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capitulo 1

Nem tudo sobre recomeçar é agradável, nem sempre um sonhado reencontro é feliz. Eu estou sentindo exatamente essa sensação em meu interior nesse momento, foram meses sem notícias, ligações e sorrisos. Jossy havia simplesmente desaparecido depois de nossa última ligação, lembro de esperar por seu contato na tarde seguinte e nada. Esperei pelas próximas semanas e nem mesmo uma mensagem de texto de um celular emprestado, somente o mais puro silêncio e solidão. Lembro que meu treinador me deu algumas broncas por ficar para baixo nos treinos e sobre ter tido algumas recaídas com a bebida. Sim, eu bebo e não me orgulho de fazer isso com meus quase dezessete anos. Chase vivia me dizendo que eu acabaria com meu fígado antes dos vinte cinco anos e ele não estava blefando, eu estava sem controle novamente e dessa fez eu podia realmente culpar Jossy por isso.

Ela apareceu me deu esperanças de ter minha vida de volta e desapareceu como em um passe de mágica. Seria bem mais fácil se ela realmente tivesse decidido que eu não era mais importante e que a vida no internato era mais divertida, mas a verdade é bem mais dolorosa. Meu pai tinha feito de novo, tinha nos afastado e destruído a vida das pessoas que amo. Eu admito que no começo senti que viver com meu pai seria a solução para muita coisa em toda essa história, e que Jossy e eu poderíamos conviver juntos como antes. Eu estava sendo uma criança ingênua, a verdade era que meu pai disse com todas as letras que não me queria. Disse que eu tinha sido um acidente, que ele só precisava de um único herdeiro e que eu era fraco. Meu próprio pai disse que não me daria mais dois anos de vida porque eu era um covarde e que me mataria para acabar com o desgosto dele. E realmente eu tentei, eu fui até o fundo do poço, um poço que meu pai me jogou de forma tão brutal.

Uma criança que estava com problemas psicológicos ouvir algo assim de uma pessoa já era assombroso, imagina do próprio pai? Eu nunca contei à minha mãe ou a Scoot o que ele havia me dito, preferi guardar para mim e usar aquilo como força para enfrentar a vida. Não estou curado e acho que isso não tem cura, eu continuo meu tratamento e vivo bem com isso. Bom, até eu começar a usar a bebida como escape.

Quem diria que meu quase suicido e minha depressão poderiam ser usados para algo bom.

Estou de frente para o diretor da Milbrook, Bethany está sentada ao meu lado como uma tigresa que protege seu filhote. Sinto que ela está bem perto de pegar na minha mão e fugir dali para o aeroporto mais próximo. Contudo a decisão é minha e por mais que eu respeitasse Bethany como se fosse minha irmã, não deixaria ela me impedir de estar com Jossy.

- Ainda não compreendo o porque, senhorita. - O homem nem tão velho como eu esperava questionou - A ficha do jovem Nate é impecável, não vejo nada além do que algumas faltas em seu currículo.

- Concordamos que precisamos mantê-lo seguro. - Bethany foi perspicaz

- Segura do que minha jovem? Ele se meteu com algo ilegal? Saiba que os valores ficam mais altos se eu precisar aumentar a segurança.

- O não, por Deus! Precisamos mantê-lo seguro de si mesmo - Vi o rosto de Bethany se contorcer ao falar aquilo. Ela era totalmente contra a usar minha saúde mental para entrar em um lugar que pode literalmente destrui-la novamente.

- Oh meu deus! Eu recebo muitos casos assim aqui, e posso afirmar que sempre mantemos a excelência.

- Eu conto com isso. A família O'Bryan está muito preocupada com ele e temos um apego a essa instituição - Eles falavam como se eu não estivesse bem ali, será que Jossy também se sentiu um fantasma nesta sala? Eu quase posso garantir que para ela foi bem pior.

- Eu sei bem disso, senhorita, o outro segredinho da família está bem guardado e super bem assistido aqui. - Ele estendeu um contrato para Bethany e sorriu - Vi que a procuração está em seu nome, então poderia assinar a transferência e o contrato de confidencialidade por favor?

Vi quando Beth hesitou mas não se forçou a pensar demais, ela assinou a papelada e sorriu para mim.

- Agora você é oficialmente um aluno da Milbrook, suas malas serão levadas a seu quarto e uma de nossas alunas irá lhe apresentar a escola - Ele apontou a caneta em minha direção - Cuidado com as amizades que faz aqui e principalmente não baixe a guarda, garotos fracos geralmente não duram muito por aqui.

- Como assim? - Beth se alarmou.

- Ele vai descobrir que as amizade certas aqui podem lhe trazer privilégios, já as erradas...

- Pode deixar, acredite em mim, eu sei me virar.

Beth ainda via em mim o garoto fraco e doce que ela conviveu a mais de dois anos atrás, eu não sou uma pessoa ruim mas também estou longe de ser a figura que todos inventaram para mim. Eu sou encrenqueiro, tenho pavio curto, me meto em confusão muito facilmente e o melhor de tudo, sei me safar delas sem nunca ter sido pego. Eu não me orgulho das bagagens que adquiri com o tempo, mas elas me fazem aguentar dia após dia. Na Austrália jogava no time de rúgbi da escola, era popular, ia a festas e me relacionava com muitas garotas e bebia muito. Principalmente depois da última aparição da Jossy na minha vida atormentada, eu só fui saber notícias dela quando Oliver me ligou e mesmo sem saber do que se tratava aceitei ajudar no mesmo instante. Jossy podia ser minha salvação e minha ruina, o laço que criamos é tão grande e forte que ele pode nos destruir se tratado de maneira errada. Hoje eu entendo bem o que esse laço pode fazer e por mais que minha mente me mande voltar a minha vidinha de badboy australiano, esse laço forte me faz ver que aqui é o meu lugar.

Eloise era uma garota de beleza invejável. Sua pele negra e sorriso brilhante me cativaram assim que o diretor lhe pediu que me mostrasse os corredores do inferno. Em suas falas brilhantemente empacáveis e seu uniforme alinhado, estava claro que Eloise era um dos alunos influentes do lugar e aquele diretor sanguessuga não a mandou ser minha guia atoa. O espaço era realmente grande e luxuoso, a cada corredor movimentado que passávamos era possível ver alunos conversando normalmente como se aquela instituição não fosse na verdade uma prisão de luxo. Enquanto ouço Eloise falar fico tentando criar teorias do porque aquela garota tão perfeita estaria nesse lugar, e a resposta ficou bem clara quando ela mencionou seu vício por calmantes. Não que Eloise tenha se aberto para mim por afinidade, longe disso, ela só queria deixar claro que não era nenhuma delinquente e que seu problema com remédios começou por culpa da pressão que todos colocavam nela. No final a Milbrook acabou sendo sua libertação, linda ironia.

- Quase nunca sabemos os delitos dos alunos, mas uma hora ou outra eles mesmo assumem seus erros. Por mais que pareça que todos aqui sejam um bando de riquinhos perigosos, os delitos aqui não passam de má conduta, escândalos, pequenos furtos e acidentes causados por embriagues. - Ela negou com a cabeça - O delito mais sério aqui foi de uma garota que tentou matar a colega de quarto. Obviamente que não sabemos a identidade dela, mas o dormitório feminino vive em pânico desde que o rumor se espalhou.

- Vocês não tem nem uma dica de quem seja a tal assassina?

- Bom, entrou uma quantidade considerável de novatas nesse último ano, não dá para simplesmente colocar todas na parede e fazê-las assumir. Optamos por não nos aproximar de nenhuma novata, e nenhuma veterana divide o quarto com elas.

- Isso não é um pouco cruel? Torna difícil a adaptação das outras, já acho aterrorizante o suficiente.

- Você logo vai perceber que ninguém aqui está disposto a arriscar a própria pele, nunca tivemos alguém realmente perigoso entre nós. Bom, pelo menos de que tenhamos conhecimento. - Ela apontou para um corredor movimentado - As alunas novatas foram forçadas a usar esses quartos, são menores e não tem banheiro privativo. - Ela apontou para as escadas - Lá em cima fica o meu dormitório, passando aquela porta é o dormitório masculino.

- Bom, acho que vou aproveitar e conhecer o meu quarto. - Estava louco para um banho e realmente procurar por Jossy - Espero ver você por aí.

- Com toda certeza iremos, vejo você no jantar.

Ela subiu as escadas ainda sorrindo para mim. Eu tinha consciência de que as garotas tinham tendência a flertar comigo, me aproveitava disso quase sempre mas meu objetivo aqui é outro, e ter uma namorada ou sexo casual agora só me traria complicações.

Cruzei o corredor das novatas na esperança de ver Jossy perambulando por ele, mas logo percebi que seria mais difícil encontrá-la do que imaginei. Meu quarto era logo no início do corredor, assim que abri a porta um cheiro de perfume feminino e sexo me invadiu. Eu ouvia os gemidos e suspiros vindo da cama à minha direita, quando fiz menção de voltar a garota gritou. A loira se cobriu rapidamente e o cara com ela não parecia nem um pouco assustado ou incomodado, acho que ele estava acostumado a ser pego ou não ligava.

- Meu Deus! Você não trancou a porta? - O cara deu de ombros.

- Sabe que não me importo, sexo é algo natural.

- E se fosse o inspetor?

- E daí? já estamos na prisão, só estamos tornando tudo mais interessante.

- Eu volto mais tarde - Ameacei sair do quarto e o cara que agora consigo notar que é negro, alto e bastante atlético me impede.

- Fica novato, já estragou minha foda mesmo. - Ele saiu da cama e vestiu a calça moletom - Tenho uma única regra no meu quarto, não atrapalhe minha foda. Todo dia nesse horário eu trago alguém para cá, respeitando isso seremos amigos.

- Não estar no quarto às sete da noite, fechado. - Fui até onde minhas malas estavam.

- Aproposito, meu nome é Diego Gonzáles capitão do time de futebol.

- Ah claro que é - Consegui rir, o padrão tão óbvio americano que não muda, nem mesmo no inferno.

- Você tem o corpo maneiro, é jogador? - Ouço a porta bater com uma força desnecessária - Ah deixa ela ir, a foda não era tão boa assim.

Engoli minha vontade de dizer o quanto aquele cara era fútil e imbecil mas me recordo que também já agi assim. Não sendo indiferente e babaca, mas já usei meu cargo no time para conseguir algumas noites de sexo sem compromisso. Mas Diego conseguia ser o auge do clichê ruim, e o pior é que ver ele foi como levar um chute no estomago.

- Jogo rúgbi, já joguei futebol também - Comecei a organizar as roupas no armário - Me diz, qual é a desse lugar?

- Para mim é o paraíso, para outros o inferno. Tudo depende de quem é seu amigo ou não. As regras são quase nulas, desde que nada saia para o mundo exterior e por isso celulares e internet são proibidos. Ganhamos celulares programados para só acessar aplicativos permitidos, é como na China usamos os aplicativos permitidos pelo governo.

- Nenhuma chance de contato com o mundo lá fora?

- Deixou alguma mina? Esquece, nada sai dessas paredes. Serão três anos de quarentena total, com visitas autorizadas de quinze em quinze dias.

- O que você fez para estar aqui? Digo se puder contar.

- Bati em um cara do time adversário, eu tinha uma namorada e bem, ele achou que seria divertido assediar ela para me atingir. Digamos que eu fiquei fora de mim quando ela me contou e mandei ele para o hospital.

- Acho que ele que deveria estar aqui, não você. - Ele me jogou uma calça para guardar - E sua namorada?

- Cara, depois que vim parar aqui ela nunca mais tentou contato comigo. Não a julgo, mais de três anos é muito tempo.

- Seus pais sabem que está aqui por causa dela? Não sei se é porque tenho um pai de merda, mas seria a cara dele afastar a causadora da desgraça.

- Já pensei nisso também, e acho que é melhor para ela ficar longe de mim e da minha família.

- Cara problemático, popular e capitão, dá para entender porque sua cama fica lotada toda noite.

- Você parece ser igual. Mas às sete é meu horário, pode ficar com as dez.

- fechado!

O refeitório era um grande restaurante lotado de adolescentes da alta sociedade que não precisavam de regras, que não seguiam regras. Garotas se amontoavam em cima de caras mais velhos, enquanto outras fofocavam em grupos premeditados, todos pareciam amigos e nitidamente confortáveis. Exceto um grupo de sete garotas que ficavam afastadas dos demais com o semblante triste e amedrontado no rosto. Neste grupo pude avistar Jossy, ela comia de forma automática enquanto observava tudo ao seu redor de forma avaliativa. Pensei em me aproximar mas ficaria nítido para todos que já nos conhecíamos e preciso conquistar as pessoas certas para mantê-la segura aqui dentro.

Eloise sorriu para mim e me chamou de modo entusiasmado de sua mesa cheia e movimentada, lhe devolvi o sorriso e cogitei negar e sentar com Diego, e foi aí que ela me chamou pelo nome em alto e bom som. O olhar avaliativo de Jossy se encontrou com o meu e pude notar o espanto em sua face, ela cogitou em se levantar e correr até mim, mas foi com pesar que ignorei aquele gesto e fui até Eloise. Não olhei para trás para ver o olhar de decepção da minha melhor amiga, mas pude notar algumas risadas ao meu redor.

- Viram o que a garota Russel fez na aula de literatura hoje? Eu não duvido nada que ela seja a psicopata.

- O Rodney pode ser um pé no saco - Eloise defendeu - Você também agiria da mesma forma se ele ficasse te assediando.

- Assediando? - Questionei.

- Ele é filho do diretor e o único aqui que não tem nenhum delito ou vício, mas de todos nós ele é o pior - Levou o garfo até os lábios - Ele cismou que esse ano pegaria uma das sete proibidas, a pobre Jossy foi a escolhida.

- Pobre? Minha querida, aquele cara é muito gato. - Uma ruiva suspirou.

- E do que adianta a beleza se ele é um pé no saco? Eu amei a atitude da garota Russel, faria o mesmo em seu lugar.

E assim Eloise deu por encerrada a conversa sobre Jossy e agradeci mentalmente por isso. A caminho barulhento até o quarto foi recheado por surpresas, gemidos depravados, brigas que não eram interrompidas e um aglomerado de pessoas observando sete meninas serem intimidadas por um grupo liderado por um cara que suponho ser Rodney.

- Qual foi Russell, não parece ser tão corajosa longe dos professores.

Meu sangue ferveu.

- Nem pense em se meter nisto, herói - Diego falou bem próximo a mim - As garotas são proibidas e arranjar briga com alguém como ele é pedir para se ferrar aqui dentro.

- Por que acha que me importo? - Falei entre dentes.

- Sua mão fechada e seu rosto carrancudo dizem muito - Ele colocou a mão em meus ombros - Com a minha proteção aqui você se torna intocável, mas a garota ali tem que valer a pena.

- Ela vale - Me permiti falar.

- Então é hora do show, herói.

Rodney segurou Jossy pelo braço e tentou arrastá-la para fora do grupo de garotas amedrontadas, Jossy se debatia e xingava mas não era o suficiente. Não me contive mais e me lancei sobre aquele cara como se eu estivesse em campo e precisasse derrubar o adversário. Jossy se afastou e eu o soquei como se minha vida dependesse daquilo, Rodney nem mesmo conseguiu se defender e posso afirmar que ele não era tão bom de briga como fazia os outros acreditarem. O deixei caído no chão reclamando como um bebe chorão, desferindo ameaças e xingamentos.

- Você não é nada além do filho de um diretorzinho de merda que nunca arriscaria o amado emprego para defender o filhinho. - Me abaixei em sua direção - Acha mesmo que seu pai vai querer brigar com os pais de qualquer um de nós? Eu acho que você deveria ser tão excluído como essas sete garotas.

- Acho que meu amigo Nate tem razão, você é o único aqui que deveria ser considerado o inimigo é filho do cara que nos mantem aqui. Por que mesmo que a gente te atura?

Diego continuou seu discurso, ele parecia um líder comandando sua tropa e me pergunto como ele se tornou tão importante aqui dentro. Jossy puxou a manga da minha camisa e cedi a tentação de seguir ela pelos corredores, me puxou até seu quarto e fechou a porta. Ela me olhou por alguns segundos e depois se jogou em meus braços chorando como um bebê assustado, eu a abracei forte e permiti que ela aliviasse toda a dor que vinha sentindo a meses nesse maldito lugar.

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