Capítulo 16
Jarede POV
A caminho de volta do hospital, a tranquilidade e o sentimento de alívio predomina em mim de uma certa forma, enquanto não chegávamos ao hospital tentava descansar mais era impossível o barulho da melodia de chamada do telefone do Luís preenchia o interior do carro.
— A empresa já tem o conhecimento sobre o meu atropelamento? — Indago, ignorando o barulho da melodia de chamada que ecoava dentro do carro.
— Sim, eles só estão a espera do seu justificativo médico, para adiantar as suas férias. — Diz, sem tirar o olhar da estrada, se é algo que o Luís não perde é a atenção no que ele faz.
— Mano, atende logo essa merda! — Digo, irritado já não suportando o barulho da música Someone You loved de Lewis Capaldi, ecoar pelo carro.
— Eu estou dirigindo! — Responde, sem tirar os olhos da estrada, e parecendo não se incomodar com o barulho da melodia.
Sem muita dificuldade, tiro o seu telefone do afixador, sem nem olhar para o ecrã e ver quem era, atendo a chamada.
Ligação On.
— Luís, onde você está?... Você fugiu com o Jarede do hospital onde você está com a cabeça menino? — Do outro lado da linha, o desespero ea frustração na voz da tia Joana era notável.
— Tia, é o Jarede não se preocupes nós já estamos voltando! — Digo, mais calmo possível.
— Filho, por que você fez isso? — Indaga, aliviada. — Você tem que descansar, a sua mãe está aqui comigo no hospital desesperada.
— Tia, eu estou bem diz para ela que eu já estou a voltar, tinha que ir resolver um assunto importante que só tinha de ser hoje.
— Ta bom, eu e sua mãe estamos no hospital vos esperando.
— Ok! — Digo, e desligo o telefone em seguida.
Ligação Off.
Luís, continuou sempre atento a estrada, com o sorriso no rosto.
— Porquê você está sorrindo tanto?— Indago perplexo. — Você sabia que era a tia Joana que estava a ligar não é?
— É óbvio que seria ela a ligar, já que ela e a tia Maria estavam juntas lá em casa e também uma hora ou outra entrariam no seu quarto e veriam que o mesmo está vazio.
— Eu pensei que a minha mãe tinha ido trabalhar hoje! — Digo.
— Ela iria trabalhar, mas a minha mãe não à deixou, lhe convenceu a ir lá para casa. — Diz, enquanto entravamos no enorme quintal do hospital. — Agora me diz como foi com a Paula? — Indaga malicioso, enquanto estacionava o carro.
— Nada demais, apenas nos entendemos! — Digo, fazendo gestos com os ombros.
— Isso eu sei, você bem sabe em que eu estou me referindo. — Diz, sorrindo malicioso.
— Para ser sincero eu não sei! —Minto, enquanto ele me ajudava a descer do carro.
— Não era o que a sua ereção pouco discreta na calça dizia! — Diz, sorrindo alto enquanto interlaçava o meu braço a redor do seu pescoço para descer do carro.
Enquanto eu descia do carro com a sua ajuda, o meu psicológico processava lentamente o que ele terminou de dizer, sinceramente eu não esperava que ele me reparasse até aí, as suas gargalhadas eram tão altas.
— Você gostou da vista ou preferia apreciar a mesma ao vivo? — Indago, com um sorriso sarcástico, enquanto entravamos na parte interna do hospital.
— Prefiro não comentar sobre. — Diz, desta vez sorrindo baixo.
Já estávamos no interior do hospital indo em direção ao elevador, alguns enfermeiros nos perguntavam se precisávamos de ajuda e eu dizia que não, entramos no elevador, Luís clicou na tecla de número um, que era o nosso destino.
— Porquê você saiu do hospital? — Pergunta a minha mãe, enquanto saíamos do elevador, vindo em nossa direção, os olhares das outras pessoas que estavam na sala de espera, caíram sobre nós.
— A senhora quer que eu responda aqui, no meio dessa gente toda? — Indago.
— Lourdes o importante é que ele está bem, não é necessário afrontar ele deste jeito! — Diz tia Joana, chamando-a pelo o segundo nome, segurando nos seus ombros e sorrindo fraco para mim e para o Luís.
Minha mãe não disse nada, apenas abriu passagem para que passássemos, com o braço apoiado nos ombros do Luís, caminhava com dificuldades até o quarto em que eu estou enternado, que fica quase ao final daquele comprido corredor.
Tia Joana foi chamar o doutor William, enquanto eu me ajeitava na cama.
— Nunca carreguei algo tão pesado assim na minha vida. — Diz, o Luís movimentando os seus ombros para frente e para atrás.
— Você por acaso pensou que a cruz que Deus se refere é leve? — Pergunto, sorrindo e eles fizeram o mesmo.
— Pois tem razão, você deve ser a cruz que Deus deu para mim. — Acrescentou o Luís, sorrindo.
— Agora eu quero saber a onde você foi, pois você está muito sorridente, coisa que não é habitual para ti, até piadas você está a fazer, vá lá diz-me, onde vocês foram? — Indagou, minha mãe curiosa enquanto tia Joana entra no quarto e nos diz que o doutor William já está por vir.
— Mãe, só estou seguindo o conselho da senhora " Sorrir para vida sempre" — Digo, fazendo aspas com o dedo na teoria que a minha mãe, faz questão de me dizer quase todos os dias.
— O que eu perdi? — Acrescentou tia Joana, parecendo perdida.
— Ainda nada mamã! — Diz, Luís sorrindo.
— Ok! Mas de qualquer jeito eu quero saber onde vocês foram?— Indaga, desconfiada.
— Mãe, a senhora sabe que eu não gosto muito de falar, sobre onde eu vou e o que eu faço para a senhora. — Digo sincero, enquanto ela e a tia Joana me olhavam desconfiadas.
— Tia, nós fomos para a casa da
Paula. — Disse o Luís, me deixando surpreso. — Mano, não me olha com essa cara, você sabe que a tia Lourdes não nos deixaria em paz se não falassemos. — Acrescenta, balançando os seus ombros para cima e para baixo em um movimento rápido.
— O que você foi fazer lá? Foi ofender a menina de novo? — Indaga desta vez a minha mãe e a tia Joana parecia perdida, já que não sabia do que se tratava.
— Onde está o doutor William que não chega? — Pergunto, ignorando a pergunta da minha mãe.
— Filho, não adianta mudar de assunto. — Diz, autoritária. — Pois, eu já sei das discussões que vocês têm, eu sei do beijo na saída do shopping, eu sei de tudo graças a Miriam, e também sei que vocês se amam. — Surpreendido por ouvir aquilo tudo de minha mãe, engulo seco, só podia ser a namorada do Luís a fazer isso, os dois se encaixam um no outro.
— Já que a senhora faz tanta questão, eu vou dizer. — Digo, me dando por vencido, se eu não dizer certeza que o Luís iria. — Eu fui pedir desculpas para ela.
— Está ficando cada vez mais interessante e confuso isso! — Acrescenta tia Joana.
— Depois eu te explico tudo mana. — Diz minha mãe. — E por que você não conversou com ela aqui no hospital?
— Quando eu ia fazer isso ela já não estava aqui mãe, e eu tinha que conversar com ela urgentemente. — Digo.
— Pelo visto essa conversa foi ótima, pois não me lembro de ver os olhos de Jarede assim tão brilhantes. — Acrescentou, tia Joana e doutor William surge no quarto.
— Como o nosso fugitivo está se sentindo? — Indagou o doutor, vindo em direção a minha cama.
— Melhor nós sairmos para deixar o doutor lhe examinar. — Disse, tia Joana.
— Você tem razão mamã! — Diz, o Luís se levantando da poltrona, o doutor William apenas abriu um surriso agradecido pela compreensão. Em seguida eles saíram do quarto ficando apenas eu e o doutor William.
— Como você conseguiu sair do hospital sem que ninguém percebesse? — Indagou o doutor.
— Eu pedi o telefone de uma enfermeira, enviei mensagem no número do meu amigo para me trazer roupas, já que vocês iriam perceber que eu era um doente do hospital estando com a camisola de pacientes, pedi para ele me ajudar a sair daqui, e ele obviamente que não recusou já que ele sabia o verdadeiro motivo da minha fuga e também sabia que era apenas por algumas horas. — Digo e o doutor Wiliam, me encara com um sorriso de orelha a orelha.
— Você saiba que o hospital, pode ser processado por essa tua ideia brilhante de escapar? — Indaga, sério.
— Mas, eu voltei doutor era um assunto importante que não tinha mais como esperar, mas de verdade eu não tinha noção da gravidade. — Digo.
— Ok! Pois agora já sabe. — Retrucou, sério.
— Doutor, eu estou com muitas dores no corpo todo e a minha cabeça não para de doer. — Digo, enquanto ele me examinava.
— É normal você sentir essas dores, depois do esforço que você fez. — Diz sério. — Vou te dar este sedativo para descansar melhor e para diminuir a dor. — Acrescentou, enquanto injetava a agulha da seringa numa ampola.
— Quando eu vou ter alta doutor? — Indago, enquanto ele passava todo líquido da ampola para a seringa.
— Depois do risco que você nos colocou amanhã mesmo você vai para casa, só temos de fazer mais alguns exames para se certificar que está tudo bem. — Diz, injetando o sedativo no meu braço. — Mas terá de ficar em repouso absoluto, amanhã mesmo eu passo o teu justificativo médico para a empresa que você trabalha. — Acrescentou, terminando de injetar o sedativo em mim.
Já sentia os meus olhos pesados, e as dores cessarem do meu corpo em questão de segundos, Já não aguentava mais me manter de olhos abertos e o cansaço havia tomado conta de mim, me conduzindo assim em um sono profundo.
Mais um capítulo terminado! Desculpa por qualquer erro e se estiver não exitem em falar! Não se esqueçam do vosso voto e comentários. Fiquem com Deus!
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