Uma Semana Depois...

— Até quando vai ficar sem falar comigo? — Jonathan me pergunta entrando no quarto.

Não troquei uma palavra se quer com ele desce que o próprio teve a capacidade de cogitar que eu o trairia. E pior: desconfiou que tivesse já o feito a muito tempo.

— Maisie, por favor! Eu já pedir desculpas.. — fecho meu livro e o ponho sobre a escrivaninha.

— Desculpas não é suficiente. — falo por fim, na verdade minha voz saiu quase como um sussurro.

Ele senta na cama, posso vê-lo pelo reflexo do espelho.

— Você me magoou, John. — viro para ele fitando seus olhos tristes como os meus — Como pode desconfiar de mim? Eu nunca trairia você com o Ross e nem com ninguém!

— Eu sei, meu amor..

— Se soubesse não teria dito a aquelas coisas!

Levanto e vou para o banheiro. Abro as duas torneiras da banheira e sento sobre a borda da mesma.

John entra no cômodo logo em seguida e senta sobre a tampa da privada.

— Será que eu posso ter privacidade pra tomar meu banho em paz?

Tiro meu shorts e a blusa, como não usava lingerie, fiquei nua.

— Impossível conversar com você nua na minha frente... — ele solta uma risada anasalada — Você vai ficar linda com a barriga enorme.

Que droga! Eu não quero perdoar ele, mas daqui a dois dias tenho uma missão suicida para cumprir, não vale a pena ficar brava agora.

John fica de pé, caminha até mim e assim que chega perto põe suas mãos na minha cintura.

— Me perdoa. De verdade, meu amor.

Ai, eu não resisto a esses olhinhos de cachorro sem dono.

— Depende!

— De quê?

— Se não tirar suas roupas em um minuto nunca mais olho na sua cara..

Dito isso, ele se apressa e tira todas as peças do seu corpo.

Entramos na banheira, a água se agira e cai um pouco no chão, ele atrás de mim. Seus braços rodeando meu corpo, minhas costas no seu peito sentindo as batidas aceleradas do coração dele. John me leva ao paraíso apenas por existir.

— Vai me amar quando eu tiver com a barriga enorme?

— Eu já te amo. — deixa um beijo na minha têmpora — Sempre vou amar... Sempre.

Me movo, ficando de frente para ele, rodeio seu pescoço com meus braços e subo em seu colo.

— Eu também... Sabe o que eu tô pensando?

— Não, mais já estou com medo.

— Engraçadinho. Eu acho que não vou te perdoar ainda.. vai ter que me provar que merece.

— E como posso fazer isso, senhora Wick?

Sorriu um pouco travessa, aproximo meu rosto do seu e tomo seus lábios em um beijo casto.

— Acho que entendi!

John se endireita e puxa minhas pernas me levando a cruza-las em seu quadril.

Pelo visto o dia vai ser longo.

...

Santino D'antonio, está na cidade. Como eu sei? Fácil, o crápula me mandou uma mensagem dizendo que não via a hora de me ver.

Se eu pudesse fazer ele sumir da fase da terra. Mas, hoje isso acaba, se deus quiser!

Mais a pergunta é: como vou sair sem o John desconfiar?

Pior é que tenho que encontrar o Santino às 18h30. E já são 16h45. Tenho que dá um jeito nisso.

A companhia toca duas vezes. Quem será?

No mesmo instante, Garoto começa a latir sem parar, deixo a agenda que Santino me deu e corro até porta e a abro dando de cara com Helena.

— Oi! — fala, toda alegre — O John está?

Era tudo que me faltava!

— O Jonathan... — como me livrar dela? — Entra.

Paciência, Maisie, paciência.

A mulher entra, parecia que ia para uma festa vestida com esse vestido vermelho justo e toda essa produção.

— Será que pode chamar o John?

— JONATHAN! — grito por ele.

— Por que não senta e espera. — Helena senta no sofá e continua me olhando fixamente.

— Não vai me oferecer nada pra beber?

Desaforada!

— Não. — respondo seca.

Após alguns segundos John chega abotoando a camisa.

— Helena? Que surpresa!

Uma péssima surpresa.

— John! Eu queria conversar com você, mas não podia esperar para quinta chegar..

— Quinta? — pergunto pondo - me de pé — Vocês se encontram às quintas?

A loira faz uma cara como se não tivesse entendido minha pergunta. Enquanto John me lançava um sorriso amarelo.

— Jonathan Wick, se não não me responder agora vou arrancar a verdade de você!

— Maisie, podemos conversar a sós? — pede, mas eu nego com a cabeça.

— Não, não podemos conversar a sós!

Helena pega a bolsa e tenta sair, porém seguro seu braço e ela fica quieta.

— Meu amor..

— Não vem com essa de " meu amor", John! Responde de um vez!

Ele me olha sério, nenhuma palavra é ouvida até que Helena descide se impor.

— A culpa é minha, Maisie.. eu pedir ao John para me encontrar, pra poder conversarmos sobre minha irmã e como só estou com tempo livre às quintas.. bom achei que soubesse.

Não sei se me dá mais raiva ele não ter me dito que tava de conversinha com a sósia da ex ou dela tá me dizendo isso.

— Eu ia contar pra você. — ele retruca.

— Quando?

— Agora..

Com sua resposta, reviro os olhos e subo.

Chegando ao nosso quarto, pego minha bolsa e ponho meus sapatos. Era a brecha que estava esperando.

— Vai sair? — John questiona, apoiada a soleira da porta.

— John, eu não quero conversar agora, okay?

Ele apenas concorda. Vou até ele e lhe dou um beijo muito apaixonado. Não sei porque mais estou com uma sensação ruim.

— Eu te amo.. — sussurro ainda com nossos lábios próximos.

— Também amo vocês.

Ele abaixa e deixa um beijo na minha barriga. Esse é um dos poucos atos de afeto que ele tem com o bebê, acho que ainda está se acostumando com essa novidade.

— Volto logo.

E despedindo dele, saiu rumo a casa de Santino.

...

Desço do carro estacionado em frente a enorme mansão. Ele já estava me esperando na porta.

— Maisie, que saudades! — fala o italiano vindo até mim.

— Santino, para de fingir. — o mesmo faz uma cara de pouco amigos para mim — Então, estou aqui! Qual exatamente minha missão?

Então, ficaram curiosas?

Bom espero postar mais amanhã, beijos e até a próxima 😘