Só se você quiser

Acordo com garoto lambendo o meu rosto, assim que abro os olhos ele desce da cama e vai até a porta do quarto, começa a latir.

— shiiii! Silêncio! São.. — olho para o relógio — 08:04 da manhã!

Minha reclamação parece não surtir efeito já que o cachorro continuou a latir. 

Desisto e levanto da cama, eu dormir assim que cheguei e ainda estou com a mesma roupa,e vou para o banheiro.
Com a banheira cheia entro na mesma e relaxo,o dia vai ser muito longo.
Enquanto passava a esponja pelo meu corpo lembrava de momentos da minha vida e em como ela mudou do dia para a noite.
Estendo a mão esquerda,para frente,e observo o anel que Christopher me deu. Eu não o tirei,não estou pronta para isso.

Termino o banho e visto uma roupa de treino.

Desso as escadas e sinto o cheiro de café bem forte. Vou até a cozinha e encontro John cozinhando,garoto estava do seu lado e parecia observar tudo.

— bom dia,acordou cedo..— John fala.

— bom dia,o seu cão fez o favor!

— é mesmo? — ele olha para o cão que abaixa a cabeça — com certeza ele está com fome. Pode por a ração dele?

— claro,é só me dizer onde está.

— eu acho que na área de serviço..

Eu vou até o local e começo a procurar, depois de uns minutos a acho em baixo do balcão.
Volto para a cozinha e ponho a comida para o cão que come logo.

— não vai mesmo dar um nome a ele?

— não. — Levanto e sento no balcão. Ele estava fritando bacon e parecia muito bom. — está com fome?

— na verdade eu não costumo comer muito de manhã, café está ótimo.

— sugiro que coma bem.. Vamos treinar muito.

— tudo bem.

Ele sorrir fraco para mim, sai da cozinha e volta com uma caixa nas mãos.

— e pra você.

Eu pego a caixa de suas mãos e a abro curiosa para saber o que há lá dentro.

— John! — eu não estou acreditando — meu Deus!

Lá tinha uma foto da Nathy quando criança e uma dela adulta.

A minha irmã era linda e muito delicada.

— ah! Olha isso! — falo retirando a minha boneca preferida.

— o meu pai me deu no meu aniversário de seis anos, ele disse que era a Natasha.. E ela ganhou uma que se parecia comigo!

Cheiro a bonequinha de pano,como eu suspeitava,o cheiro de infância ainda prevalência no tecido da própria.

— como conseguiu tudo isso?

— a sua mãe, ela mandou te entregar..

A Marisa me surpreende sempre que pode.

— e isso? O que é? — falo chamando a atenção para uma caixa de veludo vermelho.

A abro e vejo duas alianças.

— para as pessoas acreditarem no nosso casamento temos que usar alianças.

— você está certo — ele pega uma,a menor, e põe no meu dedo anelar da mão esquerda e eu faço o  mesmo,John não retirou a antiga aliança então não tirei o meu  anel.

— melhor assim.

— é.. — ficamos olhando um para o outro como se a qualquer momento fôssemos nos agarrar,coisa que não irá acontecer — então, vamos comer?

John volta a cozinhar. Assim que terminamos o café eu lavei a louça, não temos funcionários porque p Wick acha perigoso,e fomos até a sala de treino.

— eu sei que trabalhava com isso,então me mostre o que sabe,Tarasov. — respiro fundo —pronta?

— sempre.

Assim que ele cala a boca eu vou para cima dele. Tento golpear ele mais o homem foi mais rápido e me derrubou fazendo minhas costas baterem forte no chão. Veio para cima de mim e eu o empurro com o pé fazendo ele cair.

Agora eu vou para cima dele e prendo as pernas dele com as minhas,seguro firme suas mãos na altura da cabeça dele.

— e agora?

Ele nos vira e me deixa por cima dele só que de costas para o peito dele. John passa o braço em volta do meu pescoço e outro por baixo da minha axila em seguida entrelaça suas pernas no meu quadril.

— regra número um :nunca fale durante a luta.

Ele apertava forte e eu estava ficando sem ar,porém desistir não é uma opção. Precisava agir logo,então passei as pernas por cima das suas e fiz pressão no seu pe esquerdo,ele vacilou. Aproveitei e virei meu corpo para o lado me livrando dele lhe dei uma cotovelada.

Ele levantou rápido e voltou a me atacar,dessa vez agarrou o meu pescoço e me prendeu contra a parede.

— regra número dois: nunca  em hipótese alguma espere o oponente levantar.

Dei uma cabeçada nele e conseguir me soltar,em seguida dei um soco no rosto dele. John devolveu o mesmo me deixando tonta. Tentei o prender por trás mais ele jogou o meu corpo para frente,não desistir e fui para cima novamente, dessa vez conseguir preder ele com um mata leão.
Só soltei quando ele deu batatinhas no meu braço.
Assim que solto John cai ao meu lado.
Eu estou morta e suada demais,preciso de um banho.

— Nossa, isso foi intenso! — falo tentando recuperar o meu fôlego.

— é..

Passo a mão onde ele me deu um soco e em seguida olho a mesma, estava suja de sangue. — você tirou sangue de mim!

— você fez o mesmo. — Eu estou sentindo dor e não consigo levantar,John vira de lado e me observa. — tá doendo?

— as minhas costa? Sim.

— vem,eu te ajudo.

Ele levanta e em seguida ma põe de pé, minhas costelas então dando pontadas. Sebastian havia me dito que eu iria ficar sentindo essas dores por muio tempo,já que elas foram quebradas a base de chutes.

— ai!

— acho melhor tomar um banho e.. Eu faço uma massagem em você.

Como é que é?

— n-não precisa! Eu tô bem.

— Tarasov, é só uma massagem.. Não se preocupe não vamos transar..

Ele sai na frente, eu fico estetelada com isso. John pára no meio do caminho e fala:

— só se você quiser..

Meu Deus! John Wick dava dando mole pra mim?

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