Você. Reflexos. Plural. Vazio
Todo mundo sabe das coisas que eu sei
Erros que cometi
Passado que não esqueci
E todos aqueles olhos
Unhas compridas
Rostos brancos
Vozes em barítono
Ali, na frente de quem entrego
Questiono-me dos postulados que me constituem
A dúvida é uma nuvem que paira
Ar denso, neblina que cega
As palavras quebram a imensidão
Expondo em palanques meus erros
Tropeço ao subir para ver melhor
Você ri. Ah, e como ri
Gargalhadas. Seus lábios borbulham a antítese da reciprocidade
Caio no chão e conflagro
Possuída por uma tristeza dilacerante e constituinte
Que fora plantada e malograda pela Doutora
Os olhos claros. As sardas. Ah, eu nunca serei como você
Eu nunca serei como alguém
Fadada a perseguir meu reflexo disforme
No ímpeto de reconstituir o inteiro
Juntando as peças da construção desolada
Terra abalada
V.R.J,
20 de setembro de 2021
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro