Capítulo 5
Edifício BAI
Narrador POV
O dia para Jarede já começou mal por sinal, pelo fato de ser segunda-feira, e depois da discussão com a sua mãe por causa do seu pai, o que só fez piorar o seu típico mau humor.
Da centralidade, até ao seu local de serviço são 40 minutos de carro, mas com o trânsito infernal da cidade de Luanda, ele saía sempre mais cedo de casa para chegar com antecedência ao serviço e com pouco constrangimento do trânsito, mas hoje foi diferente, Jarede saiu tarde de casa, com o trânsito infernal, chegou vinte minutos atrasado no seu local de trabalho.
Com a cara fechada, ódio em sua feição, Jarede estacionou o seu carro na garagem do enorme prédio da empresa em que trabalha, foi até a sua área de serviço que é a seção de contabilidade do banco, Jarede como sempre, foi pelos fundos para evitar se cruzar com os seus colegas de serviço, o seu humor não estava num dos melhores, sem contar que detesta contacto social logo pela manhã, Jarede trabalha no quinto andar do enorme edifício que é chamado seção de contabilidade, onde a responsabilidade é maior, pois é lá onde tudo se move, pois, sem dinheiro bem admistrado não se tem uma empresa qualificada.
Jarede chegou até a sua área de serviço, e lá já estava o Luís e Lauren, uma mulher de trinta e cinco anos de idade, que também trabalha na secção de contabilidade.
Luís quando se apercebeu que Jarede tinha chegado, se levantou de sua cadeira, por trás de sua mesa e indo até a mesa de seu amigo.
— Pensei que não viria hoje, você sempre chega cedo. -— Luís se aproxima do seu amigo.
— Então pensou errado, porque eu estou aqui. — Retrucou, sem paciência, com raiva nas suas palavras e no seu tom de voz.
— O que houve? Aconteceu alguma coisa, ou falei algo de errado? — Indagou o Luís, preocupado.
— Não quero falar sobre isso agora. — Jarede sentou-se na cadeira da sua mesa de trabalho, e pousou a sua pasta por cima da mesa.
— Ta bom, acho melhor deixar você trabalhar em paz. — Luís voltou para o seu lugar de trabalho.
Luís sempre entendeu esse lado de Jarede, quando vê o seu amigo desse jeito ele prefere deixar ele sozinho, para pensar no que ele precisar pensar.
Jarede se acomodou na sua cadeira e começou com o seu trabalho de sempre, fazer a análise econômica e financeira do Banco, fazer os registos das operações que são feitas no Banco, e fazer a abertura do exercício econômico do banco. Jarede só queria esquecer um pouco do que aconteceu mais cedo, desse modo ele nem saiu para almoçar, focou totalmente focado no trabalho a ser feito.
Enquanto os seus colegas foram almoçar, Jarede continuou a trabalhar feito um desesperado, quando os seus colegas de serviço chegaram do almoço, Jarede já tinha terminado tudo, que ele tinha por fazer hoje.
— Você não quer comer alguma
coisa? — Indagou o Luís, preocupado com o seu amigo.
— Não, obrigado. Vou para casa daqui a pouco, já terminei de fazer que eu tinha de fazer hoje. — Retrucou, sem tirar o olhar do computador.
— Ta bom, não vou insistir, porque eu sei que não vai adiantar em nada. Você quer conversar? — Indagou novamente o Luís.
— Olha, Luís eu não quero conversar sobre nada, só quero ficar sozinho por favor. — Retrucou serio e com pouca paciência, olhando para o rosto do seu amigo.
— Tá bom. Hoje marquei um encontro, quer dizer um jantar com aquela gerente do Kilamba club. — Sorri satisfeito, na intenção de entusiasmar o amigo.
— Bom para vocês, já que vocês estavam se comendo com os olhos naquele dia. — Jarede respondeu sarcástico á Luís.
— Acho melhor eu ir despachar o meu trabalho. — Luís caminha em direção a sua mesa de serviço.
Jarede, arrumou as suas coisas, imprimiu os relatórios do serviço que ele tinha feito e os levou até ao gabinete do gerente da seção de contabilidades, Jarede deixou o relatório na mão da secretária do gerente, já que ele estava em reunião, assinou o seu nome na lista de presença e voltou a sua mesa de serviço, pegou os seus pertences e saiu do seu local de serviço, novamente pelos fundos, descendo as escadas, para evitar contato social.
Jarede foi direto para o estacionamento desbloqueou a fechadura do seu carro, entrou no mesmo e deu partida.
⏳⏳⏳⏳⏳⏳
Paula por ser segunda-feira seu dia de folga, depois de um plantão cansativo que teve no sábado, acordou animada por saber que era folga, tomou o pequeno café da manhã com sua mãe, e juntas foram até a loja de cosméticos, ela não queria ficar em casa sozinha, então decidiu ajudar a sua mãe na loja.
Paula queria ligar para sua amiga, mas não o fez, presumindo que ela deveria estar a dormir depois da noite que ela perdeu no trabalho.
— Filha, daqui a pouco já vou fechar a loja, importas-te de ir até ao shopping da centralidade para fazer algumas compras para casa? — Sugeriu sua mãe.
— Claro que não mãe, mas a senhora tem certeza que quer fechar essas horas tão cedo? São apenas umada tarde e onze minutos? — Retrocou, olhando para o seu fino relógio de pulso.
— Sim, tenho certeza filha! Já que é tua folga podíamos passar o final da tarde juntas. — Sugeri.
— Claro! — Respondeu a Paula.
Sua mãe á entregou o cartão de crédito, e a lista de compras. Paula se despediu da sua mãe com um beijo na testa, deixou sua mãe atendendo alguns clientes, chamou um táxi e seguiram com rumo ao shopping, durante o caminho Paula decidiu ligar para sua amiga.
Ligação on
— Olá, tudo bem com você? - Indagou, Miriam no outro lado da linha, logo que atendeu a ligação.
— Estou ótima e você? — Retrucou. — Você tem compromisso hoje? É que eu e a a mamã vamos passar a tarde toda juntas, então queria te
convidar — Esclarece.
— Eu, estou ótima também, acabei de acordar, olha amiga infelizmente hoje não vai ser possível, tenho um jantar.
— Humm... Jantar ? você não me contou nada sobre isso.
— Eu vou te contar sim, mas agora ainda não, quando eu achar que é de verdade eu te conto.
-— Ta bem, já percebi que tem homem no meio, então vou deixar você se arrumar e descansar mais, até depois, se cuida!
— Até depois, tchau!
Ligação off...
Paula ficou feliz pela sua amiga, depois da ligação, Paula pensativa em quando será sua vez de encontrar alguém que lhe ame, e que lhe faça feliz do jeito que ela merece, com esses pensamentos, não percebeu que o táxi já tinha parado de frente ao Shopping.
Pagou o táxi, desceu do carro e entrou no shopping que não estava nada lotado para a sorte dela, comprou tudo que estava na lista que sua mãe lhe deu, foi até ao caixa pagou as suas compras e saiu do interior do Shopping.
Na saída do shopping, Paula fucou na paragem ao pé da estrada a espera de um táxi, na espera do táxi Paula foi surpreendida por um carro que vinha em alta velocidade, e passa por uma pequena possa de água suja, que saltou para toda sua roupa.
— VÊ POR ONDE ANDA COM O
CARRO. — Gritou assustada, olhando para a sua roupa, que ficou molhada e manchada.
O carro Hyundai Elantra cinzento, encostou até ao canto da estrada, a porta se abriu e Paula ficou perplexa ao ver quem era.
— O que foi que eu fiz para você?.... O que você tem contra mim?... Você vai continuar a me perseguir, já não basta no ensino Médio. — Caminhou até onde o carro estava parado.
— Olha aqui, hoje eu não estou com paciência para aturar meninas mimadas, que prestasses á atenção, e que reparasses o local em que paraste. — Jarede retrucou, sem paciência.
— Desde quando é que você está de bom humor? Desde quando é que você está com paciência, você é o mesmo de sempre, que trata mal as pessoas, por causa da porra de seus problemas, que ninguém sabe quais. Você pensa que é o único no mundo que está cheio de problemas, ou que tem o melhor problema do mundo? — Paula, sentiu-se satisfeita, por conseguir dizer tudo o que estava instalado na sua garganta.
— Olha aqui. — Jarede, chama a sua atenção, e segura bruscamente os antebraços de Paula. A força e brutidão de Jarede, fez com que Paula deixasse cair as suas sacolas de compras no chão, e assustou-se pela forma que ele a encara.
— O que você sabe da minha puta de vida, para vir falar sobre o jeito que eu trato ou não as pessoas?... Você é do tipo de pessoa mimada que sempre teve o que quer que sempre vai chorar para o colo do seu pai quando tudo dá errado, você não sabe nada sobre a vida. — Jarede com ódio nas suas palavras, segura mais forte os antebraços de Paula.
Paula quando ouviu Jarede a falar do seu pai, os flashback de tudo que ela passou com a sua mãe brotaram na sua cabeça, como se fosse uma música, Paula não aguentou, e as lágrimas começaram a cair, ela ficou sem reação, apenas sentia as lágrimas cairem do seu rosto e Jarede parecia não se importar.
— Agora você chora, porque falei do seu pai?... Porque falei a verdade sobre vo... — Jarede foi interrompido, quando percebeu que Paula se soltou dos seus braços, e que sua mão já tinha aterrado fortemente em seu rosto, Paula deu um tapa forte em seu rosto.
— Você sabe alguma merda sobre mim?.. Você pelo menos sabe, de algo sobre o que eu passei nessa merda de vida?... Para você vir falar comigo desse jeito? — Indaga Paula com ódio em suas palavras, com os olhos ainda marejados.
Jarede ficou sem reação com a atitude de Paula.
— Olha aqui, nunca mais se atreva a tocar no meu rosto, nunca mais ouviu bem? — Jarede cuspe cada palavra debaixo de seus dentes, segurando fortemente dessa vez nos pulsos dela, e consequentemente a encostou mais para o corpo dele.
Paula e Jarede estavam tão próximos que ambos sentiam a respiração forte um do outro.
— Se não o quê?... Vai se armar em covarde e vai me bater? — Paula encostou mais perto, com os olhos ainda marejados e cobertos de ódio.
Ambos perceberam que estavam tão próximos um ao outro, que dava para sentir o hálito um do outro, o olhar de Paula e Jarede se encontraram, Jarede não resistiu e beijou ferozmente os lábios de Paula.
Paula a princípio ficou sem reação, mas depois retribuiu o beijo intensamente, com desejo e fúria.
Paula abriu passagem para que a língua de Jarede passasse, ambos estavam em um ritmo agressivo, Paula soltou um gemido no meio do beijo.
O beijo parou por falta de ar, mas os dois ainda estavam próximos, os seus rostos colados um no outro, até que Paula percebeu o que tinha acabo de acontecer, se soltou dos braços de Jarede bruscamente e saiu, deixando as sacolas para trás.
Jarede ficou sem entender o que tinha acabado de acontecer, olhou para os lados e viu a multidão que estava lhes observava.
— Bando de desocupados, vão procurar coisa melhor para fazer.
Jarede irritado, subiu no seu veículo e segui com o seu trajeto.
Mais um capítulo terminado! Desculpa por qualquer erro e se estiver não exitem em falar! Não se esqueçam do vosso voto e comentários. Fiquem com Deus!
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