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II 2.3 Sybilla

Após  o café da manhã, Serena seguiu com Chris e Bia para o seu primeiro compromisso: uma lição de dança. Provavelmente, Sybilla estaria lá. Com a mesma idade, deveriam frequentar as mesmas lições. Quando chegou ao salão, seu coração batia rápido. Repetira para si mesma que não criaria expectativas, não guardaria rancores, não seria afetada por qualquer presença ou atitude de sua família. Decidira ainda na Ilha que não se aproximaria de Sybilla. Os laços de sangue não importavam. A aparência idêntica não importava. Ela não era sua família. Sua família era a Ilha.

Serena repetira esses argumentos como um mantra para si mesma desde que soubera que iria para Shailaja. Mas agora, no caminho até o salão de danças, suas certezas perdiam força. Sybilla não tinha culpa da atitude de seus pais. Era uma criança quando se separaram. E, apesar de achar que a gêmea teria condições de saber que ela não era louca na época, o mesmo não poderia ser dito agora. Depois de tantos anos, as suas lembranças da irmã não eram tão nítidas. Ela sabia que seria assim com Sybilla também. Seus pais, as pessoas em quem ela mais confiava no mundo, afirmaram que Serena era perigosa, insana. Como ela não acreditaria neles? Será que teriam instruído Sybilla a se afastar?

Seus pais sabiam que Serena estava em Shailaja. Raoul e Enzo entraram em contato com eles e explicaram que a Ilha não era mais segura e Serena, como uma herdeira Hyancinthe, precisava estar o mais protegida possível. Ela foi informada de que eles estavam cientes, mas não recebeu nenhuma mensagem dos pais.

Quando entraram no salão, Serena logo viu a irmã. Estava a uma certa distância com outras jovens. Todas vestiam trajes muito finos, com bordados coloridos e grandes saias rodadas. Os cabelos estavam caprichosamente presos em diferentes penteados. Ela percebeu quando a irmã, usando um delicado vestido rosa escuro, a olhou de relance. Ainda faltavam alguns minutos para o início da lição, mas ela não se aproximou. Serena aguardou em um canto com Chris e Bia até que uma senhora alta e magra, de postura extremamente ereta chegou. Usava um coque tão apertado que Serena chegou a pensar na dor de cabeça que estaria sentindo.

- Bom dia. Sou a Sra. Ainsley e nesta primeira lição vamos treinar valsa. Espero que as senhoritas tenham tido a oportunidade de praticar durante o verão, mas é preciso técnica para serem acompanhantes toleráveis – Serena ouviu Chris bufar e tentou conter um sorriso.

A lição se estendeu durantes longas duas horas. Chris e Serena eram uma dupla e se revezavam para conduzir. Como as duas valsavam perfeitamente, não atraíram a atenção da Sra. Ainsley que preferia repreender outras jovens mais desengonçadas. Quando finalmente a lição terminou, Serena viu Sybilla se dirigir rapidamente para fora do salão. Seria assim, pensou, enquanto um misto de alívio e tristeza invadia seu coração. Iriam evitar a presença uma da outra.

                                                                                             ***

As  paredes do salão principal eram talhadas na pedra, como o restante da fortaleza. No entanto, profundas fendas protegidas por um pesado vidro davam vista para o campo, seguido pela areia escura e, ao fundo, o mar. Hannah escolheu um lugar próximo à janela e aguardou. Foi umas das primeiras calouras a encontrar o salão. As outras novatas foram chegando aos poucos. Apenas meninas. Em Shailaja, eram nulas as interações entre homens e mulheres durante as lições. Hannah podia sentir os olhares se desviando para ela quando as jovens entravam no salão e podia até ouvir alguns cochichos com seu nome. Pelo jeito, a notícia da sua chegada se espalhava por Shailaja. Os sussurros foram interrompidos quando Yezekael entrou no salão com vigor.

- Sejam bem-vindas. Gostaria que todas se sentissem em casa. Espero que tenham recebido suas agendas e conhecido as servas de seus alojamentos. Por favor, sintam-se à vontade para lhes pedir o que for necessário. Como calouras, devem ter em mente que essas primeiras lições são de grande importância para o seu desenvolvimento.

Hannah observou que o Sr. Yezekael não havia dado nenhum sinal de que a conhecia. Ele era bom nisso. Após as primeiras palavras de boas-vindas, emendou um longo e monótono discurso sobre as regras de Shailaja: não deveriam deixar a fortaleza após o anoitecer, não deveriam, sob qualquer hipótese, deixar os limites do terreno, não era aconselhável que damas andassem sozinhas pelos corredores, damas deveriam se recolher às 22h etc.

***

A rotina dos integrantes do último ano era folgada. O objetivo era que aproveitassem o tempo livre para interagir e escolher uma noiva. Portanto, a maior parte dos jovens nobres passava seus dias e tardes praticando esportes ou flertando nas salas de leitura e chá. Quem não estava interessado em procurar uma noiva podia se refugiar no salão de jogos, pouco frequentado pelas damas.

Noa, no entanto, não seguia uma rotina fixa como a maioria dos homens de Shailaja. Era seu último ano e ele era um general do exército Rariff. Suas manhãs eram dedicadas a treinamentos físicos que o manteriam vivo nas batalhas que estavam por vir. Atendia reuniões estratégicas e respondia correspondências selecionadas por seus conselheiros pessoais logo após o almoço. Ao longo do dia, participava de algumas lições que o interessavam mais, como História. Sempre que podia, levava o cavalo para uma volta no fim da tarde.

Era visto pela maioria como uma figura solitária. Tirando Liam e Joshua, não eram muitas as pessoas com o privilégio de participar do seu dia a dia. Noa sabia que não podia passar cinco minutos com uma jovem sem que ela alimentasse ilusões de ser a próxima Krali Rariff. Como não tinha grandes interesses, procurava evitá-las. Se sentiria péssimo se alguma nobre recusasse a oferta de outro por ter qualquer esperança de fisgá-lo.

Quanto aos homens, mantinha uma distância educada. Era impossível participar de qualquer campeonato sem sentir uma certa falsidade nos movimentos. Eram poucos os que ousavam desafiá-lo e ainda mais raros os que ousavam vencê-lo. Noa já havia jogado mal de propósito para mostrar que sabia perder, mas, mesmo assim, não conseguira convencê-los. Por isso, aos poucos, desistira de participar.

Assim, seu primeiro dia de volta à Shailaja se passara tranquilamente, como costumava ser. Participou do seu treino diário, respondeu cartas, recebeu alguns nobres. Encontrou Joshua na sala de jogos e participou de uma partida de sinuca. Ao anoitecer, saiu para as cocheiras e cavalgou pela orla.

Após um banho, encontrou todos na sala principal do Mavi, reunidos nas mesas e sofás ao redor das lareiras. Joshua jogava baralho com Christine e Serena. Deveria estar feliz em encontrar alguém que aguentasse seu interminável carteado... Enquanto isso, Liam parecia determinado a levar Bryanna para uma conversa reservada na varanda. Esse aí não tem jeito, pensou. Todos estavam lá e pareciam conviver bem. Todos menos Hannah, observou. Queria saber onde estava, mas não ficaria bem indagar por ela. Poderiam interpretá-lo mal... É, com certeza seria melhor não perguntar. Se sentou próximo a Joshua para observar o jogo, enquanto terminava de ler um livro especialmente maçante sobre a história de guerras em séculos passados.

Na verdade, durante o dia havia pensado algumas vezes em Hannah... Era como um pequeno incômodo no fundo da sua mente. Zezé havia deixado os doces com ele... Mas ele não os entregara. Chegara à conclusão de que não era estrategicamente correto. Seu tio alertara que Hannah era perigosa. Pelo jeito, ele não a conhecia. Parecia totalmente inofensiva. Mal conseguia encará-lo. Falava tão baixinho... Sentiu uma pontada de culpa quando lembrou do seu encontro naquela manhã... Usava um vestido tão simples, nenhuma joia. Até a criada vestia roupas melhores. Ele ouviu claramente quando Hannah disse que nunca tivera uma criada pessoal e pediu por café. Noa adorava café, mas sabia que as damas da nobreza não bebiam. No entanto, criadas como Zezé tomavam café normalmente. E Hannah crescera em uma fazenda... Será que trabalhava nessa fazenda?

Afinal, que mal faria a menina receber um presente? Menina, não, era uma mulher, pensou, se repreendendo. Uma mulher perigosa, segundo seu tio. Quase riu lembrando do alerta do tio. Impossível uma menina desse tamanho ser tão perigosa... Vou entregar os doces. Parecia correto. O pensamento veio como uma certeza e Noa se levantou.

- Já vai, Meu Kaal? – perguntou Christine. Realmente, acabara de chegar. Noa olhou para Christine. Seria considerado um atrevimento falar com ele assim tão abertamente. Mas ela não parecia se importar. Pensando bem, ela parecia estar bem à vontade, sentada numa grande poltrona ao seu lado esquerdo, as pernas cruzadas de um modo que não era difícil imaginar as formas por baixo do vestido vermelho. Estava envolta num casaco preto felpudo, mas este havia deslizado pelos ombros e deixava a clavícula à mostra, já que os cabelos negros e curtos mal cobriam a nuca...

- Por que quer saber? – provocou Joshua.

- Por nada... É só uma pena ele ter ficado tão pouco... – Realmente, ela era atrevida. Estaria flertando com ele?

Noa teve que conter o riso quando Joshua arregalou os olhos. Mas, como o herdeiro que era, estava acostumado a investidas bem ousadas. É claro que, avaliando bem, essa poderia ser uma investida bem interessante...

- Na verdade, eu já volto - respondeu Noa, lançando um olhar divertido para Christine.

Enquanto subia as escadas, decidiu que poderia ser bem interessante... Claro que Liam não ia amar Noa se divertindo com sua prima, mas talvez apreciasse que ele se divertisse com alguém... Joshua e Liam não perdiam a oportunidade de criticar Noa por estar sempre sozinho. Assim que chegou ao topo da escadaria, viu a criada Berta caminhando pelo corredor. Perfeito. Ela poderia entregar os biscoitos e ele voltaria para, quem sabe, continuar o que parecia ter começado com Christine.

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