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18. Aquele em que Nada Acontece


Ela é só uma garota e está em chamas
Mais quente que uma fantasia, solitária como uma rodovia
Ela está vivendo em um mundo que está em chamas
Sentindo a catástrofe, mas ela sabe que pode escapar...

(Girl On Fire - Alicia Keys)

Santa Mônica era mesmo enorme, e quando você andava à pé, parecia não ter mais fim.

Eu estava brava. Não, não. Eu estava furiosa, muito furiosa. Na verdade, eu nem conseguia colocar em palavras o quanto estava puta com tudo aquilo.

Mas o fato é que, quem me visse daquele jeito, pisando forte no chão, ao mesmo tempo em que tentava me equilibrar nos saltos altos, com um sol escaldante que fazia qualquer parte do meu corpo suar, não ousaria entrar na minha frente.

Quando aquela vaca da treinadora me tirou do posto de capitã, sem mais nem menos, não consegui ficar mais naquela quadra. Imediatamente fui até a diretoria reclamar, até porque, eu estava no direito, não estava?! A treinadora não podia fazer aquilo comigo, eu fiz história naquela droga, desperdicei horas treinando aquelas inúteis da equipe, e tudo isso para quê?! Nada?!

A diretora me disse que não havia nada que pudesse fazer, afinal, eu havia pedido para sair, e ainda me chamou de birrenta, argh! E foi por isso que saí daquela maldita escola o mais rápido possível, e tive a brilhante ideia de ir até escritório do meu pai, que de carro parecia ser tão perto, mas à pé, parecia que eu estava correndo uma maratona.

Ao chegar no prédio, mais especificamente no andar da sala do meu pai, quase morta de tanto caminhar, pra variar, fui até a secretária, que anotava alguma coisa.

— Eu quero falar com o meu pai.  –Declarei, me encostando no balcão. Ela tirou os olhos da sua agenda, fazendo seus óculos caírem em seu nariz, e forçou um sorriso.

— Desculpe, o senhor Woodsen está com um cliente agora.

A mulher com traços indianos provavelmente me conhecia, já que o meu pai me trazia aqui quando eu era criança, e conhecendo ele, também devia ter fotos minhas em seu escritório. Mas eu não fazia ideia de quem era aquela mulher, pelo menos, não lembrava.

Abri um falso sorriso e com cuidado, afastei uma caixa de lápis do balcão, assim, dando espaço para eu apoiar meus dois braços, então encarei a mulher à minha frente, sem mudar minha expressão.

— Eu não perguntei com quem ele estava, eu disse que queria, ou melhor, que quero falar com ele. Agora.

Desfiz o sorriso e passei à olhá-la seriamente. Eu não estava acreditando que depois de um dia de merda na escola, ainda ia ter que aguentar desaforos de uma secretária abusada.

— E eu disse que ele está com um cliente, senhorita.  –Ela ainda estava mantendo a calma, o que naturalmente já me deixava irritada.  — Creio que ele não poderá vê-la agora, mas se quiser, pode se sentar e esperar.  –Apontou para a cadeira, no canto da sala.

— Ah, eu mereço.  –Resmunguei irritada.

Com uma das mãos, bati sobre o balcão, e caminhei em passos firmes até a cadeira que a secretária havia apontado, sentando de vez, com uma certa força, que a fez olhar de imediato na minha direção. Não era difícil de imaginar o que estava se passando na cabeça dela, "que garota chata", ou "que garota mimada". Talvez nojenta, enfim.

Suspirei bruscamente e comecei à massagear minhas têmporas. Agora que toda a adrenalina passou, comecei a me incomodar com a minha pele, devido ao caminho percorrido com um sol super quente. Eu daria tudo por um banho agora.

Peguei uma revista e comecei à folheá-la, e quando mais uma vez me senti entediada, me abanei com ela. E fiquei assim até que o meu pai finalmente saísse da sua sala. O observei se despedir do seu cliente e me levantei, caminhando em sua direção, o vendo franzir as sobrancelhas, claramente confuso.

— Summer, não deveria estar treinando?

— Na verdade, eu deveria estar em casa, é claro, se você não tivesse tirado o meu carro.  –Fiz questão de lembrá-lo, em um tom sarcástico.

— O que eu te disse sobre pegar carona, hum?!  –Questionou, enquanto me olhava.

— Papai, eu tive que sair mais cedo da escola. O que queria que eu fizesse?! Ficasse esperando até que alguém pudesse se disponibilizar para me levar em casa?

— E o seu namorado?! Manipulou ele para me irritar, então imagino que, convencê-lo à tirar um tempo para te levar em casa não seria tão difícil.  –Ele disse calmamente, virando as costas para mim e entrando em sua sala novamente. Minha boca abriu involuntariamente, então acabei olhando para a secretária, que disfarçou, desviando seu olhar.

— Sabe,  –Meu pai começou, saindo da sua sala já com a sua maleta.  — justo hoje, eu desejaria sair mais tarde, só para que você pudesse esperar mais... Até amanhã, Maya.

Observei a secretária acenar para o meu pai, e então apressei o passo, à fim de acompanhá-lo.

— Se eu estivesse com o meu carro, pode apostar que eu não teria vindo aqui perturbar o senhor Colin Woodsen.

— Cuidado com o sarcasmo.  –Meu pai advertiu, e apertou o botão do elevador. Como eu estava atrás, fiz careta com a sua fala, o imitando.

Assim que o elevador se abriu, nós dois entramos. Estava vazio, e nem um barulho era ouvido, claro, além da musiquinha de fundo.

O silêncio se estendeu até entrarmos no carro. Encostei minha cabeça no vidro da janela, enquanto olhava para a paisagem se movendo rapidamente, só querendo ficar em paz até chegar em casa. Uma música qualquer tocava, mas eu não estava afim de me esforçar para descobrir qual era.

— Por que saiu mais cedo?  –Escutei meu pai perguntar, e dei de ombros sem sequer me mexer.

— Porque eu quis.  –Respondi somente. Não adiantaria explicar, já que meu pai não entenderia.

— Está bem.

E não falamos mais nada, até chegarmos em casa.

Desci do carro assim que ele parou, e foi só quando estava subindo as escadas em direção ao meu quarto, que lembrei de uma coisa: Meu pai não comentou nada sobre Genevieve, nem sobre o dia que ela foi até a escola, o que me levou a conclusão de que ela não havia falado para Colin. Não que eu estivesse com medo, mas não queria ter outra coisa para me preocupar.

Depois de terminar o banho e me vestir, deitei em minha cama e resolvi maratonar uma série qualquer da Netflix. De certa forma, isso foi bom, já que me fez esquecer da realidade por algumas horas.

Mas depois, quando me vi sem nada para fazer, o pânico me atingiu em cheio, quando comecei à pensar no que eu iria fazer da minha vida de agora em diante, já que eu não era mais líder de torcida, e era muito orgulhosa para implorar para voltar uma segunda vez.

Depois de pensar muito, cheguei à uma conclusão: Eu iria dormir. E amanhã daria meu jeito, improvisando ou não.

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