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CAPÍTULO 14: O mal entendido, bem entendido!

(Nem só de Jeoncheol vive a Fanfic 🥹♥️)

-Ele não pode achar que é simplesmente o dono da escola. -Joshua reclamou. -O quê? Ele não pode voltar a ser o capitão pelo simples fato de ser filho da diretora!

-Só o simples fato de ser o filho da diretora da esse poder a ele, Shua! -Hansol suspirou. -Merda, ele não podia ficar fora até o final do ano?

-Hyung, vai falar com a diretora a respeito disso? -Woonwo questionou olhando para Seungcheol.

-Não sei, não sei direito o que fazer, eu nem abri as mensagens. -Seungcheol suspirou cabisbaixo. -Eu tenho medo, na verdade. Não é nem por mim, eu sabia que do momento em que ele quisesse voltar eu perderia o meu lugar, já estava ciente... Só me preocupada a parte das alterações, o Jun vai voltar pra base e... Eu tenho medo por vocês, Woo. Você e o Gyu...

-Nós tínhamos muito medo, de tudo. Como eu te contei passamos anos fingindo que não tínhamos nada na frente dos outros por medo do que ele podia fazer e por medo do jeito que a escola nos trataria depois, mas, tudo isso mudou depois que você apareceu. -Woonwo respondeu, seus olhos brilharam enquanto ele sorria para o capitão. -Woojin que venha ciente de que ele não vai conseguir nos intimidar mais, não mesmo.

-L'amore está certo, na primeira ameaça que ele fizer para a gente, Woonwo e eu estamos dando o fora do time. -Mingyu falou enquanto se aproximava com dois copos de refrigerante, entregando um ao namorado e outro ao capitão.

-Vocês não deveriam ter que sacrificar tudo assim, falta menos de um ano para a gente se formar. -Seungcheol suspirou.

-Enfim, eu acho que ainda não chegou o momento da gente esquentar a cabeça com isso. -Jungkook comentou, se sentando ao lado de Seungcheol. -Vamos esperar ele voltar, vamos ver o que ele pensa que vai fazer e então a gente começa a jogar. Ele não tem mais força que nós todos juntos!

-O Kookie tem razão. -Joshua concordo. -Se ferirem a nossa existência, nós seremos a resistência!

-Exatamente. -Mingyu e Woonwo falaram juntos e sorriram.

-Nós só queremos que você saiba, Seungcheol Hyung, que você ganhou uma família de mini carrapatos. -Jun se sentou encostado na perna do Choi e recebeu carinho do mais velho nos cabelos. -Isso quer dizer que não importa o que aconteça, onde você for nós iremos com você.

-Vocês vão me fazer chorar. -o Choi suspirou. -Eu não mereço tudo isso!

-Não merece tudo isso? Cheol você não merece só isso. -Mingyu falou, como se fosse óbvio. -Olha em volta, olha quanta coisa a gente fez desde que aquele insuportável saiu. Você se propôs a criar uma ponte entre a gente e a equipe de vôlei, você trouxe de volta o espírito de equipe que há muito tempo nós não vimos entre nós, você devolveu a vontade de jogar, e a gente faz uma sequência de bons jogos como há muito tempo não conseguiamos. Se isso não for suficiente para você merecer um mérito e para você ficar com a gente, eu sinceramente não sei mais o que é.

O Choi sentiu os olhos marejarem e as primeiras lágrimas rolarem por suas bochechas.

-Ei, ei, ei. Não façam a minha dupla chorar! -Jeonghan apareceu atrás do Choi, o abraçando pelos ombros e beijando o topo da sua cabeça. Seungcheol segurou as mãos do mais novo.

-Tá tudo bem, meu anjo. Eles estão é me deixando emocionado! -o Choi deu uma risada, secando o rosto.

-E o Jungkook tá nisso? Ele é um cavalo! -Jeonghan questionou incrédulo, claramente tirando sarro do irmão.

-Vai ver se eu tô na esquina, Jeonghan. -Jungkook revirou os olhos. -Insuportável!

O Yoon apenas riu.

-Agora eu lembrei de uma coisa e vou perguntar! -Woonwo se arrumou já cadeira, colocando o copo no chão e abraçando o corpo de Mingyu ao seu lado. -Hansol, qual é a sua com o Seungkwan?

O Chwe quase engasgou com aquilo, Joshua que estava ao seu lado segurou seus ombros com medo que ele caísse.
-O quê? Como assim "a minha com o Seungkwan?"

-Ah, pelo amor de Deus, não se faz isso não. -Seungcheol comentou, incrédulo. -Todo mundo sabe que vocês tem algum impasse!

-O impasse é simples: Ele não gosta de mim. -Vernon comentou, parecendo até meio triste.

-Ele nunca disse isso. -Jeonghan rebateu, conhecia o amigo como ninguém e sabia que aquilo não era verdade. -O que te faz pensar que ele não gosta de você?

-Tudo, toda a nossa relação desde que nos conhecemos. Nós nunca conseguimos ser amigos, sabe? -o Chwe explicou. -A gente fica na base da implicância, e isso cansa, porque parece que eu sou a única pessoa que ele não consegue ter um diálogo sem discutir.

-Eu achei que a implicância fosse a nossa linguagem, Hansol. -uma voz falou no fundo, meio reclusa.

Vernon sentiu seus pelinhos da nuca se arrepiarem e seu corpo tremer.

-Agora deu pra ouvir conversar, Seungkwan? -ele não queria discutir, mas aquilo já era tão espontâneo, automatico.

-Não é como se meu nome não estivesse envolvido, Chwe. -o mais novo rebateu.

-Então, vamos pra piscina, my love! -Woonwo se levantou, segurando a mão de Mingyu, que assentiu freneticamente e o casal se retirou.

-Vamos, meu bem. -Jeonghan chamou Seungcheol e logo olhou para Jun. -Vem, filhote!

-To indoo. -Jun se levantou junto a eles e saiu dali também.

Joshua e Jungkook olharam para os dois.

-O diálogo é a base de tudo, então, acalmem seus corações e conversem! -Joshua pediu.

Seungkwan e Vernon assentiram e logo os dois meninos saíram da sala e Jungkook fechou a porta de vidro atrás de si.

-Eu não quero brigar, Seungkwan. -o Chwe foi rápido ao pedir. Ele estava cansado delas provocações sem pé ou cabeça, e aquilo era fato.

-Eu também não quero brigar, Hansol. -Seungkwan respondeu, se sentando ao lado do Chwe no sofá. -Agora eu quero realmente conversar. Começando pela pergunta que eu não quer calar: Você realmente não me odeia?

-E eu tenho um motivo coerente pra isso? -Vernon questionou. -Não, eu não tenho. Eu não tenho porquê te odiar, e pra ser sincero eu não conseguiria também.

-Então nós temos um ponto, eu também não te odeio! -o menino falou, calminho. -E por mais que as vezes as suas provocações me tirem do sério, eu não consigo te odiar também.

-Eu te provoco, porquê você me provoca! -o Chwe revelou.

Seungkwan riu, desacreditada.
-Calma aí, então quer dizer que estamos esse tempo todo sendo recíprocos errado?

Vernon franziu o cenho.
-Como assim?

-Você disse que só me provoca porque eu te provoco, então, se eu tivesse começado a te tratar bem do nada você ia fazer o mesmo? -o Boo questionou, curioso. Sentindo seu coração acelerar.

-Eu não tenho uma resposta cem por cento certa pra essa pergunta, draja moja. -Hansol respondeu, nem notando que apelidou o outro. -No começo eu provavelmente iria estranhar, muito, mas gradativamente eu ia parar de provocar. Como eu falei: eu só faço porque você faz.

-Draja moja, sabe o quanto eu queria te bater por me chamar assim? -Seungkwan sorriu pequeno, e se lembrou de todas as vezes que quis socar a cara de Vernon por aquele apelido.

Apelido que na verdade era o mais carinhoso possível...

-Eu...-Hansol tentou voltar a falar.

-Não, agora é sua vez de escutar. -Seungkwan rebateu. -Eu demorei um tempo até saber o que tudo isso significava, como eu não entendia e não entendo nada eu fui perguntar para quem entendia, e quando Woonwo hyung me disse que não sabia o que significava Draja moja, porquê não era italiano, eu fiquei mais confuso ainda. Você me enganou por um bom tempo, Draja propast.

Draja propast.

O coração do americano quase saiu pela boca e seu corpo esquentou. Aquilo não podia estar acontecendo, podia?

-Do que foi que você me chamou? -Vernon se aproximou do Boo, levantando a mão direita e levando até a bochecha do outro, sentindo a textura fofa da pele farta.

Seungkwan se sentiu afetado pela proximidade e se permitiu abrir um pequeno sorriso ao sentir o perfume do Chwe tão perto de si.

-Draja propast. -Murmurou baixinho. -É exatamente o que você é pra mim, Chwe Vernon Hansol: A minha perdição.

Vernon não pensou em mais nada, simplesmente segurou a cintura do Boo e o puxou pra si, Seungkwan colocou uma perna em cada lado do corpo do maior e segurou seus ombros, se acomodando no colo do Chwe, em nenhum momento os dois perderam o contato visual.

-Draja moja. -Hansol murmurou. -Era muito engraçado ver você puto comigo enquanto eu simplesmente te chamava de meu bem!

-Engraçado é você aprender um idioma por causa de um jogador de futebol! -Seungkwan não perdeu tempo em rebater.

Vernon apenas riu, mas logo apertou a cintura alheia e sem conseguir mais se segurar grudou seus lábios nos do Boo, que passou os braços em volta de sua pescoço e retribuiu o toque de lábios.

As línguas se moviam desenfreadas tentando a todo custo ter o controle, um dos lados, mas, a batalha para Seungkwan era perdida porquê ele se rendeu lentamente ao outro, deixando o mesmo tomar o controle e o segurar.

Vernon deixou que uma de suas mãos descansassem na cintura do Boo e a outra veio de encontro ao seu pescoço pela parte direita onde acariciou lentamente e segurou firme enquanto beijava o menino. Aquilo era surreal para demais para si.

Por muitas vezes, o americano imaginou como seria beijar o coreano, em inúmeros momentos durante as discussões, o Chwe pensou em simplesmente o puxar pra si e beijar a boca tão atrativa e bem desenhada, mas não parecia certo, não queria o beijar pela primeira vez assim.

E ele se agradeceu mentalmente por isso, porquê beijar Boo Seungkwan com calma assim era a coisa mais gostosa que já experimentou.

Os dois meninos perderam a conta de quantas vezes pararam com os beijos alguns segundos pela falta de ar e voltaram a se atacar no momento seguinte, eles pareciam imãs, impossível se manter longe.

Foi um toque de celular que fez com que ambos se soltassem, não totalmente, já que o Boo continuava no colo do mais alto.

-Ta tocando Adele, com certeza é o celular do Joshua. -Vernon deu risada e logo o mais alto fez menção de se levantar, mas o outro o impediu. -O que foi?

-Fica aqui, Easy on me não é tão ruim, Joshua que venha procurar o celular. -Seungkwan deu os ombros e abraçou o Chwe que se aconchegou perto dele. -Gado do caramba!

Vernon apenas riu e se ajeitou no sofá com o Boo em seu colo, sorrindo pequeno e dando um beijo na testa alheia.

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