A gente se ver no inferno.

— Agora somos só você e eu,Max Richter!..

Retiro meus sapatos e os deixo próximo à porta.

Vou até uma cômoda ,que estava posicionada no canto do quarto, e ponho o coldre de facas e a Glock sobre ele. Ligo o pequeno aparelho de som e Glory Day - The Federal Empire,começa a tocar.
Escolho cuidadosamente uma faca média de cabo firme e a lâmina? A lâmina é um caso a parte ; fina,longa e muito afiada.

Ouço um resmungo e em seguida uma respiração pesada.

— Me solta sua vadia! — Ritchie fala um tanto alto demais.

— Que bom que acordou. — falo acabando de carregar a arma. — Achei que teria eu mesma que fazer as honras!

Me viro e o encaro..
Ele está amarrado com os braços para trás. Se debatendo na cadeira localizada no centro do quarto.

— Quem te mandou?

— Alguém que  adora muito você. — aproximei meu rosto do seu — Santino D'Antonio..

— Desgraçado! — ele sorrir debochado — Aposto que seu nome não é Victoria..

— Não, não é! — Arrasto uma cadeira e a ponho de frente para ele . Sento na mesma e passo a lâmina pelo seu rosto. — Vamos conversar,Max! Me fale de Anneliese Mackenzie.

— Ah,vai se fuder !

— Você estuprou ela.. — desço a lâmina e chego ao seu queixo pressionando a ponta —  Matou!.. Não sente remorso?

— Ela mereceu! — em um movimento rápido cravo a faca em sua coxa direita. — AHHH!

— Anneliese Mackenzie era uma menina! —  giro o cabo da faca — Ela não merecia!

Afundo  mais a faca e ele urra de dor. A calça de seu terno ficava cada vez mais manchada com seu sangue.

— PÁRA! PÁRA!

— Você parou quando ela pediu? — desfiro um soco no rosto dele — Parou,Max? Quando ela te implorou!

Levanto e ponho a mão no balde de gelo que por  sorte tinha no quarto.
Minha vontade é de queimar esse desgraçado,mas posso ferir pessoas inocentes lá em baixo..

— Por que você não me mata logo?

Pego outra faca e volto para perto dele e sento no seu colo. Rasgo sua camisa e deslizo a lâmina deixando um fino rastro de sangue.

— Por que quero curtir antes.. — desço até suas partes íntimas e ele solta um gemido de dor. Rapidamente subo a faca e faço um corte um pouco acima da sua maçã do rosto,o sangue escorria sem parar. — Ah,Max... Você não entende que é injusto não sentir a dor que ela sentiu?

Quando vou cortar o lóbulo da sua orelha esquerda,meu celular apita.
O pego e vejo uma mensagem da Alison.

" John está aqui! "

— Droga! —  alcanço a arma e a destravo  — Infelismente nossa brincadeira vai ter que acabar!

— Não! Por favor,não!

— Manda um beijo pra Satã em meu nome.. — puxo o gatilho e a bala atinge sua testa em cheio — D5,otário!

Falo me referindo ao alvo acertado. Não satisfeita acerto mais dois tiros; um em seu peito e outro em seu abdômen.

— A gente se ver no inferno.. — pego meus sapatos e saio do quarto.

Encontro Ares e Nick.. Flertando?Ando até eles e fingo uma tesse.

— Acabou? — Nick me pergunta e concordo com a cabeça, ele tira o celular e liga para alguém — Alô? Frank,eu tenho uma reserva de jantar pra você..

Reserva de jantar?

É assim que chamam?

— Nick,será que você pode me lavar na casa de uma pessoa?

Ele concorda e juntos saímos.

Entramos no carro e lá mesmo troquei de roupas pondo as que sair de casa.

Em menos de meia hora cheguei no prédio de Allison e fui para o último andar.

Bato na porta e a morena abre em seguida, assim que me vê arregala os olhos.

— Oi..

— Onde você tava?!

Quando vou responder John aparece à porta. Ele parecia  preocupado.

— Onde você tava,Maisie?!

Entro e fico em frente a John. Pensa! Pensa!

— Eu vou deixar vocês conversarem.. — Allison sai nos deixando sozinhos.

— Onde você estava! Passou o dia inteiro fora e quando em cheguei aqui você não estava!

Coço a testa e mantenho a cabeça baixa. — John.. E-eu fui.. Comprar sorvete!

— Sorvete?

— É! No mercado 24hrs.. A Allison pediu..

— E cadê?

— Cadê o quê?

— O sorvete! — Merda! Mil vezes merda!

— O mercado.. Tava fechado.. — sério, eu já fui muito melhor em dar desculpas. Meu pai que o diga.

— O mercado 24hrs estava fechado? — levanto a cabeça e ele também arregala os olhos e põe  as mãos no meu rosto — O que aconteceu com você! Onde se machucou?

— Quê? Eu não.. — passo os dedos no rosto e quando os observo vejo que eles estavam sujos de sangue.

Deve ter respigado quando dei o tiro.

— De quem é esse sangue?

— Um cara.. Tentou me assaltar e eu quebrei o nariz dele.

— Você tá mentindo! — me liberto dele e encaro a janela. — O que aconteceu?

— Não aconteceu nada! — algumas lágrimas começam a descer sem a mínima explicação — QUE DROGA!

Ele me abraça e cochicha no meu ouvido um "shiiii" bem baixinho.

— Calma.. Calma!

A cada minuto meu choro ficava mais incontrolável

— Por que eu tô chorando? — Sinto minha vista escurecer e minha cabeça girar.. — Eu.. John..

Minhas pernas ficam moles e tento me segurar nele.. A última coisa que ouvir foi ele gritar por Allison..

Acordo num pulo e me sento atitude que me deixou tonta.

Minha vista está embaraçada e minha cabeça doendo.
Consigo focar e vejo John sentado na cadeira próxima a janela.

— John?! — ele vira e vem até mim.

— Que bom que você acordou! — John fala e senta ao lado da cama — Como se sente?

— O que.. O que aconteceu?

Ele me ajuda a sentar e põe  um travesseiro atrás das minhas costas.

— Você ficou tonta,desmaiou e acordou depois de uns minutos.. A Allison achou melhor te trazer pra casa e você acabou desmaiando de novo quando chegamos.

— Nossa!.. Eu tô enjoada.. Eu vou..

Não sei como,mas corri para o banheiro. Só deu tempo de levantar a tampa do vaso,pois vomitei. Tudo que saiu do meu estômago foi água esverdeada e quente.

John segura meus cabelos e massageia minhas costas.
Quando termino estou sem forças e com lágrimas nos olhos.

— Melhor?

Limpo a boca com a mão e concordo com a cabeça. Ele abaixa a tampa e dar descarga.

— Acho que minha glicose tá baixa..

Ele me pega no colo e me aperta contra seu corpo.

— Tá tremendo.. — John me leva até a cama e senta na mesma comigo ainda em seus braços. — Você tá mesmo bem?

— Sim.. Acho que ficar oito horas sem comer não é legal!

— Não é mesmo! —Ele dá um beijo na minha testa e outro na minha pálpebra — Eu fiquei assustado!

— John,eu tô cheirando a vômito!

— Não me importo.. — seus lábios encostam no meu queixo e  depois ele voltou a me apertar contra ele.

— Preciso de um banho! Você me leva até o banheiro?

Jardani levanta e vai até o banheiro. Me põe sentada na cadeira e abre as torneiras da banheira.

— Quer ajuda pra tirar as roupas?

— Você pode me ajudar com o casaco e as botas?

Depois de me ajudar ele sai. Me arrasto até a banheira e entro na mesma.
Meu deus,eu matei um homem.!
Ele merecia, mas mesmo assim não consigo evitar me sentir mal e um pouco triste...

— Pára, Maisie! Se você desistir agora o John vai para longe.. E você não quer isso!

Saio da banheira e ponho um camisa – bem grande – e uma calcinha boxer. Penteio os cabelos e me deito.

Alguns minutos depois John volta com uma bandeja.

— Vai comer tudo! — fala podo a bandeja em cima das minhas coxas.

— Sim,senhor! — começo a comer o delicioso caldo de legumes. — Eu já disse que você cozinha muito bem?

— Já! — Rimos e nos entre olhamos.

Quando terminei John foi levar a bandeja e eu fui escovar os dentes.

— Eu já vou dormir.. — ele fala parado na porta do banheiro.

— Humm — cuspo o enxaguante bucal e enxugo a boca — Eu queria te pedir uma coisa..

— O que foi?

Paro a sua frete — V-você pode.. Dormir aqui hoje?

Ele fica atônito por alguns segundos. — Aconteceu alguma coisa?

— Não,é que.. Eu tô com uma angústia.. Mais se você não quiser..

— Tudo bem! Eu dormo.

Fomos até a cama e ele deitou primeiro.
Fico parada encarando ele. A lembrança da casa de praia vem à minha mente.

— O que foi?..

— Não! — sento na cama — Só  que... A última vez que dormir com você ,eu acordei e me sentir um lixo..

— Sinto muito, eu..

— Não, John! Não fala nada! Eu não deveria ter dito isso! — deito de frente para ele — Desculpa..

— Desculpa.. — nos cobrimos.

Ele me abraça e enterra minha cabeça em seu peito inalando o doce cheiro do seu corpo.

Não importa se nós estamos juntos romanticamente! Sempre precisaremos um do outro..

Espero sinceramente que estejam gostando do livro.

Obrigada por ler.

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