Epílogo.
#Alguns anos atrás
Eleanor.
Estava olhando pro céu, vendo as nuvens se movendo, os pássaros de um lado para o outro. A beleza da vida, cada nuvem que havia no céu naquela manhã de primavera em Londres, pensava em um animal. Tenho tempo suficiente para isso.
"Em que está pensando?" Jeremy pergunta ao meu lado se deitando na grama também.
"Pensando em nada, apenas respirando o ar fresco."
"Estou indo a faculdade, primeiro dia." ele eufórico, vejo o quanto ele está ansioso.
"Parabéns."
Estou feliz pelo meu irmão gêmeo, ele sempre quis entra na faculdade de medicina, em fim. Ele foi o primeiro de nós dois.
"Você deveria tentar sabe." ele diz tocando em minha mão e olhando pro céu. "A faculdade."
"Não estou preparada ainda." falo apertando sua mão a minha.
Não me sinto bem escondendo coisas do meu irmão. Principalmente quando as coisas são sérias.
"Sei que temos apenas 16 anos, mais eu te ajudo independente da sua decisão. Sei que mamãe e papai também vão."
"É, mamãe e papai." Minha voz sai mais irônica do que pensei, e ele percebeu isso.
"Você está estranha, quer me contar alguma coisa?" Ele pergunta se virando, de lado. Percebo seu olhar em mim, não posso manter contato visual com ele se não me entrego, uma das coisas de ser gêmeo é quando um percebe que à algo de errado com o outro.
"Não Jeremy." Falo olhando pro céu. "Não a nada que queira lhe contar."
Escutamos uma buzina e como sempre os amigos dele, para o primeiro dia de aula. Ele se levanta de junto de mim e fica me olhando.
"Não vai me abraçar?" Ele pergunta abrindo os braços.
"É lógico que vou." Me levanto e abraço ele. Dessa vez foi tão diferente, era como se nosso Elo ou mesma nossa alma naquele momento estivesse sendo partida ao meio.
"Prometo que vamos ao cinema a noite quando chegar." Ele diz beijando a minha testa.
"Vou cobrar." Falo soltando de seu abraço. Os amigos do Jeremy insistem na buzina e ele se despede de mim indo embora.
Quando vejo meu irmão, percebo o quanto eu sou fraca, deveria ter dito a ele o que descobri, não posso esconder algo tão sério.
Flash black on.
Jeremy tinha viajado para Irlanda. Passar as férias com uns amigos dele, entre eles o Sthefan. Ele é meu ex basicamente, quando ele disse que me amava percebi que não sentia o mesmo que ele, então não quis manter contato. Ele mora em Portugal e eu em Londres certo? Qual a probabilidade disto dá em alguma coisa? Então antes que eu mesma criasse um amor que não existisse achei melhor acabar.
Tinha acabado de chegar do centro comercial com minhas amigas, a casa estava um silêncio a não ser pela discussão que se pode ser ouvida na casa toda. Meus pais estavam discutindo no escritório. Decidi ficar escutando.
"Eles tem o direto de saber Alarck."
"Essa não é uma decisão que cabe apenas a mim." meu pai fala em tom alto.
"Jeremy ira odiar ela, se haver como uma junção de empresas."
"É a melhor opção."
"Na sua cabeça e do Jonathan é a melhor opção, mais eu discordo totalmente."
"Ela pode ter um surto psicológico, sabe que isso é normal quando ela tenta lembrar do passado."
"Eleanor e o Jeremy, tem direito de conhecer a Melissa."
Esse nome me é familiar, só que não lembro bem quem seja, e para acabar logo está discussão, entro no escritório e vejo ambos assustados quando me vê.
"Pode continuar a conversa estava tão interessante." Falo cruzando os braços.
"A quanto tempo estava ai fora?" meu pai pergunta, vindo em minha direção e fechando a porta que se mantinha aberta atrás de mim.
"Tempo suficiente para escutar que vocês estão escondendo algo de mim e do Jeremy."
"Filha você não pode contar isso a ele." Minha mãe fala diante de mim.
"Depende se vocês não me falarem, eu conto a ele sim." falo me sentando na cadeira, e minha mãe olha pro meu pai como quem pedi ajuda.
"Lhe contamos se você prometer não contar ao Jeremy." diz meu pai.
"Como me pedem isso? Ele é meu irmão gêmeo sabe o quanto é difícil esconder algo dele? Estamos conectados."
"Prometa Eleanor." minha mãe pede.
"Eu prometo." Falo me dando por vencida.
Meus pais começaram a contar, uma história de um casal de amigos que eles conheceram na faculdade. E prometeram um ao outro que se seus filhos fossem um casal ambos se casariam com o outro, eles eram jovens e fizeram está promessa maluca.
Com o passar dos anos, minha mãe ficou grávida de mim e do Jeremy que nasceu 02 minutos antes de mim, quando tínhamos 6 anos, esses amigos deles decidiram adotar uma menina não para manter o contrato de pé, mais por quê eles estavam tentando a anos e não conseguiam engravidar. Logo após ambos abriram uma empresa de marketing e sendo sócios, mantiveram a ideia de manter em pé aquela promessa como uma junção de empresa. Assim a fortuna sempre ficaria em família.
Eles me contaram que sempre fomos amigos, eu, Jeremy, e a Melissa. Éramos como uma grande família. Um dia enquanto estávamos no parque estava empurrando a Melissa no balanço quando ele começou a bombear e ela cai batendo a cabeça. Foi quando tudo começou a perda de memória, eles até tentaram não nos afastar mais toda vez que a Melissa chegava perto da gente, ela entrava em desespero por não se lembrar de ninguém, não a culpo ela tinha apenas 8 anos.
Flash Black off.
Foi naquele dia que descobri tudo. Semana passada para ser mais exata... acho que até eu mesma acordei desta lavagem cerebral que fizeram em nós, pois me lembrei da Melissa também, exatamente de tudo, inclusive onde ela morava.
"Você não vai a Portugal." minha mãe fala vindo gritando em minha direção.
"Eu vou sim, já comprei as passagens e o Jeremy vai comigo." Falo gritando mais alto que ela.
"Você me prometeu Eleanor." Ela diz em um tom de desespero.
"Desculpa mamãe, mais ele é meu irmão não posso esconder algo tão sério dele."
Respondo a ela, e caminho em direção oposta, vendo que o carro do papai acabou de chegar da oficina, corro pra dentro e ligo saindo de lá. Não tenho habilitação, e se um guarda me parar estarei em sérios apuros. Mais eu não posso esconder isso do Jeremy ele tem o direito de saber.
Sai de casa em velocidade alta, todo o caminho estava chorando, como eles puderam esconder algo tão sério da gente? Quando vi que estava próxima a faculdade pisei no freio, mais ele não funcionou, entrei em desespero maior quando vi o sinal vermelho. Tentava mais o freio não estava funcionando, minha única tentativa foi abri a porta do carro e pular em um momento suicida considerando a velocidade que estava, mais nem isso deu certo já que as portas travaram.
Meu único pensamento era que alguém queria matar o papai, seu carro acabou de vim da oficina, ninguém tinha saido com ele. Não posso morrer agora tenho que contar ao Jeremy que sei onde a Melissa está, tenho que contar sobre a loucura dos nossos pais de casarem ele, mais acima de tudo tenho que abraçar meus pais e dizer que os amo.
Mais isso não aconteceu, passei no sinal vermelho sem conseguir desviar de uma carreta que estava dobrando a minha frente, e tudo virou escuridão.
(...)
As pessoas dizem que quando morremos temos a visões de toda a nossa vida. Acho que é verdade.
Consegui ver quando era pequena e minha avó me colocava pra dormir. Consegui me lembrar do meu irmão dizendo que amava a Mel, visualizei eles brincando de balanço no pneu que ficava pendurado na fazenda da minha avó, que pela conhecidência do destino mora em Portugal também. O pedido a estrela cadente Mel e Jeremy me contando, e nem um dos dois sabem mais ambos fizeram o mesmo pedido.
Visualizei nossas brincadeiras na casa da árvore, nossos banhos no lago da casa da vovó, nossas brincadeiras com a neve densa que cai em Londres no inverno. Visualizei minha formatura do colégio meus pais dizendo o quanto estavam orgulhosos de mim, e por fim. Visualizei o Sthefan falando que me amava e eu pela ideia da adolescência achando que não daria certo nunca poderia dizer o mesmo, que o amava também.
"Você vai embora anjinho?" Luh pergunta diante de mim.
"Eu sempre vou ficar zelando por você." falo me ajoelhando diante dela.
"Vou te ver de novo?" Ela pergunta com os olhos cheios de lágrimas.
"Não princesa." Falo tocando em seu rosto. "Mais sempre estarei em seu coração."
"Obrigado por cuidar de mim." Ela agradece e me vejo na necessidade de abraçar ela mais não faço isso.
"Sempre irei lhe ajudar mesmo que você não me veja mais."
Olho pro Jeremy que está abraçando a Melissa no pier, minha família reunida, meus pais alegres, tudo aquilo que sempre quis pro meu irmão se concretizando.
"Adeus anjinho." Luh fala me olhando enquanto me afasto dela.
"Adeus princesa seja uma boa filha para seus pais."
"Eu te amo." Ela sussurra e quando estou me afastando de vez vejo Sthefan olhar na direção em que a Luh está. E sei que fiz um belo papel em coloca-lo junto com a Pamela, mesmo eu não tendo a chance de dizer que o amava ele terá a Pamela para falar isso todos os dias.
A última coisa que vejo é a Mel me agradecendo por ter trazido o Jeremy de volta pra ela. E sim, eu sou a estrela cadente do céu, eu coloquei na cabeça do Jeremy para vim a Portugal, porque em meio a tantos países acham que ele escolheu logo Portugal? Quem vocês acham que falava com a Luh? Quem protegeu o Jeremy de em meio a sua tortura no sequestro? Quem acham que fez eles se reencontrarem novamente?
Uma coisa que nunca vou esquecer, e de um casal de crianças brincando no balanço enquanto eu estava com a perna quebrada. É o mais importante jamais irei esquecer do meu pedido a estrela.
"Abro mão da minha felicidade, pela do meu irmão."
Essa é a função dos irmãos proteger uns aos outros certo? Acreditem, o pedido a uma estrela cadente pode sim se tornar realidade, pois eu sou uma e só estou esperando você pedir com fé e de coração.
Fim
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