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Capítulo 2

"Eu cheguei como uma bola demolidora
Sim, eu só fechei meus olhos e balancei
Me deixou queimando e eu caí
Tudo que você fez foi me partir em pedaços"

Wrecking Ball (Miley Cyrus)


Stella

Eu estou sentada no chão do corredor com as costas e cabeça apoiadas na parede, escuto passos, alguém está se aproximando, olho na direção do som e encontro Vanessa.

— Está tudo bem?

Minhas lágrimas continuam deixando meus olhos e descendo pelo meu rosto, meu choro é silencioso. Respondo à pergunta de Vanessa com um gesto negativo com a minha cabeça, eu não estou bem, nada está bem.

— Você pode dirigir?

Ela assente, eu fico em pé, Vanessa olha para mim sem saber o que fazer, ou o que falar, eu dou de ombros, não há nada que se possa fazer. Retiro a chave do carro da minha bolsa e a entrego para minha amiga. Caminhamos para o estacionamento em silêncio, minhas lágrimas cessam, mas a dor e a pressão em meu peito não.

O trajeto para meu apartamento é silencioso, mas não há nada em silêncio dentro de mim, uma parte minha grita que tudo poderia ser diferente, se nós tivéssemos juntos, se eu tivesse lutado por Pablo, se eu tivesse insistindo em nós, outra parte minha está gritando de medo, medo de perdê-lo para sempre. Vanessa aproxima-se da minha rua, olho para ela.

—  Eu vou ficar em frente ao meu prédio e você vai para casa com meu carro, amanhã eu vou para hospital de carona com a minha irmã, ela mora aqui perto.

Assente. Vanessa é uma boa amiga e uma ótima motorista, eu confio nela, não quero dirigir até sua casa e muito menos quero que ela precise chamar um táxi, ou pegue um ônibus, afinal eu prometi uma carona. Júlia pode me deixar no hospital antes de ir para o seu trabalho, além de precisar de uma carona, eu quero conversar com minha irmã, eu sei que não irá me negar uma carona e uma conversa.

— E amanhã, eu vou para o hospital com seu carro e o entrego para você?

Eu sorrio, melhor tento sorrir, nós duas sabemos que é um sorriso falso.

— Exato, não tente sequestrá-lo, por favor.

Ela sorri, um sorriso de quem está tentando confortar outra pessoa.

— Pode deixar, mas tem certeza? Eu posso pedir um carro por aplicativo, ou amanhã passo aqui e vamos juntas para o hospital.

Balanço a cabeça negando, mas como está dirigindo, ela não percebe.

— Não, eu quero conversar com a minha irmã, mas caso ela negue, eu aviso você e você vem me buscar.

No momento em que falar para Júlia que preciso dela urgentemente, minha irmã fará o possível para estar ao meu lado.

— Ok, obrigada.

Ela sorri, eu não a respondo e voltamos a ficar em silêncio. Após alguns segundos Vanessa estaciona o carro em frente ao meu prédio e olha para mim.

— Ele é muito importante para você, não é!?

Sei que está falando de Pablo, respiro fundo.

— Sim, ele é.

Admitir em voz alta sua importância causa uma certa estranheza. Eu precisei vê-lo em uma cama de hospital para admitir o quão importante Pablo é para mim. Não quero falar sobre com Vanessa e para que não faça mais perguntas, solto o cinto, curvo meu corpo em sua direção e beijo sua bochecha.

— Boa noite, Vanessa.

Ela sorri e beija a lateral do meu rosto.

— Boa noite, Stella, sinto muito e espero que você fique bem.

Afasto-me, ajeito meu corpo e com as costas retas olho para ela.

— Irei ficar. — Sorrio, viro-me e levo minha mão para a maçaneta. — Boa noite, Vanessa.

Não espero por uma resposta, abro a porta e desço do carro, um vento faz com que meu corpo se arrepie de frio, corro para o prédio, cumprimento o porteiro e caminho para o elevador. Ao entrar na caixa metálica apoio minha testa no espelho ao fundo, como o dia terminou tão trágico?

Ao entrar em meu apartamento, apoio meu corpo na porta e minhas costas escorregam pela madeira até estar sentada no chão, as lágrimas voltam a deixar meus olhos e descer pelo meu rosto.

Eu estou perdendo Pablo. É engraçado como nós tentamos um relacionamento uma única vez, há dez anos e durante esses dez anos cruzamos um com outro ao acaso, a vida sempre nos colocou no caminho um do outro, será que essa será a última vez? Pensar em um sim para essa resposta dói. Olho para o teto, suspiro e recordo a única que vez em que tentamos.

Uma semana após a festa de Eduardo é a minha vez de comemorar, marco de encontrar meus amigos em um bar no centro da cidade, infelizmente Júlia não estará presente, não conseguiu se ausentar da faculdade, é um saco minha irmã estar morando em outra cidade. Ao entrar no estabelecimento meus amigos ficam em pé e iniciam o parabéns, eu sorrio e curto meu momento, não me importo com a atenção de todos em mim, alguns dos outros clientes inclusive juntam-se aos meus amigos, batendo palmas e cantando parabéns. É um barzinho com música ao vivo, uma iluminação mais fraca deixando o com clima de balada, mesas quadradas de madeira e cadeiras simples do mesmo material, as paredes são coloridas e o palco fica em frente as mesas que estão distribuídas pelo salão, meus amigos ocupam uma mesa perto da entrada. Eu aproximo-me e sou abraçada por eles, escuto palavras carinhosas e algumas engraçadas, claro que as piadinhas sobre poder ser presa a partir de hoje não poderiam faltar. É meu aniversário e chamei apenas alguns amigos, os mais próximos, Cecília e Pablo estavam entre meus convidados, mas apenas Cecília está presente, ela abraça-me.

— Parabéns, amiga, felicidades e muitos gatos na sua vida, você é especial. — Beija meu rosto. — E ele mandou os parabéns.

Sussurra para que apenas eu escute, eu sorrio, mas gostaria de perguntar o porquê ele mesmo não veio me parabenizar, desde o dia na fazenda não conversamos, eu enviei uma mensagem perguntando como estava, porém fui ignorava.

— Obrigada e você também é muito especial, gata.

Pisco e me afasto para abraçar meu próximo convidado. Após ser abraçada por todos, pedimos drinks e brindamos meus dezoito anos. É uma noite alegre, divertida, bebemos, conversamos, cantamos, dançamos. Eu estou tão feliz. É fim de noite quando alguns de nós deixamos o bar e vamos para uma boate, Cecília infelizmente não nos acompanha. Eu estou animada, a primeira vez que frequento uma casa noturna apenas para maiores de idade. É emocionante estar em um lugar fechado com pouca luz, iluminado por algumas luzes coloridas e há gelo seco, toca músicas eletrônicas, há um balcão separando o bar da pista de dança, há prateleiras na parede com bebidas, o lugar é grande, lindo e mágico. Dançamos e bebemos mais um pouco, embora esteja bebendo, não estou bêbada.

Após algumas músicas, Ana e eu vamos ao banheiro, o banheiro fica em um corredor e estamos saindo quando deparo-me com Pablo apoiado na parede a frente, as mãos estão em seus bolsos da calça, seu olhar encontra o meu, meu coração acelera.

— Eu vou deixar você conversar com ele.

Ana grita para que eu escute, afinal a música está alta, eu apenas faço um gesto afirmativo com a cabeça. Aproximo-me dele e fico alguns centímetros de Pablo, nós estamos um de frente para o outro, eu abro e fecho a boca algumas vezes, eu não sei o que falar e se ele não estiver aqui por mim? E se for apenas uma coincidência? Eu apenas supus que ele estava aqui por mim, eu sou uma idiota.

— Cecília contou que você estaria aqui.

Novamente, sinto meu coração acelerar, a simples ideia de que ele possa estar aqui por mim, deixa-me nervosa e ansiosa.

— Você veio me ver?

Eu prefiro ser direta, sem meias frases, sem meias palavras, Pablo assente.

— Eu queria parabenizar você pessoalmente. — Dá de ombros, eu sorrio, meu olhar está preso ao seu, seu olhar é intenso. — Parabéns, Stella.

Eu, talvez, esteja louca, porém eu sinto um carinho em suas palavras. Pablo não é bom com as palavras, ele é bom em demonstrar por gestos, olhares, expressões e inclusive no tom da voz.

— Obrigada.

Um sorriso surge em seus lábios, um sorriso tímido.

— Eu gostaria de ter um presente para você.

Eu sinto a tensão entre nós, eu sinto a atração entre nós, há uma eletricidade ao nosso redor. Mordo rapidamente meu lábio inferior, diminuo a distância entre nossos corpos, meu nariz quase toca o seu, meu coração parece estar prestes a sair pela boca e eu juro que há muitas borboletas batendo suas asas em minha barriga.

— Eu não beijei ninguém hoje, eu nunca beijei alguém com dezoito anos e gostaria muito que você fosse o primeiro, seria um ótimo presente.

Seu olhar desce para minha boca, meu corpo treme de desejo, eu quero tanto beijá-lo, eu quero tanto ser beijada por ele. Eu sinto sua respiração em meu rosto, fecho meus olhos e então sua boca encosta na minha, um simples encostar, eu separo meus lábios e sua língua invade minha boca, eu faço o mesmo, não temos pressa, exploramos a boca um do outro com calma. Minhas mãos estão espalmadas em seu peito e as suas seguram minha cintura. Eu gosto do seu toque, gosto do seu beijo, meu corpo reage a ele e meu coração também. E pode ser apenas emoção de adolescente, mas nesse momento, eu acredito que esse beijo é o melhor da minha vida, todos meus outros beijos tornam-se insignificantes e eu beijei muitas bocas. Precisamos de ar, o beijo chega ao fim, Pablo apoia sua testa na minha.

— Obrigada pelo presente, eu amei.

Sorrio maliciosamente, Pablo olha para mim com desejo.

— Nós podemos repetir esse beijo.

Sua voz é baixa, quase um sussurro, um arrepio percorre meu corpo.

— O que você está esperando? Me beije, zangado.

Aquela noite foi repleta de beijos, além de carinhos mais ousados, nós terminamos à noite felizes, não conversamos sobre o amanhã, apenas curtimos o momento. No dia seguinte recebi uma mensagem de Pablo, um simples "Tudo bem?", mas no instante em que li as palavras, eu soube que não era uma simples mensagem, existia um significado, Pablo estava deixando seus medos e receios de lado e estava procurando por mim.

Uma mensagem, virou várias, não conseguíamos parar de falar um com outro. Os dias passavam e continuávamos conversando, evoluímos para ligações, era fácil conversar com Pablo, por mais reclamão e ranzinza que ele fosse, de certa forma seu jeito zangado tornava-o engraçado. Nós não tínhamos o mesmo gosto para filmes, séries e livros, Pablo era um velho em um corpo de jovem, amava clássico e nossas diferenças pareciam nos aproximar ainda mais. Eram longas, interessantes e engraçadas as conversas em que defendíamos os nossos pontos de vistas.

Duas semanas depois do meu aniversário marcamos de assistir um filme em sua casa, dois filmes na verdade, um dos seus clássicos preferidos e um dos meus filmes preferidos, um clássico e um contemporâneo, moderno. Uma batalha para provar quem estava certo sobre os melhores filmes, antigos versos novos, nós sabíamos que não mudaríamos nossa opinião, mas queríamos provocar um ao outro, nós gostávamos de provocações. Seus pais e sua irmão estavam viajando, assistimos o filme em seu quarto, ou melhor o início do seu filme preferido, eu estava com o corpo apoiado no seu e em uma cena engraçada olhei para ele, ele estava olhando para mim, não falamos nada, apenas nos beijamos. O beijo evoluí para carinhos, carinhos cada vez mais ousados, nossas roupas deixaram nossos corpos, o filme foi totalmente esquecido e transamos. Naquele dia, nós tivemos uma tarde incrível e criamos uma conexão única e especial.

Nós dois não somos pessoas de palavras, somos gestos, ações, não conversamos sobre nós dois, não trocamos palavras sobre o que fizemos naquela tarde, apenas aceitamos e repetimos nos dias seguintes, nos dois meses seguintes. Talvez, seja ridículo da minha parte chamar o que tivemos de relacionamento, ou uma tentativa de ficarmos juntos, afinal nunca rotulamos o envolvimento que tivemos no passado. Foram dois meses especiais, rimos muito, implicamos um com o outro, nos provocamos e fizemos muito sexo.

Olho ao redor do meu apartamento, um vazio está apertando meu peito e causando uma angústia. Eu gostaria de estar chorando, mas acho que a minha cota de lágrimas diárias acabou, meus olhos estão secos.

E assim como o "nós" começou, ele terminou, repentino, quase sem troca de palavras. Uma tragédia, uma culpa, Pablo partiu e eu deixei.



~❤~

Olá pessoas! Decidi respostar essa serie mesmo sem todos os livros estarem revisados. Então aqui vai alguns avisos:

1 - Essa série foi escrita há muito tempo então os primeiros livros estão mal escritos e com muitos erros.

2- Como estou reescrevendo a série e repostando conforme vou fazendo isso algumas coisinhas não irão bater, detalhes que pretendo mudar.

3-Siga-me no instagram, porque em breve tem novidades aqui no wattpad e eu irei lançar meu primeiro livro na Amazon em Julho, meu insta é @lanasilva.sm.

4 - link do grupo no whats (ou deixe seu número nos comentários).

Bjs e até mais ❤️

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