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Capítulo 35

Capítulo 35, relatos.

Anne — chamou uma voz sonolenta, puxando a manga da minha camisa.

Olhei.

— O Axel vem... — Ruby bocejou. — Mesmo?

Ela caiu sobre o meu colo de novo. Foi a terceira vez que acordou para fazer a pergunta.

As Fogueiras ainda tinham uma boa quantidade de pessoas — nada anormal —, mas estava esvaziando com o tempo. Ann apagara de vez há algumas boas horas no colo de Jack e Aubrey parecia mais acesa do que nunca.

— Aubrey — chamei.

— Diga.

— Vou levar as garotas.

— Mas já? — estranhou, colocando um tom de voz surpreso pela anúncio.

Ela assistiu Ann e Ruby — esta aparentava ter desmaiado sobre mim com seus cabelos bagunçados e o corpo todo torto.

— Eu estou com elas — disse Jack, mostrando fortes sinais de sono.

— Já devem ser umas três da manhã. Eu posso até ficar com você aqui, se quiser, mas eles não conseguem mais.

— Tudo bem, só que eu vou ficar aqui esperando.

Imaginar que ele não iria vir doía, mas doía menos do que ver Aubrey passando a madrugada inteira sentada em um tronco de madeira com a brisa fria da noite esperando por algo que a cada hora dava mais certeza de ser em vão.

— Você não acha melhor ir dormir? — perguntei, segurando sua mão. — Ele pode não vir, pelo menos hoje. Ann pode estar certa.

— Não, Anne, ele vem — disse com extrema certeza. — Eu sei que ele vem. E vou ficar aqui. Só... só estou preocupada que algo possa ter acontecido no caminho.

Apertei sua mão mais forte e afastei a possibilidade.

— Não se preocupe quanto a isso. Ele aprendeu muito bem como se defender com a irmã que tem.

Um sorriso relutante surgiu nos lábios dela.

— Obrigada, Anne — desviou o olhar para o céu. — Não sei se sou uma irmã quanto diz, mas ele aprendeu muito bem mesmo.

— Você é sim.

E eu tinha certeza disso.

— Que lindinhas... Agora podemos ir? — comentou Jack, começando a perder os sentidos.

Ajeitei Ruby em meu ombro e me levantei.

— Eu já volto, tudo bem? — disse a ela.

Aubrey apenas concordou com a cabeça.

— Tchau, Wright — despediu-se Jack com Ann agarrada nele.

— Tchau, Howard.

— Não, não, não. É "galante senhor Howard" — corrigiu abobado.

Jack começava a fazer palhaçadas além do normal quando sonolento. Então o jeito era apenas ter paciência e relevar.

— Vamos, Jack — disse, reprimindo-o.

Ela sorriu para ele e voltou a olhar na direção da floresta.

[...]

— Por que o elefante não pega fogo? — repetiu Jack pela terceira vez desde que colocamos Ann e Ruby na cama.

— Ah, por quê, Jack? — fingi interesse.

— Porque ele já é cinza.

— Como não pensei nisso? — ironizei.

Ele ficou rindo da própria piada por longos segundos.

— Você precisa mesmo voltar? — perguntou ao alcançarmos a altura da entrada da Vila 4.

— Sim, não posso deixar a Aubrey sozinha e você tem que dormir.

Ele olhou para o chão como uma criança pirracenta, mas compreendeu.

— Boa noite — disse, dando-lhe um beijo na bochecha.

— Boa noite — respondeu e foi se arrastando para vila ao lado, a 3.

Fui a passos lerdos de volta às Fogueira, acompanhando o brilho que o fogo tinha naquele lugar durante à noite. Queria tornar aquela pequena caminhada em longa, era alguma coisa a se fazer depois de horas sentada em um tronco de madeira áspero com uma criança prendendo a circulação das pernas.

De longe vi que uma tímida multidão unida na margem da floresta, igual estavam após o primeiro grupo chegar pela manhã. Fiquei nervosa, mesmo, praticamente, convencida de que Axel não estaria entre eles. Pelo menos agora Aubrey iria dormir e eu também.

Aproximei-me mais de onde estávamos e vi Aubrey agarrada ao pescoço de um homem, rodopiando. Enfiei as mãos nos bolsos, porque eu reconhecia aqueles cabelos com toques dourados a luz das tochas.

Parei onde estava, não conseguia pensar em mais nada a não ser permanecer ali. Estava longe o suficiente para não ser notada pela maioria, mas perto o suficiente para ele fixar os olhos em mim ao largá-la de novo no chão.

Aubrey se virou para ver o que ele observando.

— Eu disse que ele voltaria, Anne! — exclamou Aubrey, morrendo de alegria e segurando os meus dois ombros.

Axel estava com uma barba por fazer, seus cabelos não eram cortados há um tempo, começando a formar alguns caracóis; e um bronzeado deixava suas bochechas rosadas. Usava camisa gola V preta, uma bermuda jeans claro muito bem alinhada e uma pulseira macramê azul-turquesa.

— Oi. — disse, dando um curto aceno.

— Oi. — respondi em mesmo tom.

— Não te contei. Meio que eu e Clark estamos "próximas" agora — disse Aubrey, falando mais rápido do que o habitual.

Ele deu um sorriso sem graça.

— Que bom, gosto de saber que está fazendo amizades.

Aubrey estranhou a reação dele, mas continuou:

— Eu já estava começando acreditar que você não viria.

— Eu não podia voltar cedo com a Ann, ainda tinha coisas a resolver.

— Como assim? Que coisas?

— Depois eu te falo — disse, coçando o nariz de leve.

E naquela hora eu não soube se ele não queria falar porque a ocasião não era correta ou porque eu estava ali. Aubrey me olhou rapidamente, devia ter pensado o mesmo que eu.

— Mas então, como é a unidade? Como foram esses meses? — ela perguntou, tentando mudar de assunto.

— Foram incríveis, você adoraria — disse, segurando as alças da mochila. — Tem um laboratório fantástico — completou.

— É sério? Não me diga que passou a maior parte do tempo enfiado em um laboratório.

— Esse era um dos motivos de eu ter ido para lá.

— Lembro de você ter comentado, mas mesmo assim. Devia ter tanto para se fazer.

— Sim, tinha...

— Por que Ann estava lá? — avancei, cortando o que ele falava.

Seus olhos se arregalaram, foi como se eu tivesse acabado de me meter na conversa de dois estranhos.

— Estudos — ele disse depois de um tempo.

— Estudos?

— Ela estava sendo estudada — disse, sendo cuidadoso com as palavras.

— Com isso você quer dizer que estava sendo uma cobaia? — perguntei com certa rispidez e dúvida.

Ele cerrou os dentes. Conseguia ver seu maxilar comprimido.

— E por acaso eu deveria te conhecer?

Fiquei sem reação, nunca esperaria escutar isso dele.

— Para de palhaçada, Axel — reprimiu Aubrey. — Não vai ser assim que irão resolver os problemas entre os dois.

— Sinto muito, Aubrey, mas se eu soubesse quem é ela, com certeza me lembraria.

— Como assim? É a Anne! — ela disse, ficando exaltada.

— Não, está tudo bem — intervi, afagando o ombro dela.

Ela me olhou desentendida, mas eu já tinha entendido a situação. Eu conhecia aquilo... muito bem.

— Nos conhecemos alguns meses atrás, foi no seu aniversário — respirei fundo. —  Cumpro horário na vigilância noturna com a Aubrey faz um bom tempo. E a minha aparência deve ter mudado bastante desde aquela vez... Talvez seja o cabelo.

— Ah, claro — ele disse mais calmo. — Acho que sei quem é de relance. O nome não me soa estranho mesmo.

— E desculpas... — a minha garganta vacilou momentaneamente. — Eu não sou grossa assim sempre, mas eu e Aubrey tivemos um dia muito difícil aqui no Círculo Central — olhei para ela. — não é?

— Deve ser — ela disse, estranhando-me.

— Eu também não estou nada bem — ele disse claramente tentando não ser grosseiro. — Já iria me retirando.

O olhar dele desviou para Aubrey, havia alguma mensagem que gostaria de passar a ela.

— Podemos conversar depois, né? — ele perguntou.

— Claro.

— Então... boa noite — disse, pousando os olhos sobre mim uma última vez antes de sair.

Eu sei que me segurei apenas o suficiente até ele tomar uma considerável distância, pois os braços de Aubrey me encontraram poucos segundo antes de começar a ficar sufocada em meu próprio choro.

[...]

Aubrey.

Eu deveria ter previsto. Se Moore foi capaz de apagar a memória de Anne duas vezes para vê-la longe de Axel, por que não fazer o caminho reverso? Mas eu o entendia... Pior, que eu entendia. Era meio triste admitir isso, mas, no fundo, sempre acreditei que o amor do meu irmão por ela era maior do que o dela. Anne era capaz de se entregar a outra pessoa, conseguia por Jack no lugar dele. Mas e Axel?

Quando Anne caiu em meus braços, soluçava e eu me preocupava o suficiente com ela para ficar e não ir atrás de Axel, quem jurei em toda a minha vida ser a única pessoa que amava e me importava. Uma parte do meu ser se incomodou com o sofrimento dela, uma parte de mim ela tinha conseguido se apossar. Só tomei coragem para deixá-la sozinha em seu quarto, depois que me assegurei de que Anne tinha caído no sono. Então fui para a Vila 2, fui ver a pessoa que costumava ser o Axel Andrew Wright e tanto me admirava.

— Você pode me explicar o que está acontecendo? — perguntei, entrando irritada em seu quarto. — Vai tentar me convencer que nunca viu a cara daquela garota?

"Você, Axel, foi um grosso com ela," soltei para a minha própria surpresa.

Em toda a minha existência seria capaz de acreditar um dia reclamar com Axel por ele ter sido grosseiro com alguém, muito menos que faria isso pela nossa priminha Alice.

— Eu sei — ele disse sentado na cadeira em frente à sua escrivaninha e com a cabeça sustentada pelas mãos escoradas aos cotovelos no tampo dela. — Se não tivesse a mínima de quem ela é, não estaria mal agora.

— Então aquilo foi uma farsa? — perguntei praticamente berrando.

— Não! — ele rebateu, levantando a cabeça para me olhar.

Só assim pude perceber que ele estava com vontade de chorar, baixei a guarda.

— Eu me lembrava vagamente da morte de April... Mas agora eu sei muito bem quem é. Bastou olhar para a cara dela. Como quer que eu reaja tendo a responsável pela morte de umas das pessoas mais importantes da minha vida?

— O QUÊ?! — gritei.

Axel se recolheu, parecendo um animal ferido. Respirei fundo, de todas as pessoas que eu podia fazer mal, ele não estava incluso.

— Desde quando April é importante para você?

— Nós namorávamos, Aubrey! — rebateu indignado. — Eu me lembro. Você pode estar achando que estou maluco, mas eu tenho certeza que me lembro. Sinto como se ela ainda estivesse viva em mim... de cada sensação. Mas ao mesmo tempo sinto um ódio tão grande por essa... — sua voz embargou. — Anne.

"Pelo amor de Deus, me ajuda!" pediu desesperado. "Eu sinto como se fosse capaz de matá-la. Fazê-la pagar pelo o que fez e isso está me consumindo. Nunca senti nada desse jeito antes."

Ajoelhei-me na frente dele, abraçando Axel com o meu coração ficando mais acelerado a cada uma de suas palavras.

— Está tudo bem, capitão — disse acariciando seus cabelos. — Você só está confuso. Anne nunca tentaria matar alguém que você ama, ela gosta de você. Dou a minha palavra.

Repeti para mim mesma que eu estava certa, mesmo tendo certeza de que dessa vez Moore tinha extrapolado todos os possíveis limites.

— Eu vou tentar ser legal com ela — disse baixo, parecendo não acreditar que tinha coragem de jurar aquilo. — Mas você ficar aqui comigo hoje?

Vi no seus olhos o desespero. Garrett tinha conseguido ferir a alma do meu irmão, o feito ter medo e angústia de si mesmo. Parecia tão indefeso e fraco quanto quando perdemos o nosso pai, ele ainda sentia a dor da perda. Mas dessa vez era da perda de alguém que ele achava em vão amar.

— Claro. Eu sempre ficarei com você.

"Mas o que você acha de dar uma segunda chance a ela? Ela pode te provar como está enganado. O que acha de uma visita aos seus animais prediletos?"

Ele deu um sorrisinho de canto e fiquei grata por ser impossível roubar a personalidade dele.

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