Capitulo único
Shaka Syuri
Sou um nobre príncipe de uma boa linhagem e casta. Atualmente estou com 23 anos e sempre tive tudo do bom e do melhor. Eu cresci cercado com toda riqueza e conforto que minha rica fortuna pudesse comprar. Sou filho único, mas tenho um grande amigo que para mim é como se fosse meu irmão de sangue. O nome dele é Mu Tenzai Gyatso — ele é de nacionalidade Tibetana.
Ele e eu praticamente fomos criados juntos, pois seus pais trabalham para a minha família, desde a época que nós tínhamos cinco anos de idade. Nós somos aqueles típicos amigos que contam tudo um pro outro. Não temos segredos entre nós. Eu e ele sempre nos demos super bem. Eu o trato como um irmão, que eu nunca tive e, ele também me considera da mesma maneira.
Eu cresci rodeado por belíssimas mulheres, as quais sempre estiveram ao meu dispor e, todas elas adorariam ser candidata a minha esposa. Só que a vida, por algumas vezes se mantém injusta e, nos pregam peças, um tanto cruéis, pois foi só ela — a nova dançarina do ventre, que é uma bela moça com um simples olhar de doçura e meiguice. — aparecer em nossas vidas e, tudo veio a mudar...
Mu Tenzai Gyatso
Sou um jovem tibetano e, atualmente me encontro com 23 anos. Vim de uma família humilde e meus pais sempre serviram a família do meu melhor e único amigo, o príncipe Shaka Syuri, a quem eu tenho como um irmão. Shaka e eu sempre nos demos super bem. Sempre contamos segredos e confidências um para com o outro. Eu confiava nele plenamente e, ele confiava em mim. Porém, uma bela dançarina do ventre, uma recém-contratada, veio estremecer meu coração e colocar uma amizade de anos a fio em perigo, já que Shaka e eu estamos perdidamente apaixonados pela mesma mulher. Ele, por ser o príncipe da Índia, tem certos privilégios e regalias e, veio escolher Hilda Luthor como sua noiva.
Ela não deseja se tornar esposa dele, pois ela me ama e eu a amo. Hilda chegou à Índia há poucos meses e, desde que eu a vi pela primeira vez, me apaixonei por ela perdidamente. Nós começamos a manter um relacionamento escondido, bem antes do Shaka tentar comprá-la. E minha amada havia se negado a ser comprada por ele, pois ela não desejava se tornar sua esposa — ainda mais que nem toda a riqueza dele, para ela, importa. Ela e eu nos amamos demais. Porém, numa típica noite de primavera, enquanto ela e eu estávamos contemplando o céu noturno, nos beijando e trocando carícias um tanto ousadas, fomos pegos por um dos guardas reais, que acabara nos entregando para o meu amigo.
— Senhor, aqui está o traidor que deseja roubar sua prometida. — dizia o guarda a Shaka, ao me jogar no chão, diante de seus pés.
— Mu, quem diria...? Justamente você, tentando me apunhalar. Que decepção... — o mesmo se dirigia a mim com uma certa tristeza no olhar.
— Príncipe, o senhor deseja que o levemos para a prisão? — perguntou o guarda na intenção de me punir.
— Não, Asmita. Pode deixar que eu mesmo irei me entender com o Mu! — ele dizia com um tom irritado. Logo após os dois guardas se retirarem, Shaka se aproximou bem mais perto de mim e deu um soco na minha cara. Ao levantar meu rosto, me deparei com os seus olhos transbordando repudia, tristeza e ódio. — Pois bem, Mu... Já que você e minha escolhida tiveram a cara de pau de me enganarem, eu terei de mudar meus planos. Já que ela se fez de difícil, em não querer aceitar meu rico dote pela sua mão, eu terei de tomar outros procedimentos. Agora, saia daqui, antes que eu resolva mandá-lo pra prisão, seu traidor!
Eu me levantei do chão e, antes de me retirar de sua companhia, eu o encarei contendo uma certa raiva e uma profunda dor em meu coração...
Hilda
Eu me debatia, tentando me safar daqueles guardas asquerosos. Os mesmos me levaram a péssima companhia do principezinho que acha que as pessoas são objetos para serem comprados.
Ao entrar na sala do trono da peste loira, fui obrigada a ficar cara a cara com ele.
— Bom, senhorita... — o mesmo colocou sua mão imunda em meu queixo, o segurando. — Já que você não quis aceitar minha generosa oferta, para se casar comigo, eu tenho uma nova e irrecusável oferta para lhe fazer. — dizia em um tom calmo o príncipe idiota que eu tanto quero esganar. — Sinceramente, eu espero que, para o seu bem e, para o bem do Mu, você aceite dessa vez ou eu terei de tomar uma atitude a qual você pode ser culpada da minha decisão.
— O que é que você quer, seu crápula? — eu questionei, rangendo os dentes, ao príncipe maldito que me olhava com desejo e luxúria.
— Eu quero me casar com você. E, caso você não aceite, terei de matar o Mu. — ele falava na maior naturalidade.
Senti meus olhos lacrimejarem e uma profunda dor em meu coração. Afinal, eu amo o Mu e não desejo que nada de mal aconteça ao meu amado. O traste vil e sem coração, do principezinho de araque, continuou segurando meu queixo e me fitando com os olhos azuis fixos aos meus.
Como esse verme ousa lançar essa pergunta com tanta naturalidade? Tive que responder de forma positiva, dizendo que aceitaria me tornar sua noiva e se casar com ele.
O mesmo esboçou um sorriso com ar de triunfo e aproximou de minha boca, para selá-la com um beijo, através daqueles lábios que para mim eram imundos. Não tive outra escolha e acabei beijando-o com certa repudia. Logo depois, me retirei de sua companhia horrenda, sem que os guardas vissem para aonde eu estava indo.
Segui por um corredor um tanto escuro — devido a pouca iluminação de suas lâmpadas as quais já estavam quase todas apagadas. — e fui seguindo em direção ao quarto do homem que eu realmente amo. Chegando lá, olhei de um lado para o outro e, ao perceber que a barra estava realmente limpa, eu adentrei no quarto de meu amado, me deparando com o mesmo chorando de forma copiosa. Tranquei a porta, segui em direção a sua cama, me sentando na mesma. Eu comecei a afagar suas longas madeixas sedosas e macias num tom lilás. De início, ele tomou um susto, porém ao perceber que se tratava de mim, o mesmo me tomou em seus braços, me beijando automaticamente. Sem pensar duas vezes, eu cedi e, quando nos damos conta já estávamos nus e nos amando de forma intensa.
Após chegarmos quase juntos ao ápice, nos beijamos com carinho e, eu lhe expliquei toda a sujeira através da chantagem proposta pelo traste do Shaka. Eu disse ao meu amor que serei obrigada a me casar com aquele verme, porém eu falei também que tenho planos de nós dois continuarmos juntos, escondidos, mesmo eu sendo obrigada a me casar com aquele maldito. Após nos amarmos, vestimos nossas roupas. Eu me despedi dele e segui rumo ao meu quarto, feliz da vida.
No dia seguinte, fui acordada com o principezinho batendo na porta do meu quarto. Ao abrir a porta, dei de cara com o mesmo. Ele me avisou que já ficaremos noivos, nessa manhã mesmo. Ele me entregou um lindo e caro vestido, me pedindo para me arrumar, enquanto ele me esperava do lado de fora do quarto.
Mesmo contra a minha vontade, eu me arrumei, colocando o belíssimo vestido no estilo indiano, na cor preta com detalhes em dourado. Arrumei meus cabelos e fiz minha higiene. Já devidamente pronta, saí do quarto e segui de braços dados, junto do verme, até o salão principal que estava repleto de nobres. Ao adentramos no imenso salão, fomos todos aplaudidos de pé.
Shaka me esbanjava feito um troféu e, Mu que fora obrigado a trabalhar feito um serviçal, via a todo aquele teatro, contendo uma profunda tristeza no seu olhar, que só aumentava ainda mais a minha dor.
O príncipe idiota não desgrudava um minuto sequer de mim e, depois de oficializarmos nosso noivado, diante de todos, seguimos para o café dá manhã que parecia um banquete.
Logo após, a festa se prosseguiu...
Um mês depois...
Templo principal de Nova Adeli, Sábado a noite, por volta dás 20:00...
Hilda
Numa típica noite de sábado de primavera, um mês depois que eu e Shaka havíamos ficado noivos, viemos a nos casar. Após a cerimônia religiosa e a festa, a pior hora chegou para mim, pois teria de me deitar com um homem que tenho a maior repudia...
— Mas quero ver qual será a reação dele ao descobrir que eu não sou mais virgem... — eu pensava alegremente, tentando disfarçar o amargor de meu coração.
O quarto majestoso estava com pouca uma iluminação. Os incensos de orquídeas e as velas aromatizantes já estavam a queimar e exalar sua essência que também é de orquídeas.
O cachorro preparou o cenário perfeito, só para possuir meu corpo.
Ele pode até ter meu corpo, mas jamais terá meu amor, pois esse sentimento puro e intenso, eu continuo a nutrir apenas pelo meu doce e amado Mu.
Infelizmente vi o verme adentrar nosso quarto, retirando suas roupas e vindo de encontro até mim, já beijando meu pescoço e tocando suas mãos hábeis em minha pele. Após retirar o meu robbi, deixando meu corpo completamente desnudo, o mesmo veio a me possuir.
Eu não esbocei nenhuma reação de prazer.
Após ele sair de cima de mim, me levantei da cama, colocando meu robbi, saindo em direção ao banheiro.
— Hilda, você não precisava se portar feito uma boneca, da maneira que você se portou! Vai dizer que você sentiu nada, no memento em que estávamos fazendo amor?
— A gente fez o quê? — eu indaguei sem pestanejar, o encarando de forma fria e irônica. — Eu não posso fazer amor com um homem que eu não amo. E você não percebeu nada em meu corpo?!
— Eu sei que você não é mais virgem. Porém, isso não me importa, já que a tenho como minha esposa. Você e ele nunca mais terão nada. Você entendeu, Hilda?! — agora, o mesmo me dizia num tom mais alterado, se retirando logo em seguida.
Mais um mês se passara, após o nosso casamento. Eu e o Mu sempre nos encontrávamos escondidos, até que fomos flagrados fazendo amor num dos quartos reais. Shaka, ao se deparar com o ato de traição de minha parte, decidiu matar meu amado e me prender numa cela especial. Porém, numa noite chuvosa enquanto todos dormiam, Shunrei, minha amiga, me ajudou a sair de meu cativeiro e me ajudou a soltar meu amado de sua prisão, pois no dia seguinte Mu seria executado. Nós dois fugimos naquela noite mesmo, sem deixarmos sequer uma pista de nosso destino.
Shaka nunca mais teve noticias de nós, pois fomos dados como mortos e, agora vivemos felizes num vilarejo nas fronteiras do Himalaia...
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