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Capítulo 23

Capítulo 23, relatos.

Estou indo — resmunguei ao baterem novamente.

Abri a porta e um rapaz vestido como os homens de Moore estava a minha espera, fiquei surpresa.

— O que está acontecendo? — perguntei, vendo que outro deles fazia o mesmo com o quarto de Aubrey.

— A sua presença está sendo solicitada na Vila Principal, pedido de Garrett Moore.

Não sei se me contraí com o frio entrando pelo quarto ou por esse nome não me remitir à coisa boa.

— Tudo bem, só um minuto.

Arrumei-me em poucos segundos e saí esfregando os meus braços para aquecê-los.

Aubrey passou por mim com a cara ainda mais fechada junto ao guarda, acompanhei-a até meu destino com uns cinco metros de distância por precaução.

O Refúgio estava em silêncio, pela primeira vez, com apenas as tochas e luzes vindas das janelas remetendo a vida no meio daquela noite gélida. Entendi o estranhamento ao ver mais um guarda puxar a força um membro do meu Grupo até o alojamento dele.

Quando chegamos ao caminho entre as Vilas e a Vila Principal, consegui ver Mason e Willian entrando na casa de Moore acompanhados de uma das minhas enfermeiras, Juli. Logo atrás de mim, Jack se arrastava com o próprio cobertor sobre os ombros.

Qual seria o objetivo?

Ao som das pisadas na rua de pedrinhas prateadas e cinzentas até a casa 10, só pude pensar em sangue e morte. Nunca foi tão ruim ter que estar ali.

— Boa noite, Anne — cumprimentou Karen à porta. — Boa noite, Jack.

— Boa noite — retribuímos, mas Jack fez questão de completar enquanto limpava as solas dos sapatos no tapete de entrada. — Preciso muito de um chocolate quente.

— Já estava preparando, trarei para vocês — e foi indo à cozinha.

— Muito obrigado — agradeceu alegre.

Aubrey começou a subir as escadas sem delongas, Karen percebendo adicionou sorrindo:

— Moore está à espera de vocês no escritório, sabem o caminho.

Acompanhei Aubrey imaginando encontrar mais uma vez o calculista Garrett sentado e fazendo anotações ou lendo. No entanto, não estava sozinho. Mais três pessoas desconhecidas a mim e o resto dos Buscadores lhe faziam companhia. Em exceção a Axel, que ainda não havia chegado.

Aubrey fez algumas perguntas em voz baixa a ele, mas Moore a ignorou e pediu para que se afastasse. Notei punho dela fechado com força e músculos contraídos. Queria saber como ainda conseguia controlar sua fúria quando o que mais desejava era avançar. Apesar de tudo, era controlada.

A porta se abriu novamente atrás de mim e Axel entrou acompanhado de Karen e sua bandeja com umas seis canecas ferventes. O cheiro de chocolate inundou a saleta, deixando-me mais confortável.

— Acho que agora falta mais ninguém, Kyra — comentou Garrett, sorrindo à mulher do seu lado.

Kyra era alta, magra e com mais ou menos uns quarenta anos. Tinha um corte chanel de bico negros, olhos cinzentos e vestia um terninho branco com salto agulha.

Os outros dois visitantes eram homens e menos intimidantes. Um era baixo, de cabelos grisalhos, usando óculos redondos e traços engraçados; já o outro era gorducho, calvo e de barba por fazer.

— Pegue — disse Karen, chamando minha atenção novamente a ela.

Apaguei, tomando cuidado para não queimar as pontas dos dedos.

— Tudo bem? — perguntou Axel, pondo uma das mãos nas minhas costas.

Pareceu preocupado, em particular, comigo. Estranhei, além de ter nada para contar, e apenas assenti com a cabeça. Então passou brevemente os olhos por Jack e foi ficar com a irmã.

— Educado, não acha? — provocou Jack, bebericando o chocolate levemente.

Garrett o assistiu enquanto atravessava o escritório até onde Aubrey estaria e o chamou:

— Você.

Os dois olharam.

— Sabe que eu deveria afastar a Sra. Perry dos serviços pela escolha tão insana. Não desmerecendo a sua medíocre inteligência, claro — e riu de si mesmo.

— Não pedi — rebateu Axel.

— Eu sei que não, conversei com ela. Mas espero que ciente de que estou por dentro da situação, meça mais seus atos.

Fiquei frustrada, estaria ameaçando Axel por minha causa.

— Entendi — afirmou, recostando-se na parede e parecendo não estar nem um pouco preocupado.

Garrett ficou de pé.

— Duvido muito.

Axel fitava o chão, porém levantou o olhar a mim rapidamente. Foi o meu aviso de que eu era a carta da vez.

— Agora sendo mais descontraído — começou, querendo se mostrar estar mais feliz e leve, não gostei de ter "mudado" o humor comigo. — Aproveitando os estudos? Meus informantes me contaram que anda tendo o dobro do tempo de aula por espontânea vontade, decidiu ser dedicada agora? — foi irônico.

Jack prestava ainda mais atenção na conversa. Portanto, respondi como achei ser certo, sinceridade e ingenuidade não eram lá as armas que ele apreciava.

— Sem delongas, Moore — disse séria.

Ele abriu um sorriso esbanjador.

— Eu quem deveria estar agindo assim, gracinha. Então abre um sorrisão e demonstra, pelo menos, ser educada para os nossos visitantes dos Estados.

— Dos Estados? — disse pasma.

— Sim, e acho que essa conversa seja do seu interesse.

— Eu voltarei para casa? — perguntei com a possibilidade já cintilando em minha cabeça.

Ele viu aquilo como um sinal de fraqueza, devia aprender controlar melhor os meus sentimentos. Às vezes, saíam sem que eu nem percebesse.

— Calma, não acha mesmo ser tão simples? Por que eu abriria mão da minha pedrinha preciosa para os Estados?

Kyra riu do que julgaria ser uma piada interna.

— Fale logo o que é.

Ele pigarreou.

— Pois bem, — deu um gole na taça d'água sobre a bancada. — desde que veio para cá está dada como desaparecida, igual aos outros. É o modo mais comum de conseguirmos "justificar" o desaparecimento repentino de alguém. E isso deu muito trabalho e muita história, afinal não é todo dia que se faz o sumiço de oito adolescentes, muito menos quando três quartos destes têm origem suspeita — respirou fundo, demonstrando cansaço. — Mas não se passa do papel, porque até eles — apontou ao grupo de visitantes. — sabem que vocês não estão precisando serem achados.

— Espera. Os Estados sabem de vocês?

— Se eles sabem da gente? Há um bom tempo, porém só uma parte bem restrita.

— Não faz sentido — retruquei.

Garrett revirou os olhos, como quem se queixasse de ter que dar explicações e justificativas a um indivíduo tão limitado. A mulher, imaginava querer desde o início, começou rapidamente:

— Cientista descobriram certas mutações no DNA e existência de substâncias desconhecidas por nós em vocês, além de certas diferenças físicas. Mas essas descobertas não vieram à tona, até porque ocorreu durante a TGG — a Terceira Guerra Mundial.

'Manter uma descoberta tão valiosa e grandiosa como essa escondida só poderia ser um ponto positivo a nós, do novo governo", fez uma pausa. "A Mundi permitiu que vivessem isolados do resto da humanidade de forma a que não nos afetassem e nem o contrário. Então não precisa nos temer, pois a sua "espécie", se assim podemos chamar, é apenas uma protegida nossa.'"

Protegida? Eu deveria aprender a não julgar mais quando pessoas surgissem com argumentos e histórias absurdas.

— Sou uma "protegida" de todo mundo agora? — perguntei descrente. — E que privilégios ando ganhando? Porque vejo nenhum, além dos que vocês ganham.

Ela abriu um sorriso amarelo, mostrando ser a versão feminina de Garrett.

— Anne Clark, — disse, conseguindo pronunciar o meu nome de forma a fazer mal aos ouvidos. — acha que todos os equipamentos e recursos que têm aqui vêm de onde? Os medicamentos, cujos são extremamente dependentes, vêm de arcaicos laboratórios de alquimia por acaso? Nunca teria esperanças de continuar viva depois de uma gravidez, o que mais andamos trabalhando, se não fosse por nós.

"Damos a liberdade de viverem sem grandes intervenções estaduais e apenas queremos em troca a perpetuação da sua... espécie. Gostaria de mais o que?"

Não, ela era uma versão piorada de Moore. Engoli em seco.

— Por que persistem em dizer que valemos tanto então? Não me pareceu suficiente.

— Porque são a evolução. São imunes a doenças que não somos, têm um sangue tão incrível... Podem ser a solução para múltiplos problemas que a ciência até hoje não achou. Mas em compensação correm um risco tremendo de entrarem em extinção.

"Portanto, são mais dependentes de nós do que imaginam. Até mais do que poderíamos ser de vocês."

— Os Isolados — concluí reflexiva.

— Exatamente. Que bom, a sua vivência nos Estados te ajudou a ter uma melhor noção de onde quero chegar!

— Quem seriam eles? — perguntou Ashley, tomando coragem para intervir. Não era a única interessada, todos pareciam confusos com a menção.

— Infelizmente, há alguns anos, sofremos com o surgimento de um vírus, A3-1. O mesmo usado para ser o responsável pela morte dos seus supostos pais — sentou-se sobre a beira da mesa de Garrett. — Ainda não temos a cura ou tratamento, uma lástima. Levando-nos a isolar Estados completos para garantir que os infectados não transmitam essa incógnita a outros.

"Famílias são despedaçadas, pessoas perdem o direito de conviver com os seus entes queridos... Sendo que a resposta para tudo pode estar correndo nesse exato momento em incontáveis veias, artérias e capilares desta sala."

Hilary ficou púrpura, ameaçando chorar.

— O que farão conosco? — perguntou Aubrey.

— Darei uma vida ótima — e abriu um sorriso grotesco. — Só que não agora.

— Por que vieram então? — perguntou Mason na defensiva.

— Pelas últimas mortes...

— Não foi a primeira vez, nem por isso fizeram questão de averiguar antes — interrompeu Willian.

— E porque tenho muitas informações novas a coletar.

Levantou-se.

— Todavia será como se nem estivéssemos aqui. Seremos invisíveis e sem pretensão de intervir em vidas alheias, como sempre foi.

"Claro, se não provarem ser necessário."

[...]

— Anne — sou chamada ainda no corredor à frente da porta de entrada.

Porém, meu olhar só se depara com as minhas enfermeiras sendo interrogadas por Vincent e Albert, os visitantes, na sala de estar.

— Poderia falar contigo? — perguntou Axel, segurando a minha mão, mas se arrependendo quase instantaneamente.

— Jack... — comecei a ele, que estava ao meu lado.

— Sério, tudo bem. Estou com sono demais para ligar — disse, observando o corredor até a porta de saída.

— Obrigada — agradeci, deixando a minha gratidão transbordarem nas palavras e rosto. — Boa noite.

— Para você também — retribuiu, abrindo a porta principal para sair.

— Vem comigo? — perguntou Axel.

Não precisei dizer que aceitava para me guiar até um hall distante o suficiente de onde a maioria ainda estava — no escritório com Garrett e Kyra, na sala de estar ou em seus próprios quartos.

— Preciso te fazer um pedido.

Era uma frase que, em outras circunstâncias, me deixaria receosa.

— O que seria?

Olhou ao longo por um momento e apertou minhas mãos.

— Não acredite em ninguém. Principalmente, em Moore e neles. E me incluo, quando digo isso.

— Nunca imaginei que quisesse o meu mal.

— Por isso mesmo peço para que não confie. Sei que sou capaz de fazer com que perca a confiança em mim, se necessário for. Digo, para garantir o seu bem.

— Aonde quer chegar?

— Eu não tenho provas, entretanto posso afirmar que, apesar de sermos muito importante a eles, nunca abririam mão da vida de um humano pelas nossas.

Acariciou o meu rosto e então o segurou com as palmas.

— Possa ser que tentem te convencer que é como qualquer outro deles, mesmo achando que, no momento, estão aqui de passagem. Porém, seja cética, pois sei que esse dia virá.

"Tudo bem?"

— Sim.

Ele sorriu triunfante e senti repentinamente lábios pressionados contra os meus. Um beijo tão breve que seria inexistente para ambos, simplesmente, havia ocorrido a fim de confirmar que não estaria errada em ter dito "sim".

— Vamos — pediu já completamente solto de mim. — Você precisa dormir.

Acariciei com a ponta dos dedos a minha boca ainda extasiada, ele observou. Mas Axel não voltou atrás ou me pediu desculpas, ele também queria.

— Depois a gente resolve essa situação.

Assenti e ele se ofereceu para me acompanhar até a entrada da Vila 1.

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