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Capítulo 13 (Final)

"É, nada pode mudar o que você significa pra mim
Oh, tem muitas coisas que eu poderia dizer
Mas só me abrace agora
Porque o nosso amor vai iluminar o caminho"

Heaven (Bryan Adams)


Luís 

Eu caminho pela sala, enquanto espero pelas garotas, observo os portas-retratos espalhados pelo cômodo, há sobre a estante, sobre a lareira, há alguns pendurados na parede, são bons momentos eternizados em fotos, são fotos que contam a nossa história. 

Há imagens de nós dois, em restaurantes, em momentos descontraídos, em viagens, do nosso casamento, da nossa lua de mel, com nossos amigos, com nossa família e muitas fotos foram adicionadas nos últimos meses, fotos com Gabielle. Nossa família não somos mais Belle e eu, somos Belle, eu e Gabrielle. O sorriso da nossa filha está registrado em várias fotografias. 

Eu coloco minhas mãos nos bolsos frontais da minha calça, sorrio ao olhar para uma foto de nós três e a foto mais recente, uma fotografia tirada pelo meu sogro mês passado, nós estamos sentados na grama da fazenda dos pais de Belle, os três sorrindo. Os pais de Belle são os avôs mais babões do mundo, eles são apaixonados pela neta, eles acolheram Gabi desde o primeiro momento, nós apresentamos nossa filha aos seus pais uma semana depois de retornamos para a cidade, nós três fomos para a fazenda, Belle disse essa é a minha filha e eles entenderam tudo, não houve perguntas, não houve dúvidas. Gabi sorrio e os chamou de vovó e vovô.

Meu olhar mais uma vez percorre a sala, há muitas fotos dos últimos seis meses, fotos dos dias bons, mas nem todos dias foram bons. Os últimos seis meses foram de adaptação, nossa adaptação como pais e adaptação de Gabrielle como filha. Nós estamos felizes por sermos uma família, mas estamos descobrimos como é ser uma família. Belle e eu não sabíamos ser pais, Gabrielle não sabia ser filha. Gabi muitas vezes deixou de ser ela com medo de perder nosso amor e com o passar do tempo ela está entendo que sempre iremos a amar, às vezes que deixa de fazer birra, ou uma travessura por medo estão se tornando raras, Belle e eu deveríamos falar não, deveríamos ensiná-la que não se consegue nada com birras, mas não conseguimos, ao contrário nós comemoramos, afinal nossa filha sendo criança são nossas pequenas vitórias.

Há duas fotos que estão Gabrielle e eu, nosso momento pai e filha, nossa semelhança é nítida. O resultado do exame de DNA chegou em meu email uma semana após a sua realização, o resultado constava o que já suspeitavamos, Gabrielle é minha filha biológica, mas não mudou nada, Gabrielle tornou-se minha filha desde o momento que meu olhar encontrou o seu. Eu estou aprendendo a ser pai, não aprendemos de repente, não hã um manual e em alguns momentos é frustrante, é frustrante não saber como agir quando sua filha chora, ou o momento certo de dizer não e há medo, o medo de não ser um bom pai, o medo de estar fazendo tudo errado, mas Belle e eu chegamos a conclusão que isso faz parte de ser pais. 

Olhar as nossas fotos faz meu coração transbordar de amor, transbordar tanto que meu peito aquece. Eu estou descobrindo como é ser pai de alguém e ao mesmo tempo, eu estou descobrindo que amo ser pai. Ser pai é precisar ser responsável, é amar completamente uma outra pessoa, é um medo constante de errar, é errar tentando acertar, é levar o bem estar de outra pessoa acima do seu, ser pai é ser amado, é o amor de uma forma única e completa.

Foco meu olhar em uma das fotos que está somente Gabi e eu, é uma das nossas primeiras vezes. Há várias fotos de nossas primeiras vezes com nossa filha, primeiro dia em que levamos Gabi na escola, primeira vez que fomos em um aniversário de uma das suas amigas, primeira vez de um dia mãe e filha, muitas primeiras vezes. E essa foto é do dia em que Gabi e eu tivemos um dia pai e filha pela primeira vez, nós fomos a um café e bebemos chá com biscoitos. 

Eu não sei como é saber de uma gravidez, não sei como é receber a notícia que será pai em nove meses, não sei se quando você tem um tempo para o nascimento do seu filho é diferente, afinal na teoria você tem um tempo para aprender a ser pai. Nada disso aconteceu comigo e não acontecerá, eu não terei a experiência dessa forma, mas não importa. Belle e eu queríamos ser pais e somos, e pretendemos sermos novamente, continuamos na fila para adoção. Somos pais e como aconteceu não importa. Nós somos felizes.

Escuto vozes e passos, sorrio, desvio o olhar da foto, viro-me e Gabrielle está descendo as escadas correndo. 

— Você não deveria correr nas escadas, Gabrielle. 

Diminui o ritmo da sua corrida ao ouvir minha repreensão, olha para mim, ela está sorrindo, o seu sorriso é tão lindo, Gabrielle é o nosso Sol. Ela para de frente para mim, eu olho em seus olhos, seus olhar está brilhando.

— Eu não estou linda, papai? 

Gira-se para que eu veja o que está vestindo, ela está vestido um lindo macacão jeans, um tênis brilhante e seu cabelo divido em duas tranças. 

— Muito linda, será a mais linda da festa. 

Olha para mim, não está mais sorrindo, eu encaro Gabrielle sem entender. 

— Não posso ser a mais bonita da festa.

— Não!?

Ela balança a cabeça negando. 

— Não, a mais bonita tem que ser a mamãe. 

Sua voz é tão convicta, não deixa espaço para ser contrariada. 

— Não podemos dividir o posto?

Olhamos para o lado e encontramos Belle descendo as escadas, eu sorrio ao perceber seu cabelo penteado e preso da mesma forma que o de Gabrielle, ela veste um short e camiseta de Friends, seu tênis é tão brilhante quanto o da nossa filha. Belle olha para Gabrielle e em seguida para mim, sorrio ao perceber o meu sorriso e pisca para mim. 

— Gostou da nossa combinação mãe e filha, bad boy? 

Desce os últimos lance das escadas e para ao lado de Gabrielle, as duas olham para mim com expectativas. 

— Eu amei, vocês duas serão as mais lindas da festa. 

Belle sorri, Gabrielle faz o mesmo.

— Você também está lindo, querido. — Belle desce seu olhar pelo meu corpo, eu estou de jeans e camisa preta. — Estamos todos lindos e precisamos ir, ou chegaremos atrasados. 

Eu assinto, Gabi grita e corre em direção a garagem. Nós dois sorrimos, eu aproximo-me de Belle.

— Você está linda, sereia. — Beijo seus lábios. —  E agora podemos ir, senhora. 

Ela sorri, entrelaça nossos dedos e seguimos para Garagem. Belle pega a chave do nosso Jeep vermelho. 

— Eu irei dirigindo. 

Desliga o alarme, Gabrielle ocupa seu lugar na parte de trás, no meio dos nossos bancos, eu dou a volta no carro e ocupo o banco de passageiros, Belle ocupa a direção, liga o carro, eu pego o controle do portão no painel e o abro, nossa playlist ecoa. Deixamos a garagem, eu fecho o portão. 

— Não podemos esquecer da Yasmine, a tia Andreia disse que poderíamos levar a minha melhor amiga e nós convidamos ela, lembra papai? Lembra mamãe?

Nós dois concordamos, antes de irmos para casa de Andreia e Pietro buscamos a melhor amiga da nossa filha em sua casa. Nossa playlist é substituída por uma playlist da Disney. A amizade entre as duas é bonita, resistiu a distância e quando entramos em contato com os pais da Yasmine, nós ficamos sabendo que ela sentiu muito a falta de Gabrielle, o reencontro foi bonito repleto de abraços e beijos, uma tarde não foi o suficiente para suprir a saudade entre as duas. Belle e eu temos boas amizades, nós queremos isso para nossa filha e por esse motivo, Gabrielle está estudando na mesma escola e na mesma turma que Yasmine. 

Belle estaciona há poucos metros da casa de Pietro e Andreia, há muitos carros e é a vaga mais perto que encontramos, as meninas são as primeiras a sair do carro, eu viro-me para Belle, ela está tirando a chave da direção, há um sorriso em seu rosto. 

— Eu acho linda a amizade das duas. 

Eu sorrio e assinto, mas Belle não está vendo meu rosto. 

— É mesmo encantadora. 

Guarda a chave em sua pequena bolsa e então, olha para mim. 

— Muito encantadora, bad boy. — Seu sorriso se desfaz. — Você trouxe o presente, não é!?

Ergo minha mão, mostrando a sacola que está em minhas mãos, uma sacola média contendo uma caixa. 

— Sim, sereia. — Eu faço uma careta. — Para tristeza de Andreia e Pietro. 

Sorri, abre a porta e deixa o carro, eu faço o mesmo, eu estou ao lado da calçada e espero Belle, ela caminha em minha direção. 

— Eu estou incentivando o talento artístico de Leia.

Para de frente para mim e com minha mão que não está segurando o presente de Leia, eu toco sua cintura. 

— Eu espero que a vingança não venha, ou melhor, não vamos fazer uma festa de aniversário para Belle.

Indignação surge em seu rosto. 

— Se tem uma coisa que nós vamos fazer é uma festa de aniversário para nossa filha, eu espero por esse momento há anos.

Sorrio.

— Disney!?

Belle revira os seus olhos, afasta-se de mim.

— Quem sabe no seu aniversário de dez anos, bad boy.

Ergo minhas mãos em sinal de rendição. 

— Tudo bem, mas a vingança virá e eu direi, eu avisei. 

Dá de ombros, vira-se ficando de costas para mim, eu abaixo minhas mãos. 

— Pietro e Andreia são pessoas sensatas, eles irão entender o nosso presente. 

Eu sorrio, aproximo-me de Belle e entrelaço nossas mãos, beijo a lateral da sua cabeça.

— Veremos, sereia. 

Eu olho para o lado, encaro minha esposa, Belle olha para mim, nós sorrimos, então voltamos a olhar dm frente e caminhamos em direção a casa dos nossos amigos.

— Dessa vez você não estará certo, bad boy. 

Conforme nos aproximamos ouvimos risadas e muita conversa, como a festa é no jardim seguimos pelo corredor ao lado da casa, há mesas sobre a grama e alguns brinquedos infláveis, o local está decorado de azul e desenhos referentes ao Pocoyo, há inclusive um pato e um elefante inflável.

Yasmine e Gabrielle já estão brincando com as outras crianças, Pietro e Andreia estão conversando com algumas pessoas e ao se deparar com nós dois, sorriem e caminham em nossa direção. Abraçamos nossos amigos e parabenizamos pelo aniversário da pequena. 

— Eu amei a decoração. — Pietro faz uma careta ao ouvir a frase de Belle. — O que foi Pietro? 

Andreia encara o marido e morde seu lábio inferior para não sorrir, nós olhamos com curiosidade para os dois.

— Andreia e eu queríamos uma decoração de Star Wars, imagina nossa Leia poderia estar vestida de princesa Leia, Arthur de Luke, mas ela disse não e chamou a princesa Leia de feia.

Pietro está muito indignado, Belle e eu estamos sorrindo, Andreia distribuí leves tapas no braço do marido, ela está o confortando. 

— Um dia nossa princesinha irá amar Star Wars como nós, querido.

Pietro suspira, ele é realmente apaixonado pela saga, nós sorrimos, inclusive Andreia. Belle respira fundo, controla suas risadas, o seu sorriso deixa seu rosto. 

— E onde está nossa princesinha?

Andreia não responde a amiga, vira-se e grita pela filha, Leia deixa a cama elástica e corre em nossa direção. Belle abaixa-se e recebe Leia em seus braços, fica em pé com a pequena em seu colo, beija seu rostinho. 

— Parabéns, princesa. 

Leia sorri e agradece a tia. Eu aproximo-me das duas e beijo a bochecha da pequena garotinha. 

— Parabéns, querida.

Sorri, beija minha bochecha.

— Obrigada, titio.

Beijo sua testa, afasto-me e ergo minha mão com a sacola. 

— Esse é o seu presente. 

Leia pede para descer para o chão, Belle faz o que ela pede, eu entrego o seu presente e não perde tempo, tira a caixa da sacola, desfaz o embrulho e seus olhos brilham ao encontrar uma pequena bateria infantil. 

— Eu não acredito que vocês presentearam a minha filha de três anos com esse negócio barulhento. 

Desviamos o olhar da pequena e encaramos sua mãe, sua expressão de indignação entrega o quanto ela está irritada com o presente. 

— Eu estou incentivando o talento artístico da sua filha. 

É Belle a responder, eu estou tentando não sorrir. 

— Só porque ela bate nas coisas com os talheres, não significa que ela tenha um talento artístico, Belle. 

É a vez de Belle olhar indignada para Pietro. 

— Eu trabalho em uma produtora musical, Pietro, eu sei reconhecer um talento. 

Pietro olha para mim e eu dou de ombros. 

— Isso terá volta e quando mesmo é o aniversário de Gabrielle? 

Belle não responde, eu faço o mesmo, Pietro e Andreia sorriem. 

— Titia, titio!? — Leia chama nossa atenção, olhamos para a pequena. — Obrigada pelo presente, eu amei.

Sua última palavra é um grito, então vira-se e corre para longe, chama pelo Arthur, encontra o irmão e mostra o seu novo presente. Nós quatro assistimos os irmãos, eles estão empolgados e felizes. Por um tempo, conversamos com Andreia e Pietro, mas mais pessoas chegam, eles pedem licença e se afastam, Belle e eu assentimos e vamos a encontro dos nossos amigos. 

Ally, Daniel, Diego, Mel, Edu e Emy estão sentados ao arredor de um mesa, cumprimentamos todos e ocupamos as duas cadeiras disponíveis, nossos amigos são uma parte de nós, uma parte da nossa história, uma parte da nossa família. 

— Como você está, Emy? 

Belle pergunta para a amiga e todos olham para Emy, ela está com um dos meninos em seus braços, o outro está com Mel, ela aparenta estar cansada, Edu também, os dois tem olheiras, ela suspira e apoia a cabeça no ombro do marido. 

— Cansada, muito cansada, eles parecem combinar, nada de dormir durante à noite e vamos fazer um revezamento de choro, um choro, então o outro espera o choro cessar para resolver chorar. 

— Com um é difícil, não consigo nem imaginar o quanto é difícil com dois. 

Todos nós assentimos e concordamos com Diego.

— Posso pegá-lo?

Olho para Belle e seus olhos estão brilhando. 

— Claro, Belle. 

Belle sorri, fica em pé e caminha até sua amiga, pega o pequeno bebê de um mês em seus braços e volta para sua cadeira, nós dois olhamos para ele. 

— Hey, carinha, eu sou a sua tia, Belle. — E eu juro que o bebê sorri. — Você gosta de mim não é Davi!? Ou você é o Ian?

Eu sorrio, analiso com cuidado o pequeno, mas também não sei dizer se é o Ian, ou Davi, eles são tão idênticos. 

— Eu acredito que seja o Ian, mas é melhor conferir em sua pulseira. 

Belle afasta a manta que o pequeno está enrolado, pega sua pequena mão e confere a pulseira que contém seu nome gravado. Após conferir ergue seu rosto e encara a amiga.

— Você está certa, realmente é o Ian. 

Emily sorri, um sorriso convencido e feliz, Eduardo beija sua testa. Eles são um bonito casal e formam uma linda família. 

— Eu estou ficando boa em reconhecer meus filhos. 

Nós todos sorrimos. Continuamos paparicando os bebês, principalmente os recéns nascidos Ian e Davi, nossas conversas giram em torno das crianças, os medos, as novas descobertas, as travessuras, as alegrias e os estresses. É a primeira vez em uma festa que todos temos filhos, é a primeira vez que Belle e eu podemos falar sobre como é sermos pais, é a primeira vez que o assunto não é evitado, porque dói para nós dois, é gostoso, é incrível, eu olho para Belle e há um brilho em seus olhos, um sorriso em seus lábios, é incrível para Belle o tanto quanto é para mim. 

Pietro e Andreia juntam-se a nós e nosso grupo de amizade está completo. De alguma maneira, eu realmente não percebo como, mas o assunto muda para futebol, comida e drinks, provocamos Ally por ter esperança que seu time finalmente ganhará um título, Pietro fala com orgulho do seu time, os vários títulos do Flamengo no ano, Daniel ensina uma receita para Emily e Diego, eu e o restante conversamos sobre drinks e bebidas, nós estamos falando alto e ao mesmo tempo, mas não ligamos, o importante é que conseguimos nos entender. Apenas ficamos em silêncio quando Leia chega procurando a mãe, chega gritando "mamãe, mamãe" e para ao lado de Andreia. 

— Mamãe, parabéns. 

Andreia olha com carinho para a filha. 

— Que tal esperarmos mais alguns minutinhos?

A pequena faz um biquinho com seus lábios, tão adorável e eu sei que jamais conseguiria lhe dizer não. 

— Eu quero bolo. 

Andreia faz uma careta e acaricia a lateral do rosto da filha.

— Eu também, mas iremos esperar mais alguns minutinhos. 

Leia cruza os braços e faz uma careta. 

— Eu não vou ser mais sua amiga, mamãe. 

Andreia simplesmente dá de ombros.

— Ok, mas eu continuo sendo sua mãe e sua amiga. 

Eu estou me segurando para não sorrir, Leia olha para o pai, olha para ele pedindo socorro, ele dá de ombros, Leia suspira, deixando todos espantados.

— Eu que ensinei, ela deve saber suspirar e revirar os olhos. — Andreia conta orgulhosa. — São grandes ensinamentos que aprendi com a minha avó e agora, eu repassei para minha filha. 

Leia vira-se e corre para longe, em direção ao pula-pula, ela realmente está conformada. As vozes voltam a ser altas e barulhentas, mas eu não estou prestando a atenção, eu aproximo minha boca da orelha de Belle.

— Eu gostei da técnica da Andreia. 

Vira-se para mim e sorri.

— Talvez, nós devemos tentar utilizar essa super técnica. 

Sua voz é repleta de ironia e deboche, eu pisco para ela e beijo seus lábios, apenas nos afastamos quando somos interrompidos por Emily.

— Comporte-se Belle, você está segurando meu filho. 

Sorrimos, Belle vira-se para a amiga e aponta a língua para ela, Emy faz o mesmo. Todos temos nossas cicatrizes, porque a vida não é apenas momentos bons, mas não deixamos de ter esperança, não esquecemos como é sorrir e mesmo quando as lágrimas eram tudo o que tínhamos continuamos ao lado um do outro, porque a amizade é assim. É assim que seguimos por um tempo, conversando, rindo e provocando um ao outro. 

E só interrompemos nosso momento quando Andreia e Pietro ficam de pé e anunciam o  parabéns, para a felicidade de Leia, a pequena grita em comemoração. Há uma mesa repleta de doces e um enorme bolo no meio jardim, Leia sobe em uma cadeira de modo que está de frente para o bolo, seus pais e seu irmão  estão ao seu lado, nós ficamos em pé, ao arredor da mesa, Belle está ao meu lado, parte do seu corpo apoiado no meu, Gabrielle encontra nós dois, ela está sorrindo, descabelada e suando, eu oferece meus braços e ela vem, minha filha está em meu colo e minha esposa ao meu lado. Eu estou feliz. 

Cantamos parabéns para Leia, batemos palmas, os gritos e risadas ecoam pelo jardim. Leia abaixa-se, assopra e apaga a vela de três anos que está sobre o seu bolo rosa e azul, a vela volta a acender e Arthur ajuda a irmã a apagá-la novamente. 

Andreia e Pietro estão felizes, eles estão comemorando o nascimento da filha e eu percebo que eu quero isso, eu quero comemorar o aniversário da minha filha, eu quero comemorar o fato da minha filha existir. Viro-me e beijo a bochecha de Gabrielle. O parabéns chega ao fim, Gabi pede para descer, eu abaixo-me e coloco minha filha no chão, ao ficar em pé novamente, Belle está olhando para mim e sorrindo. Eu sorrio e fico de frente para ela.

— Posso saber o motivo desse sorriso lindo?

Dá de ombros, espalma suas mãos em meu peito e eu coloco minhas mãos sobre a sua cintura.

— Eu simplesmente estou feliz.  

Apoio minha testa na sua. 

— Eu estou feliz por estar feliz. 

Amar é assim, ver quem você ama faz partes suas felizes, não uma felicidade completa, porque ninguém pode fazer você completamente feliz, mas faz partes suas felizes. 

— E você, bad boy, como está?

Olho em seus olhos. 

— Eu estou feliz. 

Ela assente e não precisamos de palavras, nós entendemos o que queremos dizer quando dizemos que estamos felizes, eu entendo a felicidade de Belle quando olho em seus olhos, Belle entende a minha felicidade quando olha em meus olhos. Estamos em um momento só nosso, todos sumiram, o tempo está paralisado, somos tudo que importa, então Valentina e Mia passam correndo por nós, Belle quase caí e eu preciso segurá-la.

— Acho que estamos no meio do caminho, sereia. 

Nós dois estamos sorrindo, Belle entrelaça sua mão com a minha, caminha para um parte mais afastada do jardim e eu sigo Belle. Nós conseguimos ver todos, todas os acontecimentos da festa, Belle apoia suas costas em meu peito, passo meus braços ao arredor da sua cintura, sua cabeça está em meu ombro, meu rosto está ao lado do seu. 

— Qual tema será que Gabrielle irá escolher?

Eu não consigo parar de pensar na festa de aniversário da nossa filha, Belle demora alguns segundos para responder.

— Nós conversamos sobre seu aniversário, Gabrielle quer uma festa da pequena sereia.

Sua emoção é perceptível em sua voz, eu entendo o porquê da sua emoção. 

— Por sua causa, sereia. 

Beijo seu rosto.

— Por minha causa, sabe, a conexão que eu sinto com Gabrielle é indescritível. 

E pelos próximos minutos conversamos e planejamos o aniversário da nossa filha. Somos interrompidos por Andreia, ela está chamando Belle, ela está ao lado da mesa dos doces e as outras meninas estão com ela, Belle fica de frente para mim, beija meus lábios rapidamente, então vira-se e afasta-se. Eu permaneço onde estou, há um vento suave e calmo, é um dia tão bonito e especial. É um daqueles dias que tudo parece estar em ordem, você acorda feliz, o dia continua feliz, nada consegue irritar você, é como se aquele dia realmente estivesse destinado a acontecer. 

— Luís!? 

Eu estou tão concentrado que não percebo a aproximação de outra pessoa, viro-me para o lado e encontro uma mulher, eu sei que ela é irmã de Pietro, mas nunca conversamos.

— Sim. 

Suspira, morde o seu lábio interior por breve segundos. 

— Você é Luís o filho de Gustavo?

Eu estou surpreso ao ouvir o nome do meu pai, encara a mulher a minha frente curioso. 

— Sim, eu sou esse Luís. 

Eu começo a ficar nervoso e preocupado, como ela sabe quem é meu pai? Gustavo não era uma boa pessoa.

— Eu liguei para você há alguns anos, perguntando do seu pai e você me informou que ele estava morto. 

Eu lembro, eu recebi uma ligação estranha alguns meses após a morte dos meus pais, uma mulher perguntou sobre Gustavo, eu informei a sua morte e ela me perguntou como, eu respondi, ela agradeceu e desligou, eu acreditei que era alguma cobrança, ou alguém tentando vender algo. 

— Eu lembro da sua ligação. 

Ela desvia o olhar do meu por alguns segundos, ao voltar a olhar para mim, eu posso perceber o seu nervosismo. 

— Meu nome é Fernanda, eu fui aluna do seu pai.

Suas palavras ecoam em minha mente, eu observo seu rosto com cuidado, então eu a reconheço, eu não sei como reagir, ou o que sentir. 

— Você me contou sobre as chantagens do meu pai, você foi uma das suas vítimas. — Ela assente, ela está tão diferente. — Eu nunca reconheci você. 

Eu estou envergonhado, eu tenho vergonha de não reconhecê-la, eu tenho vergonha do que meu pai fez com ela. Ela olha para mim, analiso seu olhar, não é um olhar triste e uma parte minha está aliviado. 

— Eu presumi que não tinha me reconhecido, eu sempre vi você nas festas de Andreia e Pietro e eu sempre soube quem era você, mas eu nunca senti que deveria falar com você, mas hoje, eu simplesmente precisei vir aqui. 

Ela dá de ombros. 

— Eu não sei nem o que falar para você, eu sinto vergonha em ser filho do meu pai, eu soube que ele procurou você, eu na estava na cidade, eu fugi quando descobri o que ele fazia, denuncie ele para reitor e fugi, eu não fiquei, eu não impedi que ele procurasse você, não garanti que ele pagasse pelo que fez a você e as outras meninas. — Eu desabafo, minhas palavras são rápidas, são palavras que por muito tempo tiveram presas em mim. — Eu sinto muito, Fernanda. 

Ela assente, olha em meus olhos, não há ressentimento, ou mágoa, uma parte minha está feliz. 

—  Você não tem culpa, Luís, único culpado dessa história é Gustavo. — Dá de ombros. — Você não tinha como evitar o que aconteceu e você era tão jovem, eu simplesmente joguei as informações em você. 

Suas palavras são um alívio, eu nem sabia que precisava ouví-la, mas precisava. 

— Você não me culpa? 

Eu preciso confirmar, eu preciso ouvir sua confirmação. 

— Não e Luís, apesar do que aconteceu comigo, eu sou feliz. 

Eu sorrio, respiro fundo, uma parte minha está finalmente livre. 

— Eu estou aliviado, Fernanda, eu precisava saber que você está feliz, obrigada. 

Assente e sorri, escutamos seu nome e seu sorriso amplia.

— São meus filhos. — Olha para o lado e eu sigo seu olhar, dois meninos estão tentando desvencilhar de um homem, eles estão pedindo socorro para a mãe, Fernanda, vira-se para mim e sorri. — Eu preciso ir, nós nos vemos por aí, tchau Luís.

— Tchau, Fernanda. 

Ela acena, vira-se e afasta-se, eu observo Fernanda, encontra o homem e os dois meninos, beija os três, ela está sorrindo. Eu sorrio, meu pai não destruiu sua vida, eu não contribuí para destruir sua vida. Eu sempre tive medo de que ela estivesse infeliz, hoje, Fernanda, destruí esse meu medo. Ela destruiu a última peça que me ligava com o meu passado obscuro. 

— Posso saber em que meu marido está pensando? — Sua voz é risonha e curiosa, olho para o lado e encontro Belle, ela está segurando dois pratos descartáveis com pedaços de bolos. — Você está tão pensativo. 

Aproxima-se, oferece um dos bolos, eu aceito, pego um dos pratos e com a outra mão puxo seu corpo para perto do meu. Nossa distância são debilitada pelos bolos, nós sorrimos. 

— Eu fechei a última porta do meu passado.

Encara-me curiosa, então eu explico, eu narro minha conversa com Fernanda, Belle olha para a irmã de Pietro. 

— Ela é feliz, bad boy. 

Meu olhar está fixo em Belle. 

— Sim, assim como nós. 

Olha para mim e assente, seu olhar muda, é travesso, afasta-se, passa o dedo no chantilly, eu sei o que ela vai me fazer, dou um passo para trás, mas não é o suficiente, ela aproxima-se e passa o dedo no meu nariz, não demoro a fazer o mesmo. Então, nós gargalhamos, Gabrielle escuta nossa risada e vêm até nós.

— Eu quero também, mamãe.

Eu seguro o bolo de Belle e ela pega Gabrielle em seu colo, nós três estamos próximos. 

— Você quer também, Gabrielle? 

— Sim, mamãe. 

Ela grita, então Belle passa o seu dedo novamenre no chantilly e o passa no rosto de Gabrielle, ela gargalha. Sua risada é tão linda. Ela é o Sol das nossas vidas. Quando seu sorriso cessa, olha para nós dois, seu olhar é intenso, repleto de amor. 

— Eu amo vocês.

Ela finalmente diz as três palavras, elas são tão mágicas, elas são o que sonhamos. Repetimos as suas três palavras e beijamos o rosto de Gabrielle, sanduíche de nossa filha. 

É um dia incrível. 

E termina na nossa filha dormindo no carro, entramos em casa com ela em meus braços, Belle está ao meu lado. 

— Devemos acordá-la?

Sussurro para não acordar Gabrielle, Belle balança a cabeça negando. 

— Não, ela está tão casada, vamos deixar o seu banho para amanhã. 

Eu assinto, seguimos para a escada, Belle deixa o meu lado para caminhar a minha frente. É ela abrir a porta do quarto, ligar a luz, erguer os cobertores de Gabrielle e ligar o ar condicionado. Eu coloco nossa filha sobre a cama, cubro-a com seus cobertores e beijo sua testa. 

— Eu amo você. 

Caminho em direção a saída do seu quarto, seguro a maçaneta e fico ao lado da porta, eu estou esperando por Belle. É a sua vez de beijar o rosto de Gabrielle e pronunciar as três palavras. 

Quando vira-se e caminha em minha direção ela está sorrindo. Belle passa pela porta e então, eu posso fechá-la. Vamos para nosso quarto em silêncio, Belle entra primeiro, eu sigo seus passos e a abraço, ela apoia suas costas em mim, beijo seus pescoço. 

— Você estava certa, sereia. 

Belle vira-se, olha em meus olhos, espalma suas mãos em meu peito. 

— Sobre o que?

Apoio minha testa na sua, olho em seus olhos e eu percebo o amor, o nosso amor. 

— Nosso mundo nunca esteve ruindo, ele estava se reconstruindo. 

Belle sorri e então, eu abaixo meu rosto e a beijo. 



~❤~

Olá pessoas! Decidi respostar essa serie mesmo sem todos os livros estarem revisados. Então aqui vai alguns avisos:

1 - Essa série foi escrita há muito tempo então os primeiros livros estão mal escritos e com muitos erros.

2- Como estou reescrevendo a série e repostando conforme vou fazendo isso algumas coisinhas não irão bater, detalhes que pretendo mudar.

3-Siga-me no instagram, porque em breve tem novidades aqui no wattpad e eu irei lançar meu primeiro livro na Amazon em Julho, meu insta é @lanasilva.sm.

4 - link do grupo no whats (ou deixe seu número nos comentários).

Bjs e até mais ❤️

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