Capítulo 12
Paula POV
Já se passaram quase meia hora, que a dona Maria entrou no quarto onde Jarede está internado, Luís já havia voltado, contou-nos sobre a decisão do senhor Marcos, e eu de certeza que discordei com a sua decisão, pôs, por mais merda ou burrada que o seu pai faz ou sua mãe faz, eles continuam sendo os seus progenitores, e senhor Marcos só pelo seu olhar já se pode sentir que ele está sofrendo muito, que ele não está nada tranquilo, ele só quer o seu filho ao seu lado, ele quer concertar os erros que ele cometeu no passado.
Neste momento, estamos sentados nas cadeiras nada confortáveis da sala de visita, que é também a minha área ds trabalho.
Dona Maria aparece na sala de repente, com uma feição mais tranquila.
— Ele vai se recuperar o mais breve possível eu pude sentir isso. — Diz enquanto se aproxima de nós.
— Nós sabemos disso senhora. — Diz Miriam, sorrindo simpaticamente, dona Maria retribui o sorriso de Miriam com um outro sorriso simpático.
— Por favor para você e a Paula é apenas tia, menos senhora me sinto meio desconfortável com esse nome de "senhora" — Diz , fazendo aspas com os dedos.
— Ok tia! — Digo dessa vez, sorrindo simpaticamente.
Tia Maria parece está melhor agora, depois de ver o seu filho e isso de certa forma passa uma ótima energia positiva para mim...
— Paula você pode entrar para ver o Jarede, acho que ele irá gostar de sentir a tua presença. — Diz, tia Maria.
— Do jeito que eles brigavam quando se reencontravam, dá até uma duvida nesse assunto de ele se sentir feliz ao sentir a presença dela. — Diz Miriam, automaticamente lembro das nossas discussões sempre que nos cruzamos, discutimos por tudo e por nada com essas lembranças acabo abrindo um sorriso maroto nos lábios.
— Nem me fales amor, parecia até cão e gato. — Diz o Luís entre risos, até a tia Maria também estava sorrindo.
— Gostando ou não eu vou vê-lo. — Digo, ainda com um sorriso no rosto, neste momento eu até estava achando engraçado as nossas discussões, agora dou razão as gargalhadas que a minha mãe soltava, quando eu contei tudo a ela sobre as nossas discussões.
— Vai minha filha que ele vai gostar sim de sentir a sua presença, agora tudo se encaixa o meu filho gosta de você e ele não quer admitir este sentimento meu bem, a minha intuição e o meu coração de mãe conseguem me dizer isso. — Diz, ainda sorrindo.
— Eu sempre disse isso para ela mas ela dizia sempre para mim como resposta "é apenas o ódio que sentimos um pelo outro e do Jarede eu só quero distância, pôs ele só desperta a raiva em mim".— Diz Miriam, mudando a sua voz para tentar copiar a minha e fazendo todos eles rirem, menos eu que estava morrendo de vergonha.
— Miriam... — Tento repreender a mesma para que parasse, mas foi impossível.
— Miriam nada deixa eu falar. — Diz, ignorando o meu repreensão. —Imagina que teve até um dia que eles se reencontraram e como hábito discutiram só que de tanta raiva que ambos sentiam acabaram se
beijando. — Diz, deixando eles completamente surpreendidos.
— Miriam já chega, eu juro que nunca mais te conto nada. — Digo a interrompendo, e com vergonha do que ela acabou de contar, aposto que se eu fosse de um tom mais claro eu já estaria que nem um tomate de tanta vergonha, tia Maria e o Luís ficaram surpresos com a bomba atómica que a minha amiga acabou de soltar.
— Eu nem sabia disso, o Jarede não me disse nada. — Diz o Luís, surpreso e ignorando que eu estava ali e tinha acabado de pedir a Miriam e indirectamente para que eles parassem com esse assunto, porque de certa forma estava me sentindo desconfortável,mas eles simplesmente fingiram não ouvir e não entender o que eu tinha acabado de dizer.
— Meu Deus eu também nem sabia disso conta isso direitinho para
nós. — Diz a tia Maria, também surpresa e entre os risos.
Já que eles estavam falando ao meu respeito como se eu não estivesse lá, preferi sair dali deixando a Miriam contando tudo para eles, percorro o corredor enorme que tem mais de quarenta quartos de pacientes e o escritório enorme do senhor Lucas.
Continuo percorrendo o enorme corredor, o meu destino é o último quarto do meu lado direito, pôs é lá onde Jarede está, a cada passo que dava o meu coração acelerava, meu corpo se arrepiava, e as minhas mãos suavam, enquanto andava as lembranças do beijo quente e feroz que aconteceu entre eu e Jarede invade o meu psicológico sem permissão alguma, a vontade de repetir o beijo me atordoava do mesmo modo, chego até ao meu destino, antes de abrir a porta do quarto respiro fundo, entro no quarto, meu coração só piorou com as batucadas que agora eram mais fortes, e o barulho do aparelho de monitorização cardíaco já se fazia sentir, fecho a porta delicadamente e me viro.
Lá estava Jarede, ligado a vários aparelhos de monitoração, desacordado e deitado na cama de hospital, com um lençol azul que cibria os seus pés até ao meio de sua barriga , com uma feição pálida, a sua cabeça estava coberta com ligaduras, o seu rosto com algumas arranhaduras, e os seus lábios meio pálidos, ver Jarede naquele estado me entristecia de qualquer forma, sem perceber um nó já havia se formado em minha garganta e os meu olhos já lacrimejavam.
Me aproximei mais da cama em que o mesmo estava, o meu coração doía muito a cada passo que eu dava para me aproximar dele, e quando finalmente eu encostei ao seu lado não aguentei e desabei no choro e soluços, a cada soluço que a minha garganta soltava o nó que havia se formado parecia diminuir, mas o meu coração de certa forma não parava de doer e o meu peito aquecia e as minhas mãos tremiam, minhas mãos se movimentaram freneticamente e os meus dedos tocaram em sua pele, mas propriamente num dos seu braços, e a outra minha mão acariciava o seu rosto.
— Por favor fica melhor logo, por favor acorda logo, eu preciso de você todos nós precisamos de você! — Digo entre oa choros e soluços e olhando fixamente no seu rosto que tinha arranhaduras por quase toda parte.
— Você não tem noção do quanto me dói te ver neste estado, o quanto o meu coração aperta enquanto eu olho para você, o quanto a ansiedade me matava quando você estava no meio de vários especialistas, e ninguém nos dizia nada, volta por favor eu sei que você me odeia por motivos que eu também nem sei explicar, eu pensava que te odiava também, mas hoje eu percebo que eu nunca te odiei ou se calhar te odiei, mas esse ódio se transformou em amor, eu percebi que não posso mais ficar longe de você. — Coloco tudo que está dentro de mim para fora, dizendo o que eu estou sentindo neste exacto momento.
A minha mão direita que por um momento estava acariciando o seu rosto, delicadamente desceu até ao seu peito, a partir do tecido leve do vestido de pacientes, que estava meio justo nele, por causa dos seus músculos, o seu peito estava todo marcado no tecido.
— A Miriam neste momento está a contar ao Luís e a tia Maria sobre as discussões que tivemos sempre nos reencontravamos, até do beijo ela falou para eles, Luís e a tia Maria parecem estar se divertindo com a narração que a Miriam está a lhes dar sobre os nossos encontros. — Converso com ele mesmo desacordo, sem perceber um sorriso escapa dos meus lábios, pôs as lembranças das nossas discussões vieram fortemente atingindo o meu psicológico.
Encosto a poltrona de cor castanha que estava no canto do quarto até ao lado direito da cama de Jarede e me sento, deito a minha cabeça em seu peito, o batimento calmo de seu coração me acalmava, as minhas mãos passeavam delicadamente a cada dimensão de seu peito e o seu rosto, as lágrimas voltaram a escorrer nos meus olhos.
— O que aconteceu com você, de certa forma só está nos reaproximando, e descobrindo sentimentos de amor que na verdade eu nem sabia se existia dentro de mim por você, é ruim que tenha sido dessa forma que descobri que na verdade eu amo você desde o principio de nós começarmos a discutir feito cão e gatos, a raiva que eu sentia de você, ocultava esse sentimento tão forte que eu sinto por você, minha mãe desde o dia que. Eu a contei tudo ela logo me disse que nós estamos apaixonados um pelo o outro, mas eu não acreditava no que ela dizia, mas hoje acredito porque eu consigo sentir como é tão forte o que eu sinto por ti. — Digo, enquanto as minhas mãos passeavam a cada dimensão do seu peito e do seu rosto, e os meus olhos soltavam lágrimas.
— Não sei se teria coragem de te dizer isso um dia, mas espero que estejas me escutando e que isso te ajude a voltar mais rápido para nós. —
Continuo passeando no seu peito e no seu rosto com as minhas mãos delicadamente, até que sinto os meus olhos pesar, a batida leve do seu coração só contribuiu para que eu caísse em um sono profundo, aí mesmo com a minha cabeça em seu peito, e as minhas mãos paralisaram uma no outro lado de seu peito e a outra em seu rosto.
Mais um capítulo terminado! Desculpa por qualquer erro e se estiver não exitem em falar! Não se esqueçam do vosso voto e comentários. Fiquem com Deus!
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