Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

11 - Um homem de Sorte

As festas de casamento da família Massaro eram sempre um deleite. Muita comida e bebida para os convidados da mais alta classe.

Harumi tentava se sentir a vontade, mas a sensação era sempre como se ela não pertencesse aquela família. Ela estava sentada ao lado de Satoru na mesa principal da família observando a tristeza estampada no rosto de cada um dos recém casados e lembrou si mesma a alguns meses atrás.

-Se não está se sentindo confortável, podemos ir embora meu amor. - Satoru a puxou de seus pensamentos.

-Tá tudo bem...

O pai de Harumi, gostava da ostentação, de mostrar a sociedade o quão importante era a família Massaro. Gostava do status. Harumi, por outro lado sempre odiou esse lado dele, do teatro que ele gostava de exibir. Ela se levantou da mesa e foi tomar um ar o jardim.

-Haru? Tá tudo bem?

-Estou querido, eu só vou tomar um ar.

Ela andava pelo jardim sentindo o peso do clima daquela festa. Uma festa para se exibir a custa da felicidade dos outros.

-Então, nem no dia do casamento dos seus irmãos você pode ser feliz?

A voz do pai a tirou de seu momento de paz.

-Papa... eu não disse nada.

-E precisa? Sua cara de desgosto desfilando por aí... - Kendi estava alterado pelo saquê que havia bebido em excesso naquela noite.

-Papa, eu estou aqui não estou?

-Você sempre foi assim, invejosa, não se importa com essa família!

-Eu me importo Papa! Eu me casei, não casei?

-Agradecerei ao seu marido todos os dias por aceitar uma desgraça como você! Você pelo menos o satisfaz? Ou você fica com essa cara toda vez que ele deita com você?

-Papa... por favor...

-Misaki era uma dama, mas mesmo assim aquela ingrata renegou está família. Cuspiu na nossa honra! E o que me sobrou? Você!

-Eu nunca fui boa o bastante não é Papa?

-Sua insolente! Você nunca foi e nunca será! Você é a vergonha da nossa família! Vocês deveriam ter nascido homens, você é aquela ingrata!

Harumi segurou o choro até quando conseguiu. Ela sabia que não agradava ao pai, mas ouvir ele verbalizar doeu mais do que se ele tivesse a agredido. Ela abaixou a cabeça enquanto ele continuava a proferir ofensas contra ela. Quando sentiu os braços de Satoru a envolvê-la.

-Meu amor? Está tudo bem? - ela ergueu o olhar para o marido que olhava fixamente para ela.

-Genro! Serei grato a você por aceitar esta filha tão falha!

-Imagine Sogro, sou eu que tenho que agradecer por esta esposa. Acho que tirei a sorte grande.

-Sorte...?

-É. Sorte. Ela é dedicada, amorosa, acolhedora, gentil. Não poderia ter pedido esposa melhor.

Harumi ficou emocionada com a declaração. Aquela era a primeira vez que alguém dizia aquilo sobre ela.

-Agora, vamos sogro, o senhor precisa descansar.

Harumi sentiu-se protegida naquele momento, como se ela não precisasse mais se esconder ou fugir, porque Satoru estaria com ela.

Ichiro olhava para Maki com pesar. Ela mantinha a expressão dura e fria, durante toda a festa. Não comia nada, não bebia nada. E toda vez que ele lhe oferecia algo: "não há o que comemorar."

Enquanto isso Kazumi tentava se animar depois do fora que havia levado de Megumi. Queria esquecer aquele momento para o resto de sua vida e sentia tanta vergonha que queria desaparecer. Mai, se divertia, estava aproveitando cada momento.

A festa chegou ao fim bem tarde. Todos se despediram. Os recém casados morariam em anexos da mansão principal. Mai e Kazumi foram para seus aposentos, no dia seguinte iriam viajar para a França em lua de mel, presente dado aos noivos por Satoru, entretanto Maki, recusou.

Mai olhou o jovem acanhado, sentia-se desconfortável. Ela se aproximou do jovem sentado na cama e lhe deu um leve beijo nos lábios. E depois olhando fixamente em seus olhos ela disse.

-Você é gay não é?

Kazumi se assustou com a pergunta e arregalou os olhos.

-O-o que?

-Não precisa mentir para mim. Sou sua esposa agora.

-Mai, isso é mentira!

-Kazumi... por favor.

Ele abaixou a cabeça sabendo que não ia adiantar mentir.

-Você já sabia? Desde quando?

-Acho que todo mundo sabe. Só sua família que prefere fingir que não.
E o Megumi - ele pensou.

-Eu não entendo. Se sempre soube por que se casou comigo?

-E nós temos opção Kazumi?

-Não...

-Temos que ser obedientes a nossos pais e nossa família extremamente tradicional mesmo que sejamos terrivelmente infelizes.

-Eu sinto muito Mai, nunca vou poder ser o que você precisa.

-E você sabe o que eu preciso?

-Filhos e um marido....?

-Não. Eu quero ser feliz. Viver a minha vida. Amar livremente. Acho que você também...

-Espera. Você é...?

-Lésbica? Pansexual na verdade. Não ligo para gênero, amo pessoas, simplesmente.

-Então, acho que estamos nessa juntos.
Ela abraçou o marido com muito carinho.

-Estamos Kazumi. Até o fim.

O "casal" a partir daquele momento seriam uma relação de amor muito mais verdadeiro que qualquer casamento "de verdade".

Maki entrou no quarto sem nem olhar para Ichiro. O rosto era de fúria. Ela pegou um amontoado de cobertas e jogou no chão.

-Maki... - Ichiro tentava uma abordagem.

-Me deixe em paz.

-Por favor Maki, não precisa disso. Eu posso dormir no chão ou em outro quarto..

-E vai adiantar? Eu ainda serei a porra da sua esposa!

-Maki! Eu estou tentando ser o melhor possível para você.

-O melhor para mim? Como você mandou bater no Yuta? Foi o melhor?

-Como assim? - Ichiro ficou confuso.

-Você tá se fazendo de desentendido? Você é ridículo!

-Maki, como pode pensar que eu faria algo assim? Eu não desceria tão baixo...

-PARA DE MENTIR! - Maki partiu para cima dele e o esbofetou. - Você me dá nojo! Eu te odeio! TE ODEIO!!!

Ela estapeava Ichiro com fúria, cansado da agressão da esposa, ele a segurou pelos pulsos com força e disse alterando a voz pela primeira vez.

-E o que eu fiz pra você me odiar tanto?

Ela ficou o encarando com os lábios cerrados tremendo de raiva.

-Me responde Maki! Eu agredi seu namorado? Eu te obriguei a se prender a mim? Fui EU Maki?

Os olhos dela marejaram e a respiração ficou ofegante na tentativa de segurar o choro. As palavras estavam entalada na garganta.

O homem sempre frio e elegante começou a embargar a voz num choro abafado o olhar era pura melancolia.

-Eu não estaria estar aqui mais do que você. Eu queria me casar por amor, com uma mulher que me amasse. Queria ter coragem para enfrentar tudo isso e viver a minha vida. Mas, eu tenho uma responsabilidade! E eu vou cumpri-la. Me odeie o quanto você quiser. Me amaldiçoe! Eu vou enfrentar tudo calado como fiz a vida inteira! - Ele apertou mais forte.

-Está me machucando!

-Maki, acha que seu namorado foi o primeiro? Eu amei uma mulher. Amei muito. Eu estava disposto a enfrentar a minha família. Nós ficamos noivos Maki. Eu fiz planos. Eu tinha uns dois anos a mais do que você tem hoje. O nome dela era Iori Utahime, a mulher mais doce e gentil que eu conheci. Ela ainda mora aqui na cidade. O dia que você a vir, pergunte a ela onde ela conseguiu a cicatriz que ela tem no rosto.

Maki arregalou os olhos e ficou em silêncio. Ele afrouxou o aperto e ainda mantinha o olhar fixo na esposa. Ele continuou, parecia estar sufocado e agora que dizia tudo o pensava parecia tirar um aperto do peito.

-Eu não sou o que você queria Maki, e nosso casamento é uma farsa ridícula e tudo o que você disse, mas quero que enquanto estivermos aqui nessa situação a gente pelo menos tentasse não se matar.

Ele a soltou ela caiu sentada e abraçou as pernas. Ela chorava de soluçar.

-Por que? - Ela disse quando finalmente conseguiu. - Por que você não é um babaca? Seria tão mais fácil odiar você! Me beije a força, rasgue minha roupa e me obrigue a trepar com você! Eu te odiar até o fim da minha vida!

-Eu não sou este monstro. Eu te respeito como pessoa e como mulher. Enquanto estiver aqui comigo, eu jamais farei nada que você não queira.

-Seu ridículo.

Naquele momento, vindo da Maki, aquilo foi quase um elogio.

-Venha Maki, deite-se na cama. Não precisa se preocupar comigo.

Ela obedeceu receosa, com a condição de que no meio da cama um muro de travesseiros fosse feito. Maki sentia que se ela ao menos pensasse em encostar em outro homem, estaria traindo tudo o que viveu com Yuta e tudo que sentia por ele.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro