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12 - Revelações que não devem ser feitas

Mai e Kazumi embarcaram para Paris. Quase como um passeio de dois amigos. Fizeram compras, visitaram vários lugares turísticos. Aproveitaram cada momento da "lua de mel". A alegria contagiante de Mai transformava tudo ao redor. Eles aproveitaram para conhecer outras pessoas. Kazumi pode ficar a vontade, eles frequentaram discretamente as melhores boates da cidade. Conheceu alguns rapazes e Mai se envolveu com algumas pessoas.

Longe dali Maki tentava não deixar a tristeza tomar conta de sua vida, na esperança que algum dia ela poderia finalmente estar nos braços de Yuta mais uma vez.

Ichiro era gentil, respeitoso e isso era o que mais incomodava Maki. Eles estavam almoçando juntos naquele dia.

-Amanhã vamos para Kyoto. - ele disse olhando para Maki.

-Eu tenho opção?

-Não.

-Idiota.

-Também amo você minha querida esposa. - Ele disse ironicamente.

-O que vamos fazer lá?

-Tenho uma reunião de negócios.

-Você faz o que da vida mesmo?

-Sou contador.

-Chatooo.

-E você? Soube que terminou o ensino médio. O que vai fazer?

-Eu tenho opção? Achei que teria que ficar aqui cuidando da nossa casa e dos nossos filhos. - Maki foi sarcástica.

-Quanto sarcasmo! Não querida esposa. Você pode fazer o que quiser. É um casamento. Não uma prisão.

-Não vejo a diferença.

-Pense como quiser meu bem.

-Não me chame de meu bem!

-Ok, querida.

-Ora seu! Que ódio de você!

-Mas, falando sério. Não vou impedir que estude, siga uma profissão.

-Não precisa ser bacana comigo, não vai mudar nada do que penso e sinto em relação a você.

-Como quiser.

-Babaca.

Os dois terminaram o almoço. No dia seguinte seguiram viagem para Kyoto. Maki detestava ter que fazer a boa esposa. Principalmente na frente de amigos.

Eles ficaram em um hotel bem elegante da cidade. Já que não tiveram lua de mel, Ichiro não deixou de trabalhar. A reunião durou quase o dia todo. No fim da tarde ele chegou ao hotel e encontrou uma entediada Maki mudando os canais da TV.

-Não basta me obrigar a vir, quer me matar de tédio também?

-Eu sinto muito meu amor, acabei atrasando.

-Já falei para não me dar apelidos melosos nojentos, droga!

-Me desculpe, é inevitável. Que tal se eu te compensar e dermos uma volta pela cidade?

-É o mínimo que você pode fazer!

-Então vamos.

Ele a levou para um passeio pela cidade, visitando pontos turísticos e depois pararam para comer em um restaurante chique da cidade. Ela, muitas vezes arredia, mas as vezes a carranca diminuía e dava lugar a um belo sorriso. Na volta para o Hotel eles se preparavam para dormir (com a barreira de travesseiros).

-Gostou do passeio, Moun amor?

-Já falei para.... - Maki começou a frase, mas sentiu a vista escurecer e depois caiu no chão desmaiada.

-Maki!

A jovem acordou depois deitada na cama com Ichiro sentado ao seu lado.

-O que aconteceu...?

-Você passou mal. Desmaiou.

-Eu... desmaiei?

-É, chamei um médico. Ele veio aqui e disse que deve ser cansaço. Quando voltarmos a Tokyo faremos outros exames.

-Mais essa agora.

-Fica tranquila. Quando a gente chegará gente vê.

-Tá bom.

Depois disso eles voltaram para casa.

Harumi vivia na mais completa felicidade. Satoru era quase como um príncipe. Faltava adivinhar tudo o que ela queria e precisava.

Harumi rascunhava os últimos capítulos do mangá que ele escrevia. Satoru chegou de mansinho e lhe deu um afago a abraçando por trás.

-Meu amor. Nem vi você chegar.

-Você estava concentrada e não quis te atrapalhar.

-Bobinho.

-Tenho uma surpresa para você...

-Mesmo? - Ela se virou e passou os braços em pescoço e ficou literalmente na ponta dos pés.

-Duas na verdade.

-Que sorte a minha.

-A primeira: uma editora aceitou ver o seu trabalho, se você estiver pronto em duas semanas pode apresentar para eles.

-Sério???

-Sim.

-Aí que bom!!! Obrigada! - Ela o cobriu de beijos.

-Calma, ainda tem o segundo.

-Claro.

-Segundo: Nós vamos viajar, para as ilhas Maldivas.

-Ilhas Maldivas??? Aí meu Deus que legal!

-Gosto de ver você empolgada. Você merece. Nós nos casamos e nem tivemos nossa lua de mel. Mas, calma. Ainda vai demorar um pouquinho.

Ela pulou em seu colo e cruzou as pernas ao redor do corpo dele. Ele beijou a esposa lascivamente, depois a colocou sobre uma das mesas, enquanto ela esparramada as coisas pelo chão. Ele levantou a saia que ela vestia e apenas afastou a calcinha dela para o lado enquanto ela desafivelava o cinto dele e abriu a calça dele. Ele a amou com fervor, enquanto mordia o pescoço dela.

Harumi estava chegando ao ponto que mais temia. Estaca perdidamente apaixonada por Satoru Gojo.

Keiko Shinomia estava feliz com a vida na casa dos Gojo. Harumi era doce e gentil e Satoru, apesar arrogância, era um homem bom. Mas, o que mais deixava Keiko feliz naquele lugar era Yuji Itadori.

O rapaz frequentava a casa com frequência. Era doce, gentil e tinha um coração tão bom que deixava Keiko ainda mais apaixonada.

Naquele dia, ela estava de folga e normalmente ela ia para a casa da mãe dela, que embora ainda trabalhasse para os Massaro, ela preferia ir e voltar ao inves de morar na mansão. Em um bairro um pouco mais distante. De cabeça baixa pensando na vida e na conturbada situação da família Massaro.

Despercebida ela nem percebeu o obstáculo no caminho.

-Opa! Me perdoe!... Itadori?

-Ah, oi... É Shinomia né?

-Sim...

-Que bom te ver por aqui. Normalmente você está sempre na casa do Gojo.
Ela observava o jovem. Alto, musculoso e tinha um sorriso que fazia Keiko derreter. Eles as vezes conversavam, mas, nunca haviam se encontrado fora da mansão.

-Eu estou de folga.

-Que legal.

Ela iria chamá-lo para sair, quem sabe trocar telefone.

-Itadori...

-Yuji! Vamos logo! E quem é essa aí? - A moça de cabelos curtos levemente avermelhados e com cara de poucos amigos.

-Já vou. Essa é a Keiko, ela trabalha para o Gojo, Keiko, essa minha namorada. Nobara Kugisaki.

Namorada..?

-Muito prazer... - Ela disse terrivelmente constrangida.

-Igualmente. Agora vamos Yuji, eu quero ir naquela loja que inaugurou, você me prometeu!

-Vamos! Foi bom te ver Keiko. Tchau.
Keiko ficou lá observando o casal sair de mãos dadas. Ela ficou pensando como seria se ela tivesse tido uma vida normal. Numa escola normal, numa casa normal. Ao invés disso Keiko nasceu e foi criada como uma serviçal de uma família nobre.

Talvez ela não tivesse um coração partido naquele momento

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