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08. Aquele com a Teoria


Mas diga-me, ela beija como eu costumava te beijar?
Você sente a mesma coisa quando ela chama o seu nome?
Em algum lugar lá no fundo, você deve saber que eu sinto a sua falta
Mas o que eu posso dizer? As regras tem que ser obedecidas...

(The Winner Takes It All - ABBA)


Encarei Nancy e Edward, sentados mais à frente, enquanto os dois se divertiam vendo o vaso de argila fracassar.

Eu me sentia em Ghost, mas a diferença é que eu não era a personagem da Demi Moore. Ao invés disso, fiquei apenas como figurante. Unchained Melody ecoava sem parar na minha mente, me fazendo querer desaparecer da face da terra naquele momento.

A professora de artes passou um trabalho simples: teríamos aula com argila, onde deveríamos, com instruções, tentar fazer um vaso, onde os melhores da sala seriam leiloados para arrecadar fundos para a escola, em algum dia qualquer, que não me dei ao trabalho de escutar. Mas como o universo me odiava, era óbvio que não seria tão simples assim.

Abri e fechei a boca várias vezes, totalmente imersa naquela cena. Porque mesmo não conseguindo arrumar o formato do vaso, ainda assim, eles riam e se tocavam com as mãos sujas, como se tudo estivesse às mil maravilhas.

Mas não estava. Pelo menos, não para mim. Argh, que raiva!

Senti algo respingar em mim, e dei um salto. Passei a ponta dos dedos em meu rosto, sentindo a textura da argila e encarei a cor escura predominante, assim como devia estar meu rosto. Desviei o olhar para o nosso "vaso", vendo-o deformado.

— Que merda, Stuart!  –Exclamei, sentindo alguns olhares se virarem para mim.

— Foi mal, é que eu não...

— Idiota! –O interrompi, empurrando o loiro ao passar.

Saí da sala de aula em passos apressados, sentindo olhares confusos me acompanharem. Eu não estava nem aí se aquela merda de vaso não iria conseguir se tornar, de fato, um vaso. Eu só queria ir ao banheiro e tirar aquela argila do rosto.

— Filho da... –Resmunguei enquanto andava apressadamente pelos corredores. Mas antes que eu pudesse terminar meu insulto para mim mesma, senti meu corpo se chocar com o de alguém, e se eu não tivesse meus braços segurados, teria caído no chão. — Que merda! O que deu em todo mundo hoje?!

Levantei a cabeça e pude ver a pessoa mais arrogante, babaca, e metida que eu já tive o desprazer de conhecer: Jason Dinckley.

— Eu até pensei em pedir desculpas, mas quando vi que era você... –O garoto de olhos castanhos e um sorriso irritante, disse, me olhando de cima à baixo depois de me soltar, e revirando os olhos logo depois.

— Oi, Jason. Também estou feliz em te ver.  –Falei em tom sarcástico, cruzando os braços.

— Tá sujo aqui, ó. –Ele colocou um dedo em meu rosto, e eu rapidamente dei um tapa em seu dedo, o afastando para o lado. Jason riu e colocou as mãos nos bolsos, começando à se afastar.

Babaca.

Revirei os olhos e voltei a caminhar. Ao chegar no banheiro, lavei o meu rosto, com dor no coração ao lembrar da super produção que tive mais cedo, e agora, maioria da minha maquiagem havia saído, graças ao tonto do Stuart.

Enquanto me secava com um lenço, comecei à repensar nas minhas atitudes recentes. Eu acho que, talvez, só talvez, eu tenha cometido um erro em escolher Stuart como meu namorado falso. Quero dizer, ele não é nem um pouco diferente daqueles "nerds" de comédias românticas. Talvez, Jennifer só tenha me dito que ele era o "cara do momento", porque estava louquinha por ele. E eu também devia estar louca, por levar algo que ela diz à sério.

— Fiquei sabendo que eles vão ao cinema hoje à noite, então passa na minha casa às sete. –Disse próximo ao ouvido de Stuart, enquanto estávamos na fila do refeitório. O garoto, que estava na minha frente, concordou com um aceno de cabeça, meio aéreo. — Droga, Stuart! Entendeu o que eu disse?

— Sim.  –Ele me olhou e deu de ombros. Arqueei uma das sobrancelhas, esperando que ele dissesse alguma coisa, mas, ele apenas apontou para o balcão, e eu finalmente entendi que ele queria que eu pagasse o seu almoço.

— Ok, tudo bem. –Me dei por vencida, suspirando, e tirei mais algum dinheiro do bolso. Stuart abriu um sorriso e voltou à caminhar, logo saindo da fila. Quando paguei, o acompanhei pelo refeitório.

Depois de tanto insistir para que o meu falso namorado sentasse na mesma mesa que eu, e ele recusar, decidi me dar por vencida novamente, mesmo não gostando nadinha de perder ou ser contrariada. Talvez os populares deixem Stuart deslocado, nunca se sabe. Nem todos aguentam a fama.

— Pensei que a sua nova vítima fosse sentar com a gente. –Foi a primeira coisa que Marcus disse, quando cheguei na nossa mesa de sempre. Olhei Edward de relance, e pude perceber um desconforto em seu olhar, indicando que ele não havia gostado do tom de Marcus.

— Cala a boca, Marcus. Eles nem estão tão sérios assim. –Susan retrucou, revirando os olhos logo depois.

— Tem razão. –Reforcei, o olhando. — E não que eu te deva alguma explicação, mas eu e ele não nascemos colados.

Marcus riu e se encostou na cadeira, levantando as mãos em sinal de rendição.

Forcei uma risada e olhei Nancy.

— Você fica bonita com o cabelo solto.

— Obrigada. –Ela agradeceu, com um sorriso tímido, e eu me segurei ao máximo para não fazer uma careta, ou até mesmo, revirar os olhos.

Argh, ela não é bonita. Na verdade, Marcus tem razão, ela é estranha, e ainda por cima, parece não ter personalidade própria, nem mesmo senso de humor. Então, o que Edward viu nela?

— Pode me falar qual é o plano. –Susan me abordou, quando estávamos sozinhas no corredor.

— Que plano? –A encarei com um olhar inocente.

— O que está planejando? Conheço você o suficiente para saber que não suporta a Nancy.

— Está equivocada, Susan. –Ri, enquanto a olhava. Ela me enviou um olhar sério, cruzando os braços, parecendo não acreditar no que eu disse. Eu não a culpo, pois no lugar dela, também não acreditaria. — Não tenho nenhum plano. Aliás, nem preciso. Nancy é uma garota esperta, e mais cedo ou mais tarde, ela vai descobrir que não pertence ao mundo dos populares. Concorda?

Lancei-lhe um sorriso sereno, esperando sua resposta. Susan piscou algumas vezes e então, balançou a cabeça lentamente.

— Concordo.

Estava embaixo das arquibancadas da escola, esperando Stuart, que por algum motivo, estava demorando.

Outro fato sobre mim: Eu odeio, com todas as forças, ter que esperar.

Ouvi passos atrás de mim, e por alguns instantes, pensei que fosse ele, mas ao me virar, dei de cara com um garoto de jaqueta preta e um cigarro entre seus lábios. Franzi as sobrancelhas, quando ele tirou o cigarro da boca e o apontou na minha direção.

— Drogas?

— Não, valeu. Eu não uso. –Respondi, reprimindo uma careta.

— Não, estou perguntando se é você quem está vendendo drogas hoje. –Ele deu uma risadinha, e foi só aí que eu me dei conta de onde estava.

Embaixo das arquibancadas é um lugar, digamos que... reservado. Os alunos mais rebeldes só vinham aqui por dois motivos: Para transar, ou para a venda de drogas. E sinceramente, nenhuma das opções parecia ser boa.

— Eca. –Fiz careta, totalmente horrorizada por ele pensar que alguém como eu, pudesse estar ligada com o tráfico de drogas adolescente.

Passei pelo garoto, ainda fazendo cara de nojo, e finalmente saí debaixo, de um lugar que agora parecia ser tão sujo.

— Você estava aí esse tempo todo? –Perguntei, assim que vi Stuart, parado à alguns metros. Ele me olhou e coçou o cabelo, dando de ombros.

— Estava esperando você. –Respondeu, dando alguns passos em minha direção.

— Eu não acredito. –Resmunguei, batendo os pés no chão, irritada. Logo então, suspirei, tentando manter a calma, e lancei um sorriso forçado para Stuart. — Tudo bem, hoje eu não vou gastar a minha energia ficando irritada com você.

Ele deu uma risada seca.

— Como se você já não tivesse ficado.

— De nada, Stuart.  –Disse rapidamente, e praticamente comecei à arrastá-lo.

Subimos poucos degraus na arquibancada, e ao olhar para cima, pude ver Ed e Nancy, à vários degraus acima de nós. Os dois pareciam não nos ver, estavam apaixonados de mais para isso. Eca.

— O que exatamente você pretende? –Escutei a pergunta de Stuart, e me forcei à olhá-lo. Por ainda estarmos no horário do almoço, haviam pouquíssimas pessoas, além de nós quatro.

Para falar a verdade, eu não sabia porque estava aqui. Eu soube que Edward vinha com Nancy, então, automaticamente senti que eu também deveria estar aqui. Mas acabou que, a pergunta de Stuart me fez perceber que eu devia ter um plano. Afinal, nunca se entra em uma missão sem um plano.

— Stuart! –Gritei, fazendo Edward e Nancy me olharem, assim como o loiro ao meu lado. Dei um tapa em seu rosto, o deixando ainda mais confuso. — Você é um idiota!

Saí dali o mais rápido possível, mas quando estava em uma distância consideravelmente segura, passei a caminhar lentamente. Eu queria provar uma coisa com isso, e se conseguisse provar, eu iria saber que, nada estava sendo à toa.

— Summer! –Sorri ao ouvir aquela voz, e só me virei quando o garoto me chamou outra vez, desmanchando o sorriso e colocando uma expressão abalada no rosto.

— O que você quer? –Disse, olhando Edward e suspirando. Já podia sentir meus olhos cheios de lágrimas. Deus, eu deveria seguir os passos da minha mãe e virar uma atriz.

Observei Edward correr em minha direção, até me alcançar, e segurei o sorriso, notando que a minha teoria de última hora estava certa: Ele ainda se importava. Porque, vejamos bem, se Edward não sentisse nada por mim, e nem se importasse com a minha vida, ele não deixaria sua namorada sozinha na arquibancada para vir atrás de mim.

— O que aconteceu? –Seu olhar me analisava com cuidado. Soltei um longo suspiro, dando um certo ar dramático.

— Não aconteceu nada, Ed. –Respondi em voz baixa.

— Stuart disse alguma coisa que te magoou? –Ele insistiu, me fazendo surtar internamente.

— Não. –Fui rápida em dizer.

— Tem certeza? –Insistiu novamente. Olhei em seus olhos por alguns segundos e então suspirei, percebendo que ele não sairia dali sem uma reposta, o que para mim, foi mais que perfeito.

— Ciúmes. –Respondi, o olhando. — Ele tem ciúmes de nós dois, acha que eu ainda sinto algo por você. –Contei calmamente, esperando sua reação.

— E você sente?

Xeque-mate. Ele se importa.

— Sim, naturalmente. Nós tivemos muitos momentos juntos, e é claro que sinto muito carinho por você. –Respondi, notando Edward esboçar um leve sorriso, talvez envergonhado, ou não. Sorri também, o olhando. — Bom, de qualquer maneira, obrigada por se preocupar. — Dei mais alguns passos até ele e beijei sua bochecha, me afastando logo em seguida.

Virei na direção contrária e caminhei lentamente, com um sorriso vitorioso no rosto. Eu deveria mesmo ser atriz, mas a minha melhor conclusão do dia é que:

Edward se importa.

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