Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

II 2.7 Mani

Hannah se escondeu atrás de uma árvore, enquanto observava a longa procissão de carruagens. Na hospedaria onde passara a noite, ela ouvira que a fortaleza se preparava para o fim dos jogos de Bahadur e, além disso, o 43º aniversário do Kral. Era a oportunidade perfeita para entrar na fortaleza dos Rariff, porém, após o ataque dos taús, a segurança estava reforçada. Além disso, ela queria entrar como uma criada e, com tantos serviçais vindo de Shailaja, não havia novas vagas.

Mas ela tinha um plano. Afinal, por mais que o trabalho na fortaleza Rariff fosse uma grande oportunidade, qualquer criado passaria a vida inteira trabalhando para conseguir se alimentar durante a velhice. Ninguém sairia dali um senhor rico. E, apesar de toda a sua herança ter sido roubada, ela tinha uma coisa ou outra para trocar. Colocou a mão no bolso, alisando um grande anel de rubi que pertencera a sua mãe. Escolhera aquele, especialmente, porque jamais vira Merab usando. Não seria tão fácil se desapegar de algo que a sua mãe amasse.

Atentamente, observou os jovens que caminhavam em direção ao castelo, suas vestes pobres e enlameadas, seus semblantes cansados. Hannah estava ciente de que seria difícil. Precisava encontrar alguém que estivesse sozinha, alguém minimamente parecida com ela, alguém que pudesse substituir. Porém, a maioria das moças estava acompanhada. Ou então, tinham as peles leitosas e claras. Ou pior, cabelos ruivos e loiros. Sem um disfarce de Leila, ela era flagrantemente uma palaciana e não poderia fingir o contrário.

Apesar da perseguição de Ür à sua família, ser um palaciano não era um problema. Muitos palacianos haviam migrado para Adij Rariff à procura de trabalho, principalmente após a queda dos Maël. Com a seca nas lavouras, o trabalho no campo ficava cada vez mais escasso e, para muitos, o serviço como criado era a única opção.

Quando já era quase noite, poucas pessoas passavam pela estrada e Mani já estava sentada contra a árvore, desanimada. Os únicos que ainda atravessavam a via eram senhores, já idosos, que levavam cereais, galinhas e frutas em velhas carroças. Sentiu as pálpebras pesadas e refletiu que deveria voltar à hospedaria. Estava exausta. Por mais que insistisse com Leila, Gaetana e Raoul, ela mentira. Havia gastado muita energia, se ferido, levado seu corpo ao extremo. Se lembrou, irritada, dos alertas de Chris, Luc e até mesmo Leila sobre o descaso com a sua proteção. Sobre a sua inconsequência. Eles falavam como se ela tivesse escolha! Como se ela quisesse aquelas dores e cicatrizes! Era revoltante...

Um barulho na curva da estrada a despertou. Mais uma carroça se aproximava. Ela aguardou, observando atrás da árvore, até que ela estivesse no seu campo de visão. Um velho bigodudo conduzia, puxando as rédeas de um burro malhado e caolho. Na parte de carga, ela viu pilhas de caixas de algo que parecia queijo. Já estava se levantando para retornar, quando viu que o velho mexia a boca, como se falasse com alguém. Silenciosamente, deu uns passos em direção à estrada, cobrindo a cabeça com o capuz da capa. Ao lado das caixas, uma jovem dormia.

Mani viu um braço pendente, balançando conforme a carroça, e não pôde conter um sorriso. Era o seu tom de pele, morena clara, tocada pelos raios de Amandeep. Com passos rápidos, alcançou a parte de trás e subiu na carroça, sem que o velho notasse. Observando na pouca luz do crepúsculo, viu as feições da jovem. Não eram belas, nem feias, mas eram completamente palacianas: lábios cheios, grandes olhos levemente puxados, maçãs do rosto pronunciadas. Não era tão baixa quanto Hannah, mas daria para o gasto. Tocando levemente seu ombro, ela a acordou, cuidando para pousar um dedo sobre a boca, em um pedido de silêncio.

A jovem se remexeu e, despertando, levou um grande susto, que fez o velho olhar para trás. O grito se seguiu de um gemido de dor e Mani percebeu que estava ferida. Seu tornozelo estava inchado e roxo, indicando uma lesão.

- Quem é você? – ela gritou.

- Ei! Se acha que vai roubar meus queijos, está muito enganado! – berrou o homem.

- Não estou aqui para roubar queijos! – disse Hannah, levantando as mãos. – Desejo apenas uma carona até a fortaleza.

- O quê? – disse o velho, se levantando com dificuldade.

- Ele é meio surdo – informou a jovem.

Hannah repetiu suas palavras, agora gritando.

- Ora, mas a senhorita é muito abusada! – respondeu o velho. – Era só ter pedido, não precisava ter se esgueirado que nem um ladrão!

- Me desculpe, senhor, mas estou muito cansada... E passei o dia pedindo uma carona nessa estrada, mas nem todos são tão gentis...

- Ora, ora, está bem – rebateu o velho. – Ainda temos um caminho longo pela frente e não quero me atrasar.

O velho continuou a sua lenta marcha na estrada e Hannah se sentou ao lado da outra jovem.

- Me perdoe por ter te assustado. O que houve com o seu tornozelo? – perguntou.

- Ahn... Me perdoe pelo grito, você foi muito sorrateira... Eu acho que torci. Logo que comecei a caminhada para cá... E agora estou tão atrasada! Se não fosse esse senhor, não sei o que faria.

- A senhorita vai trabalhar na fortaleza?

- Bem... Era o que eu pretendia... Meu pai serviu os Rariff por muitos anos e, agora que estou com idade para ser camareira, ele me enviou. Mas não sei o que farei agora – disse ela, apontando para o tornozelo. – Talvez eu tenha que voltar e papai vai ter que mandar a minha irmã mais nova.

- E ele enviou uma carta de recomendação? – perguntou Hannah, o mais casualmente que conseguiu.

- Sim... Estou preocupada, na verdade. Meu pai foi criado dos Rariff durante toda a sua vida, mas agora está muito idoso. Nós precisamos começar a colocar umas moedas em casa... Não me entenda mal, os Rariff pagam muito bem. Mas, nos últimos anos, temos ajudado muitos familiares que ainda estão em Palacianos.

- O que aconteceu com eles? Seus familiares em Palacianos? – questionou Hannah, incapaz de se conter.

- Bem... Há dez anos que a lavoura não dá o resultado que dava antes. E muitos parentes estão passando necessidade.

Hannah pensou, entristecida, no seu povo, que sofria mais a cada ano que passava. Agora que sabia o seu poder, que entendia como os deuses a ouviam, queria poder ir até Palacianos, ler as inscrições no castelo e oferecer chuva e tempos favoráveis, mas ela sabia que era arriscado demais, até para ela. Além disso, se o herdeiro fosse morto, seu povo sofreria muito mais. Naquele momento, ela precisava estar com ele.

- Escute. Não vai conseguir trabalhar com esse tornozelo. Vão te rejeitar, sabe disso – disse Hannah, com delicadeza.

Suas palavras despertaram lágrimas nos olhos da jovem, que respondeu: - Está certa. Eu sei disso. Mas não queria voltar para casa sem tentar. Não quero que enviem minha irmã, ela não poderia vir para cá, é ainda muito jovem... Temo que algo possa acontecer a ela.

- Eu posso te ajudar – falou Hannah. – Você confia em mim? Posso fazer uma proposta?

A jovem a observou com curiosidade, puxando o tornozelo dolorido para si, enquanto ajustava a sua postura.

- Qual a proposta?

- Eu tenho algo de valor. Algo que a sua família pode vender e vai valer mais do que todo o seu trabalho na fortaleza.

A menina estreitou os olhos desconfiada, quando Hannah tirou o grande anel de rubi do bolso da capa. Seus olhos brilharam ao ver a pedra, e Hannah percebeu que a jovem era capaz de dizer que aquele rubi era verdadeiro.

- O quê? – sussurrou a jovem. – Mas por que você me daria isso?

- Não desejo dar – disse Hannah. – Desejo trocar.

- Mas eu não tenho nada...

- Tem a sua carta de recomendação. E o seu silêncio. 

- Mas... Por quê? – a jovem a observava atônita. Então, a carroça passou por um grande buraco, sacolejando, e Hannah sentiu seu capuz escorregar, relevando seu rosto. Por um motivo que ela não entendeu, viu a compreensão tomar as feições da jovem. – Ah. Entendo...

Ela queria perguntar o que a outra entendia, mas viu que ela refletia sobre a proposta e não quis afastá-la desse pensamento.

- Eu ganho esse anel e volto para casa. Em troca, eu te dou a minha carta de recomendação e...

- E me deixará usar seu nome na fortaleza.

A menina pensou ainda mais, mirando para o seu tornozelo, cabisbaixa. Hannah aproximou o rubi dela e ela o pegou entre os seus dedos.

- É engraçado que você queira entrar – disse ela, de repente. – Foi justamente por isso que meu pai não deixou Mari vir.

- Mari é sua irmã? – Hannah perguntou.

- Sim, minha irmã mais nova. Ela é assim, como você – falou a jovem, com um sorriso fraco. A carroça passou por mais um buraco e ela soltou um gemido de dor. – Serei inútil com essa perna. Se eu voltar, Mari terá que vir e correrá perigo. Farei isso. Mas não seja descoberta. Minha família será punida se descobrirem.

- Não serei pega – prometeu Hannah.

A menina abriu uma bolsa surrada e pegou uma carta lá de dentro.

- Deve procurar a senhora Fidelma, ela é a chefe dos criados. Me foi prometido um posto de camareira. Deve dizer que é a filha mais velha de Cathair. Ela o conhece. Como eu disse, ele trabalhou durante muitos anos para os Rariff.

Hannah pegou a carta, sentindo o alívio percorrer seu corpo. Ela conseguira uma entrada. Estava cada vez mais perto. Iria voltar para o seu lado. Mesmo de longe, o observaria, o protegeria.

- E qual o seu nome? Vou precisar usá-lo.

- É Mani.

Hannah deixou escapar uma risada, incapaz de acreditar na própria sorte.

- Mani? – repetiu para ter certeza.

- Sim... Você é palaciana, ou não é? Assumi que fosse! É uma homenagem, sabe, ao apelido da rani Maël... Como os pais a chamavam... Eu nasci logo depois dela, é muito comum em Palacianos.

Hannah piscou, os olhos de repente úmidos. O apelido que seu pai lhe dera, por ela ser uma Maël e uma rani. Mani.

- Sim, eu sei o que é. Obrigada, Mani. Não vou decepcioná-la.

~*~

Fim da degustação

Quer continuar lendo? "O Portal 2" está disponível na Amazon no link: http://bit.do/oportalsegundolivro

Tem o link também na minha bio do instagram amandeep.1009.

✨ Essa é a primeira vez que você lê um livro meu? Sabia que eu tenho mais três livros? Vou deixar as sinopses aqui embaixo!

Café, milho e... Miguel

[enemies to lovers] [hot] [vizinhos]

Inimigos nos negócios podem se dar bem na cama? Quando uma chef de cozinha se envolve com seu rival, ela está determinada a não se apaixonar, mas ele vai deixar isso bem difícil...

Júlia está lutando para manter o restaurante da família durante a pandemia. Para seus pais não se exporem ao vírus, ela suporta uma rotina pesada e solitária, mas está determinada a salvar o restaurante que já tem mais de 50 anos. Porém, quando estranhas sensações começam a surgir, Júlia se pergunta se está ficando louca e se, realmente, está apta a comandar o restaurante. Desesperada para manter seu segredo e proteger seus pais, ela recorre ao único que pode ajudá-la: Braga, o instigante e mulherengo chef do restaurante em frente ao seu.

Amanda, Doce Obsessão

[suspense] [aluna x professor] [hot]

Há quatro anos, Amanda sonha com o enigmático professor Marco, mas nem imagina que sua atração é correspondida. Prestes a se formar na faculdade, ela já sente saudade das aulas em que mal conseguia prestar atenção, mas é surpreendida quando Marco faz um convite. Dividida entre viver uma nova paixão e dar ouvidos aos obscuros rumores que envolvem o passado do professor, ela se vê no meio de uma investigação clandestina que pode revelar um segredo guardado há mais de dez anos.

O Portal (Livros 1, 2 e 3)

[fantasia] [medieval] [magia] [amor proibido]

Eles assassinaram sua família, roubaram sua coroa e amedrontaram seu povo. Por dez anos, Hannah se escondeu, mas agora está de volta, morando na fortaleza do inimigo e cada vez mais próxima de Noa Rariff, o herdeiro que, um dia, assumirá o trono dos seus antepassados.

Enquanto finge ser dócil e inofensiva para cumprir a missão deixada por seus pais, Hannah se descobre incapaz de afastar o herdeiro. Suas respostas ácidas, em vez de irritá-lo, o fascinam cada vez mais. Suas tentativas de se esquivar, o atraem até a porta do seu quarto. Dividida entre seguir seu coração e honrar o legado da sua família, ela precisará decidir: é possível confiar no seu maior inimigo?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro