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Capítulo 19

Capítulo 19, Axel.

O que você acha? — perguntei sua opinião sobre o que acabei de ler.

— Acho que já deu por hoje — respondeu com a bochecha escorada na mão.

Concluí o mesmo observando a mesa cheia de restos de comida e livros abertos.

— Pode ser — fechei o em minhas mãos. — Devo ter perdido a noção de tempo.

Sra. Wilson aparecia sempre para avisar quando a cota de horário de aulas por dia terminava, só que sempre continuávamos mais um pouco. Dessa vez nem lembrava mais direito de quando isso tinha acontecido.

— São oito e meia — informou, olhando o grande relógio. — Preciso ir, tudo bem?

Não, preciso que fique mais. Muito mais.

— Sim — empilhei o que estava ao meu alcance. — Hoje é a minha vez. Fez o mesmo por mim ontem — e sorri.

Quero saber para onde vai e o que vai fazer, mesmo que nunca fosse do meu direito saber ou a resposta seja desagradável — o que muito provavelmente era.

— Tudo certo então — disse, levantando-se e saindo — Tenha uma boa noite.

Não respondi, mas alguns passos depois completou em bom tom, bem mais alto do que antes:

— Para April também.

E sim, claramente, havia raiva na sua voz. Ela passou o dia inteiro esquisita, respondendo o básico e praticamente me evitando. Será que ela e aquele idiota estavam juntos agora? Não me surpreenderia se isso fosse por causa dele. Afinal quem era eu para me incomodar se ela estava com alguém? Devia ligar mesmo era para o meu relacionamento.

Preferi não parar para refletir sobre, pois o nome de April me fez recordar que precisava passar em seu quarto. Esqueci o meu caderno de anotações com ela e era obrigado a ter em dia todas as matérias dadas a Anne — exigências da Sra. Perry.

Guardei tudo com rapidez e me despedi da Sra. Wilson já tomando meu rumo para a Vila Quatro. Lembrar que quando chegasse lá teria April com todo o seu amor para me receber não me alegra tanto quanto o esperado, mas não deixava de ser motivador.

— Eleanor?

Eleanor, uma linda garota de cabelos e tez negros, era a colega de quarto de April.

— E aí, Axel? — disse, empurrando o meu ombro.

Estava com tranças e sorridente junto de alguém que identifiquei como Taylor — trabalhamos juntos na Colheita ano passado.

Ela percebeu o que os meus olhos perguntavam.

— Sim, estamos namorando — murmurou.

Fiquei feliz com a notícia, ainda mais por suspeitar há alguns meses.

— Está indo ver April? — perguntou Taylor, sorrindo.

— É... Sim. Na verdade, tenho que pegar uma coisa com ela.

Eleanor afagou o meu braço.

— Aproveita. Não vou voltar nem tão cedo.

Taylor entrelaçou os dedos aos dela, puxando-a mais para perto.

— Não mesmo. Se quiser, posso prendê-la em meu quarto a madrugada inteira — e piscou para mim.

Seus cabelos escorridos na altura dos ombros penderam para frente com o ato e Eleanor ajeita-os botando atrás das orelhas.

— Ah... valeu — disse sem saber muito bem o que dizer.

Não pretendia passar nem mais de cinco minutos, muito menos dormir.

— Tchau, marcamos com o pessoal de chegar às nove — disse Eleanor por final. — Relaxe! — e riu.

Assisti se afastarem, seguindo para o quarto de April. Tinha começado a, finalmente, sentir o quão horrível é ter um relacionamento de faixada. Bati na madeira velha da porta mais constrangido do que imaginaria algum dia estar.

— Meu amor! — abriu com olhos radiantes, bochechas rosadas e um sorriso no rosto segundos depois.

Sua alegria me pegou de surpresa, cheguei a sorrir inesperadamente. Devia ter corado, pois senti meu rosto esquentar.

— Entre — pediu, abrindo espaço para que passasse.

Obedeci e percebi que não tinha nada a dizer diante dela.

— Por que não avisou que viria hoje? — perguntou, fechando a porta.

Estranhei o fato de ter trancado. Particularmente, por não ter o hábito de sempre fazer isso.

— Eu não pretendia... Quero dizer, vim pegar o meu caderno de anotações — soei mais nervoso do que pudesse ser habitual.

Ela riu.

— Tem dois livros seus aí também.

Tem? Não me lembrava deles ou como teriam parado aqui.

— Quer mesmo levá-los?

— Eu preciso.

— Ah, certo... — passou a língua sobre o lábio inferior. — Para as suas aulas, né? Devo ter me esquecido — e pousou a mão em meu peito.

Contraí-me por inteiro, mas não recuei.

— Ainda assim, não acho que a ideia deva ser ignorada. Quero uma peça de roupa sua em minhas gavetas, sabe... Necessito me familiarizar mais com você em si, se me entende.

— Continuo achando idiotice.

— Não. Eu vou me cansar de ver coisas suas ao meu redor, é um desejo — sua mão subiu e ela esticou-se para ficar mais próxima ao meu rosto. — Eu vou, eu sei que vou.

Então deu um beijo que saiu mais próximo ao meu queixo do que da boca. No entanto tentou mais e mais, começando acertar inúmeras vezes... Mesmo assim, senti brevemente um perfume diferente vindo dela, deixando-me levemente receoso — como se fosse de outra pessoa.

— Eu... — iniciei, mas April pareceu ocupada demais em me beijar.

E eles começaram a se tornar mais contínuos e satisfatórios.

— April... Eu tenho... — desisti, entregando-me aos poucos.

Mal botei minhas mãos em sua cintura e senti o subir e descer das suas sob a barra da minha camisa. Não queria que seguisse adiante, mas não tinha coragem de pará-la.

— Você precisa de mais do que um caderno de anotações — concluiu, alinhando beijos nos encontros do meu pescoço. — Felizmente, posso te disponibilizar o que quer hoje.

Suspirei afundando-me em um emaranhado de pensamentos de mesmo nome e sobrenome, que permaneceria firme em afastá-los.

— Será um prazer satisfazê-lo — e sorriu.

Seja lá o que possa ter me dado naquele instante, mas tomei a frente da situação. Deitando-a sobre a cama e cuidando desde a camisa ao jeans, do sutiã a...

Pensando bem, cinco minutos não eram tão suficientes como imaginei.

[...]

Meu braço direito estava dormente, April dormiu em cima dele. Afastei-a lentamente a fim de sair daquela cama e tomar um banho — de certo modo acreditava que poderia me livrar de parte das minhas angústias, tinha um desprezo crescente por mim.

Abri um armário, que por minha sorte era cheio de toalhas, e me enfiei no banheiro com minhas roupas nas mãos.

O banheiro teria de tudo para ser igual ao meu, se não fosse por conter mais produtos de higiene do que duas pessoas usariam durante um semestre. O cheiro inusitado de lavanda é aconchegante, lembrava de ter sentido o mesmo nos banheiros da enfermaria.

Botei o chuveiro no gelado, abri-o o suficiente para abafar os sons com a queda d'água e gastei o dobro do tempo normal.

Queria ver se os meus problemas fossem ralo a baixo, queria ser solúvel a água e ir junto com ela... A vida nos canos deve ser melhor do que aqui. Meu Deus, April era tão bonita e desejável, mas ao mesmo tempo fez com que fosse estranho estar com ela. Ser com ela.

Podia tê-la feito a mulher mais feliz do mundo nos últimos minutos — como fez questão de deixar bem claro —, porém a que eu amava estava sendo "a mais feliz do mundo" com outro.

Egocêntrico? Não, acho que não cheguei a tanto. Estava satisfeito em saber que quem sairia mal dessa história era eu, entretanto começou a pesar além do que suportava.

"April,
Espero que tenha amado os seus momentos de euforia e que sinta incontáveis vezes feliz. Só que não comigo.
Assinado: Axel, o cara que não tem coragem de te magoar além de em seus próprios pensamentos."

"Anne,
Por favor, nunca mais volte a gostar de mim. Não vale a pena.
Assinado: Aquele mesmo cara."

Calcei os meus coturnos à beira da cama, sentindo um breve movimento ao meu lado.

— Você não vai dormir comigo? — perguntou, arrastando a voz.

— Tenho ordens a cumprir e um quarto para dormir, April — respondi rapidamente sem perceber a rispidez em minha voz até terminar a frase.

Seus olhos se arregalaram.

Levantei-me para ajeitar seu lençol, seu corpo estava mais exposto do que queria me permitir ver. Acariciei o topo de sua cabeça e beijei-a. Ela esticou-se para mim, um beijo na cabeça não era exatamente o que desejava. Então dei sem hesitar, demorando até mais do que ela esperaria, a fim de tanto, inconscientemente, me desculpar quanto aproveitar o que pretendia não ter em muitas outras ocasiões.

— Eu te amo — disse doce.

O correto seria eu dizer o mesmo, todavia tenho problemas com essas três palavras. Não me dou o direito de dizer, tirando algumas raras vezes à Aubrey.

Por quê?

Porque passei minha infância proferindo-as diariamente a pessoas que logo depois perdi, por longos anos ou eternamente. Então, me prometi só dizer novamente quando tivesse a plena certeza do que sentisse e para quem nunca fosse me abandonar.

— Boa noite, April.

Esperava que seu olhar tivesse me entendido e não me condenasse. Peguei os dois livros sobre a escrivaninha, coloquei o caderno entre eles e saí fechando a porta cautelosamente.

April, infelizmente, não é para você que reservei os meus "Eu te amo"s.

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