Capítulo 1 - Meu doce desejo
4 de fevereiro de 1940. Era domingo de carnaval... marchinhas, adereços, fantasias, confetes e serpentinas montavam o cenário típico da festa mais esperada do ano. Ao andar pelo amplo espaço do baile de carnaval, me deslumbrava com as luzes e enfeites que coloriam o ambiente. Minhas amigas andavam pelo salão com suas máscaras venezianas, vestidos de paetê e saltos altos, todas à procura de um pierrô, mágico ou qualquer outro que trajasse uma fantasia masculina bonita. Já eu, me diferencio das demais vestindo uma simples fantasia de bailarina confeccionada pelas habilidosas mãos da minha mãe, eu adorei! Ficou perfeita pra mim. E predominando a minha diferença individual, meus olhos estavam à procura de uma doce colombina. Mas não uma colombina qualquer, ela tem um brilho próprio no olhar, seu sorriso é tão lindo que certamente vai sobressair a beleza de qualquer uma aqui. Minha colombina se chamava Victória.
Os ponteiros do meu relógio de pulso insistiam em não se mover. Apesar daquele baile estar lindo, coberto de alegria e numerosos foliões, nada me faria mais feliz do que estar com ela. Resolvo provar alguns drinks, converso com minhas amigas e finalmente eu a vejo entrar. Roubando a cena e atraindo todos os olhares para si, Victória entrava no baile vestindo um corpete apertado em um laço de fita preta, saia de tule branca e meias três quartos. Seus seios volumosos se punham à mostra, mas acabaram sendo ofuscados pela beleza da sua maquiagem característica da fantasia, perfeitamente finalizada com um forte batom vermelho. Foi de tirar o fôlego! Não só o meu, mas de umas boas dezenas de foliões. Ando em sua direção e assim que nossos olhares se encontram, aquele lindo batom vermelho contorna um enorme sorriso, aquele que eu me lembrava. Nos abraçamos como se fôssemos velhas amigas, mas meus pensamentos e intenções se estendiam muito além da nossa amizade.
— Você está lindíssima! Roubou todos os olhares do baile pra si!
Ela sorri como resposta e me diz:
— Olhares esses nada correspondidos. Estava eu a procura de uma linda bailarina, e agora que encontrei, acho bom todos os outros olhares procurarem novos alvos.
Como eu queria beijá-la! Ali mesmo, na frente de todos! Pena que isso seria um terrível escândalo. Ela me puxa pela mão e imediatamente nos atiramos na pista de dança. Deixamos a energia do carnaval nos tomar enquanto trocamos sorrisos, toques discretos e milésimas intenções. O gosto do seu batom cor de carmim ainda estava em minha memória desde o nosso último beijo. Eu quero provar daquela sensação de novo! E quem sabe, descobrir como desamarrar aquele laço fita apertado.
Nos cansamos de dançar e sentamos em uma das mesas. Respiro fundo e quando penso em arrastar ela para um outro lugar, vejo o Pedro se aproximar de nós.
— Boa noite meninas! Victória, aceita dançar comigo?
Que vontade de voar no pescoço dele! Vive rodeando ela com suas flores baratas e galanteios clichês. Ela gentilmente recusa, colocando a culpa no cansaço. Mesmo a contragosto, ele se retira. Ela segura minha mão e diz:
— Vamos para outro lugar, esse ambiente está me sufocando!
Eu me espanto com seu pedido, afinal de contas ela não é do tipo que sai cedo das festas, mas aceito o convite de bom grado.
Caminhamos para longe dali subindo uma ladeira um tanto quanto íngreme, não fazia ideia de onde estava e muito menos para onde estava indo. Mas Victória insistiu e quando eu vi, a tal ladeira terminava em uma linda vista do alto da cidade. Não fazia ideia como era bonito observar o carnaval de cima, todos os enfeites e fantasias se transformavam em um gigante tapete multicor.
— Que lugar lindo! Obrigada por esse presente! Estou deslumbrada!
Olho pra ela, seguro o seu queixo e continuo:
— Mas por mais que você tenha se esforçado, a beleza dessa vista não faz nem cosquinha nos seus pés. Sem dúvida nenhuma, você é a colombina mais linda que eu já vi!
Ela chega mais perto, segura meu rosto e enfim o momento que eu tanto ansiava se torna o protagonista da minha noite. Debaixo da luz do luar de uma noite de carnaval, um maravilhoso beijo se deu entre uma bailarina e uma colombina. Muitos diriam que é proibido, errado ou até mesmo pecado, mas pra nós é a única opção possível. A temperatura foi subindo conforme os beijos iam se estendendo para outras partes do corpo. Meu instinto gritava dentro de mim, mas eu ainda tentava controlar as minhas mãos. Ela interrompe por um instante e diz:
— Vem comigo!
Mesmo um pouco desnorteada, segurei sua mão e fui.
Nos afastamos dali e logo me deparo com uma linda casa toda pintada em rosa chá. Victória abre o portão e me pede para fazer silêncio. Passamos pela sala e subimos as escadas, estava confusa e ao mesmo tempo apavorada com toda essa loucura. Ela abre a porta de um dos quartos, entramos e ela passa a tranca.
— Aonde estamos?
Ela responde:
— No meu quarto! Meus pais não estão em casa, mas a minha tia está lá embaixo no quarto de hóspedes.
Não quis pedir mais explicações. Puxei ela pra perto para continuarmos do ponto onde paramos. Eu não fazia a mínima ideia de onde aqueles beijos iriam nos levar, só sei que eu queria mais! Ela me põe sentada na sua cama e se vira de costas puxando a ponta do laço preto de cetim que segurava o trançado do seu espartilho. Finalmente eu puxo a fita desbloqueando a cena que se fazia em minha cabeça no início do baile, o espartilho se abre e ela mesma termina de tirar. Quando ela se vira de frente eu me deparo com seus seios lindos! Nunca tinha visto nenhuma mulher nua, não tinha irmãs e minha mãe nunca se trocou na minha frente. Ela se senta perto de mim e mais uma vez nos entregamos a um beijo. Minhas mãos tomam o curso que meu instinto conduz e logo meus lábios descem. Comecei a beijar e lamber seus seios devagar, aquilo era delicioso! Ela segura meu pescoço e começa a gemer baixinho. Nossa, como aquilo me excitou! Ela desliza sua boca pelo meu pescoço e fala baixinho:
— Também quero beijar teu corpo, minha linda bailarina...
Ela me põe deitada e desce a alça do meu collant cor de rosa. Meus seios ficam à mostra e assim que ela os encara começa a fazer o mesmo que eu fiz com ela, me fazendo entender o porquê ela estava gemendo quando a poucos instantes. A sensação é extremamente prazerosa! Sem falar que observá-la fazendo aquilo era muito excitante! Sentia minha vulva encharcada como nunca havia ficado! Ela me deita na cama, tira a minha saia e puxa meu collant me deixando apenas com as meias de balé. Ela puxa a sua saia e a deixa cair no chão. Vejo aquela mulher linda apenas com uma calcinha de renda preta, tinha uma certa transparência, deixava seu corpo uma verdadeira pintura! Ela pesa o seu corpo sobre o meu satisfazendo a urgência que tínhamos uma da outra em mais um beijo. Nossos corpos se movimentavam naturalmente fazendo com que as vulvas acabassem se esfregando um pouco e isso era delicioso! Ela segura minha mão e a coloca dentro de sua calcinha, ela estava super molhada, assim como eu. Como eu já havia me tocado algumas vezes por instinto, fiz o mesmo com ela. Seu corpo se contorcia e sua respiração ficava cada vez mais ofegante. Ela começa a fazer o mesmo comigo, entrando num ritmo viciante de troca de prazer. Ela sabia como fazer aquilo melhor do que eu, me causava sensações que eu nunca havia sentido e eu estava ficando cada vez mais fora de mim!
Chega um certo momento em que ela puxa a minha calcinha me deixando completamente nua! Não sei porque eu não me sinto envergonhada, tudo fluiu tão perfeitamente, que me fez ficar super a vontade. Ela também fica nua e agora eu resolvo avançar em cima dela. Queria beijar cada pedaço do seu corpo, e assim eu fiz. Sem pressa, mas com a necessidade de saber como ela mais gosta, queria ouvir aquele gemido de novo. Minha língua foi percorrendo seu corpo, até finalmente chegar em sua vulva. Seu gosto era doce, viciante eu diria. Sentia ela contorcer seu corpo nas minhas mãos e logo começou a gemer, reagindo às sensações que eu lhe proporcionava. Logo depois ela me puxa pra cima, leva sua mão na minha vulva e começa a esfregar com bastante rapidez. Uma onda de prazer me toma levando meu corpo ao êxtase, me fazendo derreter nas suas mãos. Bocas, mãos, línguas, dedos, seios, pele e suor... tudo ali se tornou ponto de prazer! Ela era viciante, alucinante e deliciosa!
Depois de intensas sensações, deitamos sobre a cama, deixando que o carinho e os olhares falassem por si só. Estava sem acreditar em tudo o que acabara de acontecer, mas eu queria mesmo era continuar vivendo aquele sonho... Uma linda e livre história que se iniciava em uma noite colorida de carnaval, na qual eu me permiti provar do meu doce desejo...
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