Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

I 1.9 O ataque

Já dava para ver o litoral de Shailaja. A costa era bela, mas mesmo dentro do navio fazia frio. O clima era bem diferente do calor suave da Ilha. A orla era seca, cheia de pedras, e o mar era azul escuro. Uma floresta de pinheiros se seguia à areia negra. O navio chegou a uma península. Shailaja ficava no pé de uma pedreira, mas a antiga fortaleza era até mais alta que a própria rocha, subindo em torno dela, com suas longas torres de pedra escura, com cumes pontudos como montanhas cobertas por neve.

O navio não conseguia aportar tão perto da orla. Lentamente, os passageiros começaram a sair em barcos menores que levavam até oito pessoas. Marinheiros pegaram as suas malas e desceram, mostrando o caminho. Elas entraram em uma fila com o restante dos nobres. Em um barco já quase na praia, Chris avistou o grupo da noite anterior.

- Vocês três estão juntas, certo? Podem vir nesse, deixe que pego sua mala, senhorita - pediu o ajudante do navio.

Outras jovens já estavam no barco. Elas se calaram assim que Bia, Chris e Serena entraram. Bia chegou a dar "boa noite", mas ninguém respondeu. Dois homens começaram a remar. Ficou um silêncio desconfortável, enquanto os marinheiros faziam o barco avançar pela água escura. As outras já vestiam belas roupas de frio. Uma delas usava um casaco de peles tão felpudo que ocupava o lugar de duas pessoas. Depois de um tempo, ela falou.

- São novas por aqui? Sou Adaeze Afia. Estas são Méline e Zaila.

- Sim, prazer. Sou Christine. Estas são Serena e Bryanna – respondeu, apontando.

- Sejam bem-vindas - disse Zaila – Ouvi dizer que teremos muitas companhias novas este ano...

Mas Adaeze já perdera o interesse e voltara à conversa anterior, que fora interrompida.

- Enfim, só acho estranho ele não ter me procurado. Afinal, ele sabia muito bem que eu estava no navio. Não é assim todos os anos?

- Deve ter chegado cansado...

- Ah, não tente me poupar, Méline. É um desastre tudo isso.

- É só explicar para ele que você não teve nada a ver com aquela nota...

Chris não tinha ideia do que elas estavam falando e nem ligava. O tempo estava nublado e ela sentia um gostoso cheiro de maresia e grama molhada. Pensou que ali o clima era mais parecido com Adij Rariff, sua casa. Já não visitava há tantos anos... Fechou os olhos e aspirou o ar noturno, tentando se lembrar de sua mãe, seu irmão e dos poucos momentos felizes que vivera naquela terra, mas logo a sombra de seu pai cobriu suas lembranças como o voo de uma graúna com enormes asas que tudo escureciam.

***

A carruagem avançava lentamente. Hannah já estava irritada. Aquele ritmo constante, os buracos na terra, o barulho dos cascos contra o cascalho... Nunca viajava de carruagem, odiava a sensação de ficar trancada em uma caixa, enquanto poderia estar em cima de um cavalo. Enzo Yezekael não tentara mais puxar assunto. Havia falado o necessário. Já estavam na estrada há um bom tempo, quando Hannah ouviu o barulho de outros cascos batendo violentamente contra o chão. Verificou a sua adaga por baixo do vestido, alerta. Uma pedra entrou estraçalhando o vidro da janela da carruagem.

- O que é isso? - gritou Enzo.

Os cavaleiros que guiavam a carruagem apressaram os cavalos. Hannah puxou a lâmina que carregava entre as vestes na cintura. Com o punho, terminou de quebrar o vidro e olhou para fora: três homens os perseguiam, montados em grandes cavalos negros. Usavam máscaras prateadas que cobriam todo o rosto, deixando apenas um espaço para os olhos. Estavam todos vestidos de preto: calças, blusas, sapatos, luvas. Hannah pensou o mais rápido que pode. Máscara: não queriam ser reconhecidos. Luvas: a cor da pele poderia ser um indicativo de sua origem...

Um deles estava armado com um arco... Hannah tirou o rosto da janela no momento em que uma flecha passou voando e atingiu um dos cavaleiros.

- Cuidado! – berrou Enzo.

Eles se aproximavam cada vez mais. Poderia matá-los a qualquer momento, ela sabia. Mas quem eram? Quem mais estaria observando? Qual o objetivo deste ataque? Seria destinado a Yezekael? Ou estaria destinado a desmascará-la? Ela precisava tomar uma decisão rapidamente.

De repente, a carruagem fez uma virada brusca. O segundo cavaleiro foi atingido. Os cavalos corriam em alta velocidade e sem rumo. Hannah se concentrou. Precisavam fugir. Não havia como lutar. Um velho e uma menina? Quais chances teriam? Ela não podia arriscar se expor ali, no meio de uma rota conhecida.

- Vamos pegar os cavalos. Eu vou na frente. Depois, puxo o senhor. Entendeu? - perguntou Hannah a Yezekael. Ela não deu tempo para que ele respondesse.

Com movimentos rápidos, terminou de quebrar o vidro e se esgueirou pelo buraco da janela, alcançando o banco onde estavam os cavaleiros, já mortos. Sem pensar duas vezes, empurrou os corpos e se abaixou, evitando mais uma flecha que passou voando. Pegou as rédeas dos cavalos e os açoitou para que corressem ainda mais. Quando olhou para trás, Yezekael já estava tentando sair, a porta da carruagem aberta batendo violentamente contra o seu corpo. Deu a mão para que ele se apressasse, mas uma flecha o atingiu na coxa. Ela o puxou para o assento. Sem piedade, arrancou a flecha de sua perna.

- Vá para o cavalo. O segundo - gritou, apontando.

Hannah puxou a rédea para que o segundo cavalo ficasse mais atrás e Yezekael montou. Com habilidade, ela deu mais um puxão e montou na frente dele. Com uma mão, açoitou o primeiro cavalo, para que ele fizesse meia volta, e rapidamente cortou as rédeas e toda a selarias do segundo cavalo, abandonando a carruagem.

Os três homens vinham bem atrás. Hannah ouviu o barulho quando eles foram atingidos pela carruagem, mas não se virou para ver o resultado.

- Se segure em mim! - gritou.

Hannah agarrou o pescoço do cavalo. Concentrada, fez com que ele corresse ainda mais. Ela acelerou até alcançar a velocidade mais rápida que o cavalo poderia aguentar. Não sabia se outros mascarados estariam escondidos. Com a perna sangrando devido ao rasgo feito pela flecha, Yezekael não aguentaria muito tempo e ainda faltavam horas de estrada até Shailaja.

Já estavam cavalgando há mais de uma hora quando ela começou a sentir as mãos envolta de sua cintura mais frouxas. Preocupada, olhou ao redor, atenta a qualquer sinal dos atacantes, e avaliou que seria seguro parar. Saindo da estrada, avançou dentro da mata e apurou os ouvidos. Distante, conseguiu perceber o barulho fluido de água. Entre duas grandes pedras, encontrou um riacho. Hannah ajudou Yezekael a descer do cavalo. Acomodou-o encostado em uma das pedras. Ele estava pálido e fraco. Pobre velho, esperei tempo demais, pensou. Ele havia perdido muito sangue.

Sem cerimônia, Hannah usou a adaga para cortar suas vestes no local onde ele fora atingido. Um ferimento profundo rasgava a perna esquerda e o sangue escorria continuamente. Com as mãos, ela pegou água do riacho e jogou sobre a ferida, avaliando sua gravidade.

- Obrigado - disse Yezekael com a voz fraca. – Mas acho que não há muito o que fazer... Você foi impressionante, realmente... Por favor, cuide do meu menino...

Ela o olhou espantada. Depois, ficou indignada.

- O que é isso? Acha que vou deixá-lo morrer?

- Por favor, um pouco d'água...

- Vamos resolver essa perna e depois você pega por si mesmo.

Yezekael a olhou surpreso. Ele estava sangrado abundantemente há mais de uma hora. Balançara a perna ferida em um cavalo em altíssima velocidade. Nunca vira um cavalo tão rápido... Estava fraco, seus pensamentos começavam a ficar confusos. Não haveria volta para ele. Por que ela estava lavando esse ferimento?

- O senhor pode olhar se quiser...

Hannah pegou a faca e fez um corte profundo no próprio braço. Confuso, Yezekael observou enquanto o sangue dela escorria. Não era apenas vermelho como o dele. Podia ver que seu sangue era ainda mais escuro e brilhante. As palavras vieram ao seu consciente: sangue de Amadum. Quando a primeira gota caiu em sua perna, ele sentiu uma pequena queimadura. Depois, uma segunda, terceira... Incrédulo, viu o rasgo em sua perna diminuir até se tornar uma pequena cicatriz. Ele não se sentia mais fraco, não estava tonto.

- Como...? Você me curou. Você me curou com o seu sangue?

- Não pode contar para ninguém, entendeu? – disse ela, apontando a faca ensanguentada para o seu nariz. Quando ele assentiu, ela completou: - Nem para Raoul. Prometa.

Era uma ordem clara. Apesar de sua pouca idade e tamanho, estava ali a autoridade dos Maël, a determinação de Ammiel. Ele assentiu mais uma vez e viu a preocupação em seus olhos.

- Venha aqui, beba um pouco de água – disse ela: - Temos ainda uma longa viagem até Shailaja.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro