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Capítulo 3- No chalé das conchas

A morte de Dobby abateu-se sobre todos no Chalé das Conchas, mas eles não teriam muito tempo para o luto. Entretanto, no dia após a chegada no Chalé, bem alimentados e com camas macias para repousar, Harry, Rony e Hermione estavam se sentindo muito cansados para resistir ao aconchego. Havia muitas questões importantes a serem discutidas, mas elas teriam de aguardar até a manhã seguinte.

Rony estava sentado na praia, olhando para o mar, bastante aliviado pelas notícias que recebera de Gui. A família estava instalada na casa de tia Muriel, e embora isso implicasse em ter que conviver com arranhões de gatos e comentários desagradáveis sobre a extensão da saia de Gina, estavam todos em segurança. Estava tão absorto em seus pensamentos que só percebeu que Hermione se aproximava quando a garota sentou-se ao seu lado.

– Oi, você! - disse Hermione com as bochechas vermelhas pelo vento- Está um pouco frio aqui, não acha?

– Ah, isso aqui deve ajudar! – disse Rony, orgulhoso de si mesmo por ter se lembrado do capítulo 7 de "Como enfeitiçar bruxas", enquanto colocava sua jaqueta sobre os ombros de Hermione- Assim está melhor?

– Melhor, obrigada! E...

– E como...

– Fale você primeiro!

– Não, desculpe, você estava falando!

Hermione olhou para Rony algo constrangida.

– Bem, eu só ia perguntar como você tem passado. Esses dias tem sido bem intensos.. Eu nem me lembro de como era ficar com você e Harry e fazer alguma coisa...normal!

– Normal, como por exemplo nas tardes agradáveis de caça aos trasgos? Ou você se refere ao normal do tipo dar uma voltinha no Ministério da Magia? Um pulinho na Câmara Secreta de Slytherin para o brunch? - disse Rony, fazendo uma imitação descarada de ar nostálgico- Ah, que saudades da nossa vidinha normal e pacata!

Rony e Hermione riram.

– Bom, na verdade eu estava pensando naqueles dias na Toca.Ver Gui e Fleur aqui me fez lembrar da noite do casamento. Aproveitar uma festa, dançar, ter motivos para comemorar, os amigos... Mesmo sabendo o que faríamos no dia seguinte, eu me senti como uma garota em um vestido de baile esperando pela próxima dança!

– Um belo vestido de baile... eu me lembro bem! Mas acho que o penteado não era bem assim, eu acho que era assim... e assim.. – disse Rony, enquanto bagunçava os cabelos de Hermione, que ria e fingia protestar, enquanto o garoto puxava mechas de seus cabelos de um lado para o outro.

– Você também não estava nada mal com aqueles trajes de festa- disse, empurrando as duas mãos de Rony para longe de seus cabelos- Bem melhor do que os trajes do Baile de Inverno do Torneio Tribruxo.

Não havia como esquecer os trajes de segunda mão que usara no Baile de Inverno.

– Parece... que foi há muito tempo. Fico imaginando se teremos outros dias como aqueles.

Rony lançou à Hermione um olhar de esguelha.

– Sabe, todo ano os figurões do Ministério fazem um baile de gala. Meu pai sempre era convidado, e costumava ser bem bonito. Eu não gostava muito de ir porque sempre era convidado a acompanhar a filha do Rupert Smerdiov, um assistente de papai, e primo em terceiro grau de mamãe. Teria sido mais animado ir com a Dama Cinzenta! Fred e Jorge naturalmente adoravam, eles sempre iam acompanhados das irmãs Bran, que eram realmente umas belezas- disse Rony, de forma sonhadora, mudando rapidamente de tópico diante do olhar estarrecido de Hermione- Eu estava pensando se, bem, se um dia acabarmos com Você-sabe-quem, e papai não precisar mais ser um foragido, e se você não estiver ocupada ou não tiver nada melhor para fazer... Se você gostaria de ir comigo...

Rony olhou para a areia, desenhando círculos com um pedaço de madeira, tentando evitar o olhar de Hermione, que ostentava uma expressão indecifrável.

– Rony, eu não acho que agora seja hora... – começou Hermione. Rony não pode conter uma expressão de desapontamento, que julgou não ter passado desapercebida pela garota quando Hermione mudou rapidamente o tom da conversa - Mas sim, é claro, eu adoraria ir com você.

– Ah, bem. Não precisa se não quiser!- disse, com uma nota indisfarçável de frustração escapando apesar de suas melhores intenções de afetar um tom displicente.

– Não! Eu quero! - disse Hermione, encostando em seu braço e retirando a mão rapidamente, como se tomasse consciência que o tocara.- São só esses tempos, Rony. É difícil pensar em coisas boas para o futuro. Ou no futuro de modo geral.

Rony deitou-se na areia apoiando a cabeça com as duas mãos, com um olhar reflexivo. Vasculhou os pensamentos, mas não tinha muita certeza de que já havia pensado em como seria seu futuro.

– Não sei, acho que isso não me incomoda porque nunca pensei muito no futuro quando estávamos em Hogwarts. Aliás, Mione, não acredito que nesses seis anos eu nunca te perguntei isso! Hipoteticamente, vamos dizer que não existisse Você-sabe-quem. O que você imaginaria estar fazendo quando terminasse Hogwarts?

– Bem... eu pensei em algumas coisas, talvez tentar o ministério da magia, no Departamento de Relações com Criaturas Mágicas, dar continuidade ao FALE. E expandir a ideia, quem sabe, criar uma frente de defesa dos direitos...garantir que não haja abusos no mundo bruxo... Alguma coisa assim. Acho que nunca falei disso com ninguém... parece meio bobo, falando em voz alta.

– Eu acho genial.

– Você não está falando isso só para me animar?- disse Hermione, olhando para Rony desconfiada, mas deixando escapar meio sorriso.

– Não, de jeito nenhum. É realmente genial. Papai sempre nos falou que faltava alguém no Ministério com interesse por outras criaturas mágicas, ele iria adorar sua ideia, você poderia falar com ele quando... bem, quando as coisas estiverem normais.

E depois se calou, pensando que não sabia se ele, Hermione ou o Sr. Weasley estariam vivos até esse dia chegar. Mas constatou com satisfação que seu comentário fez com que a garota sorrisse um pouco. Ainda olhando para o céu, sentiu a areia movendo-se quando Hermione se deitou ao seu lado, apoiando a cabeça em uma das mãos enquanto olhava para ele.

– E você Ron, o que faria?

Rony abriu um grande sorriso quando percebeu que não tinha a menor ideia .

– Não sei. Não pensei muito em que profissão teria. Acho que gostaria de ser Auror. Ou talvez ter um negócio, como os gêmeos. Queria fazer algo legal, algo que desse algum dinheiro.- Rony começou a falar, sentindo as orelhas queimarem quando as palavras começaram a sair com muita naturalidade - Não quero que meus filhos tenham coisas de segunda mão. Gostaria de ter uma casa grande. E um pomar para jogar quadribol. E muitos filhos. Não tantos quantos meus irmãos, sabe? Quero ter tempo de dar atenção à todos eles. Queria que eles tivessem com quem brincar. E que eu e a mãe deles tivéssemos tempo de preparar os lanches antes de eles entrarem no trem para Hogwarts. Espero que nenhum de meus filhos tenha que comer pastelão de carne! Na verdade, gostaria de dar a eles algum dinheiro para comprar alguma coisa no caminho da escola, não gostaria que eles vissem os colegas comendo e ficassem com vontade.

Rony deteve-se, percebendo que Hermione estava olhando fixamente para ele com um olhar ligeiramente curioso. Sentiu as orelhas queimarem com maior intensidade, mas virou-se para ela retribuindo o olhar. Os olhos castanhos de Hermione eram atravessados pelos últimos raios do fim de tarde que vazavam entre as nuvens, adquirindo uma coloração dourada.

– Bem, para alguém que não pensa no futuro, até me parece que você já tem as coisas bastante certas. Bem, não se esqueça de contar para a mãe de seus filhos sobre os seus planos. Aliás, já imaginou como ela seria? A mãe de seus filhos? Seria por exemplo, como sua mãe?

Sabendo que talvez essa pergunta fosse a única que sua consciência respondera para ele durante os últimos anos, embora ele teimasse em devolvê-la, Rony começou a falar antes que sua coragem sumisse mais rápido do que Ben Jones apanhara o pomo de ouro na final da Copa de Quadribol de 1930.

– Bom... eu tenho um palpite sobre isso. Minha mãe é ótima, mas não acho que ela será como a minha mãe. Acho que, espero que na verdade, a mãe dos meus filhos seja corajosa, muito corajosa.

– Hum, e o que mais?

– E seja inteligente... Muito mais inteligente do que eu. Alguém que possa ajudá-los com os trabalhos da escola. E alguém que saiba sempre dizer a coisa certa... bem, para o caso de que eles sejam teimosos... bem, como o pai...

A garota riu, fazendo uma expressão de concordância.

– Bem, você vai ter que correr o risco, não é mesmo? Em todo o caso, pode ser que isso não seja de todo ruim. Parecer com você.- Hermione sustentou um olhar que fez Rony corar.- E o que mais?

– Ela será bonita, muito bonita. Eles precisam puxar isso de algum dos pais.

Hermione fez um som de escárnio. .

– Bonita como a Lilá Brown?

Rony olhou para Hermione com cautela. Pensou que havia sido um trasgo algumas vezes por não perceber como Hermione poderia ser vulnerável. Palavras nunca foram o seu forte, mas sabia exatamente o que havia ensaiado para dizer milhares de vezes desde aquele Baile de Inverno alguns anos antes, quando magoara a amiga por ter ido com Vítor Krum.

– Quem falou na Lilá Brown? Não, não como a Lilá. Eu gostaria que ela fosse bonita, mas não de uma beleza óbvia. Acho que teria uma beleza que você olha por anos, e anos, e a cada vez que você olha, descobre uma coisa nova para olhar. E quanto mais você a vê, mais bonita ela fica.

Hermione corou de leve, diante da intensidade do olhar de Rony. Deitados na areia, estavam a menos de um palmo um do outro.

– E ela será uma pessoa muito, muito melhor do que eu. Ela me ajudaria a ser uma pessoa melhor.

A garota pareceu desconcertada diante da última frase. Sua voz saiu quase estrangulada quando disse as últimas palavras.

– E onde você encontraria uma pessoa assim?

Rony sentiu o coração acelerar. Sentiu seus braços amarrados, como se não conseguisse se movimentar.

– Eu tenho um palpite sobre isso também. Mas não iria ser fácil. Ela não iria querer saber de mim, sabe?

– Bem, você poderia ter enfrentado, digamos, uma Horcrux, os Comensais da Morte mais cruéis e um lobisomem por ela. Acho que isso chamaria a sua atenção.

Rony suspirou.

– Sim, mas e se antes disso eu tivesse feito um milhão de besteiras, tivesse brigado com ela, e feito ela chorar. Acho que isso diminuiria minhas chances, não é?

– Depende. Você voltaria atrás e tentaria fazer tudo certo depois? E não importa o quanto vocês estivessem brigados, você faria tudo para mantê-la em segurança? E ela saberia que você daria sua vida por ela? E por seus amigos? Acho que ela poderia trabalhar com isso, para começar.

– Acho que isso dá para fazer. Moleza.- disse Rony, dando de ombros.

– Ou talvez...- disse Hermione, fazendo uma pausa- Talvez você devesse considerar que ela nunca qui nada disso de você. Talvez ela ficasse satisfeita por conhecer o amigo leal e bom, corajoso, brilhante e gentil quando ninguém está olhando. E talvez, uma possibilidade, é que ela quisesse somente que você continuasse olhando para ela como se fosse a única garota do mundo até o final da vida de vocês.

Os olhos de Rony encontraram os de Hermione. Não sentia mais o coração bater acelerado, e no momento, achava que a hipótese mais provável é que ele tivesse parado.

– Bom, isso ela teria que pagar para ver... Mas garanto que ela ficaria muito satisfeita se ela se visse pelos meus olhos.- disse Rony, passando a mão no rosto de Hermione, bem a tempo de sentir as grossas gotas de chuva que começaram a cair, acompanhadas de granizos do tamanho de bolas de bilhar. Protegeu Hermione com sua jaqueta, e correram, com seu braço nas costas da garota, para dentro do Chalé. Sabia que estavam voltando à realidade da procura pelas Horcruxes, e estariam muito embaraçados para se encararem por um ou dois dias. Mas mesmo assim, não pode deixar de sorrir, embora resmungando internamente pelo mau tempo.



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