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32. Aquele em que o Amor Mata

Não quero perder meu orgulho, mas eu vou acabar ficando louca
Sei que fui sexy, você sabe que fui divertida
Tem alguma coisa que estou sentindo falta, talvez seja minha sanidade...

(Hold Up - Beyoncé)

Era segunda-feira novamente. E junto com mais uma semana que começava, eu também iniciei o meu dia com a sensação de que algo na minha vida mudaria.

Depois que saí do banheiro, já perfeitamente arrumada para ir à escola, notei algo na mesinha ao lado da minha cama que parecia não estar ali antes. Me aproximei com curiosidade, e ao pegar o objeto em mãos, um sorriso iluminou o meu rosto.

Eram as chaves do meu carro. Céus, há quanto tempo eu não via aquilo?! Passei minhas mãos pelo chaveiro de pompom vermelho em formato de coração, eu adorava passar aqueles pelinhos macios em volta do meu rosto, aquilo me acalmava, e de certa forma, me fazia pensar.

Peguei a minha bolsa sobre a cama e então saí do quarto, descendo as escadas correndo em direção ao meu pai, que parecia terminar de ajeitar sua gravata, na sala. Assim que o encontrei, me joguei em seus braços, o deixando surpreso com a minha demonstração de afeto repentina.

— Presumo que tenha encontrado algo no seu quarto. Eu pedi para a Marla deixar lá enquanto você se arrumava.  –Meu pai explicou enquanto retribuía meu abraço, e mesmo não podendo vê-lo, podia apostar que ele estava sorrindo.

— Finalmente se deu conta da injustiça que estava cometendo contra mim?  –Falei ao me afastar, colocando a minha maior cara de indignação.

— Não seja dramática, solzinho.

— Mas, pai, não fazia sentido você ter me deixado tanto tempo de castigo, que merda, eu nem lembro mais o que fiz de tão grave para receber tamanha punição.  –Franzi a testa, enquanto gesticulava.

— Olha a boca.  –Advertiu, apontando o dedo em minha direção, antes de pegar sua maleta sobre o sofá.  — Pois eu espero que se lembre e não repita seu erro.

Se eu estivesse em um desenho animado ou algo do tipo, tenho certeza de que ao redor do meu rosto estariam vários pontos de interrogação. À que erro ele estava se referindo, afinal?! Era ainda sobre eu não aceitar Genevieve? Ele devia entender que...

Ah, certo, meu pai estava falando sobre eu tentar fazer com que Stuart o irritasse, com o seu comportamento um tanto desbocado no almoço daquele dia. Tive vontade de rir ao lembrar daquilo, no entanto, umedeci os lábios, dando um sorriso forçado logo em seguida.

— Está bem, paizinho. Eu prometo tentar me comportar mais.  –Dei um beijo em sua bochecha, me despedindo rapidamente dele.

Dirigi até a escola, sentindo a brisa fresca da manhã balançar o meu cabelo, e uma sensação de liberdade me preencher, mesmo depois de olhar para o banco ao lado e me dar conta de que estava sozinha.

Por um segundo, flashes de alguns momentos entre Susan, Jennifer e eu rodaram a minha mente. Por mais que as vezes eu sentisse falta de uma companhia feminina, de fazer compras e fofocar, eu não precisava delas. Até porque, eu logo teria o que por tanto tempo lutei para conquistar.

Depois de estacionar meu carro na escola, desci elegantemente dele, quando vi Stuart mais à frente. Não que fosse minha obrigação, mas eu havia o avisado antes que ele não precisaria me buscar em casa nunca mais, felizmente, agora eu também não precisava de ninguém para me locomover.

Corri um pouco para o alcançar, chegando à desviar de um casal sentado na grama. Notei que Stuart carregava uma caixa média, me deixando um tanto curiosa com aquilo.

— Então, de mudança para a escola?  –Perguntei ao atravessar na frente do garoto, passando à caminhar de costas, sem tirar a atenção dele, até que finalmente notei os fones azuis em seu ouvido.

À princípio, Stuart franziu as sobrancelhas, me encarando como se estivesse confuso. Revirei os olhos e levei as mãos em sua direção, tirando os fones e os colocando ao redor do seu pescoço.

— Perguntei o porquê dessa caixa.  –Repeti, me sentindo mais satisfeita por agora ele me dar a atenção que eu merecia.

Stuart baixou os olhos para a própria caixa, então esboçou um sorriso.

— Ah, é a ajuda que eu estava devendo para a Claire e a Samantha.  –Respondeu, parecendo realmente orgulhoso com aquilo.

— Hum.  –Murmurei, sem muito interesse, enquanto via os alunos andando para lá e para cá, e Jason, que infelizmente passou à caminhar ao nosso lado.

— Você não vai acreditar,  –Stuart me olhou. Ele fez uma pausa, talvez esperando que eu respondesse. Apenas pisquei os olhos, e então ele continuou.  –Meu pai criou uma playlist, segundo ele, para escolher uma música para a gente.

Escutei Jason rir do outro lado, então parei de caminhar, fuzilando aquele babaca com o olhar. E, consequentemente, os dois garotos também cessaram os passos.

— Algum problema, Jason?  –Perguntei em um tom calmo, com um sorriso ameaçador, e cínico ao mesmo tempo.

— Nada, é só que...  –Passou a palma da mão no nariz e então riu, parecendo achar aquilo engraçado.  — Eu tenho uma música perfeita para vocês.

O suspense de Jason me fez cruzar os braços, mantendo uma expressão séria enquanto o encarava. Por alguma razão maluca, ele parecia se divertir com aquilo, e percebi isso quando ele riu mais uma vez, fazendo eu me perguntar mentalmente se ele também iria rir se eu o batesse.

— Ah, por favor, se você disser Never Tear Us Apart, eu me mato.  –Revirei os olhos.

— Mas por que? É uma música linda.  –Stuart franziu as sobrancelhas.

— E melosa.  –Fiz careta.

— Na verdade,  –Jason ergueu o dedo indicador, como se fingisse se lembrar só agora. Ridículo.  — Eu iria dizer Love Kills¹, dos Ramones.

Franzi levemente o cenho, tentando me lembrar se já havia escutado aquela música alguma vez. Olhei Jason, só para perceber que o garoto já me olhava, com um olhar que não pude identificar se ele estava mesmo falando sério.

— Tá zoando com a minha cara?  –Exclamei ao colocar minha bandeja com o almoço na mesa, sem me importar com os outros sentados ao redor.

Jason me olhou confuso, então aproveitei para jogar uma uva nele, antes de puxar a cadeira e me sentar.

O refeitório estava cheio. E como a última aula havia sido de Educação Física, resolvi matar aula e aproveitar para ver do que se tratava a música que Jason havia indicado. E eu estava totalmente indignada.

— Depende.  –Respondeu com escárnio, levando algo laranja à boca, me deixando irritada com o barulho dos seus dentes perfeitamente brancos e alinhados batendo contra o alimento.

— Você disse que Love Kills combinaria comigo e com o Stuart.

Pelo canto do olho, percebi meu namorado falso, que até então estava calado, me olhar enquanto mastigava alguma coisa.

— Sim, disse.  –Jason deu de ombros, como se aquilo não fosse nada demais.

— A música fala sobre Sid e Nancy!  –Exclamei irritada e indignada, notando que alguns olhares se viraram para mim.

Jason olhou para os lados, e depois que pareceu notar tudo mais calmo, quando as pessoas retornaram aos seus afazeres, me olhou novamente, abrindo um sorriso provocativo.

— E daí?

Abri a boca em surpresa, sentindo vontade de socá-lo, no entanto, relaxei os ombros e tentei me acalmar. Não iria bancar a histérica na frente do refeitório inteiro.

— E daí que você comparou nós dois à Sid e Nancy.

Jason parou de mastigar e então me olhou novamente, apoiando os braços na mesa e aproximando seu corpo, só para sorrir com sarcasmo em seguida.

— E daí?

Apertei a colher na minha mão com tanta força, que por pouco não a quebrei, enquanto encarava Jason com um olhar mortal. Por que ele tinha que ser tão estúpido? Ele me irritava, porque quando queria, conseguia ser ainda mais sarcástico que eu.

Olhei para Stuart, que observava a situação com a cabeça apoiada no seu cotovelo em cima da mesa, parecendo estar entediado com aquilo.

— Sid supostamente apunhalou Nancy com uma faca.  –Expliquei, e então dei um gole em meu suco de laranja para tentar me acalmar.  — E como pode comparar seu próprio amigo com esse cara?

— Na verdade, você seria o Sid.  –Jason falou despreocupadamente.

Senti o meu queixo cair e então olhei Stuart mais uma vez, que deu de ombros.

— Ele já comparou a gente com Bonnie e Clyde.  –Falou por fim, como se já fosse de rotina o amigo dele comparar a gente à criminosos e pessoas com caráter questionável.

Quase engasguei com a comida, fazendo Jason rir, tombando a cabeça para trás. Fiquei algum tempo pensativa depois de me recompor, tentando decidir qual comparação seria pior, no entanto, fiz careta, decidindo que qualquer uma das opções eram um tanto problemáticas.

— Vocês são tão bizarros.  –Falei enquanto me levantava.

Peguei a minha bandeja e comecei à caminhar em direção à lixeira. Stuart disse algo que não pude escutar direito, no entanto, não voltei para saber do que se tratava. Coloquei as sobras no lixo e saí do refeitório.

Ao caminhar pelos corredores da Bueller High, pude perceber que o clima de Halloween estava se formando. Alguns alunos já começavam à decorar a escola, sendo liderados por Claire Shields, que fazia parte do comitê sei do quê.

Era começo de outubro, minha época favorita do ano. Adorava aquele caos assustadoramente divertido, principalmente por causa da super festa de Halloween que Susan sempre dava no dia 31. Eu esperava ir nessa festa com Edward.

— Ei, Summer, cuidado!  –Escutei alguém gritar.

Olhei em volta, procurando de onde vinha aquela voz, então senti alguma coisa pular em mim. Soltei um grito, só para perceber que se tratava de uma grande aranha de borracha. Passei as mãos pelo meu corpo, como se, de alguma forma aquele falso bicho fosse contagioso, e finalmente achei a autora daquilo, rindo de cima de uma escada.

— É difícil sair da quinta série, não é, Claire?  –Cruzei os braços, a vendo rir descontroladamente.

Claire ergueu o dedo indicador, como se fosse falar alguma coisa, no entanto, continuou rindo como se tivesse feito a piada do ano. Revirei os olhos e voltei a caminhar. Palhaça.

Prestes à dobrar o corredor, senti meu corpo esbarrar com o de alguém. Já estava prestes à xingar a pessoa, quando ela pôs as mãos em meus braços, provavelmente se certificando de que eu não caísse para trás, mas foi só olhar para cima que engoli todos os insultos que estava guardando.

E eu nem iria procurá-lo... o universo adora brincar comigo.

— Me desculpa, Summer.  –Edward disse, o que me fez soltar um pequeno sorriso.

— Oh, tudo bem, eu também estava no mundo da lua.  –Revirei os olhos de uma forma brincalhona. Edward riu e então afastou suas mãos do meu corpo.

— Então, mas foi bom eu ter te encontrado, queria mesmo falar com você.

Ergui as sobrancelhas curiosa, e então passamos à caminhar em passos lentos pelo corredor.

— Você está sabendo do jogo na sexta à noite?

— Claro, eu sempre estou antenada sobre o que acontece na escola.  –Respondi sorrindo, umedecendo os lábios logo em seguida.  — Você sabe que nunca perdi um jogo seu.

— Bem, isso é verdade.  –Concordou sorrindo.  — Aliás, você não podia, já que era líder de torcida.

— Por sua causa, bobinho. Era só um pretexto pra te ver jogar de pertinho.  –Joguei as palavras como quem não queria nada, enquanto segurava as mãos juntas atrás das costas, como uma garotinha travessa.

Ver a expressão envergonhada de Ed me fez sorrir ainda mais. Eu ainda levava jeito para a coisa, e confirmar isso elevou ainda mais o meu ego.

— Bom, sobre isso,  –Limpou a garganta, parecendo meio receoso.  — Eu sinto que a Nancy está tentando me agradar com essa história de entrar na equipe de torcida. –Ele me olhou, então o incentivei à continuar.  — É claro que ela tem talento, eu não duvido disso, mas sinto que ela precisa se soltar mais. Então, daí eu pensei: "A Summer é fantástica, e conduziu a equipe como ninguém"...

— Não precisa dizer mais nada.  –O interrompi, segurando seu braço por alguns instantes. Edward me olhou esperançoso, e fingi o sorriso mais singelo que pude.  — Quer que eu ajude Nancy à se preparar para o jogo de sexta, não é?!  –Ele confirmou com um aceno de cabeça.

— Como são amigas agora, eu achei que você seria a pessoa perfeita.  –Passou a mão no cabelo, me fazendo suspirar e me aproximar dele, apoiando minhas mãos nos seus ombros.

— Pode ficar tranquilo, Ed. Na sexta, Nancy estará tão segura de si, que você quase não a reconhecerá.

Sorri em seguida, vendo um sorriso confuso brotar nos lábios de Edward. Não esperei que ele me respondesse, e então virei as costas, me afastando em passos confiantes, o que provou ser uma das características que ele mais gostava em uma garota.

Aquilo seria interessante. E céus, eu tinha que ir naquele jogo com Stuart.

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