Desespero

Correr.
Tudo que eu precisava naquele momento era correr.
Correr para qualquer lugar o mais longe possível, era isso ou me daria mal.

Corro até um beco escuro e decido me esconder atrás de uma lata de lixo.

Escuto passos, passar pelo beco e após um tempo decido sair dali(PÉSSIMA ESCOLHA).
Após sair olho para os dois lados e vou na mesma direção que vim,de repente tomo um susto ao ouvir o meu celular tocar(QUE DROGA)com certeza era a minha Catarina, o tiro da bolsa e tenho uma surpresa ao ver o nome da minha mãe, não vou atender de jeito nenhum. Quando vou desligar sinto uma mão tapar a minha boca e algo gelado em minhas costas, com certeza uma faca,automaticamente solto o aparelho da minha mão e a levo até a mão do agressor que me impedia de respirar.

-achou mesmo que iria fugir de mim docinho? -o cara atrás de mim pergunta e tira a mão da minha boca. -eu te fiz uma pergunta.. - aperta o meu corpo contra o seu.

-me solta..Por favor me deixe ir. - digo,a essas alturas a minha respiração já era inexistente.

-calma... - ele diz e me leva de volta para dentro do beco escuro encostando o meu corpo na parede gelada. -você vai gostar...nossa como você é gostosa.. - ele passa a mão pelo meu corpo e eu aperto os olhos.

-NÃO, ME SOLTA!

-Calma..já disse:você vai gostar,mas se tentar fugir.. -cheira o meu cabelo e pescoço - eu vou ser mau.

Ele passa a mão pela minha perna direita e vai subindo até um dos meus seios,o que me causou ânsia de vômito, ele leva a mão ao meu rosto e para nos lábios. Me beija,quando sinto que suas mãos afrouxaram
dou uma joelhada nos meios das suas pernas e o jogo para longe.

O homem cai no chão imediatamente. Aproveito que ele está se contorcendo de dor,e fujo,corro mas logo ouço os passos dele atrás de mim.
Em poucos segundos ele me alcança.

-eu disse que se fugisse eu iria ser mau.

dizendo isso me joga contra a parede e vem em minha direção, rasga a minha blusa com a faca/canivete e segura os meu braços a cima da minha cabeça.
Ele aproxima o rosto do meu e lambe a minha bochecha.

-você gosta disso...gosta sua puta. -tento me soltar e sinto ele me apertar mais,quando ele tenta me beijar cuspo na cara dele. - agora vai aprender a respeitar um homem.

Me joga no chão e sobe em cima de mim pondo suas pernas por cima das minhas, suas mãos seguram as minhas,novamente,acima da cabeça.

O cara chega perto do meu ouvido e diz:

- eu vou foder você até você sangrar.

-não por favor... Não...Não. -minhas lágrimas começaram a cair dos meus olhos.

- sim,por favor sim. - ele fala e solta uma risada.

- Não...eu...EU ESTOU GRÁVIDA! - digo a maior mentira da minha vida.

- o que? - ele levanta e me olha possesso - SUA FILHA DA PUTA! - O cara me da um soco no rosto. -eu disse que você iria sangrar.

E me dá outro soco,dessa vez mais forte,vejo ele pegar o canivete e em seguida olhar para mim.

Agora a dor era insuportável ,meu corpo estava todo cortado, ele levanta e chuta a minha barriga,com o impacto viro,um chute atinge as minhas costela e cuspo um pouco de sangue.

Meus olhos começam a pesar e meu corpo está dormente,desmaio.

Tento sem sucesso abrir meus olhos, porém e acabo adormecendo novamente.

Após um tempo desperto por completo, olho ao redor e não reconheço o lugar(PROVAVELMENTE UM QUARTO DE HOSPITAL) era todo branco com pequenos detalhes em azul eu estava deitada em uma cama,o lençol cobria o meu corpo até os meus seios.

Com dificuldade viro o rosto e vejo alguns aparelhos;um fazia um barulho chato, o outro continha uma espécie de tubo ou mangueira que ia do suporte até o meu rosto cobrindo a minha boca e o meu nariz,os demais estavam conectados nos meus braços, pulsos e peito.

Levanto as mãos, e as sinto pesadas,olho para elas e vejo arranhões e curativos em toda parte observo meus braços e estavam do mesmo jeito.

Ouço a porta abrir e uma mulher entra,ela não parecia ter mais que 40 anos era alta, seus cabelos eram loiros o que combinava com a sua roupa branca.

Ela vem até mim e começa a mexer nos aparelhos, tento chamar a sua atenção sem sucesso (FICA DIFÍCIL COM ISSO ENCOBRINDO A MINHA BOCA) até que ela me olha e arregala os olhos, em seguida sai do quarto, mas logo volta com um homem de mais ou menos uns 30 anos,seus olhos azuis contrastando perfeitamente com seu cabelo castanho suas roupas também eram brancas assim como a sua pele.

Ele chega perto e pega uma lanterna do seu jaleco e aponta a luz para os meus olhos, desliga e entrega a mulher que sai . Vejo ele injetar algo no meu soro e caiu no sono.

Acordo,sem aquele troço no meu rosto,no lugar tinha um cateter. Olho para o médico que sorrir sem mostrar os dentes, ele vem até mim e senta na cama,tento me sentar mas ele me impede tocando delicadamente meus ombros.

-não, não...por favor fique deitada. -Quando sinto o seu toque em meu corpo,encolho os ombros.- desculpe...sabe o que aconteceu com você? -ele pergunta e sinto as lágrimas chegarem. -calma..tudo bem?

-a quanto tempo estou aqui e quem é você?

-Eu sou o doutor Sebastian e está aqui a uma semana..seis dias na verdade... Chegou aqui quase sem roupa, sangrando muito,seu corpo estava todo cortado, e as suas costelas muito danificadas.. - ele diz e sinto tristeza em sua voz.

- Ele..me estuprou? - agora era impossível segurar as lágrimas.

-Não.

-prenderam ele? -pergunto já aliviada,o cara não tocou em mim.

-Não, o encontraram morto.

-morto? Como morto? - ele só me olha e nega com a cabeça. - como eu vim parar aqui?

- encontrei você no estacionamento do hospital.

-você me encontrou? -ele só concorda com um sorriso.
Me olha por um tempo e suspira.

- bom,eu tenho que te examinar agora.. Tudo bem?

-podemos deixar para depois?

-está bem,descanse um pouco.-ele levanta e sai.

Minha cabeça está a mil, uma semana...uma semana aqui.

Como eu vim parar aqui? E quem matou o cara do beco?

Continua...

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Espero que tenham gostado.