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09. Aquele com o Cinema


A vingança é uma vadia má, e meu bem, eu sou a pior de todas
Agora estou aqui com cara de vingança, me sentindo incrível, o melhor que já estive 
E sim, sei o quanto deve doer me ver assim, mas vai piorar, espere um minuto...

(Sorry Not Sorry - Demi Lovato)

Em quase dezoito anos de puro charme, glamour e inteligência, me apaixonei três vezes. Por três garotos diferentes, mas que, por alguma razão, tinham mais em comum do que eu imaginava.

Edward Boyer.

Dylan alguma coisa.

Jason Dinckley.

É, eu sei. Para alguém que disse odiar o último garoto, em uma fase muito sombria e estranha da minha vida, eu manti sentimentos bons por ele.

Ok, vamos mudar a ordem:

Na oitava série, antes de entrarmos no primeiro ano do colegial, eu tive minha primeira experiência com o amor, e foi uma coisa totalmente horrível, que eu nunca vou ousar falar em voz alta para alguém.

No auge dos meus treze anos, eu estava intrigada com aquele garoto misterioso, que ficou ainda mais quieto devido a morte da mãe. Passei à observá-lo, e no momento em que eu descobri estar apaixonada por ele, achei a coisa mais fofa do mundo, afinal, eu não sabia nada sobre o amor, e para mim, aquela sensação de borboletas na barriga, o coração saltar quando se vê aquela pessoa, ou sorrisos involuntários quando o nome dela era mencionado, era a melhor coisa do mundo.

Argh, que idiota.

Eu não entendia o porquê dele não ter se apaixonado por mim. Meus pais sempre me diziam que eu era linda, os garotos sonhavam em me beijar, e minha mãe dizia que quando fosse maior, eu poderia ser a miss Califórnia. Bem, isso foi antes dela sair de casa para tentar a carreira de atriz... enfim, esse não é o foco.

Eu não fui correspondida, e essa merda me fez achar o amor uma grande ilusão. Eu suspirava de amores pelo Jason, mas ele nunca fazia nada, talvez não soubesse, e se soubesse, fingia não saber. Quando passava algum tempo sem vê-lo, o sentimento esfriava e eu me sentia livre de novo. Mas aí ele voltava, e o meu mundo virava de cabeça para baixo. Era um ciclo vicioso.

As férias de verão daquele ano trouxeram o ponto final daquela história. E quando entramos no colegial, eu ressurgi melhor do que poderia imaginar.

Toda a Bueller High iria conhecer Summer Woodsen. E então, vocês me perguntam: O que eu fiz para ser tão popular assim?! Isso mesmo, nada! Só bastou bater os olhos em Dylan, o segundo garoto que amei.

Jason era fichinha perto dele, e agora sim, sem todo aquele drama de amor impossível, tudo começou a fazer sentido. Mas tinha um problema: Dylan era namorado de Melanie, a abelha rainha, antes de eu assumir o seu reinado, e ambos estavam no último ano. Ela ficou furiosa quando Dylan a largou para ficar comigo, mas eu não tinha culpa se ele também se interessou por mim. Foi só... o destino.

Os boatos começaram à correr. "Quem era aquela novata que ousou se meter com a Melanie?", "quem era a caloura que em apenas poucos meses, conseguiu namorar com o capitão do time de lacrosse, uma coisa que parecia impossível para a maioria das veteranas daquele lugar?", "Summer Woodsen", eu respondia. E então, risadas, e mais risadas.

Meu nome bonito não era o suficiente para aquelas vadias. Minha beleza, meu carisma e a minha inteligência, também não. Isso só me incentivou à chegar aonde eu estou. Elas não quiseram me aceitar, então eu tive que competir com elas, e para isso, recrutei um squad. Foi aí que conheci Jennifer e Susan, mais perdidas do que nunca. Elas estavam afim de uma abelha rainha à quem deviam seguir, e eu dei isso à elas.

No meio de tantas descobertas, como a minha primeira vez com Dylan, e principalmente, toda aquela sensação de poder, de ter meu nome em cada conversa daquele colégio, acabei enjoando dele. É, eu enjoei do segundo garoto que amei. Não que eu me importe com isso, mas não guardamos ressentimentos.

Minha popularidade só aumentava, e com isso, eu aprendi à controlar tudo e todos ao meu redor. As garotas queriam ser como eu, e os garotos queriam "me pegar". Eu adorava isso, e até me permiti me divertir com alguns. 

No segundo ano, conheci Edward em um jogo da nossa escola. Aquele foi o momento em que percebi a presença dele. Depois do jogo em questão, alguns jogadores e líderes de torcida foram comemorar no Cherry Bomb's, e lá, Edward e eu começamos à conversar, e foi tudo tão fácil, sem dramas, ou impedimentos.

Na verdade, o drama real começou no momento em que Nancy chegou.

Fiz careta, encarando a garota que dançava à minha frente, de um jeito super desengonçado. Os testes estavam acontecendo na quadra de basquete, e quando começamos as audições, não imaginei que iria passar tanta raiva. 

— Desculpe, querida.  –Declarei, interrompendo a música e a fazendo parar.

Jennifer e Susan me olharam. Nós três estávamos representando a equipe de torcida, porque convenhamos, éramos as mais importantes. Se algo acontecesse comigo, o que no momento estava fora de cogitação, uma das duas iria assumir o posto de capitã.

— Aqui não é audição para circo, não sei se você sabe disso.  –Sorri, apoiando o cotovelo na mesa, enquanto segurava minha caneta com o enfeite de um pompom rosa. Susan e Jennifer riram.

A garota me olhou por alguns instantes e então saiu da quadra, parecendo constrangida. Revirei os olhos, soltando um suspiro logo em seguida. Era cada coisa que eu era obrigada à ver...

— Bom, por hoje é só.  –Avisei me levantando, e organizei o material.

— Mas, Summer, ainda temos umas três garotas para avaliar.  –Jennifer contestou, me olhando com seus grandes olhos azuis. 

— Se virem.  –Dei as costas, caminhando para fora da quadra. Elas não me seguiram.

Enquanto esperava por Stuart do lado de fora, tive uma surpresa ao ver um carro conhecido parar perto de onde eu estava. O vidro abaixou, revelando Genevieve, sorrindo falsamente e acenando na minha direção. 

— Que gostosa. Quem é?  –Me virei para o dono da voz. Marcus mantinha seu olhar em Genevieve, abri a boca para perguntar o que ele ainda estava fazendo na escola, mas desisti, ao notar uma garota aparecer, da mesma direção que ele saiu. Estava óbvio.

— Isso não é problema seu.  –Revirei os olhos e caminhei em direção ao carro do meu pai, com um olhar fuzilante. Eu acho que deixei bem claro, com todas as letras, que não iria sair com ele hoje.

— Oi, Summer. Como vai?  –Genevieve me cumprimentou, ainda sorridente. A ignorei e dei a volta, parando ao lado do meu pai, que estava no banco do motorista.

— O que está fazendo aqui?  –Questionei seriamente.

— Genevieve sugeriu que fizéssemos uma surpresa para você.  –Ele apontou para a mulher, que acenou.

— Vamos tomar sorvete.  –Ela inclinou a cabeça na direção do meu pai, e me olhou com entusiasmo.

— Ok, mas alguém me perguntou se eu queria?! Não passou pela cabeça de vocês que eu tenho, sei lá, algum outro plano?!  –Exclamei, cruzando os braços. Não era difícil entender que eu detestava Genevieve, e qualquer tentativa de aproximação só piorava.

— Ora, deixe disso. Não se recusa um bom sorvete.  –Ela insistiu, sorrindo com seus dentes incrivelmente perfeitos, como se estivesse em um comercial de creme dental. Argh, ela era tão irritante.

— Vamos, filha, vai ser divertido.  –Meu pai me olhou.

— Eu estou esperando o meu namorado. Ele vai me levar para casa.  –Não era mentira, afinal. Cheguei até à ficar surpresa, por conseguir dizer uma frase inteira sem inventar alguma coisa.

— Você voltou com o Edward?  –Ele perguntou, parecendo confuso.

Quando Ed terminou comigo, evitei contar o real motivo para o meu pai, eu não queria que ele acabasse odiando Edward, até porque, eu pretendia, e ainda pretendo, voltar com ele.

— Não...

Ainda.

— Esses jovens de hoje...  –Ele balançou a cabeça em negação, depois de ficar alguns segundos confuso, enquanto Genevieve ria.  — Bem, ele pode vir com a gente também, seja lá quem for.

Alguns podem achar estranho esse "desinteresse" do meu pai por quem eu namoro. Mas a verdade é que ele confia nas minhas escolhas, e sabe que eu sou bem seletiva e não costumo me envolver com qualquer um.

— Não!  –Fui rápida em dizer, fazendo os dois me encararem.  — Pensando bem, acho uma boa ideia sairmos em família.  –Comecei à explicar, enquanto entrava no carro, me sentando no banco de trás.  — Eu mando uma mensagem avisando, assim ele não fica me esperando.

Os dois comemoraram, e meu pai logo deu partida. Enquanto eles conversavam animadamente, revirei os olhos e digitei uma mensagem para Stuart.

Droga.

O "programa em família" foi uma droga. Passei a maior parte do tempo mexendo no celular, e só falava quando alguém perguntava algo para mim.

Sinceramente, não estava nem um pouco afim de fingir que éramos uma família feliz. Na verdade, nem da família Genevieve era. E se ela estava pensando que iria ocupar o lugar da minha mãe, se casando com o meu pai e virando a nova senhora Woodsen, ela estava muito enganada.

Quando chegamos em casa, fui direto para o meu closet, escolher a roupa que iria ao cinema.

Depois que terminei de me arrumar, avisei a Marla para onde eu iria. É claro que ela me deu o sermão de sempre, avisando que se eu voltasse muito tarde, iria deixar as minhas roupas sem passar por um mês. Mas acabou dando tudo certo.

Dirigi até o cinema, chegando lá com alguns minutos de antecedência. Assim que estacionei o carro, parei em frente ao lugar, esperando Stuart. Poucos minutos depois, senti alguém tocando meu ombro, e ao me virar, tomei um grande susto.

— Ai, meu Deus!  –Exclamei, batendo a minha bolsa naquela figura encapuzada, e com óculos escuros no rosto.

— O que deu em você?  –Questionou, enquanto eu ainda batia nele com a minha bolsa. Stuart tirou os óculos, me fazendo vislumbrar seus olhos arregalados.

— Que roupa é essa?  –Perguntei alarmada, o encarando dos pés à cabeça.

— Você está espionando o seu ex namorado. Achei que tinha que vir disfarçado.

— Não era pra tanto.  –Fiz careta, arrumando a bolsa no ombro.  — Só tira o capuz e os óculos.

Stuart fez o que eu pedi, e eu agradeci mentalmente por ele não ter lutado contra. Além do mais, estava ridículo, e eu estava morrendo de vergonha por as pessoas me verem com alguém tão... estranho.

Entramos no cinema e fui obrigada à pagar os dois ingressos. Tudo bem, não era um pedido difícil. Eu sabia qual filme Edward iria ver, pois antes de terminarmos, ele havia me dito que queria ver esse filme quando saísse nos cinemas. Então, sem mais delongas, caminhei com Stuart para a sala onde ele estava sendo exibido.

Assim que entramos, dei uma breve olhada por todo o lugar. Haviam várias pessoas e quando cheguei à pensar que seria impossível vê-los ali, Stuart cutucou o meu braço, me forçando à olhá-lo.

Já estava pronta para soltar os cachorros em cima do loiro, porém, foi o contrário.

— Boa, Stuart.  –Disse sorrindo, quando ele apontou para uma das fileiras da frente, onde o casal estava. Nos sentamos à duas fileiras de distância, logo atrás. Aposto que eles não nos veriam, afinal, estavam cegos de "amor".

Logo que o filme começou, fiz careta ao perceber que era de romance. Sério?! Então era esse filme que Edward queria me levar para assistir. Rolei os olhos totalmente entediada com aquilo, e tudo só piorava com uma garota alta sentada à minha frente.

— Quer refrigerante? Pipoca? Bala?  –Stuart lançou várias perguntas de uma vez só. Virei o olhar em sua direção, notando que ele estava bem apoiado em sua cadeira, parecendo gostar do filme. Que péssimo gosto.

— Não viemos aqui para nos divertir.

— Já que me arrastou aqui para perseguir duas pessoas, eu tenho pelo menos o direito de assistir ao filme e comer alguma coisa.  –Ele rebateu.

O desgraçado até que estava certo. Por isso, apenas dei de ombros, despreocupada se ele resolvesse ir, ou não. Stuart se levantou, caminhando para fora da sala. 

Me encostei no assento e suspirei, entediada com aquilo. Bancar a espiã nos filmes parecia ser bem mais legal. Ao olhar para a frente, me deparando mais uma vez com a garota alta tapando a minha visão, tive uma ideia.

Sorri comigo mesma e me inclinei para a frente, tocando o ombro da garota, que logo se virou.

— Ei, tá afim de ganhar cinquenta dólares?  –Perguntei, tirando o dinheiro da bolsa para mostrar à ela.

A garota me olhou com dúvida, arqueando levemente as sobrancelhas ruivas.

— E o que eu tenho que fazer?

— É simples.  –Sorri, começando a explicar para ela.

A garota topou, contanto que eu a pagasse logo.

Prestei atenção nela, quando se levantou, com um copo de refrigerante em mãos. A observei caminhar até onde Edward e Nancy estavam, e derramar "sem querer" todo o seu refrigerante em cima de Nancy. 

Segurei a risada quando a sonsa se levantou, agoniada com o líquido gelado escorrendo por sua roupa. A garota que eu paguei pediu desculpas, fingindo não ter visto Nancy, e saiu da sala. Já Edward, se levantou de imediato, recebendo alguns avisos das pessoas presentes, por estar atrapalhando a visão delas, e tentou limpar Nancy com um guardanapo.

A observei sair da sala, sendo acompanhada por Edward, e ri, só percebendo depois a chegada de Stuart.

— O que aconteceu?  –Ele perguntou confuso, com um balde grande de pipoca, e dois copos de refrigerante nas mãos. Continuei rindo e ele se sentou ao meu lado.  — Vi a Nancy correndo, e não sei, mas a minha intuição diz que você tem algo à ver com isso.

— Já eu, acho que você está equivocado.  –Respondi em tom de riso e apertei suas bochechas, o deixando confuso.

— Toma.  –Stuart me entregou lentamente um dos copos, me olhando meio desconfiado, talvez por eu ter demonstrando algum "afeto". Bem, eu não estava nem aí. Estava feliz demais para ter que me preocupar com isso agora.

Dei de ombros e peguei o copo da sua mão, dando um gole no refrigerante, porém, quase cuspi o líquido quando vi Edward e Nancy voltando. 

Que droga! Por que eles tinham que ser tão unidos assim?! Quero dizer, eu, no lugar de Nancy, teria duas opções: Ou arrumaria uma briga com a garota que derramou o refrigerante, ou ficaria super irritada e iria embora. A segunda opção era mais provável de acontecer se eu estivesse de TPM.

— Alguma vez, já brincou de jogar pipoca nos outros na sala de cinema?  –Perguntei de repente, fazendo Stuart colocar um punhado de pipocas na boca e me olhar. Não deixei de notar em como ele estava sentado de modo desleixado, e de como parecia à vontade com aquilo.

— Já.  –Respondeu, com a boca cheia. Sorri e peguei algumas pipocas, as jogando na direção do casal.  — Summer, não faz isso, eu quero comer.  –Stuart afastou o balde para eu não pegar.

— Cala a boca.  –Retruquei, me inclinando em sua direção, ainda conseguindo pegar algumas. Não me importava nem um pouco com as pessoas ao redor, pedindo silêncio. Joguei a mão cheia de pipoca em direção aos dois novamente, e fui surpreendida, quando Stuart colocou várias na minha boca. 

No entanto, nada me surpreendeu mais, do que Nancy e Edward virarem para trás. Num impulso, peguei o balde de pipocas das mãos de Stuart, e o coloquei em sua cabeça. E esse ato desesperado fez nós dois nos desequilibrarmos e cairmos no chão. E é claro, levarmos um banho de pipoca. Principalmente Stuart, ele se ferrou.

— Foi tudo culpa sua!  –Exclamei, depois de sermos expulsos da sala de cinema.

— Não fui eu quem tive a brilhante ideia de iniciar uma guerra de pipocas.  –Stuart retrucou no mesmo tom, enquanto caminhávamos para fora do cinema.

— Se você tivesse deixado a droga do balde no lugar, eu não teria feito tanto barulho.

— Pipoca é comida, e todo mundo sabe que não se deve desperdiçar comida. E além do mais, isso só daria mais trabalho para quem limpa as salas.

— Quanto blá blá blá.  –Revirei os olhos.  —  Por que não diz uma desculpa mais convincente?

— Eu estava com fome.  –Respondeu seriamente. Dei de ombros, continuando à caminhar. Não sabia o porquê de Stuart ainda estar me seguindo, já que não precisaríamos fingir. Não agora.  — Mas é claro que você não se importa, assim como também não se importa com o trabalho e o esforço dos outros.

— Escuta aqui,  –Comecei, parando de caminhar e ficando de frente para ele. Abri a boca para continuar, porém, ao olhar para trás de Stuart, vi que não estávamos mais sozinhos.

Desviei novamente o olhar para o loiro à minha frente, que arqueava as sobrancelhas à espera de uma resposta, e coloquei as duas mãos sobre o seu rosto, o beijando logo em seguida e pegando-o de surpresa.

Stuart retribuiu, porque provavelmente já sabia o motivo de eu ter feito isso. Arrisquei abrir um dos olhos e sorri, ao ver Edward e Nancy caminhando em nossa direção. Desci uma das mãos até o braço de Stuart e o belisquei, com o intuito dele me largar. Fiquei confusa quando isso não aconteceu, mas ao escutarmos alguém pigarrear atrás de nós, nos afastamos. Para a minha felicidade.

— Ah, oi, Edward. Que surpresa.  –O cumprimentei, passando as mãos na boca. Céus, eu acabei quebrando a regra de "não beijar alguém enquanto estiver usando batom", e daria tudo para ter um espelho agora.

Edward e Nancy me cumprimentaram e eu tive que forçar um sorriso para ela. Ao descer meu olhar para a sua blusa, fingi surpresa.

— Nossa, o que aconteceu?  –Apontei, e ela olhou para a própria blusa, sorrindo sem graça.

— Um acidente, só isso.  –Disse simplesmente. Acenei com a cabeça e voltei meu olhar para Edward.

— Ah, de tanto você comentar sobre esse filme quando estávamos juntos, acabei cedendo e vindo ver.  –Comentei. Edward sorriu e eu o acompanhei.

Quando Stuart passou o braço ao redor do meu e deu um pequeno beliscão, percebi que já estava olhando de mais para o meu ex, então tive que desviar o olhar.

— Isso foi totalmente inesperado, já que a Summer odeia romance.  –Stuart comentou, notando que o clima havia ficado um pouco estranho. Edward concordou com a cabeça e forçou um sorriso, o que me fez lembrar imediatamente de quando eu inventei para ele que Stuart tinha ciúmes de nós dois.

— Às vezes é difícil entender a Summer.  –Ele contou, e Stuart riu, mais exagerado que o necessário. Forcei uma risada também e pisei em seu pé, afim de que ele parasse.

— Foram vocês que foram expulsos da sala?  –Nancy perguntou, fazendo todos nós a olharmos.

— Foi tudo culpa do Stuart.  –Declarei rapidamente.

— Oh, tigresa, não precisa fingir.  –O loiro me olhou sorrindo.

— Não estou fingindo, ursinho.  –Forcei uma voz carinhosa que eu nem sabia que tinha, ficando irritada com todo aquele "grude".

— Não precisa ficar com vergonha de admitir que queria brincar.

— Cala a boca.  –Levantei a mão para o empurrar, mas Stuart foi mais rápido e a segurou, me puxando para um abraço de lado. Olhamos em direção à Nancy e Edward, que nos olhavam meio constrangidos.

— Ela acha que brincar de jogar pipoca nos outros é infantil.  –Stuart explicou, os olhando.

— Imagino.  –Edward respondeu, mas com o olhar em mim, me fazendo sentir aquela sensação esquisita na barriga.

— Bom, a gente está indo comer alguma coisa. Querem ir também?  –Meu falso namorado perguntou, e eu levantei a cabeça para olhá-lo. Tipo, uau. Ele poderia não ser o rei da beleza, ou da popularidade, mas com certeza tinha lá seus dons.

— Valeu pelo convite, mas não. Estávamos pensando em ficarmos à sós, sabe?!

— Sei.  –Stuart sorriu sugestivo, e mais uma vez eu me segurei para não rolar os olhos. 

Garotos... às vezes são tão idiotas.

— Então, a gente já vai indo. Bom encontro para vocês.  –Edward se despediu, evitando prolongar aquela conversa ainda mais. Acenei para ele e Nancy, e desfiz o sorriso quando eles se viraram.

— Já podemos nos soltar?  –Perguntei para Stuart, ainda olhando o casal se afastar.

— Espera só... agora.  –Ele completou depois de uma pausa, e me soltou.

Passei a mão pela minha roupa, em possíveis amassados e suspirei.

— É, mandou bem hoje.  –Comentei e me virei para Stuart. Franzi as sobrancelhas, notando algo em seu cabelo e me aproximei, estendendo a mão e tirando uma pipoca de lá.

— Até amanhã, Summer.  –Falou baixo, depois de acompanhar cada movimento meu em busca de tirar a pipoca do seu cabelo.

Não respondi. Apenas caminhei em direção ao meu carro em silêncio.

Mesmo com o que eu fiz hoje, Edward ainda voltou para casa, ou seja lá para onde, com Nancy. Completaram um mês de namoro, e nada parecia abalar a relação deles. Então, se eu quisesse obter resultados maiores, teria que me esforçar ainda mais.

Eu estava chateada com aquilo. Foi isso que concluí ao bater a porta do carro. Mas antes que pudesse dar partida, parei por um momento, lembrando de uma coisa importante, em meio a minha frustração em ter mais um plano mal solucionado:

Stuart ainda não tinha me "pedido" em namoro. Céus, como eu pude me esquecer desse detalhe?! Eu precisava resolver isso imediatamente.

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