Capítulo 70
— Espera aí! Eu vou ter que usar isso? — questiono o homem enquanto segura as peças de roupas nas mãos.
Peças de roupas é modo de falar, já que se resumia em uma lingerie e um blazer, ambos na cor preta.
Segundo Santino, essa era a roupa que devia usar. Um verdadeiro absurdo!
— Devia me agradecer... — resmunga enquanto anda pelo quarto — Daqui há alguns meses sua barriga vai está tão grande que será impossível usar algo parecido.
— Como sabe que estou grávida? — pergunto sem tirar os olhos dele.
— Eu sei de tudo, amoré mio.. agora vista-se.
Santino é com certeza a pessoa mais esquisita do mundo.
Depois de vertida e devidamente armada, seguimos até a boate onde meu alvo estaria. Uma das coisas que me chamou atenção foi que D'Antonio veio comigo dessa vez.
Chegamos ao local, descemos e entramos pelos fundos
— O palco é seu, Tarasov..
— Co-como assim..? Eu vou ter que dançar?
— Sim. — responde calmamente.
Irritada, fico a sua frete e ponho as mãos na cintura.
— Eu não sei se percebeu mais estamos em um clube de stripper! — o italiano continua indiferente — Não vou tirar a roupa na frete deles!
— Ah, você vai sim.
Antes que tivesse a chance de protestar, o homem me puxa pelo braço e caminha até o palco que era iluminado por luzes neons. O local estava cheio de homens, oito ao todo, e todos me olhavam como se eu fosse um pedaço de bife fresco.
— Boa noite... — Santino fala ao microfone — Bom, como vocês sabem o nosso amigo, o senhor Dimitri Johnson, é o aniversariante da noite!
Todos os demais aplaudem.
— E eu tenho um belo presente para o senhor.
Ótimo agora virei presentinho de velho mafioso.
Depois de chamar o amigo, o tal Johnson sobe ao palco e senta na cadeira que estava no centro do mesmo. Ok, entendi o que tenho que fazer aqui.
Uma música erótica começa a tocar nos caixas.
— Quem é meu alvo? — pergunto a Santino antes de começar.
— Todos eles.
Assim que ele respondeu, o olhei assustada. Ele não fez isso comigo!
— Não se preocupe, embaixo da cadeira tem uma faca e uma arma..
Tentando manter a calma, respiro profundamente e vou até o homem. Desabotoou o blazer, o tiro e jogo para um dos rapazes sentados. Olhando nos olhos de Johnson, caminho até ele em passos largos, dou a volta na cadeira, passando a mão por seu peitoral. Quando fico diante dele, sento em seu colo. Com muito esforço consigo rebolar algumas vezes.
O homem põe as mãos na minha bunda e a aperta, tomo um susto mas não deixo a pose cair.
Aproximo meu rosto do seu pescoço e deixo um beijo no mesmo.
— Você e muito gostosa, sabia? — sorriu com sua declaração — Quer sair daqui e ir para um lugar mais calmo?
Alcanço uma faca presa embaixo na cadeira.
— Não saio com caras mortos..
Sem dar chance dele falar, cravo a lâmina no seu pescoço, o sangue esguicha.
Rapidamente todos ficam de pé, um deles saca uma arma e atira contra mim. Uso o corpo de Dimitri como escudo, porém uma das balas atinge meu braço direito.
Levanto e abro fogo contra os homens, acerto a cabeça de dois em cheio. Corro para trás da parede e continuo a trocar tiros... Estou encurralada e a única coisa que passa por minha cabeça é que não sairei daqui viva.
Os tiros param. Olho para ver o que estava havendo, e não posso crê no que estou vendo: tinham três no chão e John lutando com dois homens!
Ai eu tô ferrada!
Um dos caras que estava no chão, levanta, antes que ele podesse golpear John, dou um tiro em seu braço.
Ele olha para mim e aponta seu revólver, porém o mesmo trava. Pego a faca do pescoço de Dmitri, e avanço contra ele.
Acerto seu rosto, mais ele segura minha mão e põe meu braço contra meu pescoço. Vamos até uma parede, minhas costas batem no espelho que se estilhaça. Com esforço abaixo um pouco a mão, mais ele é mais rápido e soca meu rosto. Com o impacto, caiu no chão. Ele vem para cima de mim e aperta minha garganta com suas mãos. Dou uma joelhada entre suas pernas e quando o mesmo vacila, apunhalo sua barriga.
Olho parar John que acabava de finalizar o último assassino.
Tento me pôr de pé, mas a dor no abdômen me impediu de mover um músculo se quer.
— Você está bem? Tá machucada? — Jonathan me pergunta pondo a mão sobre minha cabeça.
— Meu bebê, John... Eu tô perdendo meu bebê!
— Não vai não! — fala enquanto tira o blazer.
Com muito esforço consigo sentar, Jonathan põe seu blazer sobre meus ombros e me ajuda a levantar.
Minhas pernas fraquejam e ele me pega nos braços.
Saímos dali, no hall de entrada haviam vários corpos... Isso explica os machucados no rosto do meu marido.
Garoto também estava lá, mordendo um dos homens.
— Garoto! Vamos! — John brandou para o cachorro que correu e entrou no carro.
Ele me pôs sentada no banco do passageiro e sentou-se no do condutor.
Senti uma umidade entre as pernas. Passei minhas mãos e quando as ergui estavam sujas de sangue!
— John... — chamo por ele e o mesmo me olha — Estou sangrando!
Sei que prometi ontem, mas tive uns problemas.
Amanhã posto outro, beijos e até a próxima ෆ╹ .̮ ╹ෆ
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