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Capítulo 8

Capítulo 8, relatos.

Eu estava com dores nas pernas e exausta... Simplesmente, não queria falar com ninguém. Tinha tomado raiva de cada uma daquelas pessoas — com poucas exceções. Por dentro eu era a mais pura tristeza, com uma vontade gigantesca de chorar. Qualquer palavra que saísse de minha boca seria o estopim para soltar tudo preso dentro de mim. Mas eu não podia chorar, mesmo que me fizesse bem. Tentaria pela primeira vez ser realmente forte, precisava ser.

Willian e Jack, que agora se mostrava prestativo — não um encosto, como eu —, acharam uma corda, um alicate e par de luvas em um quarto com ferramentas e objetos de obra no terraço. Iriam abrir um buraco na cerca, que, pelo visto, não tinha nada de "elétrica" por aqui. Jack se mostrou mais habilidoso que Willian, então acabou fazendo o serviço quase todo.

Sempre ouvi falar que a Mundi tinha colocado uma cerca eletrizada de proteção entre a Floresta Costeira e os Estados por segurança, entretanto agora sabia que as Zonas Abandonadas eram completamente desconsideradas por eles.

Ruby acordou nada bem hoje, estava com saudades de casa. Tentei-me por no lugar dela. Se eu que tinha dezesseis anos estava, imagina ela que ainda tinha apenas três. Queria ajudar, mas não sabia o que fazer — como sempre. Ann mostrava-se calma para a irmã, mas Ruby não demonstrava ceder. Até Axel surgir com um ursinho imundo, que havia encontrado em um dos apartamentos — procurava por algo que fosse útil para gente —, capaz de fazer aquelas lágrimas cessarem.

Claramente, aquele ursinho não chegava aos pés dos brinquedos que Ruby tinha em sua casa, mas, para ela, ele era tão bom quanto.

Às nove horas da manhã decidiram estar mais do que na hora de irmos. Eu não gostaria de ir, mas já que aqui eu não tinha condições de ficar viva, fui.

Tão presa dentro dos meus pensamentos, nem ligava para a possibilidade de depararmos com algum animal selvagem. Cada quilômetro no asfalto dava a impressão de serem dois aqui. O dia estava mais quente do que o anterior, eu estava pior.

"Anne, é sério, caso não se sinta bem, não se force. Avise de imediato. Está entendido?"

O meu máximo tinha passado há mais de meio quilômetro.

— Preciso... parar — soltei com a voz abafada, não sei como puderam escutar.

Logo em seguida cai sentada no chão.

— Há quanto tempo está assim? — perguntou Ashley nervosa e se abaixando ao meu lado.

— Alguns minutos — menti.

— A verdade — reprimiu sem cogitar em acreditar no que falei.

Ela segurou meu pulso com suas feições fechadas.

— Responda, Anne!

— Desde ontem. Desde quando chegamos à entrada da E7.

— Por que você não falou nada? — perguntou meio estressada e revirando a mochila.

— Eu pensei que estava tudo bem — tentei me justificar.

— Claro que pensou — resmungou Aubrey.

Axel a fuzilou de forma a dar para ler um "Cala a boca!" escrito em seu olhar. Pela primeira vez me vi grata por ele estar ali.

Ashley passou um líquido azul-marinho de um frasco de vidro a uma seringa descartável. Sem cerimônia as injetou em meu braço.

— Desculpas, mas você não deu opção.

Doeu, mais do que um xingamento pudesse descrever. Uma dor incomparável com a da injeção do dia retrasado, meu corpo começou a adormecer por inteiro. Axel se virou escondendo o rostinho de Ruby e o de Jack contraiu-se, como quem não quisesse me ver.

Fiquei trêmula e suando frio, desejava não expor o que estava sentindo.

— Da próxima vez, seja mais... sútil. — comentei.

Ela abriu um sorriso e eles relaxaram.

— Vamos ter que esperar uma hora até voltarmos a andar — avisou Ashley.

— Tudo bem, faltam apenas três quilômetros. Chegaremos perto de uma hora — afirmou Aubrey, sentando-se.

Ashley me ajudou a ficar de pé para ir até uma árvore atrás de mim. Sentei-me entre suas raízes concentrada em me acalmar.

— Muito obrigada, Ashley! — agradeci com a respiração forte.

— De nada — disse, ajoelhando-se na minha frente. — Não sei como chegou até aqui depois de tanto tempo sem Mutação.

— Mutação?

— É o nome que deram a substância que acabei de injetar em você.

— Ela é bem pior do que a que Clarabelle me deu.

— É a mesma. Porém, dessa vez fui obrigada a colocar em uma quantidade muito maior. Eu não sei como dizer, mas por causa do tempo seus níveis estavam bem baixos.

— Até quando vou precisar?

— Será por alguns meses.

— Pelo menos agora eu sei que não devo ficar tanto tempo sem.

— Com certeza, não — ela se levantou. — Se me dá licença, preciso falar com Hilary, qualquer coisa me chama.

Concordei com a cabeça.

Ashley não era chata e boba como eu tinha imaginado. Nada era como eu achava. Eles pareciam usar máscaras que aos poucos deixavam que despencassem, não podia confiar.

Jack veio até a mim, por um instante pensei em gritá-la de volta. Não queria conversar agora, mesmo que adorasse a companhia dele. Fechei meus olhos e tentei me concentrar apenas no que acontecia dentro do meu organismo naquele momento.

— Você está se sentindo melhor? — perguntou.

Senti seu braço esbarrando o meu ao meu lado.

— Estarei.

— Fui um babaca de não ter percebido que você estava mal.

Não falei nada.

— Por que não me disse nada?

Imaginei que tivesse desistido da conversa, mas não.

— Não confia em mim?

Abri os olhos.

Aquele idiota — vulgo Axel — estava me observando sentado ao lado de Ann. Eu não precisava suportar ele e sua droga de joguinho.

"Mas só suponha que isso aqui não poderia acontecer," lembrei.

Ele que não poderia ter acontecido na minha vida, ele só tinha aparecido para me fazer começar duvidar de algo que sempre tive certeza. Ou tentar, porque ainda continuaria nítido.

— Você me perdoa? — perguntei, virando-me a Jack.

— Te perdoar pelo o que, Anne? — perguntou, retirando uma mecha de cabelo do meu rosto.

— Por ter sido tão babaca, até mais que você — Jack riu. — E nunca ter feito o que sempre tive vontade de fazer.

Sem nem precisar que eu verbalizasse, fez o que a minha cabeça lhe pedia.

Entre minhas alucinações e melhores sensações, só poderia afirmar que foi bom, muito bom.

[...]

Sabe aquela sensação de quando se ganha algo que deseja por muito tempo?

É maravilhosa! Mas não dura tanto... Você começa a se questionar se realmente precisava daquilo ou apenas queria.

E quando não se sabe se o que te levou a fazer não passou de um impulso?

Eu sempre quis Jack, pelo o que me lembrava, e agora por mais que eu estivesse maravilhada com aquele beijo não conseguia deixar de me sentir culpada. Culpada por algo que nem sabia o que era.

Meu primeiro beijo no meio de uma floresta, passando mal, sem entender direito o que estava fazendo e pior... na frente de várias pessoas. Os lábios quentes e úmidos de Jack seriam memoráveis, mesmo assim questionava-me se devia ter feito isso ali e naquele momento.

Não tinha entendido direito, mas Axel se levantou de onde estava, disse que já voltava e saiu floresta adentro. Só voltou, realmente, minutos antes de irmos. Aubrey pensou em ir atrás dele, mas por algum motivo decidiu dar paz, pelo menos uma vez na vida, ao irmão.

Aquilo era tão confuso que eu nem conseguia falar com Jack. Antes que ele começasse a me interrogar sobre os meus sentimentos, pedi para que me desse um tempo. Ele compreendeu, como sempre. Chegava a ser mais do que eu podia pedir.

Pensei se Axel tinha ligado para o que aconteceu, mas não havia razão alguma. Devia ser apenas meu subconsciente querendo me agradar com a possibilidade de ter sido, deixei a ideia de lado. Entretanto não poderia dizer estar arrependida, apenas confusa e incerta sobre o ato. Eu tinha certeza do meu amor por Jack.

[...]

Mil vezes melhor do que quando tinha acordado, tanto fisicamente quanto emocionalmente, fiz o resto do caminho sem muitas dificuldades. À uma hora da tarde, como Aubrey tinha previsto, chegamos ao Refúgio — creio.

— Everett! — gritou Mason, que andava mais a frente, ao ver um garoto encostado contra uma árvore descascando uma laranja.

Ele manuseava uma faca que facilmente poderia ser dita como um artefato de colecionador, por si só era intimidatória.

— Mason! Finalmente — disse, abrindo um sorriso enorme.

Ele guardou tanto a faca quanto a laranja dentro de uma bolsa de couro e abraçou-o.

Ele tinha a pele escura e dreads presos em um coque atrás da cabeça. Era bonito e poderia até dizer parece ser simpático se não fosse pelas armas brancas guardadas pelo o corpo — elas me passavam uma má ideia.

— Pessoal, eles chegaram! — gritou, antes de se voltar para Mason e comentar. — Demoraram, hem. Estou aqui com Dean e Björn há mais de duas horas.

— Dean e Björn? Cadê eles? — perguntou Mason alegremente.

Um garoto moreno e um ruivo vieram correndo.

— Mason! Axel! Willian! — gritou o ruivo maravilhado em vê-los.

Eles começaram a se cumprimentar perguntando sobre as novidades. Todavia quando pareciam estar entrando em uma conversa, Aubrey os interrompeu.

— Podem ser diretos? Estão fazendo o que aqui? Para dar boas-vindas que não é.

Eles ficaram sérios e Everett começou:

— Nós vamos ter que cuidar deles.

— Desde quando você cuida de alguém, Everett? — perguntou Aubrey.

— Algumas coisas mudaram por aqui enquanto esteve fora, lindinha.

Ela cerrou os dentes.

— Isso é o que você pensa.

A voz dela saiu entre os dentes das mandíbulas fechadas e pela forma como se encaravam podia prever que nada de bom viria dali. Axel colocou o braço entre a irmã e Everett.

— O que você quer dizer com "cuidar"? — Axel quis saber.

— Nós apagamos e nós levamos — respondeu Everett.

Um forte calafrio me percorreu.

— Não há necessidade disso! — exclamou Axel rispidamente.

— Quem diz isso não é você — Everett respondeu em mesmo tom e completou. — Björn fica com o garoto, Dean com as meninas, e eu cuido dela.

Eu não sabia se estava mais apavorada com o que eles estavam querendo dizer ou com a ênfase dada ao se referir a mim.

Vi a mão de Axel se fechando tão forte ao ponto de ficar vermelha com as juntas esbranquiçadas e veias sobressalentes. Aubrey, agora tão racional quanto normalmente era, segurou o antebraço dele e repetiu pausadamente:

— Quem. Diz. Isso. Não. É. Você.

Ele pareceu escutar a irmã, mas mesmo assim impôs:

— Tudo bem, mas eu levo as meninas.

Everett abriu um sorriso sarcástico, porém propôs:

— Deixe que o Dean leve uma delas.

Ele avaliou Dean e assentiu. Dean não amedrontava a ninguém, dava a entender ser um típico adolescente — sem um arsenal bélico pelo corpo.

— Mas eu levo Ann, a maior — completou, direcionando a atenção as garotas.

— Que seja.

Everett chamou o garoto com um gesto de mão e apontou a Ruby do lado de Axel.

— Você leva Ruby — informou Axel a ele.

— Por que eu tenho que...? — começou Dean.

— Quem é o líder sou eu e eu concordei! — interrompeu Everett já esgotado.

Não precisava conhecê-lo para saber que carregava esse título como uma grande honra ao mérito.

— Tudo certo! Tudo certo! Dean aceita ser babá. Venha garotinha — disse, pegando Ruby no colo.

Ruby mesmo sem querer, não negou o colo dele.

— Seus cabelos são de fogo? — perguntou Ruby a ele, olhando atentamente as mechas.

— Não, mas seria irado se fossem.

— Pode tocar?

— Claro!

Everett revirou os olhos para os dois.

— Vamos logo com isso — resmungou Axel, estendendo a mão a ele. — Tenho tarefas a cumprir.

Ele caçou alguma coisa na bolsa e retirou de lá uma seringa e líquido esbranquiçado. Lá veriam mais agulhadas! Ficaria apavorada se não imaginasse que seria exatamente aquilo que devesse esperar. No entanto Jack chegou a estremecer ao meu lado.

Everett entregou-os a Axel, que manuseou sem dificuldade. Então se abaixou na altura de Ann segurando sua mão. Estava tão assustada quanto Jack.

Em tom calmo disse:

— Eu prometo que não vai doer, pequena.

Ela, ainda com os olhos arregalados, concordou levemente com a cabeça. Logo, Axel injetou o líquido no pescoço de Ann e em segundos caiu sobre o colo dele.

— Tome, Björn — disse Everett, entregando uma seringa pronta ao garoto do seu lado.

Ele foi até Jack. Björn estava indiferente com a situação e fazia com pura naturalidade.

— Calma, não precisamos disso... — começou Jack muito nervoso.

Suspeitava que começaria até a gaguejar.

— Não complica — reprimiu Björn, desconsiderando seu estado.

Quase automaticamente ele caiu pelo o ombro de Björn já apagado — devia estar quase desmaiando mesmo.

Portanto, tinha chegado a minha vez e foi quando comecei entrar em desespero.

"Calma, Anne! Você conseguiu chegar até aqui, isso é nada."

Acompanhei com o olhar cada ação de Everett. Desde seus longos e grossos dedos retirando a proteção da agulha ao caminho curto percorrido com a seringa pronta na mão até chegar em mim.

— Vai doer nadinha... — cochichou ao pé do meu ouvido.

E com a superfície gélida da agulha penetrando em meu pescoço, completou:

— ... Alice.

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