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35. Aquele em que Ela Não Sabe o Que Quer

Eu diria que os seus valores estão corrompidos, mas ela é aberta à mudança
Então, um dia ela está satisfeita, e o seguinte, eu vou encontrá-la chorando
E não é nada que ela possa explicar
Se ela soubesse o que ela quer
(Ele estaria dando à ela)
Se ela soubesse o que ela precisa
(Ele poderia lhe dar isso também)
Se ela soubesse o que ela quer
(Mas ele não pode ver através dela)..

(If She Knew What She Wants - The Bangles)

Coloquei o livro na prateleira. Pelas minhas contas, era a quinta vez que eu fazia aquilo, e já estava virando um ciclo vicioso: pegava um livro qualquer, sem nem mesmo olhar a capa, folheava rapidamente, não me dando ao trabalho de ler as inúmeras palavras que continham nele, e então o devolvia ao seu lugar.

Mas eu estava bem. Estava tudo sob controle.

Claro, eu só havia resolvido me esconder na biblioteca da escola, até que o sinal tocasse e eu entrasse na sala de aula, assim Stuart não me veria. Eu havia o ignorado durante o final de semana inteiro, o que seriam mais alguns minutos, certo?

Errado.

Quando uma coisa está prestes à dar errado em sua vida, nada pode impedir. Você pode ter dias disponíveis, ou só algumas horas, minutos, segundos, não importa. Alguns chamam de destino. Eu chamo de uma fodida falta de sorte.

Mas, tudo bem, eu teria que fazer aquilo mais cedo ou mais tarde. No entanto, quando o vi entrar por aquela porta, soube que não teria mais como adiar.

Argh, como a Nancy é idiota!

Quero dizer, quando ela me perguntou mais cedo para onde eu iria, e eu respondi que iria para a biblioteca, não imaginei que ela diria justamente para Stuart sobre o meu destino.

— Falar com você esses dias está sendo mais difícil que colocar linha na agulha.  –O meu falso namorado disse ao se aproximar de mim. Antes que ele pudesse selar nossos lábios, desviei o rosto.

— Eu estava ocupada.  –Tentei soar indiferente, enquanto sentia uma coisa estranha no meu peito.

Eu sei, é confuso. Para quem estava agindo igual à uma idiota com a simples presença de Stuart, rejeitá-lo agora era bizarro. Estávamos bem, afinal. Mas agora, depois de dormir com ele, eu estava prestes à partir seu coração. Então é assim que é ser um homem?!

— Tudo bem...  –Respondeu pausadamente, seu olhar atento sobre mim parecia me julgar em silêncio.  — O fim de semana inteiro?

— E o que você queria, que eu ficasse grudada no celular com você durante quarenta e oito horas seguidas?

Assim que fechei a boca, a bibliotecária nos repreendeu, fazendo um sinal para que ficássemos em silêncio, o que era ridículo, já que naquele momento, não havia praticamente ninguém ali.

Revirei os olhos e me dirigi para fora da biblioteca, sendo seguida por Stuart. Eu já imaginava a sua confusão, e teria que ser rápida, antes que eu resolvesse me arrepender do que estava fazendo.

— É o seguinte,  –Parei em frente à ele, depois que o garoto fechou a porta atrás de si.  — Isso não tá dando mais, a gente, não é o certo...  —Apontei de mim para ele, tentando gesticular enquanto escondia o meu nervosismo.

— O quê?  –Franziu as sobrancelhas, ao mesmo tempo em que arregalou os olhos. Então, abanou as mãos na frente do rosto, como se aquilo fosse inconcebível. Ele deu uma volta, antes de parar novamente na minha frente.  — Como pode dizer isso, quando sabemos que nunca nos demos tão bem como agora, como nesses últimos dias?

Olhei para os lados, em busca de alguém que pudesse nos ouvir, então mordi o lábio, voltando à olhar para Stuart. Péssima ideia, assim que vi sua expressão de cachorro abandonado, desejei nunca ter iniciado aquela conversa, mas sabíamos que uma hora aquele momento chegaria, certo?!

— Eu sinto que você está me distanciando ainda mais do meu objetivo.  –Suspirei, massageando as minhas têmporas.  — Tudo bem, você está oficialmente liberto do nosso trato, não precisamos mais fingir.

— Eu nunca fingi.  –Ele rebateu seriamente. Ficamos alguns segundos nos olhando, até eu desviar o olhar para a parede ao lado.

A verdade é que eu não tinha muitos argumentos àquela altura. Eu só sabia que precisava me afastar de Stuart, pelo bem dos meus próprios sentimentos. Céus, só o fato de eu propor um namoro falso para ele já foi clichê o bastante, e agora que eu estava  apaixonada... não, nem pensar, eu não deixaria os meus planos de lado por causa dos meus hormônios.

Eu iria deixar Stuart ir, e fazer com que Edward voltasse. E assim, seria a exceção da regra.

— Eu agradeço de verdade por você ter me ajudado, mas agora eu tenho que reatar com Edward até o Halloween.  –Disse enquanto me virava, eu já sentia um bolo se formar em minha garganta, enquanto saía do corredor da biblioteca e entrava no corredor principal.

— Claro, e por que não descartar e trair todos aqueles que estão ao seu redor, não é mesmo?!

Escutei os passos de Stuart atrás de mim e parei, enquanto absorvia suas palavras, percebendo que ele falava mais sobre Nancy, do que dele mesmo. Engoli em seco, tomando cuidado com o que diria, já que agora estávamos em um lugar mais movimentado.

— Quer saber? Estou farta da maneira que age, porque você é um pé no saco, Stuart!  –Exclamei, atraindo a atenção de alguns curiosos.  — Foi ótimo você ter dito que queria terminar comigo, porque eu já queria isso há bastante tempo, mas é claro que, por pena, resolvi me calar e tentar seguir com essa relação que estava fadada ao fracasso no momento em que começamos.

Stuart me lançou um olhar amargo, parecendo se dar conta de quais eram realmente os meus planos. Ele riu sem humor, enquanto deu uma breve olhada para a plateia que tinha à nossa volta.

— E eu estou farto de ser seu saco de pancadas, Summer, e de ser alguém que você só procura quando precisa de alguma coisa.

Pelo tom baixo que ele havia falado, e o olhar que me lançou, eu tive certeza de que, diferente de mim, Stuart não encenou nenhum pouco aquele momento.

Baixei a cabeça, de repente me sentindo envergonhada com aquele showzinho medíocre que havíamos feito, quer dizer, que eu havia feito.

E então ele saiu, abrindo espaço entre os alunos da Bueller High. Levantei a cabeça, e foi como um estalar de dedos, porque num passe de mágica, todos voltaram à circular no corredor, como se nada tivesse acontecido.

Apenas eu continuei ali parada, sem reação. Tudo parecia ter voltado ao normal para todos, era só mais uma manhã, afinal. Mas não era isso que o caos que estava dentro de mim dizia.

Percorri o refeitório lotado com o olhar, enquanto apertava a minha bandeja entre os dedos.

Todos estavam falando de mim, eu podia sentir. E todos diziam que Stuart havia me dado um fora, e que para sair por cima, eu havia tentado humilhá-lo na frente de todos. Bem, aquele havia sido mesmo o meu plano, só que, na minha cabeça ele não parecia tão... suicida.

Dei alguns passos, tentando decidir aonde eu sentava. Arrisquei olhar na mesa em que Stuart estava, percebendo algumas garotas sentadas ao seu redor, e Jason me olhando de lá seriamente. Desviei o olhar na mesma hora, já que estava tão envergonhada comigo mesma, que uma simples provocação ou olhar de reprovação do amigo irritante de Stuart, poderia me deixar ainda pior.

E é incrível como os homens sempre se beneficiam, seja em qual situação for. Quero dizer, eu estava sendo taxada como histérica, e mais uma vez havia levado "um fora" para entrar para a história. Já Stuart, bem, mesmo que não tivesse nenhuma culpa da situação em que eu o coloquei, já estava sendo cercado por várias garotas, e com certeza seria a nova sensação da escola, a pessoa que eles iriam venerar dali em diante. Bem, algo de bom aquilo devia trazer, já que felizmente, Marcus, o novo "rei" da escola, finalmente teve os holofotes tirados de si.

— E aí, Summer, fiquei sabendo que está solteira agora.  –A voz de um dos garotos do time me fez parar.

Olhei na direção da mesa em que maioria do time de futebol estava, incluindo o babaca que eu havia citado anteriormente. Já me preparei mentalmente, porque certamente nada de bom sairia da boca daquele garoto.

— E daí?  –Questionei, sem muito interesse. Não que ele não fosse bonito, mas eu realmente não tinha vontade de tentar nenhuma aproximação entre a gente.

— Que tal a gente dar uma chegadinha no meu carro mais tarde?

A mesa foi preenchida por risadas altas, como se o cara tivesse contado a piada do ano. Um bando de idiotas.

— Seu porco.  –Rebati com uma expressão de indignação no rosto, então revirei os olhos, me forçando à caminhar.

Não havia sido a primeira "cantada" desse tipo que eu havia recebido hoje. Talvez com isso eu pude entender um pouco como Nancy se sentiu depois do que Marcus fez. Era nojento, maioria dos caras daquela escola pareciam enlouquecer quando avistavam uma garota bonita ficar solteira.

— Summer!

Olhei na direção em que haviam me chamado, dando de cara com Nancy, levantando uma das mãos. Ela estava em uma mesa, com Edward sentado ao seu lado.

Esbocei um sorriso enquanto caminhava até ela. E eu não precisei fazer absolutamente nada para que ela me chamasse.

Coloquei a minha bandeja sobre a mesa e então sentei na cadeira de frente para Edward, os cumprimentando.

— O quê o Miles queria com você?  –Escutei ele perguntar, me fazendo desviar o olhar do meu suco de caixinha e dar de ombros.

— Você sabe, esses atletas não podem ver uma oportunidade. Acham que podem ficar com quem quiser, só por serem quem são.  –Expliquei com um meio sorriso, embora talvez eu quisesse chorar, e eu não fazia ideia de qual era o motivo.  — Pelo menos nem todos são iguais.  –Olhei Edward, tentando alargar o meu sorriso, mas acho que não deu muito certo, já que ele me olhou com certa pena.

— Ele é um otário.  –Revirou os olhos, mexendo com a colher em seu prato.  —Se ele mexer outra vez com você, me fala, e eu quebro a cara dele.

— Como nos velhos tempos.  –Completei, e então rimos juntos por alguns segundos.

Arrisquei olhar para Nancy, e então percebi que ela sorria, ou melhor, tentava sorrir, mas parecia sem graça com a situação.

— É que uma vez, um cara de um time rival não me tratou muito bem, então o Ed partiu pra cima dele no meio do campo, foi constrangedor.  –Fiz careta, enquanto ainda sorria.

— Ah, legal...  –Nancy acenou com a cabeça, e embora ainda sorrisse, eu sabia que ela não estava muito confortável.

— Foi num impulso. Eu não faço mais esse tipo de coisa, só para constar.  –Edward garantiu sorrindo, enquanto olhava a namorada, mas, de repente, seu olhar pousou em mim.  — Soubemos que você e o Stuart terminaram. Eu nunca coloquei muita fé em vocês dois, mas sinto muito.

— É...  –Concordei vagamente, então limpei a garganta ao perceber que havia arrastado muito aquela simples palavra.  — Não quero falar sobre isso agora.

E eu não queria, mesmo.

— Tudo bem.  –Ele acenou, então se levantou com a bandeja.  — Bem, eu vou andando, preciso passar na biblioteca. Até mais tarde, Nancy.

Pensei que ele fosse lhe dar algum beijo de despedida, mas eles apenas sorriram um para o outro, e então Ed se afastou com a bandeja em mãos. Ok, ou eles estavam em uma espécie de crise, ou eu havia ficado tanto tempo em um relacionamento falso, que esqueci como os reais funcionavam de fato.

— Eu esqueci de te perguntar, se saiu bem no jogo de sexta?  –Voltei a minha atenção para Nancy, tentando me livrar dos meus pensamentos.

— Eu acho que sim.  –Ela respondeu pensativa.  — Bem, eu consegui dançar na frente de todos sem travar. Isso é um progresso, não é?

— É claro.  –Forcei um sorriso.

Ficamos algum tempo em silêncio, quando percebi que Nancy olhava para algo ao nosso lado. Virei o rosto na mesma direção que ela, para descobrir quem era mais importante do que eu. E no momento em que eu bati o olhar em Jason, como se ele adivinhasse que estava sendo observado, me olhou também. Mas não poderia ser ele o dono do olhar de Nancy, ou poderia?

— Está rolando alguma coisa entre você e o Jason? Acho que perdi alguma coisa.  –Comentei, realmente sem entender, até que Nancy se virou para mim com os olhos arregalados.

— O quê? Não, é claro que não...  –Ela negou de todas as formas, me fazendo morder o lábio inferior enquanto segurava uma risada.  — Somos só amigos.

— Bom, um namoro também começa com a amizade.

— Eu amo o Edward.  –Quase fiz uma careta com aquela declaração.

— Tá, não está mais aqui quem falou. 

Joguei as mãos para o ar em sinal de rendição, então arrisquei à olhar na direção de Jason novamente. Porém, não era ele quem eu queria olhar, mas sim, Stuart, no entanto, eu não conseguia ver seu rosto, porque um garoto alto impedia a minha visão.

Jason, como o tremendo arrogante que era, provavelmente achou que eu estava prestando atenção de mais nele, então me mostrou o dedo do meio de longe, me fazendo revirar os olhos, um gesto que com certeza ele não viu claramente.

Idiota. Se antes ele já me odiava, agora eu tinha certeza de que me mataria se tivesse a chance.

Depois que me despedi de Nancy e saí do refeitório, senti o meu celular vibrar no bolso da calça. O peguei, vendo que havia chegado uma nova mensagem de um número desconhecido. Ao abrí-la, senti meu corpo gelar.

Olhei para o corredor, haviam algumas pessoas com o celular, mas nenhuma que tivesse algo sério contra mim, ou que soubesse de algo à mais.

Por um momento, me senti como a protagonista de um filme de terror. Só que, céus, eu já tinha noventa e nove problemas, mas um assassino mascarado não seria um deles.

Respirei fundo e encarei a mensagem novamente.

"Eu sei o que você fez no verão."

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