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Capítulo 34

Capítulo 34, relatos.

Duas semanas depois...

Eu te odeio, sério. Se você fosse menos parecida comigo, seria mais fácil de aturar.

— Concordo — disse Aubrey, sorrindo.

Ela remexeu as folhas no chão da floresta com um pedaço de graveto.

— Obrigada por não ter matado nenhum animal hoje.

— Não tem de que, foi só porque hoje é seu último dia.

Respirei fundo. Ela persistiu em caçar, mesmo não sendo sua obrigação. Acreditava servir como uma terapia.

— Pedi a Ira para continuar, mas ele negou.

— Já não bastaram duas semanas?!

— Tentei usar a desculpa de que os coelhos estavam correndo um sério risco de extinção, mas ele não deu a mínima para os meus argumentos.

— Eu só matei aquele enquanto você estava aqui.

— "Enquanto eu estava aqui", pois tenho a impressão de que tem uma obsessão por matar animais indefesos.

— São pequenos e frágeis, que nem você, a vontade de abater é maior. Só está viva porque não pretendo perder meu único irmão e ficar mal falada com o Howard.

— Para de querer me provocar.

— Apenas preferia quando ele não se passava de seu amigo.

Ri com a lembrança do meu primeiro dia na vigilância, parecia ter sido há tanto tempo.

— Mas não posso reclamar, porque isso é bom — completou ainda desenhando com o graveto no chão.

Já a conhecia o suficiente para perceber que estava triste.

— Ele chega quando mesmo?

— Deve ser por esses dias. Tenho quase certeza de que já se passaram duas semanas completas.

Eu parecia finalmente ter superado aquela tristeza que persistia em não me largar. Tinha Jack nas horas vagas — o que era de longe os momentos que eu mais prezava —, a minha hora de ouro com Ruby e uma jovem amizade — entre muitas farpas — com Aubrey.

Mas com certeza a regra número um do nosso relacionamento era de que isso não era uma amizade, então eu tinha que considerar como uma parceria. Ela me entendia e eu a ela, nas raras vezes em que nos preocupávamos com nossos sentimentos — decidimos que o quanto menos parássemos para pensar nisso era melhor. E mesmo não admitindo, sentíamos a falta uma da outra em certos momentos. Não consigo mais comer carne sem pensar em como o animal foi morto, um momento que me lembrava muito de Aubrey... Só que não do modo ruim.

Sentei-me perto de onde ela rabiscava coisas aleatórias no mato.

— Não posso baixar a guarda que você se aproveita — resmungou. — se um animal selvagem invadir alguma Vila e matar meia dúzia de pessoas, lembrarei para o resto da sua vida que a culpa toda foi sua.

— Isso tudo vai acabar junto com essa vigilância, né? — perguntei, tentando não mudar de assunto, o que ela adorava fazer quando a conversa ficava mais séria.

— Isso tudo o que?

Olhei fixamente pra ela, ela sabia sobre o que eu estava falando. Ela se sentou também ao meu lado, mesmo relutando em me responder.

— Por que está preocupada? — quis saber.

"Ela não dava a mínima mesmo," admiti mentalmente.

— Pensava que... — comecei, mas ela me interrompeu.

— Pensou que eu não ligaria mais para você? Eu sou a sua Buscadora, Anne. Sou uma das pessoas responsáveis por te manter em segurança. E não estou falando isso da boca pra fora, tive que fazer um juramento — e riu.

Levantei o olhar a ela.

— Não percebe, mas estamos sempre por perto. Ashley é auxiliar na enfermaria, sempre está a par sobre o que está acontecendo contigo. Porém, é aconselhada a se ausentar quando tem consulta. Moore gosta de fazer com que acreditemos não estarmos sempre sob supervisão. Maxon e Willian, provavelmente pode não se lembrar deles, mas precisam revezar entre o Grupo Intensivo e as Fogueiras enquanto cumprem horário. Willian mesmo comentou comigo sobre ter visto você e Axel meses atrás vasculhando a sala de treinamento.

Então Willian era o menino que nos viu enquanto tentávamos entender a minha "lista de pretendentes".

— Hilary presta serviços no Galpão 2 durante o café da manhã e o almoço, quando normalmente você está lá. Ela teve que trabalhar quando precisou cumprir a punição da Sra. Perry. E eu... Bem, faço o trabalho dobrado, já que Axel tem que fazer exatamente o aposto a te vigiar. Sou a garota do quarto ao lado, que tem que saber quem entra e sai do seu quarto, a responsável por você na vigilância noturna, quando decide necessitar de uma o ocupação, e quem fica de plantão no Portão Norte enquanto está nas Fogueiras para garantir que não sairá do Círculo Central.

"E não ache que falhei nas minhas obrigações, segui as duas crianças aventureiras quando decidiram ir ao coreto," disse, fazendo menção a Axel e eu.

— Espera, então era você quem vigiava a gente?

— Vigiando?! Eu não fui até o coreto para ficar assistindo o que tinham para fazer lá. Fui apenas até o riacho, a partir dali era inevitável não saber qual era o destino dos dois. Eu só precisava saber onde estariam, caso não voltassem até o final da madrugada.

"Além do mais, você tinha Axel. Eu sabia que nada aconteceria contigo. Não era mais da minha conta."

— Isso é loucura. Eu literalmente tenho olhos sobre mim a qualquer instante.

"Não acha bizarro eu almoçar sabendo que alguém está ali apenas para me supervisionar? Ou que todas as vezes que Jack dormia no meu quarto você sabia disso?"

— Não é mais bizarro do que ser a pessoa que tem que ficar em alerta cada vez que você vai almoçar ou quando Jack está no seu quarto — rebateu os meus exemplos.

— Mas esquecendo isso, acho que nem consigo mais ligar para coisas do tipo... Se não era você, quem estava na floresta me vigiando naquela noite?

— April, talvez. Não foi ela que tentou te matar afinal?

— Pode até ter sido ela, só que há mais alguém envolvido. Alguém que quer me fazer pagar pela morte dela.

— E desde quando ela tinha alguém que gostasse dela? — perguntou, sendo fria.

Ignorei o comentário.

— Me enviaram um bilhete, uma semana depois do incidente, com uma ameaça e sem remetente.

"Você vai pagar por isso," repeti o conteúdo para ela.

— Pode ser a amiguinha dela, a que prestou depoimento.

— Eleanor? Não, não acho. Ela é uma ótima pessoa, além de cuidar muito bem de Ruby.

— April também parecia ser uma ótima pessoa. E de uma coisa eu sei: cinismo é a maior praga entre os Sarlens.

— É diferente, Aubrey. Eu sentia que havia algo de errado com April, independentemente dela ser a namorada do seu irmão ou não, e com Eleanor não é assim. Tenho o pressentimento de ser alguém que eu nem duvide.

"Se eu nunca fui capaz de suspeitar que meia dúzia de pessoas viviam me cercando aonde eu ia, imagina que alguém em específico quisesse fazer algo de ruim a mim. Fico com medo de ser alguma rixa do passado, algo que eu nem me lembre."

"Eu preciso saber quem é. Pelo o meu próprio bem."

Aubrey bufou.

— A pior coisa que eu fiz na minha vida foi ter me inscrito na Seleção de Busca. Estou falando sério — reclamou. — Eu vou te ajudar.

Então ficamos ali sentadas olhando a luz do luar entre as copas das árvores. Talvez Aubrey estivesse pensando no que acabei de dizer ou tinha voltado a ficar angustiada pela falta do irmão gêmeo, mas eu apenas consegui imaginar em quanto sentiria falta daquilo. Nem via mais sentido em ficar acordada durante o dia e dormir à noite.

— Você acha que se Axel não fosse mais voltar, ele me avisaria? — ela perguntou de repente, confirmando a segunda hipótese.

Ela estava realmente mal com a possibilidade. Eu sempre fui filha única, não compreendia tão bem o amor que eles sentiam. O mais próximo que cheguei de ter uma irmã, foi com Katherine. E não tinha ideia de como era sofrer com a falta dela, de verdade. Mesmo me lembrando dela e desejando querer estar perto, tinham me tirado a experiência de sentir a agonia de não poder mais vê-la.

— Claro — disse, tentando demonstrar mais certeza do que tinha. — Você é a única pessoa que ele se importa e ama, além de Ruby. Não fará isso contigo.

Ela me olhou por alguns segundos e se voltou para frente.

— Verdade... ele avisaria. É que já se passou tanto tempo, então comecei a sentir que ele pudesse, sei lá, ter me esquecido.

— Não seriam alguns meses que apagariam anos.

Naquele momento percebi que a tal Aubrey durona era tão insegura quanto eu.

— Ele não vai te esquecer, Aubrey. Certas pessoas são impossíveis de se apagar, posso lhe garantir.

Ela ficou quieta encostada na árvore.

— Até que você foi a melhor parceira de vigília que eu já tive — disse depois de um tempo.

— Eu tentei — admiti.

[...]

— Alguém aqui pediu bombons por encomenda?

Olhei para aquele sorriso radiante.

— Acho que sim, mas...

— Que bom, porque roubei alguns do refeitório e estou de dieta. Não sei o que faria com eles — disse sem esperar que eu terminasse.

— Oi?! — soltei enquanto comia o meu pão assado com os mil cereais essências com base na minha dieta. — Desde quando você sabe o sentido dessa palavra?

— Na verdade, ainda não sei. Mas como ando tendo um bom empenho nos treinos, agora estou sendo obrigado a seguir.

Olhei pra sua bandeja. De fato ela estava saudável, mas devia pesar o triplo da minha. Na mente de Jack ser saudável era comer coisas relativamente feias e com gosto sem graça em quantidade interminável.

— Obrigada — disse, agarrando rapidamente seus bombons e colocando no colo. — Mas pare de roubar comida da cozinha, desse jeito passará o resto da vida tendo que lavar pratos.

Mesmo eu comentando sobre suas constante punições — coisa que ele particularmente não odiava, aproveitava para pegar os diversos tipos de comidas restritas —, ele cedeu ainda mais o sorriso.

— Relaxe, está parecendo a minha mãe.

— Quando ela não parece uma pessoa com o dobro da idade? — resmungou Aubrey, dando-me um chute. — Passa um.

Jack riu e entreguei um dos bombons por debaixo da mesa.

Ele se sentou na cadeira vazia ao meu lado, deixando pela primeira vez de se sentar com Shelby, Skandar e Dawson, seus amigos do 3. Normalmente a mesa em que os Wright se sentavam — Ou melhor, a que Aubrey e eu nos sentávamos — ficava com suas outras cadeiras vazias, mesmo se as outras mesas estivessem cheias. A maioria das pessoas tinha medo dela e receio em falar comigo, criando uma barreira que nem eu sabia que existia. Jack não se agradava muito com a ideia de comer ali, tanto que negou todas as vezes que o chamei, mas hoje se sentou do nada e por livre e espontânea vontade.

— Você viu que entorno das seis da manhã um grupo de gente chegou pela floresta? — comentou Jack a Aubrey animado.

— Como assim? — indagou Aubrey, paralisando.

— Um pessoal com mochilas e umas roupas de cores diferentes das nossas... Quero dizer, roupas normais. Não que as nossas não sejam, mas elas não eram azuis, verdes...

Aubrey largou o prato de comida na hora e começou a se levantar.

— Aonde você vai? — perguntou Jack assustado com a reação.

— Eles estão chegando, Anne! — informou descontrolada, seus olhos brilharam e ela estaria ficando eufórica.

Aubrey foi andando em direção a saída e me levantei também.

— Espera! — gritei a ela.

Saímos do refeitório às pressas com um Jack desorientando atrás da gente soltando mil perguntas que nenhuma de nós ousou em responder.

As Fogueiras estava mais cheia do que o habitual, um bando de gente se aglomerou perto dos portões e dos burgos. Ignorando eles, não se conseguia ver sinal de gente chegando por lá.

— Cadê ele? — perguntou Aubrey, esticando-se ao máximo que podia para enxergar sobre todas aquelas cabeças.

— Ele quem? — perguntou Jack, que mais uma vez não obteve resposta.

Olhei em direção a Vila 4. Em seu final, onde ficava os dormitórios e salas de recreação, tudo parecida um tanto superlotado.

— Talvez ali — supus, apontando na direção da vila.

Aubrey observou e esperançosa começou a correr puxando meu braço.

— Mas a gente não pode entrar aí — informou Jack ao chegarmos na entrada dela.

— Vem logo! — reclamei, arrancando-o também pelo punho.

Crianças, que eu nunca tinha visto antes, brincavam tanto dentro quanto fora da sala onde Ruby estudava. Já as outras duas saletas mais ao fundo, reservadas para as crianças maiores, pareciam até vazias. Todos estavam interessados naquele cômodo cheio de desenhos, brinquedos e livretos.

Aubrey largou o meu braço e entrei na frente já preocupada que algo tivesse acontecido com Ruby. Mas logo que cruzei a porta alguém me abraçou na cintura dizendo o meu nome. Era alta demais para ser Ruby e tinha cabelos mais escuros, não reagi.

— Ah,... oi — disse ao perceber o quão feliz a pessoa, que persistia em não me soltar, parecia com o encontro.

Ela se afastou e pude ver seu rostinho pálido, com um nariz fino e olhos castanhos brilhantes me encarando sorridente.

— Ann! — disse Jack feliz em vê-la ao entrar.

Não entendi.

"Ela era mais uma das pessoas que eu deveria me lembrar?" questionei-me.

O pensamento me deixou com vergonha. Era horrível não saber do que precisava. Ele a abraçou.

— Aonde você esteve esse tempo todo? — Jack perguntou a ela.

Uma Ruby com o rosto cheio de lágrimas e um sorriso de orelha a orelha veio trêmula até a mim.

— A Ann voltou! A minha irmã voltou, Anne — disse com a voz aguda e extremamente contente.

Agora que ela tinha uma falha no dente e estava com o rosto levemente avermelhado, parecia até mais nova do que realmente era. Ruby abriu os braços para que eu a pegasse no colo. Ela se agarrou no meu pescoço com o rosto em meu ombro para dizer deslumbrada:

— Axel trouxe ela de volta... o nosso Axel.

Sua admiração por Axel claramente tinha aumentado ainda mais, enquanto eu só desejava poder agarrar os braços de Jack e sair dali antes que ele aparecesse.

— Oi, pirralha! — disse Aubrey com um sorriso e dando uma leve esfregadinha no topo da cabeça de Ann.

Botei Ruby de novo no chão e a garota me encarou novamente.

— Está tudo bem, Anne? — ela me perguntou com seus olhos grandes curiosos.

Eu não sabia o que dizer a ela.

— Ela perdeu a memória — adiantou-se Aubrey indo direto ao ponto, como sempre — Já se lembra de algumas coisas, mas não de tudo.

Ela pareceu se sentir constrangida e com pena.

— Eu sou Ann, irmã mais velha da Ruby. Ann Campbell.

Seu comentário fez uma breve lembrança ser recordada.

'"Bom dia, sejam bem-vindos ao lar dos Campbells!", ela dizia logo após abrir a porta.

"E não precisam tirar os sapatos," completou Ruby, saindo por detrás dela.'

— Prazer em reconhecê-la, Ann — brinquei, apertando sua mãozinha.

— Cadê Axel? — avançou Aubrey, que a essa altura ja tinha averiguado cada metro quadrado daquele lugar com seus olhos de águia.

Ann franziu os lábios.

— Eu não sei se ele vem.

Jack não conseguiu guarda a alegria dentro de si com um sorriso que não cabia em seu rosto, que fiz questão de cortar com o olhar. Ele fechou a cara de imediato.

— O QUÊ?! — soltou Aubrey em tom ríspido.

Ann deu um passo para trás. Aubrey respirou fundo e fechou os olhos tentando voltar ao normal. E mesmo tendo ficado um pouco aliviada de início, compreendia completamente o que ela sentia.

— Desculpas, Ann. Quero dizer, por que você acha que ele não vem? — reformulou Aubrey com a voz mais calma.

— E... Eu não sei. Não sei mesmo, mas ele não veio com a gente. Quando chegou a hora do meu grupo sair, ele apenas me deu um beijo e disse que tudo ficaria bem. Axel falou mais nada, além disso.

— Idiota — murmurou Aubrey entre os dentes.

Fiquei em dúvida quando ao que aconteceria se Axel aparecesse ali agora, se ela o encheria de porrada ou lhe daria um abraço.

— Seu grupo? Então tem outros grupos? — perguntei.

— Sim, mais dois.

— Viu, Aubrey? Calma, ele pode estar em um dos outros dois — disse, sendo esperançosa, porque no fundo eu torcia por isso.

— Quando chegam os outros grupos? — perguntou Aubrey, pensando no assunto. — Acho que um na parte da tarde e o outro à noite.

— Pois eu ficarei plantada naquelas Fogueiras até a última pessoa chegar — afirmou.

E eu não a deixaria sozinha.

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