Capítulo 2
Centralidade
Jarede POV
Ouço o barulho da melodia de chamada do meu telefone, ainda com as vistas fechadas, me pergunto quem é, e o que quer a essas horas ainda nem amanheceu, decido ignorar a melodia, e voltar a dormir, mas pareceu impossível porque não para de tocar, até eu decidir atender.
— Merda! — Penso alto irritado, enquanto tiro o meu telefone da carga para atender, olho no ecrã do telefone e vejo o nome do Luís, mas o que ele quer á essas horas quase zero horas me questiono psicologicamente, enquanto deslizo para atender a ligação.
Ligação On
— O que você quer a essas
horas? — Indago do outro lado da linha, irritado.
— Hey! Calma Bela adormecida. — Diz em tom sarcástico e gargalha.
— Olha fala logo o que você quer, você sabe melhor do que eu, que daqui á algumas horas nós temos que estar no trabalho.
— Eu sei, mas sei também, que você nunca ia desperdiçar a oportunidade de fazer sexo com novas mulheres e encher a cara, ou estou
errado? — Indaga e debocha.
— Fala logo o que você quer. — Digo em um tom mais calmo.
— Hoje tem uma festa no Kilamba club, em alusão á mais um aniversário e ao novo dono da propriedade pensei logo que aceitarias ir comigo, você sabe, eu não gosto muito de beber sozinho, embora que daqui a algumas horas teremos que estar no trabalho, mas seria ótimo nós irmos .
— Como eu digo segunda-feira é o pior dia da semana e não dá para entrar neste dia sem ressaca, então eu vou sim. — Digo, fingindo não estar entusiasmado.
— Esse sim é o Jarede que eu conheço, então daqui à 15 minutos eu passo aí para te pegar.
— Ok! Mas eu não vou com o meu carro. — Esclareço, e desligo o telefone, antes que ele fale mais alguma coisa.
Vou até o banheiro, tomo um outro banho dessa vez mais rápido, escovo os dentes, e saio do banheiro apenas de toalha.
Kilamba club, é uma das melhores discotecas daqui de Luanda, do meu quarteirão até lá são apenas 8 minutos, fica na entrada da centralidade. Parece estranho, mas eu não nego uma boa bebedeira em pleno domingo, já que o dia a seguir é segunda-feira o pior dia da semana e dia de trabalho para muitos como por exemplo eu e o Luís.
Opto, por vestir uma calça jeans preta, que marca as divisões daa mingas pernas grossas, com uma t-shirt branca, que marca os meus músculos, e o meu tênis vans preto e branco, passo perfume, e saio do quarto com o telefone na mão, ouço o barulho da melodia de notificações, e era uma mensagem do Luís que já estava debaixo do predio.
Sai do apartamento, e começo a descer as escadas do prédio, até chegar a portaria, e ver Hyundai Sonata preto do Luís, entro no carro me sento na parte da frente no lugar de passageiro.
— Para quem estava irritado por ser acordado, você parece até
animado. — Ri da situação e dapartida com o carro.
— Apenas vamos! — Digo sem paciência.
Luís, usa uma camisa branca com estampas, acima dos cotovelos, uma calça jeans clara larga e um tênis branco da Nike.
O caminho até a discoteca estava sendo calmo até eu contar ao Luís o que aconteceu mais cedo entre eu e a Lorena.
— Eu te avisei, que não é uma ótima ideia ficar várias vezes com a mesma pessoa, ainda mais sem compromisso, é previsível que cedo ou tarde iria confundir as coisas. — Sorri enquanto fala, parece até se divertir com a situação.
Não o respondi apenas, fiquei calado.
Chegamos no famoso Kilamba club, Luís estacionou o carro, e de fora já se ouvia o barulho alto da música .
No estacionamento já tinha pessoas bêbadas uns vomitavam, outros falavam coisas sem sentido, enfim tópico de uma discoteca.
No interior da discoteca, eu paguei a minha entrada e o Luís a dele, o senário não mudou nada, sempre o mesmo, tem bar em todo canto do salão, um palco montado e o Dj era o único por lá.
Diferente do habitual, as cadeiras dos bares estavam todas vazias como sempre esse povo odeia ficar sentado, todos estavam na pista de dança a vibrar ao som da playlist do Dj.
Eu e o Luís no sentamos em uma das cadeiras rolantes de um dos bares, veio uma mulher aparentemente jovem, não parecia ser bartender pela roupa que ela usava, parecia ser a gerente daquele bar, vestida com uma calça jeans justa, um croped branco que deixava amostra a sua barriga e um tênis preto, Luís a encarou de cima a baixo ele parecia congelar, os dois se incaravam até eu despertar atenção de ambos.
— Você é a bartender ou a gerente? —Pergunto um pouco alto por causa do barulho da música, e ela virou o seu olhar para mim. — Precisamos beber algo urgentemente. — Olho para o aeu rosto, que era bonito por sinal, os seus olhos são escuros e combina perfeitamente com o seu cabelo e tom de pele.
— Desculpe senhores, sim eu sou a gerente desse bar, o que os senhores desejam beber? — Sorri envergonhado.
— Duas cervejas para mim e o meu amigo que está em transe
profundo. — Dou um soco no braço do Luís, para chamar a sua atenção.
— Ai! essa doeu... — Colocou a sua mão no lugar do braço onde eu dei o soco.
— Aqui está os vossos pedidos. — Diz, enquanto entrega as nossas bebidas. — Ah, desculpe mas pode nos dizer se o novo dono do Kilamba club já foi apresentado?— Indagou o Luís para a gerente.
— Não, mas parece que será a qualquer momento.
— Qual o seu nome? — Pergunta novamente o Luís a gerente e eu apenas o encaro, enquanto bebo a minha cerveja.
— Eu sou a Miriam Raquel, mas pode me chamar de Miriam. — A gerente sorri simpaticamente. Decidi deixar eles mais a vontade, fui até até ao outro lado do bar fui com o meu copo de cerveja na mão, até alguém esbarrar em mim, o líquido fresco caiu em minha t-shirt branca, sinto o mesmo descer no meu peito e ultrapassar o tecido.
— Você é cega ou se faz de cega? — Pergunto seco ao perceber que era uma mulher, e ela aparentava estar surpresa com o que aconteceu.
— Desculpa não foi minha
intenção. — Tenta colocar a mão na minha t-shirt, mas depois parou e olhou para mim.
— O que adianta pedir desculpas depois do ocorrido? — Digo irritado olho nos seus olhos castanhos claro. E dá logo a impressão que eu a conheço de algum lugar.
— Você deveria olhar por onde
anda. — Acrescento ainda irritado.
— Olha aqui não é pelo fato de eu ter esbarrado em você e ter deixado cair o líquido em sua t-shirt, que você vai falar nesse tom comigo eu acho melhor você moderar. — Aponta o seu indicador na minha cara, e olha profundamente nos meus olhos.
— E se eu não moderar o que a mocinha vai fazer? — Pergunto bem mais irritado, por ela tentar me desafiar.
As pessoas não prestavam a atenção, por conta do barulho da música.
— Você não muda nunca Jarede, o mesmo arrogante de sempre, o mesmo mal educado que sai por aí tratando mal as pessoas. — Diz bem mais alterada. E eu fico surpreso por ela saber o meu nome.
— Como você sabe o meu nome? Onde nós nos conhecemos? E quem te deu o direito de falar do que eu faço ou deixo de fazer? — Indago sem paciência.
— Óbvio que você não lembrari a de mim. Também como você podia lembrar da menina do primeiro ano do ensino Médio, que você chamava de mimadinha, da menina que você chamava de riquinha metida. —Ironiza e eu começo a me lembrar dela, nós fomos colegas do ensino médio ela estava no seu primeiro ano e eu no segundo ano, ela era a considerada como mais inteligente, e a menina de comportamento exemplar da escola toda.
— Só podia ser você, Paula além de nerd e mimada, agora é cega. — A minha raiva só aumenta.
Ela queria dizer mais alguma coisa mas o Luís apareceu.
— Paula! Que bom te ver
novamente. — Luís estende a sua mão para lhe cumprimentar.
— Obrigado! Pelo menos à alguém educado. — Consentiu ela, com um aperto de mão.
— O que vocês conversavam? — Olhou para nós dois, reparou na minha t-shirt e nos cacos que estavam no chão. — Ah, entendi. — Sorri com a situação.
— Luís vamos sair daqui, antes que eu perca a cabeça e faço coisas que possa me arrepender depois. — Olho para ainda irritado e saio dali.
— Vai com o seu mau humor de sempre, seu grosso. — Retricou, enquanto eu me afastava.
— Desculpa por ele Paula, espero
reencontrar-te. — Luís á despede e vem logo atrás.
Saí da discoteca, fui até ao estacionamento, onde se encontra o carro do Luís . Pois eu só quero sair desse lugar.
— O que aconteceu entre você e a Paula? — Indagou vindo em minha direção.
— A desgraçada esbarra em mim, e além de estaragar a minha t-shirt, ainda diz que eu sou um mau educado. — Digo irritado, ao lembrar de como ela falava comigo, sem ter medo algum.
— Ela disse isso porque você a provocou, ela não diria isso do nada, agora vamos voltar para a
discoteca — Diz o Luís.
— Você vai defender ela? Luís, não fode com a minha paciência.
— Eu só estou no lado da razão, agora vamos voltar para festa.
— Para mim já deu, eu quero ir para casa! — Determino estressado.
— É melhor nem insistir, então vamos para casa. — Desbloquea a fechadura do carro.
Entramos no carro, e ele deu partida com o carro, o caminho foi silêncioso, Luís me deixou debaixo do meu prédio, e e eu subi as escadasaté ao andar em que resido.
Entrei no apartamento, fui direito para o meu quarto, tirei a roupa e tomei um banho, por causa do cheiro de álcool.
Como alguém pode ter tanta audácia de dizer se eu trato bem as pessoas ou não, o que ela sabe sobre mim, quem ela pensa que é, Paula desde sempre só me irrita, só me deixa nesse estado, ela parece ter o poder de me deixar sempre irritado e acabar com a minha paciência que merda.
Termino de tomar o banho, saio do banheiro, visto uma cueca, olho para o ecrã do meu telefone e ainda são uma hora da manhã e trinta e sete minutos, coloco o mru telefone por cima da cômoda, me deito na cama, penso no que ocorrido na discoteca com a Paula, até finalmente adormecer.
Mais um capítulo terminado! Desculpa por qualquer erro e se estiver não exitem em falar! Não se esqueçam do vosso voto e comentários. Fiquem com Deus!
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