✨ Capitulo 1 ✨
⚜️ SERENA⚜️
Eu sempre soube que, como filha de um dos homens mais influentes do reino, meu destino nunca seria meu. Desde pequena, fui ensinada a me portar como uma dama, a sorrir mesmo quando queria gritar, a acatar ordens sem hesitação. Minha vida sempre foi decidida por outros—por meu pai, por conselheiros, por alianças que eu sequer compreendia.
E agora, minha sentença estava selada: eu pertencia ao Barão Erasto Frankfurt.
Um velho asqueroso, de hálito pútrido e mãos frias, que me olhava como se eu fosse uma peça de carne recém-chegada ao mercado. Seu olhar me fazia estremecer, não de desejo, mas de repulsa. Suas palavras eram sempre carregadas de falsa doçura, como se tentasse me convencer de que sua presença em minha vida era um privilégio. Mas eu sabia a verdade. Ele me queria não por quem eu era, mas pelo que minha família representava. Para ele, eu não passava de um troféu.
E então, havia Darien.
Darien, que era tudo que aquele velho porco nunca poderia ser.
Eu sabia que ele era apenas um escravo, alguém sem nome, sem passado, sem qualquer posição que justificasse minha atração. Mas, diante dele, essas regras não faziam sentido. Darien me olhava como ninguém jamais olhou. Não como um objeto a ser possuído, não como uma moeda de troca, mas como alguém real. Alguém que pensava, que sentia, que existia além das grades invisíveis que me prendiam.
Quando ele falava comigo, não havia bajulação, não havia mentiras. Havia apenas sinceridade. Uma verdade crua e perigosa que me fazia desejar um mundo onde eu pudesse escolhê-lo sem medo das consequências.
E era isso que mais me assustava.
Porque, quando eu estava com Darien, esquecia de tudo. Do meu noivado, do nome que eu carregava, do dever que me obrigavam a cumprir.
Eu só queria estar com ele.
E, naquele momento, era exatamente isso que eu fazia.
Meu quarto estava uma bagunça—lençóis revirados, roupas espalhadas pelo chão e o ar ainda carregado com a eletricidade do que estávamos fazendo. Tentei não deixar os gemidos escaparem pela minha boca a medida que Darien possuía meu corpo.
Ele me puxou para cima de sua cintura, tomando todo o meu corpo para si. Beijos suaves eram depositados ao redor do meu pescoço enquanto ele me penetrava deliciosamente. Essa era a vigésima quinta noite seguida que estávamos transando escondidos e sem parar. Eu sabia que alguns criados do castelo cochichavam a meu respeito, afinal a filha do Visconde pertencente a casa Westmonst deveria ser uma moça virgem e puritana, o que eu certamente fingira ser.
Acontece que estou de casamento marcado e eu prefiro morrer queimada na fogueira a me entregar para aquele velho horrendo. E se o destino não estivesse disposto a me salvar, eu mesma trataria de encontrar uma saída.
—Mais rápido... —Murmurei em um gemido, deixando minhas mãos correrem por suas costas.
Ele sorriu, e de repente, se virou na cama, me deixando por cima. Com as mãos em minha cintura Darien começou a me impulsionar para cima e para baixo e logo encontrei um ritmo que dava prazer a nós dois. Meu orgasmo estava próximo de novo, enquanto o via morder os lábios e soltar rugidos baixinhos. No caso, a escandalosa ali era eu e meus gritos se tornaram mais altos quando gozei novamente, rebolando em seu membro grosso e grande, que me ocupava por inteira.
Sem me deixar parar, Darien me puxou pela nuca e beijou minha boca, me segurando pela cintura com uma mão. Se apoiando com os pés ele começou a estocar dentro de mim novamente, me fazendo gemer em seus lábios.
Segundo minha dama de companhia se eu ficar me esfregando todas as noites em meu escravo provavelmente meus pais irão ganhar minha cabeça decepada se meu futuro marido descobrir. Acontece que Darien não era apenas um escravo para mim.
Nessa sociedade hipócrita, espera-se que uma mulher se mantenha intocável até o casamento, enquanto os homens se entregam aos seus desejos sem qualquer julgamento. Mas eu nunca fui boa em seguir regras que não fazem sentido para mim. E com Darien... com Darien, tudo parecia certo. Eu pulei etapas que me foram impostas sem que tivesse escolha. Não esperei um casamento arranjado, um juramento forçado ou uma noite fria ao lado de um homem que me causa repulsa. Escolhi sentir, escolher viver, escolhi ele.
Talvez, no fundo, eu sempre soubesse que estava apaixonada por Darien desde o dia em que o conheci. Só demorei tempo demais para aceitar.
E agora, já era tarde demais para voltar atrás.
—Darien, eu vou... eu vou... —Murmurei nos seus lábios, mas acho que minha voz saiu mais alto que um simples murmuro.
Ah, como eu o amo.
—Deixa fluir, minha Serena. Goza pra mim.
Por um momento aquele aperto delicioso me atingiu e eu tapei minha boca para não gemer ainda mais alto. O beijo de seus lábios macios e molhados contra minha clavícula naquele pontinho sensível e escondido era uma das melhores sensações que eu já senti. Como se meu corpo o obedecesse de imediato, após duas estocadas eu havia chegado ao ápice do prazer. No mesmo momento explodi ao redor dele, meu coração e respiração estavam tão acelerados como se minha alma tivesse saído do meu corpo e sido sugada para algum lugar ali próximo. Descompassado ele saiu de dentro de mim e explodiu na própria mão. Sim, eu amava todos os nossos momentos íntimos e amava ainda mais como o rosto dele se contorcia de prazer ao vê-lo gozar.
A verdade é que Darien é o homem mais lindo e charmoso que eu já conheci na minha vida. Ele chegou ao castelo da minha família quando tinha apenas treze anos e foi vendido como escravo para meu pai ainda muito jovem. Seu cabelo loiro era tão claro quanto o nascer do sol e aquele olhar profundo e penetrante sempre me fazia duvidar da minha existência. Um escravo com porte físico de nobre, bem alimentado e inteligente era raro. Ele saiu por um preço bem exorbitante na época, mas lembro que meu pai não hesitou em comprá-lo, apesar da idade jovial e aparência agradável ele seria útil para a casa Westmonst.
Ao me deitar com ele pude sentir o cheiro familiar a qual era acostumada. Um perfume que apenas o corpo dele exalava após o sexo. Aproximei meu rosto de seu peito e relaxei ouvindo silenciosamente seu padrão respiratório e batimentos cardíacos.
—Foi bom para você? — perguntei, minha voz baixa, quase hesitante. Aguardei ansiosa pela resposta, como se sua aprovação fosse a única coisa capaz de dissipar a inquietação que se instalara em mim depois do que havíamos feito.
Darien me observou por um instante antes de responder, a sombra de um sorriso acompanhado de covinhas brincando em seus lábios.
—Foi muito bom, minha dama.
Franzi o cenho, incomodada com a formalidade.
—Não precisa me tratar com honoríficos quando estamos a sós.
Ele inclinou levemente a cabeça, um brilho divertido nos olhos.
—Se você insiste... então assim o farei.
O tom tranquilo de sua voz escondia algo mais—um desafio sutil, uma provocação velada. Meu coração acelerou. Eu sabia que, por trás daquela calma aparente, havia muito mais que ele não dizia.
Nossos encontros noturnos começaram há seis meses, na mesma época em que fui prometida ao Barão Erasto Frankfurt, assim que completei dezenove anos. Desde então, Darien e eu nos pertencemos nas noites em que meu pai está fora do castelo. Eu o procuro movida pelo desespero e pela revolta, despejo nele todas as minhas frustrações, enquanto ele, silenciosamente, toma o que precisa e me ensina coisas que nenhuma dama deveria saber.
No fundo, sei que não é uma troca justa. Uso Darien para fugir da minha própria realidade, como se o calor do seu corpo pudesse apagar a sentença que paira sobre mim. Mas não importa quantas vezes eu tente fingir que isso é apenas desejo, a verdade me alcança a cada amanhecer: a cada noite ao seu lado, eu me apaixono ainda mais.
E, junto com esse sentimento, vem a culpa.
Ela se arrasta sobre mim como uma sombra persistente, pesada e cruel, me lembrando de que estou me entregando a alguém que nunca poderá ser meu. De que, por mais que eu deseje Darien, meu destino já foi escrito por mãos que não são as minhas.
E o que mais me assusta não é que meu pai descubra.
O verdadeiro medo, aquele que me consome por dentro, é a possibilidade de que, para Darien, eu não passe um fardo. Que, no final, ele nunca tenha tido escolha. Talvez, ao me tocar, ele não esteja se entregando da mesma forma que eu. Talvez, para ele, eu seja apenas outra obrigação. E, se for assim, então o que temos nunca foi real.
O pensamento me dilacera, mas não posso fugir dele.
Sinto muito por ter me apaixonado por você, Darien.
Sinto muito por desejar que você sinta o mesmo.
—Serena, por que está chorando?
Não tinha percebido que algumas lágrimas silenciosas haviam rolado pelo meu rosto.
—Não gostou? Quer que eu comece de novo, beijando cada parte de seu corpo ? —Ele perguntou, a voz carregada de uma ironia suave.
—Não, não é isso. Eu estou satisfeita, obrigada.
—Você consegue ser sedutora até quando chora. —Observou com um tom passivo, afastando alguns fios soltos de cabelo do meu rosto.
—Eu só estou um pouco emotiva.
—Pela proximidade do seu casamento com o barão?
—Sim.
Não era uma inverdade. Meu casamento com aquele porco horroroso a cada dia estava mais próximo. Darien assentiu em silêncio, sua expressão inalterada enquanto continuava a acariciar meu cabelo com uma calma desconcertante. Cada segundo a sós com ele era um presente precioso, algo que eu temia perder.
—Darien?
—Sim?
—Qual é o seu nome de verdade ? Quero dizer... o nome que seus pais lhe deram, antes de você se tornar escravo.
Ele parou por um momento, como se a pergunta o tivesse pego de surpresa, seus pensamentos vagando por um instante antes de finalmente responder.
—Vicent.
—Vicent, como o rei perdido?
—Sim, exatamente como o rei perdido.
***
N|A: Primeiro capítulo postado!!
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Obrigada pela atenção 📍
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