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Divagações sobre pedidos de desculpas, segredos e quedas acidentais





— O quanto de raiva Jennie está de mim? — perguntei, trêmula.

Jennie costumava guardar muito rancor, ela nunca esquecia de nada e sempre esperava o momento certo para jogar isso na sua cara. Pela gravidade da situação, imagino que ela não queira me ver nem pintada de ouro.

Lisa riu, incrédula.

— Tá todo mundo chamando ela de corna, Rosé. Picharam dois chifres no armário dela, eu passei os últimos vinte minutos tentando limpar aquela merda. Sehun está sendo ridicularizado pelos amigos héteros dele. A faculdade tá uma zona depois do que você fez!

Ela se jogou na cama de Jisoo, que murmurou um "aí" quando a mão de Lisa bateu, sem querer, na sua perna engessada.

— Jennie deve estar com muita raiva de você — Jisoo concluiu. — Ela não chegou até agora.

Encarei o outro lado do cômodo. As coisas de Jennie estavam arrumadas, a cama forrada e os livros organizados em ordem alfabética, mas ela nem sequer dormiu aqui essa noite.

— O toco de amarrar jegue vai ficar no nosso antigo quarto, por enquanto... — Lisa respondeu.

— Jennie preferiu dormir no mesmo quarto que você do que vir pra cá!? — Caminhei aos tropeços, caindo ao lado de Lisa. Jisoo murmurou mais um "aí" quando eu, sem querer, bati a mão na sua perna engessada. — Ela me odeia e eu não fiz por mal!

— Foda-se se você não fez por mal, deu ruim do mesmo jeito.

Lisa tinha razão e eu odiava ter que admitir isso. Eu havia tirado um garoto do armário sem sua permissão (e logo quem, o Zé Bonitinho do mundinho heterossexual da faculdade) o cara que as garotas suspiravam e os garotos chamavam de "responsa" e "parça". Sehun deve estar com tanta raiva de mim que é capaz de me bater se eu me aproximar para me desculpar, mesmo que sim, eu estivesse pensando na possibilidade de pedir desculpas. Agora, vamos para a outra complicação: Jennie estava chateada comigo e se ela estava chateada comigo, eu teria que adiar o "plano jenlisa" para focar em arrumar a merda que eu fiz.

Lisa encarava o teto sem ao menos piscar, quieta. Jisoo estava com um pé para o alto jogando Nintendo Switch enquanto tomava danoninho sem colher (me subiu até um calor nas partes baixas) e eu havia notado duas coisas estranhas: Lisa parou de fumar, porque estávamos nesse quarto há duas horas e ela não acendeu nenhum cigarro, e sua estranha preocupação com o bem estar de Jennie (qual é, ela se deu o trabalho de tirar os chifres que desenharam no armário dela) estava me deixando desconfiada.

— Vocês fizeram as pazes? — perguntei.

— Como assim "fizemos as pazes?" — ela me olhou, confusa.

— Você está preocupada com Jennie.

Lisa bufou, extremamente ofendida, e se sentou desajeitada no meio de nós duas. Jisoo murmurou outro "aí" quando Lisa encostou na sua perna engessada, de novo.

— Nós não "fizemos as pazes", nós nunca estivemos em paz. Eu só estou sendo empática e quero te ajudar. A nanica que se foda.

— Jennie que se foda... aham... — Jisoo repetiu, como se achasse graça.

Lisa rolou os olhos.

— Tô falando sério, já estava na hora dela descobrir que o motivo de não conseguir passar na porta do nosso quarto era a galhada que Sehun colocava na cabeça dela, aliás, o relacionamento deles nem tava isso tudo... ela queria terminar há um tempão.

Me sentei delicada, para não encostar em nenhuma parte quebrada de Jisoo.

— Como você sabia que o relacionamento deles não estava isso tudo e que ela queria terminar há um tempão? Nem eu sabia disso.

— Ela comentou com uma colega e eu ouvi por alto! Se ela me contasse eu teria zuado, então não, ela não me disse nada, se ela tivesse me dito eu teria dito: "Rá! Se fudeu, miúda! É melhor pegar outro catálogo de caras medianos de pinto pequeno e um tanquinho ridículo para escolher um futuro namorado" hahaha... — Lisa começou a rir de mentira, mas depois acabou rindo de verdade. — Nossa, admita! Essa foi boa, Rosé!

— Arh, por favor, Lisa! — Dei um tapa estalado nela. — Jennie está passando por uma situação difícil, deixe essas brigas de lado e seja uma boa amiga enquanto eu espero a poeira abaixar.

Lisa, ainda rindo, se engasgou com a própria saliva. Sua cabeça foi para frente com tanta força que alguns fios loiros caíram em seu rosto.

— Eu e Jennie nunca vamos ser amigas. — Ela tossiu algumas vezes, como uma tia fumante de 50 anos. — O máximo que posso fazer é ficar calada enquanto ela chora, pode ser?

— É isso ou nada. — Jisoo ponderou.

— Tudo bem, diga a ela que sinto muito e que amanhã vou tentar arrumar essa merda. Diga a ela coisas legais, por mim. — implorei.

Lisa levantou uma sobrancelha, me encarando como se eu estivesse pedindo coisas demais e calçou os chinelos para ir embora. Ela ao menos havia chegado na porta e eu já sentia a mão de Jisoo subindo pela minha coxa, dei um tapa nela e chamei Lisa, que se virou com a mão na maçaneta.

— Por que vocês brigaram ontem? — perguntei.

— Qual briga?

— A de manhã cedo, quando traziam a mudança pra cá.

Eu queria saber o motivo de Jennie ter chorado, mas não podia dizer a Lisa que Jennie havia chorado, porque Jennie me mataria mais do que já quer me matar.

— Foi o de sempre. — Lisa deu de ombros e saiu porta a fora.

Ela havia mentido, de novo.


(...)



Eu não era uma pessoa apegada. Costumava encontrar garotas de vez em quando, ficar com elas e nunca, nunquinha, causar tanto alarde assim. Lisa era totalmente o contrário (apesar que agora, acho que ela contava com quais pessoas havia ficado só para causar ciúmes em Jennie). Era por isso que elas não sabiam tanto sobre a minha vida sexual, porque um ensinamento que meu pai me disse e que eu levava muito a sério é que "quem come quieto almoça e janta."

Se elas não tivessem me visto com Jisoo, provavelmente nunca saberiam. Apesar de Jisoo estar me fazendo descumprir todas as regras do sexo casual. Ela me causava uns tremeliques estranhos, era linda (e era uma pena não saber que era tão bonita assim) e o jeito que ela falava sobre vídeo-games me deixava babando igual um vira lata caramelo vendo a barraquinha de churrasco na esquina. Ela usava moletons duas vezes maiores que o seu tamanho e parecia tão pitica dentro deles, ela comprava todas as minhas ideias malucas e me ouviu falar incansavelmente sobre duas pessoas que ela não conhecia.

Mas nenhuma dessas razões pesaram na minha decisão de dormir no quarto dela, decidi isso baseado em três outros motivos: precisávamos aproveitar o quarto vazio antes de Jennie vir a morar nele, Jisoo estava com a perna quebrada por minha causa e a minha colega de quarto era uma japonesa que acreditava ser uma fada.

Não estou brincando, Momo realmente acreditava ter sangue mágico, ela encheu nosso quarto de samambaias porque "a ajudava a se conectar com a mãe natureza" minha cama vivia cheia de pó pirimpimpim e ela via "Xuxa e os Duendes" todas as terças e quintas.

No entanto, eu não tinha nenhuma outra desculpa do porque resolvi transar com Jisoo, de novo. Eu não precisava de uma desculpa, certo? Era Kim Jisoo, que derrubou o console do videogame assim que Lisa bateu a porta do quarto, ajeitando a perna engessada coberta por um shortinho amarelo do Bob Esponja e começou a dar selinhos no meu pescoço (e olha que eu nem sabia se conseguiríamos de fato transar com ela fazendo cosplay de Saci Pererê).

Mas logo o quarto estava pegando fogo, igual certas partes do meu corpo, me deitei, ainda com medo de machucá-la, e deixei que ela me beijasse e fizesse aquilo com a língua que me deixava doida. Eu nunca vou conseguir explicar direito como Jisoo, com apenas um beijo, conseguia me deixar tão molhada assim. Tirei o moletom dela com todo o cuidado do mundo, mesmo com a dita cuja se remexendo demais para alguém que estava falando "aí" a cada vez que alguém encostava na sua perna. Jisoo não vestia nada por baixo e eu me limitei a dar um risinho cheio de tesão quando voltei a beijá-lá.

Já ela me beijava como se sua vida dependesse disso, o que me trouxe algumas cosquinhas, principalmente quando começou a chupar o meu pescoço.

— Acho... acho que não vamos conseguir hoje.

— Por quê...? — Jisoo perguntou, confusa. Apertei sua perna engessada. — Aaaaai... Rosé!

— Entendeu agora?

Jisoo fez um biquinho e esfregou o gesso com as mãos, me olhando como se eu tivesse quebrado a perna dela (okay, eu realmente quebrei a perna dela) mas eu estava preocupada com o fato de piorar a situação. Jisoo deu de ombros dois segundos depois e voltou a me beijar como se nada tivesse acontecido.

— Não precisamos fazer tesourinha, só boca naquilo, aquilo na boca... — ela falou em meio aos beijos. — Tô na seca a aproximadamente um dia, é muita coisa. — E começou a desabotoar a minha blusa.

— Olhando por esse lado... — ponderei. — Passamos a noite toda no hospital e... no... hospital... Isso! Jisoo! O hospital!

— Espera... o quê? O que tem o hospital?

Me sentei, abotoando os botões que Jisoo desabotoou.

— Você sabe quem trabalha no hospital?

— Doutor Drauzio Varella...?

— Não, Jisoo! Meu deus, no hospital universitário da faculdade! — Ela ainda não tinha entendido onde eu queria chegar. — Oh Sehun! Ele faz medicina e estagia lá.

— Ah, não, não, Rosé! — Jisoo bateu as mãos no cobertor. Ela fazia uma carinha tão fofa quando estava puta. — Não me fala que...

— Vamos lá pedir desculpas. Vamos falar que você está sentindo dores e arrumamos um jeito dele nos atender.

— Isso se ele estiver atendendo, né? Esqueceu que você meio que mandou fotos dele ficando com outro cara pra faculdade inteira?

— Meio que você e Lisa não me deixam esquecer! — Me aproximei de Jisoo, com as mãos em prece e um biquinho manhoso. — Essa é a chance de consertarmos isso, se ele nos desculpar podemos partir para o que interessa.

— O plano Jenlisa?

— O plano Jenlisa!

Jisoo olhou para a perna quebrada, depois para mim, como se perguntasse se valesse a pena o risco.

— E depois é boca naquilo e aquilo na boca?

— Prometo! — Dou um selinho rápido nos lábios dela.

Ajudei Jisoo a se firmar nas muletas e partimos para o hospital universitário da faculdade.











Demoramos um pouquinho para chegar, porque Jisoo ainda não havia aprendido a andar com as muletas e o campus era grande demais. Paramos para tomar sorvete, ouvi ela falar sobre Lol, depois me lembrei que não poderia botar Jisoo em nenhuma enrascada (pois não acho que ela ficará comigo se eu quebrar sua outra perna) e fizemos o resto do caminho até chegarmos no hospital, uma construção de dois andares, verde e cheia de gente de jaleco branco.

A estagiária de enfermagem era irmã da menina que nos atendeu ontem e, aparentemente, todo mundo me conhecia por expor o garanhão que gostava de uma brotheragem no sigilo e que (felizmente para mim e infelizmente para ele) estava fazendo plantão hoje, longe dos holofotes. Sehun estava em uma salinha no segundo andar e recebi autorização para ir depois de comprar um biscoito água e sal e um capucino para tal da Chaeryeong (a enfermeira irmã da enfermeira que cuidou da perna de Jisoo ontem) provando meu ponto que todo mundo era comprado por comida.

— Não vai vir? — perguntei, Jisoo continuava parada no corredor.

— O B.O é seu — ela disse, aceitando a cadeira de rodas que Chaeryeong a deu e pegando um biscoito água e sal que comprei para a garota. — E eu tô com fome, qualquer coisa me grita que eu vou.

Ela teve a pachorra de fazer um "dois" com os dedos e um biquinho. Me limitei a mostrá-la a língua e seguir para o segundo andar.

Jisoo estava certa em dizer que o B.O era meu e eu deveria arcar com ele, mas, entretanto, todavia e contudo, eu precisava de uma mãozinha amiga para me dar moral, ainda mais com Sehun. Peguei o telefone, pronta para ligar para Jennie, depois desisti. Lisa estava ocupada fazendo o papel de melhor amiga dela (ou tentando) nesse exato momento e talvez isso as aproximasse. Então, apenas respirei fundo e segui o corredor até achar a sala que Chaeryeong me indicou como sendo a "sala pequena, talvez a 7 ou a 8, talvez a 9, tá com uma plaquinha escrita "doação de sangue" ou talvez não, já que as plaquinhas estão caindo e não tem ninguém pra pregar, talvez não tenha escrito nada, mas certeza que é a sala 7 ou 8 ou 9, pode ser a 10 também" suspirei, grande ajuda, Chaeryeong.

Não era a sala 7, 8, 9 ou a 10, era a sala 12, e eu só descobri porque ele saiu dela, o jaleco nos ombros e uma roupa muito discreta para ser Oh Sehun. Agora que a empatia havia me acertado em cheio, eu até achava que ele parecia ser uma boa pessoa.

— Ei, Sehun! — Ele parou no meio do corredor e demorou alguns segundos para se virar. Seus olhos se arregalaram ao me ver.

— Você! — Ele apontou o dedo para mim, me aproximei dele.

— Eu. — confirmei. — Será que podemos conversar, a sós?

Já tinha algumas pessoas nos olhando, não duvidaria se estivessem filmando, ele também percebeu e me indicou a salinha que havia acabado de sair. Era pequena, parecia ser de descanso, e quando a porta foi fechada minha espinha gelou.

— Sehun, eu sinto muito... muito, muito... — Comecei antes que perdesse a coragem. — Eu não queria ter mandado pra todo mundo. Eu juro, juradinho...

Sehun passou as mãos pelos cabelos escuros e reluzentes e pensei estar em um seriado hospitalar estilo "Greys Anatomy."

— Mas mandou pra todo mundo e agora tem gente me mandando DM, me chamando de "viadinho" e "baitola", me convidando pra fazer pornô... tá feliz?

— Nem um pouco. Eu fui muito inconsequente, Jennie é minha melhor amiga e eu só queria mostrar que você estava traindo ela, mas acabei estragando tudo...

— Traindo ela? — Ele riu nasalado. — Caso sua "melhor amiga" não tenha contado o nosso relacionamento era aberto.

— O quê? Espera, espera aí... — Era muita coisa pra processar. — Primeiro "era?" como assim "era" e segundo "aberto"?

— "Era" porque Jennie e eu decidimos terminar. Nossa imagem ficou desgastada graças a você, obrigada, Rosé.

— De nada? — Encolhi os ombros.

— Era ironia!

— Ah, okay, foi mal! Não pira! Eu só fiquei meio, sei lá... ela nunca me disse que vocês tinham um relacionamento aberto e parecia ser ganho só pra você, ja ela recebia fama de chifruda por aí.

Eu estava curiosa e inquieta e doida para ir até Jennie perguntar sobre isso, mas enquanto não podia eu tentava extrair o máximo de informação de Sehun.

— Mas é óbvio que Jennie também se beneficiava disso, ela só não me dizia com quem ficava. — Ele deu de ombros.

— E como você sabia já que ela não te contava?

— Por que eu não sou burro, dã. — Ele rolou os olhos, como se fosse óbvio. — E porque eu via alguns chupões quando a gente...

— Arh, que nojo! Eu não quero saber da sua vida sexual com Jennie!

Sehun suspirou, rolando os olhos de novo.

— Resumindo, você tem um quarto, certo?

— Certo.

— Se alguém entrar no seu quarto e usá-lo quando você estiver fora, você vai saber.

— Como isso se aplica... ah meu Deus!? Essa foi a coisa mais machista que eu já ouvi na minha vida!

Esse era o tipo de coisa que Jennie Kim se sujeitava, meus amigos.

— Eu até achei que ela estava ficando com aquela colega de quarto, aquela de cabelo loiro... saca...? Apesar de falar mal dessa garota o tempo todo tipo, o dia inteiro, teve uma vez que estávamos transando e Jennie começou a falar mal dela, eu fiquei...???

— LISA? Você quer dizer a Lisa?

Eu não esperei Sehun responder, meu coração deu duas cambalhotas e um mortal, cruzei o pequeno espaço da sala e agarrei o colarinho dele. Pensei, por um segundo, que Sehun fosse me empurrar ou gritar por socorro, mas ele só arregalou os olhos.

— Me conte tudo e não me esconda nada!

— Eu não sei de nada! Eu desconfiei porque Jennie não fumava mas estava sempre com o cheiro daquele cigarro horrível de palha, mas depois deixei pra lá, já que elas dividiam o quarto...

— Sehun!?

— Rosé!?

— Arh! — Dei alguns passos para trás para me recompor. — Tudo bem, eu posso descobrir sozinha... — Eu parecia uma vilã caricata de desenho animado, mexendo os dedos e criando planos mirabolantes na minha cabeça.

— Talvez você devesse perguntar para ela, você não disse que eram "melhores amigas."

O jeito que ele estragava o meu plano mirabolante dando uma resposta óbvia, era diferente. Abaixei os ombros, respirando fundo.

— Você tem razão, acho. E, bem, desculpa por... tudo — Eu conseguia ser sincera quando queria. — Você é um cara legal e tenho certeza que vai encontrar amigos legais. Sei que não era o jeito que queria contar às pessoas e sinto muito pelo que eu fiz, de verdade, Sehun. Se precisar de uma pessoa para conversar, para te ajudar ou só para xingar, pode me ligar... e bem, não espero que me perdoe ou nada do tipo, mas espero que você peça aquele carinha em namoro, ele parecia gostar de você.

Não sei como o clima daquela sala mudou em tão poucos minutos, mas segundos depois estávamos nos abraçando enquanto eu dava batidinhas nas costas de Sehun e dizia "vai ficar tudo bem" pensando seriamente em tê-lo como amigo agora, já que eu sabia que ele não era um carinha básico como se mostrou ser durante todo esse tempo e que, na verdade, não traía Jennie. Ficamos mais um tempinho nesse momento soft, anotei o meu numero no celular dele e ao sair da sala, Jisoo atravessava o corredor com esforço para rodar as rodinhas da cadeira de rodas. Era um morro pequeno, mas parecia o Everest para ela, sua testa suava e quando parou para acenar para mim (um biscoito água e sal na boca) desceu um pouquinho para trás.

— Ah, só um minuto. — Pedi a Sehun, ajudando Jisoo a chegar onde estávamos. — O B.O foi resolvido, acho — falei para ela e os apresentei.

Jisoo parecia orgulhosa de mim e estufei o peito, toda pomposa, segurando a cadeira de rodas para impedi-la de descer o morrinho de ré, e continuei a conversar com Sehun.

— Eu vou publicar uma retratação no Instagram...

— Rosé? — ela me chamou.

— Não sei se vai ser levada a sério...

— Rosé!?

— Só um momento, Jisoo. Mas é melhor do que nada... e eu já apaguei as fotos do storys, caso queira saber.

— De boa — Sehun deu um tapinha no ar. — Vai ter uma festa na casa do Namjoon depois da manhã, eu não estava muito afim de ir... por causa disso tudo, mas foi as atléticas de medicina que organizou e seria uma boa ter novas amizades por lá. Se tiver afim, chama a Jennie e a loirinha e... ué? Cadê a garota que tava aqui?

Olhei para o lado, Jisoo havia sumido, olhei mais para frente, a vi descendo degringolada pelo declive. Jisoo não estava gritando, ela só me fitava em puro choque enquanto a iminência do impacto parecia vir a cada instante.

Sehun começou a correr, eu comecei a correr, gritando uma série de "Meu Deus, Jisooo!" alongando os "ooooo." Ela trombou em uma garota desavisada que passava pelo corredor e a arrastou para a parede, as duas bateram e caíram. Jisoo com o pé quebrado para cima, cadeira de rodas para o lado e em uma posição nada legal. A garota estava embaixo da cadeira de rodas e as duas gritavam de dor.

Eu cheguei primeiro, o desespero me fez correr como uma medalhista. Eu deveria ter acudido a garota debaixo da cadeiras de rodas primeiro, mas estava mais preocupada com Jisoo e seu rosto em pura dor e pânico.

— Jisoo! — Tentei levantá-lá enquanto Sehun acudia a outra garota. — Desculpe, desculpe, amorzinho... eu não percebi que tinha parado de segurar a cadeira de rodas foi tipo, dois segundos de desatenção! — Ao agarrá-la pelos ombros, Jisoo gemeu de dor, então deixei que Sehun se enfiasse na minha frente e tentasse levantá-lá com suas mãos experientes de futuro médico.

Ele olhou para Jisoo e depois para mim, alternadamente, com uma cara nada boa.

— Err... pois é, ela deslocou o ombro — disse, pesaroso.

Jisoo xingou "inferno" tão alto que pensei que havia conjurado a própria Carminha.

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