Maugrin, capital de Ludian e do dia para a noite assumiu o trono no lugar do Rei Hendrickson III, chamado de O Rei Corvo.

Desde então, o reino tem usufruído de uma bizarra paz, enquanto as grandes cidades prosperam em riqueza e abundância, os vilarejos mais pobres são destruídos e os camponeses, mortos. É dito que, ao cair da noite, os soldados do rei invadem esses vilarejos silenciosamente e exterminam toda a população, e ao amanhecer, as únicas coisas encontradas são corpos empilhados, casas queimadas e a bandeira com o símbolo da Cavalaria Real do Rei, uma espada com uma coroa no meio.

O fato de Ludian ser um reino gigantesco e com milhares de vilarejos espalhados pelo país contribuiu para a formação de um estado de pânico generalizado, fazendo com que muitos se unissem a causa do duque Hendrickson IV, filho do rei deposto, na criação dos Corvos Vermelhos, um grupo de resistência ao reinado de William I. Com o passar dos meses e anos, os Corvos se tornaram numerosos, além de camponeses, o grupo também era composto por soldados do antigo monarca e de órfãos e sobreviventes dos massacres aos vilarejos promovidos pelo rei.

— Broch, seu imbecil, volta aqui!

Apesar de ser mais rápido que seu irmão, Thomas não era tão ágil, então a cada fogueira pulada e barraca desviada, Broch tomava distância de seu perseguidor. A barraca de Hendrickson ficava no meio do arraial, ela era grande o suficiente para funcionar como uma sala de reunião dos líderes da resistência, a entrada nela sem permissão era punível com a morte, mesmo ciente desse risco, Broch continuava correndo em direção a ela, que estava cada vez mais perto.

Os soldados ao redor, acostumados com as constantes brigas dos irmãos, apenas riam da perseguição patética em direção ao meio do acampamento.

— As irmãs Longstride não conseguem ficar um dia sem quererem estrangular um ao outro — diz um.

— Broch parece uma galinha magricela correndo de uma raposa velha — fala outro.

Thomas gritava cada vez mais alto a medida que o irmão se aproximava da barraca.

Dentro da barraca de Hendrickson, estava ele reunido com Marcus, seu braço direito, e outros dois comandantes, o duque estava sentando em seu trono feito de carvalho com detalhes em marfim, um móvel caríssimo trazido do Fort Irons, o castelo que pertencia a sua família antes de ser tomada por homens do Rei William I, Marcus estava em pé ao seu lado, imponente e silencioso, os outros dois comandantes estavam sentados a sua frente em cadeiras comuns. Eles estavam discutindo a informação que um dos espiões dos Corvos havia acabado de trazer aos seus ouvidos.

— Nós devíamos ter contratado os homens de Cobbac! — diz Mortmar, um dos comandantes — Nossos espiões nos informaram que deve ter cerca de quatro mil homens no arraial de William. Isso é praticamente o dobro do que nós temos!

— É muito tarde para desistir agora, Mortmar — responde o duque — Já gastamos dinheiro demais, é tudo ou nada. Os nossos homens estão mais motivados do que nunca, nós não iremos perder. Sem contar que Cobbac é um louco homicida e sinceramente, a minha cota é apenas um — ele aponta para Marcus, que responde com um grunhido baixo.

— Mas, majestade, e a informação de que a Guarda Secreta foi vista ao arredores do acampamento? — questiona Balder, o outro comandante — Certamente isso é algo para se preocupar.

— De fato — Hendrickson se levanta e anda em direção a uma pequena mesa com um pote de vinho, ele começa a se servir — Mas vamos lembrar que nós temos nossa própria Guarda Secreta.

— Os Meninos de Guerra? Eles são um bando de crianças indisciplinadas e...

O duque faz sinal para Balder se calar, que obedece.

— Que nunca perderam uma batalha, você sabe que Thomas vale pelo menos uns 10 homens seus, comandante.

— Sim, senhor.

Após beber uma taça de vinho, Hendrickson anda lentamente de volta ao seu lugar.

— O fato é que números não importam, só precisamos matar William, e graças a Deus esse miserável ainda segue as leis antigas desse país, então ele vai estar amanhã na batalha, prontinho para ter sua cabeça horrorosa arrancada.

— Que Assim Seja — Balder e Mortmar respondem juntos, como cavaleiros do antigo Rei Corvo, ainda seguiam o velho código.

— Que Assim Seja — Hendrickson repete.

Gritos começam a ser ouvidos do lado de fora da barraca, todos se levantam, confusos.

— O que diabos está acontecendo lá fora?

Marcus prontamente saca sua espada e se coloca na frente de Hendrickson.

— Fique aqui, majestade.

Ao sair da barraca, Marcus se depara com a cena lamentável de Thomas e mais dois soldados arrastando Broch pelo chão para o impedir de entrar na barraca do duque.

— Me soltem, eu preciso avisar o duque! — diz Broch com o rosto em terra.

— Cala a boca, você não vai pra lugar nenhum! — responde Thomas segurando uma de suas pernas.

- O que significa isso? Soltem ele! — diz Hendrickson, saindo junto com Balder e Mortmar.

Os soldados largam Broch, sujo de terra e suor, o rapaz se levanta rapidamente e anda em direção ao duque.

— Meu senhor, eu...

Marcus se coloca na frente dele.

— Não vai se ajoelhar, moleque?

— Para você, jamais — responde Broch.

— Ora, seu bostinha insole-

— Marcus! Deixa ele passar — ordena Hendrickson, já impaciente.

Broch esboça um pequeno sorriso debochado para Marcus antes dele se afastar.

— Longstride, vem aqui.

O rapaz se aproxima do duque e se ajoelha, olhando para baixo.

— Meu senhor.

— Você sabe que Marcus poderia ter te matado, né?

— Ele sabe que não tem chance — responde Broch, de forma séria.

Hendrickson o encara ajoelhado por alguns segundos, mas quando Broch levanta os olhos para o encarar de volta, ele dá uma sincera gargalhada.

— Eu gosto muito de você, Broch.

Em menos de um segundo, o clima pesado foi substituído por um ar leve e descontraído, com exceção de Marcus, que estava com uma raiva bem evidente, e de Thomas, que estava pálido com medo do que seu irmão falaria para ele. Hendrickson segura o braço de Broch para ajudá-lo a levantar.

— Eu adoro a sua sinceridade, Broch Longstride, é algo que você tem de sobra, mas... pelo o que eu sei, hoje é o seu dia de ficar de vigiar na ala oeste do acampamento, o que você tá fazendo aqui?

Naquele momento, o olhar de todos estavam em Broch, que mantinha um semblante calmo, porém confiante.

— Senhor...

— Sim?

— Se usarmos a formação circular amanhã, vamos todos morrer.

Ao falar isso, pode se ouvir um burburinho ao redor do rapaz. Hendrickson levanta a mão para que todos se calem, ele se aproxima do rosto de Broch.

— O que está dizendo, garoto?

— O terreno é inclinado,  se vamos ficar na parte de baixo, podemos usar isso a favor.

Hendrickson coça a barba e acena com a cabeça.

— Sim, e é por isso que vamos usar a formação circular.

— Não, por causa da chuva, a formação vai ficar cheia de falhas, vamos atolar na lama e ficar vulneráveis.

Assim que Broch terminou de falar, todos em volta começaram a rir, para eles, era um absurdo ouvir, já que, nessa época do ano, não costuma chover.

— Estamos em agosto, Broch, não chove nessa época do ano! — o tom de Hendrickson estava mais ríspido.

— Meu senhor - Thomas se aproxima e se curva diante do duque — Perdoe meu irmão, ele só está nervoso com a batalha de amanhã.

— Ou ele só quer ter a cabeça arrancada — diz Balder.

Thomas se levanta rapidamente ao ouvir essas palavras.

— Quero ver você tentar!

— Thomas, cale a boca, Balder, você também.

Hendrickson se vira para Broch.

— Olha o que você fez, rapaz, agora os nervos estão a flor da pele por sua causa.

— Me desculpa, senhor.

— Você tem algo a mais para falar, algo que não seja ridículo?

— Vai chover hoje a noite, eu sei disso.

Os burburinhos e risadas voltaram, agora mais intensos, outras pessoas se reuniram em volta deles e todos estavam comentando da possível estupidez de Broch.

— Silêncio! — diz o duque, irritado, as palavras de Broch estavam soando ridículas para ele, mas sabia que o rapaz não era tolo, várias vezes, já havia provado sua inteligência e perspicácia em combates e treinamentos — Por que você acha que vai chover?

— O meu braço esquerdo — Broch levanta a manga de sua camisa e mostra o braço, com uma cicatriz na área do cotovelo — Toda vez que está perto de chover, ele dói bastante, como se tivesse martelando dentro dos meus ossos.

— Isso é ridículo — Mortmar se aproxima — então quer dizer que seu braço controla o tempo?

— É, é meio difícil de acreditar, Broch.

— Meu senhor, por favor, acredite em mim, eu não teria vindo aqui se não estivesse falando sério.

Hendrickson se aproxima e coloca a mão no ombro de Broch.

— Filho, eu quero acreditar, mas você está vendo alguma chuva? Algum raio ou trovão?

— Não, senhor.

— Então, eu quero que você passe na barraca médica e aplique um soro de ervas no seu braço e depois volte para seu posto de onde você nem deveria ter saído.

— Sim, senhor — Broch responde baixo, com um tom decepcionado.

— Agora vai.

Broch faz uma pequena reverência para o duque e sai cabisbaixo, com todos abrindo caminho para ele passar, Hendrickson aponta para Thomas.

— Antes de ser seu irmão, ele é um de seus homens, não permitam que um fiasco desses aconteça de novo.

— Sim, majestade.

— E manda ele se lavar, está fedendo como um porco...

Hendrickson e os comandantes voltam para a barraca. Marcus dispensa os curiosos ao redor. Thomas vai atrás de seu irmão, que já estava quase nos limites do acampamento, passando pelas tendas do arsenal.

— Broch!

— Me deixa em paz, Thom.

— A barraca médica não é nessa direção.

— Eu sei, aquela porcaria de soro de ervas não melhora a dor no meu braço. Tô voltando pro meu posto.

Thomas consegue passar do irmão e para na frente dele.

— Me escuta, eu acredito em você.

Broch levanta as sobrancelhas, surpreso, mas ainda com uma expressão chateada.

— Agora você acredita? O que mudou?

— O seu braço — ele aponta para o braço esquerdo de Broch — Você o machucou no dia que nossos pais morreram.

— É... — Broch olha triste para o chão, não gostava de lembrar do pior dia da sua vida.

— Eu sei que você não inventaria algo em relação a esse ferimento, e quando estávamos nas ilhas vizinhas, eu percebi que você sempre parecia incomodado quando chovia.

— Que diferença faz? Todo mundo acha que eu surtei.

— Não daqui a algumas horas, quando chover, certo?

— Ah, certo.

Thomas se aproxima do irmão e começa a falar num tom mais baixo.

— Então precisamos de uma estratégia de batalha, assim que chover, o duque vai nos chamar, e dessa vez, eu preciso saber exatamente o que você vai sugerir para ele.

— Olha, Thom...

— Eu sei que essa sua cabecinha genial já pensou em algo.

— Eu não sei... — Broch hesita.

Thomas coloca as duas mãos no rosto de Broch e olha fixamente para seus olhos verdes, um traço que ambos os irmãos compartilham.

— Eu sou seu irmão, pode confiar em mim sempre — ele diz, encostando sua testa na de Broch, Thomas costumava fazer isso quando o irmão tinha crises de pânico após a morte de seus pais, 8 anos antes.

Essa ação acalmou Broch, ele sabia que o irmão sempre estaria ao seu lado para o ajudar.

— Nós...devemos lutar sem armadura.

Nesse instante, Thomas se afasta e olha incrédulo para o jovem.

— O quê?

— O terreno vai se tornar um pântano após a chuva, a mesma dificuldade que eles irão ter de se locomover será a mesma que a nossa, então lutar sem a armadura nos dará mais mobilidade e leveza. Podemos atacar pelos flancos e emboscá-los.

Thomas acena com a cabeça, tentando entender o que o irmão está querendo dizer.

— Não vai dar certo, Broch. Eles não vão cair nessa emboscada.

— Vão sim, se fizermos um ataque direto de armadura, usamos dois pelotões de isca e adaptarmos a formação tridente, existe um mato alto e árvores ao lado do terreno, podemos nos esconder lá e atacar.

— A formação tridente é para áreas montanhosas.

— E ela seria perfeita aqui!

Thomas começa a caminhar em volta do irmão, a estratégia é arriscada, mas faz sentido.

— Eu entendi agora, se você estiver certo, pode mudar o rumo da batalha a nosso favor, mas tem uma variável que você não pensou, irmãozinho.

— Qual?

— O Rei William.

— O que tem ele?

— E se ele tiver pensado em algo parecido? Ele não é chamado de O Rei Que Nunca Perdeu a toa, principalmente porque ele estará com a Guarda Secreta ao seu lado.

— Na verdade, eu pensei sim, nós temos algo que o Rei William não tem.

— E o que seria?

— Você, Thomas.

Os olhos do irmão mais velho arregalaram, Broch não parava de o surpreender.

— O que você tá dizendo?

— Eu creio que você possa derrotá-lo num confronto direto.

— Isso não faz sentido — Thomas nega com a cabeça — Você escutou os rumores sobre as habilidades de combate do rei.

— Escutei, e também calculo que muitos de seus feitos são verdadeiros, e mesmo assim, acho que você poderia o derrotar.

— Olha, Broch...

— Você é o melhor soldado desse exército, matou mais homens do que qualquer um, nem mesmo Marcus é páreo pra seu talento, você já derrotou Cobbac em combate!

— Cobbac estava bêbado!

— E mesmo assim já havia matado 50 dos nossos...

Thomas relutantemente concorda. Broch se aproxima do irmão e coloca a mão em seu ombro.

— Geralt pode liderar Os Meninos de Guerra na emboscada, ele é o segundo em comando mesmo. Nós vamos precisar de você a espreita, mesmo que a nossa formação seja falha, creio eu que ela seja o suficiente para desestabilizar o exército real e assim que o Rei William sair da formação, independente de qual seja, você ataca.

Thomas dá uma boa olhada em seu irmão dos pés a cabeça, apesar de ter um corpo magro e ser um pouco mais baixo que ele, Broch tinha uma postura firme, quase intimidadora, que o deixava imponente, muito diferente daquele menino pequeno e chorão que ele passou a vida toda protegendo.

— Ah, cara, quando foi que você cresceu tanto? Você era só um garotinho catarrento.

— Você sabe que só chegou até aqui por minha causa.

Ambos riem e se abraçam.

— Se chover, conversaremos com o duque sobre essa estratégia.

— Quando chover.

— Certo — Thomas dá uma pequena risada — Quando chover então.

— Agora eu vou voltar para o meu posto.

— Não, antes disso vá tomar banho, ordens do duque.

A contragosto, Broch foi escoltado por Thomas até as bacias para se lavar.

Algumas horas depois, cerca de 3 horas da manhã, os primeiros pingos de chuva caíram na região, o que era só chuvisco, se tornou em uma chuva torrencial poucos minutos depois, os raios e trovões ficaram tão altos que acordaram Hendrickson no pulo.

Ao sair da barraca para ver a inacreditável chuva, o duque se deparou com Broch e Thomas, encharcados, ajoelhados a sua frente.

— Como pode ver, meu senhor — Broch começa — Eu estava certo.

Hendrickson esboça um sorriso provocante.

— Sim, garoto, você estava.

— Temos que discutir a nossa nova estratégia, senhor — Thomas continua — Acho que vale a pena escutar o que temos para sugerir.

— É o que veremos — o duque faz um sinal para que ambos entrem e ordena para um de seus guardas chamarem Marcus e os outros. Uma nova reunião de guerra se inicia.

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Esse foi o primeiro capítulo de O Rei Que Nunca Perdeu, espero que tenham gostado, se encontraram algum erro de ortografia, não esqueçam de me avisar!
Novamente, não esqueça de votar e comentar, e se tiver gostado muito, pode compartilhar a vontade!
A jornada de Thomas e Broch está apenas começando!

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