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Capítulo 3

Este por sua vez correu atrás do táxi mas como não o conseguiu alcançar entrou no carro. Começou a ligar para Ana mas esta por sua vez não atendia.

Ana continuava a chorar, não consiga parar de chorar e tremer. O taxista falava num idioma que Ana não percebia.

-Por favor para o hotel 'The River'. – exclamou Ana assustada.

Ana mandou parar o carro e saiu. Ela estava numa rua estranha e pouco iluminada.

Ela deparou se com dois homens de aparência estranha e assustadora.
Eles aproximaram se de Ana e agarraram-na, mas Ana resistiu até que os dois a cercaram contra uma parede.
Começaram a tocar em Ana que estava desesperada e que se debatia com todas as forças que tinha. Eles puxaram umas facas e começaram a deixar cortes pelos braços de Ana. A visão de Ana estava turva pelas lágrimas que se começaram a formar nos seu olhos.
Até ouvir um grito.

-TIREM AS VOSSAS MÃOS SUJAS DELA!

-AJUDE-ME! POR FAVOR!

Ana apenas conseguiu disser isso antes de cair já sem forças para se manter em pé, já que os agressores se assustaram com a voz do homem, largando assim Ana no chão. O resto é um borrão pois Ana cedeu ao cansaço físico e mental.
Por outra via o estranho saltou para cima dos agressores distribuindo socos e empurrões pelos dois.

-A polícia está a caminho mas tenho certeza que vos consigo deixar aleijados pelo resto da vida enquanto não chegam.

A menção da polícia assustou de vez os agressores, rapidamente o estranho tirou o paletó e colocou nos ombros de Ana.

-Estás bem amor? – falou o estranho.

Ana olhou para cima e viu Austin, Ana rapidamente se abraçou a Austin que a abraçou fortemente mas sem a magoar.

-Desculpa a demora! – suspirou Austin entanto estavam abraçados.

-Nããã... não, desculpa! – sussurrou Ana.

Austin pegou em Ana e colocou-a no carro colocando lhe o cinto de segurança.

-Vou levar te ao hotel! – falou Austin.

Ao retirar o paletó de Austin dos seu ombros Ana geme de dor, só nesse momento Austin repara nos cortes deixados nos seus braços pelos agressores. Austin rapidamente muda a marcha do carro e para perto de um farmácia e de uma loja de gelados.

-Venho já! – disse deixando Ana sem argumentar ou perguntar algo.

Voltou com gelado de baunilha, Ana tinha comentado com ele na noite em que se conheceram que era o seu preferido, e com compressas, soro e gelo.

-Para quê isso tudo? – perguntou Ana quando ele entrou no carro.

-Gelado para a princesa! – disse dando o gelado a Ana, e dando início à marcha de volta ao hotel.

Ana estava distraída pelo sabor do gelado que não se apercebeu do gelo colocado por Austin no seu ombro.
Austin tinha a temperatura do carro agradavelmente confortante.
De repente começou a tocar no rádio a música que tocou no bar quando eles dançaram juntos na noite em que se conheceram.
Austin aumentou o volume da música.
Never Gonna Be Alone dos Nickelback.
Ana sorriu e ambos começaram a cantar lá.

Chegando ao hotel Ana dá de caras com uma mulher perto da faixa etária deles, ela era loira e tinha olhos verdes e tinha cerca de 1,64cm de altura.
Ela virou se para Ana.

-Sua destruidora de lares, sua puta interesseira. – a mulher falava para Ana.

Ana estava sem entender quem era ela e o por que de ela falar assim.

-Quem é você? – perguntou Ana.

-Sou a esposa do Henrique! – falou com raiva.

A quê? Esposa como assim esposa? Na cabeça de Ana passavam tantos pensamentos. Esposa ah?

-Sua desgraçada eu acabo contigo! – a mulher avançou para Ana, que estava estupefacta pelas palavras e pela revelações da mulher, que não percebeu que esta estava prestes a agredi-lá. Austin apareceu a tempo de parar a mão de Vanessa que ia em direção de Ana que ainda estava a processar a informação.

-Austin que merda é essa? Larga-me! – falou Vanessa tentando tirar a mão do aperto de Austin.

-Vanessa o que queres da minha namorada! – disse Austin.

-Tua o que? – perguntou.

-Olá amor! – disse Ana para Austin que rapidamente colocou o braço em volta da sua cintura e dando-lhe um beijo na testa.

-Chegas te a horas do nosso jantar! – disse Ana.

-Nunca me atraso, princesa. – sorriu Austin para Ana.

-Esta mulher está contigo? Ela mandou mensagem para o Henrique eu pensei que ele tinha um caso com ela. Como ela tinha mandado o endereço e o quarto do hotel eu vim cá. Sabes que estou a tentar começar família com ele. Eu pensei ....

Austin não deixa Vanessa acabar a frase .

-Não quero saber Vanessa, os problemas conjugais teus e do Henrique resolve os e deixa a minha namorada e a mim fora disso. – disse ríspido.

Sem acreditar no que estava a ouvir Ana apertava a camisa de Austin.

-Estou de olho em ti! – disse apontando para Ana. -Se te vir outra vez perto do Henrique denuncio-te à emigração e és deportada.

-Não ameaçes a Ana, não tens nada contra ela, não te metas no meu caminho Vanessa, ou tenho que te lembrar quem eu sou! – Austin respondeu autoritário e ríspido para Vanessa.

Vanessa ia dizer algo mas preferiu sair disparada pelo corredor em direção ao elevador deixando Austin e Ana para trás sem nem se desculpar a Ana.

Ana e Austin entraram no quarto.

-Ele é casado? – perguntou Ana com o coração despedaçado.

-Sim! – Austin sussurrou quase inaudível.

-Sim? Como sabes? – exigiu Ana.

-Conheço o Henrique a alguns anos. Somos amigos. – falou com receio.

-TU O QUÊ? Não, não tu não. Por isso é que .....oh meu deus a minha mãe deve se tar a rir agora... Não acredito. – Ana divagava pelos pensamentos em voz alta.- Ele ama-me?

-Não sei!

-É a mulher, ele ama?-Ana andava em círculos dentro do quarto.

-Não sei!-Austin olhava preocupado para Ana.

-COMO NÃO SABES, NÃO ÉS AMIGO DELE? – Ana sentir-se traída pelos dois mas como só Austin estava presente ele levou com a raiva e desilusão de Ana. -Tu andavas a distrair-me para que o Henrique continua se a mentir-me, então tudo a amizade....a proteção o cuidado e tudo o que disseste foi tudo falso e e e.....

Ana desatou a chorar. Austin preocupado tentou aproximar se de Ana que não deixou.

-Pará! Não te aproximes de mim tu.....tu mentiste me tu....oh meu deus.... não acredito...... – lágrimas escorriam pela face de Ana sem parar.

Austin por seu lado estava a tentar acalmar Ana.
As feridas de Ana começaram a sangrar ainda mais pela repentina mudança de emoções que aumentou a corrente sanguínea fazendo os cortes sangrar mais. E então Ana parou e olhou para Austin com uma expressão que causou preocupação em Austin.

-Eu tentei chamá-lo à razão mas ele não quis fazê-lo. – Austin tenta aproximar se de novo de Ana.

-MAS TU! –Ana sentou se na beira da cama.-Tiveste tantas oportunidades para o fazer e mentiste-me. Pensei que te preocupavas comigo. Sou mesmo ingénua.

-Ana, por favor desculpa não devia ter feito isso, Ana por favor olha para mim. – falou colocando as mãos no rosto de Ana em forma de concha secando as lágrimas com o polegar.

Austin estava ajoelhado perto de Ana, os rostos de ambos estavam próximos demais para sentirem a respiração um do outro.
Austin roçou levemente os seus lábios nos da Ana.

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