Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

✨ Capitulo 8✨

⚜️ VICENT⚜️

Eu sabia que o Duque Galahad não ficaria muito tempo na mansão Westmonst. Sua presença aqui era uma ameaça, mas também uma oportunidade. Se eu conseguisse evitar cruzar seu caminho, meu plano seguiria intacto. Cada dia que ele passava sob este teto tornava o jogo mais arriscado. Meu disfarce, no entanto, permanecia o mesmo: roupas ásperas e sujas, cabelos desalinhados e postura baixa. Nenhum rei jamais se sujeitaria a usar os farrapos que visto agora.

E esse era exatamente o ponto.

Darien não sou eu.

Darien é uma máscara.

Um fantasma.

E fantasmas não são percebidos.

No último dia, Serena me ignorou por completo, e isso me afetou mais do que eu gostaria. Sempre soube que ela era orgulhosa, teimosa e difícil de lidar, mas agora parecia que eu era apenas uma sombra para ela. Não sei se está irritada pela minha proximidade com Anne ou se há algo mais profundo nessa rixa entre as duas. Seja qual for o motivo, não entendo. E, honestamente, não tenho tempo para isso agora.

Estou nos fundos do castelo e o calor da tarde tornava o trabalho ainda mais exaustivo. O suor escorria por minha nuca enquanto o machado descia com precisão, rachando toras de madeira em duas partes simétricas. Cada golpe ecoava no pátio, abafando o burburinho dos outros servos que tentavam organizar o caos deixado pelos soldados de Galahad.

Equilibrei algumas toras nos ombros e caminhei até um canto mais afastado. Meu corpo se movia automaticamente, repetindo um trabalho que eu já havia feito tantas vezes que poderia fazê-lo de olhos fechados.

Foi então que percebi.

Passos.

Eles eram controlados, mas não sutis o suficiente. Alguém se aproximava.

—Qual o seu nome, escravo?

A voz era desconhecida, mas o tom arrogante me fez apertar o cabo do machado com um pouco mais de força do que deveria. Levantei o olhar lentamente e vi um dos soldados do Duque Galahad me observando com curiosidade despretensiosa. Seu uniforme estava impecável, e em sua mão havia uma maçã meio comida.

—Darien. —Respondi secamente, sem interromper meu trabalho.

O soldado mastigou um pedaço da maçã e cruzou os braços, observando enquanto eu partia outra tora de madeira com um golpe certeiro.

— Você é forte. — Comentou, inclinando a cabeça. — Seria um ótimo soldado.

Continuei cortando a lenha sem me dar ao trabalho de responder.

— Se quiser, posso falar com o Duque a seu respeito. Ele gosta de homens com habilidades. Talvez lhe arrume um lugar na tropa.

O machado desceu com força contra a madeira, rachando-a em duas partes perfeitas.

— Não, obrigado. — Falei, limpando o suor da testa com o braço. — Estou com os Westmonst há anos. Gosto daqui.

O soldado sorriu de lado e deu a última mordida na maçã antes de atirar o caroço no chão.

— Eu também gostaria daqui, já que ver Serena todos os dias é um verdadeiro colírio para os olhos de qualquer homem.

Meu maxilar enrijeceu. A forma casual como esse patife pronunciou o nome dela despertou algo sombrio dentro de mim.  Mantive a expressão neutra, mas apertei o cabo do machado com mais força, sentindo a madeira ceder sob meus dedos.

— Imagino que sim. — Minha voz saiu firme, controlada, mas afiada como a lâmina que eu segurava. Ergui o machado novamente, fingindo desinteresse. — Mas sabe como é... alguns homens se esquecem do próprio lugar e acabam mirando alto demais. E quando isso acontece, a queda costuma ser dolorosa.

O machado desceu com força, rachando a lenha com um estalo seco.

O soldado soltou um assobio baixo.

— Impressionante. — Ele riu, dando um passo à frente. — Você é realmente forte. Sou Zoyer, a propósito. Um prazer.

A simpatia inesperada me pegou desprevenido. Poucos cavaleiros se davam ao trabalho de conversar com servos, muito menos de forma cordial. Isso me dizia duas coisas: ou ele era ingênuo, ou estava testando o terreno.

Zoyer arqueou uma sobrancelha, parecendo achar graça da minha falta de entusiasmo.

— Gostei de você. A maioria dos criados se encolhe na presença de um cavaleiro, mas você... — Ele me avaliou, inclinando levemente a cabeça. — Não parece se abalar tão facilmente.

— E por que eu deveria? — Retruquei, preparando outra tora para cortar.

Ele deu de ombros.

— Só uma observação. — Seu tom era leve, quase casual. — A gente nunca sabe quando pode esbarrar com alguém... interessante.

Trinquei os dentes e fingi ignorar a insinuação.

— E o que tantos soldados fazem em uma cidade pequena como essa? — Perguntei, mantendo a voz casual, como se a resposta não tivesse qualquer importância para mim.

Zoyer estalou a língua, como se estivesse ansioso para compartilhar a informação.

— Estamos caçando um fantasma.

Meu coração deu um salto, mas minha expressão permaneceu inalterada.

— Um fantasma? — Arqueei uma sobrancelha, preparando outra tora para cortar, sabendo exatamente do que se tratava.

— O rei perdido.

O machado parou no ar por um instante antes de encontrar a madeira com precisão.

— Interessante. — Sacudi os pedaços para o lado, injetando a dose certa de ceticismo na voz. — Achei que ele fosse só uma lenda.

Zoyer deu de ombros.

— Parece que não...E temos uma pista de que ele pode estar vivo.

Meu aperto no cabo do machado se intensificou por um breve instante antes que eu controlasse o gesto. Eles não sabiam muito. Apenas uma pista. Isso significava que ainda estavam tateando no escuro.

Levantei outra tora de madeira e a posicionei no toco antes de erguer o machado novamente. Minha mente trabalhava rápido, analisando cada palavra de Zoyer. Se os soldados ainda estavam na fase de especulações, eu ainda tinha a vantagem.

A lâmina cortou a madeira com um golpe seco.

— E que tipo de pista é essa? — Perguntei, sem desviar os olhos da lenha, mantendo minha voz neutra.

O soldado chutou o caroço da maçã para longe e cruzou os braços.

— Nada concreto. Mas há indícios de que o rei está vivo e de que alguém aqui nessa cidade pode estar escondendo ele. — Ele inclinou a cabeça, me analisando com curiosidade. — Você nunca ouviu essa história?

Bufei, limpando o suor da testa com o antebraço.

—Quem não ouviu? —Soltei um riso curto, carregado de desdém. —Esse boato circula há anos. Toda vez que uma desgraça acontece, inventam que o verdadeiro rei retornará ao trono e salvará o povo da ruína. Mas achei que os cavaleiros de Galahad tivessem coisas mais importantes para fazer do que perseguir um fantasma.

Zoyer riu, como se achasse graça da minha descrença.

— Pois é, eu também achei estranho no começo. Mas... — Seu sorriso diminuiu um pouco. — Parece que, dessa vez, tem algo grande acontecendo.

Minhas mãos apertaram o cabo do machado por um instante antes que eu me obrigasse a relaxá-las. Algo grande.

— E o que Galahad pretende fazer se encontrar o rei perdido? — Perguntei, mantendo a voz casual enquanto pegava outra tora de madeira.

Zoyer abriu um sorriso, e sua resposta veio fácil demais.

— Vai acabar morto na ponta da espada do Duque.

Ele realmente queria me matar.

Isso era interessante.

Mantive minha expressão impassível, mas por dentro, meu sangue fervia. Se Galahad estava tão empenhado em me encontrar, significava que não tinha certeza da minha identidade.

Ele suspeitava, mas ainda estava às cegas. Um erro que eu poderia usar a meu favor. O machado desceu com força, rachando a lenha ao meio com um estalo seco. Movi os ombros para aliviar a tensão, mantendo minha expressão relaxada.

— Então, vocês atravessaram meia Baróvia por um boato? — Perguntei, jogando outra tora no toco de madeira. — Parece muito esforço para pouca coisa.

Zoyer inclinou a cabeça levemente, os olhos atentos demais.

— O Duque não se move por boatos. — Seu tom era quase casual, mas havia um peso oculto. — Ele tem uma fonte confiável.

— Uma fonte confiável? — Repeti, como quem não se impressiona. Apoiei as mãos no cabo do machado e ergui o olhar para ele. — Deve ser alguém muito esperto pra saber mais do que o suposto rei.

Zoyer sorriu de canto, balançando a cabeça.

— Ou alguém muito próximo dele.

Minha mandíbula ficou tensa por um segundo, mas forcei um riso curto.

— E você sabe quem é essa fonte misteriosa?

Zoyer deu de ombros, fingindo indiferença.

— Se eu soubesse, já estaria bebendo vinho do bom e não estaria aqui conversando com você. O Duque sabe manter certos segredos.

Continuei cortando lenha, mas minha mente já estava longe dali. Se Galahad tinha uma fonte confiável, significava que alguém estava falando demais.

Alguém próximo o suficiente para saber que eu estava vivo.

Um traidor.

— E se o rei estiver morto? — Joguei a pergunta no ar, como quem não se importa com a resposta.

Zoyer suspirou, como se já tivesse ouvido essa dúvida antes.

— O problema dos mortos é que eles não falam. Mas os vivos? — Ele sorriu de leve. — Sempre deixam rastros.

Me abaixei para recolher os pedaços da lenha, observando-o de relance.

— Parece que você quer glória, soldado. — Comentei, arqueando uma sobrancelha.

Ele riu, chutando uma pedra no chão.

— Glória não enche barriga. Mas um rei sem coroa, sem exército e sem aliados suficientes? Isso pode ser uma oportunidade para quem souber jogar do lado certo.

Minha expressão permaneceu impassível, mas por dentro, as peças do tabuleiro se moviam. Eles achavam que eu estava vulnerável. Um rei sem trono, sem aliados, sem saída.

E era exatamente isso que me dava vantagem.

Zoyer me observou por um instante antes de continuar.

— Além disso, o Duque sempre diz... Quando se caça algo valioso, nunca se deve confiar apenas no silêncio.

A frase ficou no ar, um convite para que eu mordesse a isca.

Ajustei o machado na mão, permitindo um leve sorriso.

— Profundo. — Murmurei.

Inclinei levemente a cabeça e peguei outra tora e a posicionei no toco de madeira, como se a conversa não fosse mais do que um ruído ao fundo. Mas senti os olhos de Zoyer sobre mim, atentos demais, buscando alguma reação que eu não daria.

Ele esperou mais um segundo antes de sorrir de canto, satisfeito.

— Então, boa sorte na caçada ao rei. — Joguei a frase no ar, casual, mas carregada de significado.

Zoyer estalou os dedos antes de se afastar, andando com a confiança de quem já sabia o desfecho da história.

— Acho que não vamos precisar de sorte. O Duque sempre consegue o que quer.

Observei enquanto ele desaparecia.

Eles ainda não sabiam quem eu era.

Mas alguém, em algum lugar, sabia.

E isso mudava tudo.






***

N/A: alô alô

Vamos organizar duas postagens por semana, o que vcs acham?

POSTAGENS FIXAS:

🔥QUARTA E DOMINGO🔥

Ou vocês preferem quarta e sábado? Diz aí o que você prefere —>

⚔️ Então vejo vocês no domingo ou no sábado

Não esqueça de deixar sua estrelinha

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro