Capitulo 22
Jarede POV
Enquanto, a Paula estava no interior do seu local de trabalho, fiquei a pensar sobre tudo que ela disse para mim, sobre o meu pai e sobre o meu passado, de certo modo acabei por chegar a conclusão que ela está coberta de razão, hoje é o meu presente e brevemente será o meu futuro e o que se passou fez parte do meu passado e de modo algum deve prejudicar o meu presente, muito menos o meu futuro, o melhor a se fazer é esquecer as mágoas do passado e focar-se no presente, para ter um futuro risonho.
- Demorei muito? - Indaga, me retirando dos meus pensamentos.
- Sim, pensei até que a confusão de mais cedo trouxe-te problemas. - Digo sincero.
- Por enquanto o director do hospital ainda não sabe de nada, acho que o Elisandro pediu sigilo absoluto sobre o que aconteceu.
- Pelo menos isso, mas eu acho que ele tem vergonha que saibam que ele apanhou no seu local de serviço, bem à frente dos seus pacientes. - Sorrrio, lembrando do momento em que ele caiu ao chão, devido ao impacto do soco.
- Pode ser, mas eu acho que não era necessário o uso da violência. - Diz, séria.
- Eu também achei isso quando você socou o rosto da Lorena. - Digo sorrindo, Paula revirou os olhos e começou a sorrir também, dou partida com o carro, com destino à sua casa.
- Eu fiz isso porque ela merecia, ela me insultou moralmente e estava na cara que ela queria mesmo me provocar.
- Então, eu fiz pelo o mesmo motivo filha. - Dou de ombros e continuamos a sorrir. - Na verdade, nós às vezes nem queremos usar a violência, mas as circunstâncias nos obrigam, melhor dizer nos corrompem. - Acrescento seguindo as suas gargalhadas altas, que ecoavam pelo o carro.
Ouvir o som suave das gargalhadas de Paula, me fazem se sentir completo, pois, saber que ela está-se divertindo ao meu lado me deixa completamente satisfeito.
- É verdade, mas só que em termos cívicos e morais, a violência não justifica nada, por mais razão que tu tenhas. - Dá de ombros, eu concordo com ela apartir de um aceno positivo.
- Pois é, mas agora porquê que você demorou tanto lá dentro? - Indago, referindo-me ao hospital.
- Porque o doutor Lucas, o director do hospital me chamou até a sua sala para me avisar que segunda feira terá uma estagiária e eu serei a monitora dela, já que ela estagiará na secretaria do hospital. - O entusiasmo em sua voz era mais que verídico.
- Ah, que bom, então terás uma colega de trabalho? - Indago.
- Se ela se desempenhar sim, pois eu sou bastante exigente e não quero moleza. - Diz convencida, em um tom de humor me fazendo gargalhar.
- Já imagino, o quão rigorosa és! - Dogo brincalhão, lhe fazendo sorrir.
- Também não é para tento, basta a pessoa ter consciência de que está a vir trabalhar e se focar apenas no seu trabalho, deixar os problemas pessoais na portaria do seu local de serviço, para mim é o fundamental.
- Exato, mas nem sempre é tão fácil deixar os nossos problemas de lado. - Afirmo, sem retirar os olhos da estrada.
- Concordo, pois há problemas que nos baralham por completo, mas eu sou bastante compreensível, que também é bastante importante, devemos saber nos colocar no lugar dos outros.
É tão fascinante, a forma em que o diálogo entre eu e Paula de certa forma são engraçados e intelectuais, sinto-me tão confortável em conversar com ela sobre qualquer assunto.
- Sim mulher, acho que este é o problema de vários líderes, patrões, chefes ou sei lá como são designados, a falta de empatia e de sensibilidade, que são factores importantes para se ter uma relação saudável entre funcionários e patrões. - Digo, parando o carro de frente ao portão da casa de Paula.
Paula diz que sim com a cabeça, sorrindo satisfeita por partilharmos das mesmas ideias.
- Quer entrar comigo? - Sugere, apercebendo-se que já chegamos ao seu destino.
- Quem está em casa? - Pergunto malicioso, mordendo o lábio inferior.
- Deixa de ser mal intencionado. - Diz sorrindo envergonhada, depositando duas bofetadas leves no meu ombro, arrancando dos meus lábios um rugido de dor ironizado, lhe incentivando a depositar váras gargalhadas e a gargalhar.
As suas gargalhadas preencham o interior do carro, sem aviso prévio, seguro os seus braços delicadamente pelos pulsos, lhe impedindo de dar mas bofetadas no meu ombro.
- Só vou aceitar, receber mais tapas teus, se cada tapa for um round! - Digo, com bastante malícia nas minhas palavras, enquanto ela me encarava sem expressar nenhuma reação no seu olhar.
- Round de quê? - Indaga, se fazendo de despercebida, ainda com os pulsos presos pelas minhas mãos.
- Round sexual filha, eu sei muito bem que você percebeu, em que eu estava a me referir. - Sorrio, da cara dela de despercebida, e em seguida selo os nossos lábios, com um beijo bastante caloroso e bem intenso.
Paula retribuiu o beijo, em sugida soltei os seus pulsos, posicionando as minhas mãos na sua cintura, lhe puxando para se sentar no meu colo, as suas mãos já percorriam o meu pescoço e a minha cabeça, desci o beijo até ao seu pescoço, com mais intensidade, pois já sentia o meu pénis pulsar dentro do boxeur.
- Aiahmmmmm! - Gemeu alto, enquanto continuava beijando o seu pescoço, e as minhas mãos invadiam o interior da sua blusa, facilitando o contacto entre as minhas mãos e as suas costas, massageava as suas costas com ânsia de retirar a sua blusa, enquanto Paula mordiscava o lóbulo da minha orelha, descendo até ao meu ombro esquerdo, me fazendo arfar de tesão e desejo. Estava a ser tão prazeroso, até ouvirmos três lebes batidas na janela entreaberta do carro, despertando a nossa atenção e em seguida a voz irritante da Miriam.
- Mano, é falta de ética se foder bem no portão da casa da sua sogra! - Diz brincalhona, em um tom sarcástico com o seu típico sorriso amarelo nos lábios.
Paula, constrangida com a situação, voltou imediatamente a sentar-se no seu lugar.
- O que você faz aqui? -Indago, pousando as minhas mãos por cima do volante. - Sinceramente, eu já estava a sentir falta de você e o seu namorado. - Digo irónico.
- É a casa minha melhor amiga esqueceu? - Indagou, apontando para casa de Paula. - Eu sei que nós somos o casal mais foda, mas modéstia à parte sentimos a vossa falta também, respondendo pelo o Luís. - Sorri.
- Agora respondendo-vos, a tia Irene, sabendo que eu amo a sua cachupa, convidou-me para almoçar. Estava lá dentro ajudando-a a preparar, até ouvir o barulho de um carro encostando no portão e presumi que fosse vocês, só que vocês estavam a demorar muito, então decidi vir dar uma vista de olho. - Explica Miriam, apoiando as suas mãos na janela entreaberta do carro.
- Enfim, então Jarede quer entrar comigo? - Perguntou Paula, depois de um longo suspiro.
- Melhor não, amanhã o dia será cheio e aposto que a minha mãe já deve estar a minha espera para o almoço. - Digo, sorrindo fraco para ela.
- Tá bem, eu entendo. - Diz, pousando uma das suas mãos, por cima das minhas mãos que estavam pousadas por cima do volante. - Estou tão orgulhosa por teres tomado a decisão certa!- Sorri largamente, sem retirar o seu olhar do meu.
- E eu sou grato, por ter você do meu lado! - Digo, depositando um beijo em sua mão. - Amanhã ao meio dia eu venho a sua busca!
- Tá bem filho! - Diz, me fazendo gargalhar com o adjectivo. Paula, piscou para mim e eu fiz o mesmo, em seguida desceu do carro.
- Você vai sem sequer cumprimentar a sua sogra? - Indaga, Miriam despertando a minha atenção, para olhá-la.
- Você ainda está aí? - Indago notando a presença dela ainda na janela.
- Não, estou lá! - Revira os olhos.
-Miriam! -Esbravejou Paula, sorrindo da resposta de sua amiga. - Vamos, entrar por favor!
- À propósito, ninguém estava a se foder querida, apenas estávamos a nos beijar. - Digo sarcástico e sorrindo.
- Porque eu, como uma boa amiga de vocês, impedi que isso acontecesse filho! - Diz, se gabando.
Miriam pode ser até chata, desmancha prazeres, irritante nalgumas vezes, mas é bem divertida e uma ótima pessoa, na primeira vez que nos vimos na discoteca, eu achei ela bem tímida, mas acabei por me enganar porque ela é bem extrovertida. Sorrio com os meus pensamentos, lembrando das chatices e das suas palavras sujas e bem directas.
Me despeço das duas mais uma vez, e dou partida com o carro com destino a centralidade, amanhã será um dia cheio e o que eu mais quero agora é descansar e ficar sozinho.
Mais um capítulo terminado, desculpem a demora e por qualquer erro que tenha no capítulo, caso tenha não exitem em falar, porque é de facto muito importante. Não esqueçam de deixar os seus votos e comentários meus amores. Fiquem com Deus!....
Cachupa => é um prato típico de Cabo Verde. Carregue a multimédia para ver. 👆
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro