Jeremy.

Assim que saímos do meu apartamento. Meus pais pediram pra eu não ficar com raiva deles, mais como alguém não ficaria? Eles sabiam que tinha sido eu envolvido na morte dos pais da Mel e não me falaram nada. Disse a eles que precisava de um tempo eles entenderam, Mel disse que perdoava eles, sei que no fundo ela estava magoada.

"Chegamos." digo estacionando o carro na garagem.

"Você tomou conta da grama de casa?" ela pergunta descendo do carro.

"Sim, sempre vinha aqui na esperança de que quando te achasse você iria me matar se a casa não estivesse organizada."

"Iria mesmo, pega as malas." ela pede tirando a Luh da cadeirinha, quando eu abro o porta malas vejo que há novos vizinhos. A casa ao lado estava sendo vendida, e não sabia quem tinha comprado estava preocupado com a Mel.

"Quem está morando ai ao lado?" ela pergunta ao meu lado pegando a mala.

"Não sei Mel, depois a gente vai ver." digo pegando a mala da mão dela.

"Jeremy me da a mala."

"Não, pra que você pegando peso"

"Meu Deus, por que você está assim?"

"E se você estiver grávida?"

"Jeremy, você esta paranóico." Ela pega a mala da minha mão e sai correndo quando vou atrás dela que cai na grama sorrindo e fico por cima dela, Luh esta sentada no degrau da varanda rindo da gente.

"Ela estava com saudade desse momento de felicidade da gente." Mel diz rindo e passando a mão na minha nuca.

"Você é tão linda." digo indo beijar ela, quando a Luh cai por cima de mim gritando.

"Cachorrinho" Olho pra trás e vejo um filhote de cachorro, que vem em nossa direção.

"Mamãe, cachorrinho " ela grita de novo, desta vez me apertando.

"Jeremy, Luh esta com medo."

Saio de cima da Mel, com cuidado para não derrubar a Luh, e vou pegar o filhote que começa a me lamber quando pego ele.

"De quem é?" Mel pergunta junto de mim, com a Luh em seus braços que esta olhando tudo muito atenta.

"Não sei, ele nem coleira tem."

"Não vamos deixar ele aqui no frio" Mel diz fazendo cara de pidona.

"Olha Luh que lindo." Assim que a próximo o cachorrinho dela, ela estira os bracinhos pra ele e quando toca em seu pelo macio, começa a sorrir acho que perdeu o medo principalmente, quando ele lambeu a mão dela.

"Dá ele papai, é meu." Aproximo ele dela, que o pega nos braços, e começa a sorri quando ele lambe o rosto dela.

"Vamos ficar com ele ate os donos aparecer?" Mel me pergunta acho que ela amou a ideia também.

"Amanhã a gente coloca cartaz pela cidade e na internet caso não apareça a gente adota ela legalmente no canil."

"Qual a raça dele?"

"Labrador"

"Sabe que ele vai crescer muito" digo colocando ele no chão.

"Sei sim, mais será uma distração, pra Luh."

"Vamos entrar que eu vou comprar ração pra ele."

"Jeremy ele é muito pequeno, melhor comprar leite depois que levar ao veterinário ele diz o que é melhor dar."

"E vamos fazer uma casinha pra ele no quintal, não queremos ele dando de beber as flores do jardim" falo apontando pra ele que estava mijando nas flores.

"Vamos entrar." Mel diz ao ver o cachorrinho mijando nas flores.

Assim que entramos dentro de casa vejo que minha mãe passou aqui, as coisas estavam mais organizadas do que antes, fui a geladeira e vi também que estava abastecida.

"Mamãe cadê o au-au?" me lembrei na hora dele e abrir a porta quando ele entrou com tudo tinha começado a chover, Mel ligou a TV pra Luh assistir e o cachorro ficou junto da Luh encarando o Maicon ousasquem.

"Daqui a pouco eu vou a faculdade." Mel fala pegando água na geladeira.

"Quer que eu lhe deixe lá? "

"Não precisa, eu vou no carro da minha mãe." Ela fala em um tom mais baixo, desde que os pais delas morreram o carro não é usado.

"Tem certeza?"

"Sim, um dia ele teria que sair da garagem."

"Mais vem cá, quero lhe mostra algo." falo pegando ela pela mão, e subindo as escadas, quando paro na frente do seu quarto beijo ela, a impresso na parede.

"Jeremy, Luh está lá em baixo, pode parando"

Ela fala em palavras sussurradas em meus lábios, mais continuo beijando e apalpando ela, levantando seu vestido.

"Não Jeremy, eu vou sair." Ela se afasta de mim, empurrando, sorri com isso.

"Só uma rapidinha Mel" digo fazendo cara de safado.

"Jeremy, você esta ficando cada dia mais safado."

"Não sou safado apenas insaciável, não me canso de você nunca é como se fosse uma droga."

"Meu Deus, meu namorado é um ninfomaníaco."

"Quando estou perto de você quem sabe."

"Tenho que ir na faculdade falar com o reitor e reabrir a minha matricula, já venho cuide da Luh" Ela diz mudando de assunto.

"Nem é preciso pedir, lógico que cuido."

Dou um beijo casto nos lábios da Mel, e ela passa por mim rebolando, ela vai é me enlouquecer isso sim. Quando desço as escadas Luh ainda esta assistindo TV e o cachorro esta dormindo junto dela.

"Quer comer alguma coisa filha?" Pergunto me sentando ao lado dela.

"Não papai, mais o Bob quer."

"Quem é Bob?"

"O meu cachorrinho papai." Ela diz alisando o filhote que se mexe mais não acorda.

"Luh meu amor, se os donos dele não aparecer que vamos ficar com ele, se não vamos devolve-lo."

"Mas eu quero ele." Ela fala deixando uma lágrima cair, fazendo meu coração apertar.

"Ele é seu amor, amanhã a mamãe e o papai vai adotar ele" Digo a fazendo se conformar, e oro pra o dono dele não aparecer.

"Papai eu vou voltar a escolinha?"

Meu Deus, quando foi que essa menina ficou tão faladora em? Ela mal falava, e agora esta falando quase tudo e explicado ela com certeza tem o 'QI' elevado.

"Quando sua mãe voltar da faculdade a gente vai resolver isso"

"Tá." Ela fala e se vira novamente olhando pra TV que começa dessa vez, Mickey.

Saio de junto dela, e vou a cozinha fazer o almoço pra quando Mel chegar ter uma surpresa adoro cozinhar, quando se mora sozinha ou gasta uma fortuna comprando comida todo dia ou aprende a cozinhar e não morre de fome.

Ouço a campainha tocar e vou atender quando passo pela sala a Luh esta com a cabeça em cima do cachorro que nem se mexe, desse jeito vai é matar o coitado. Assim que abro a porta levo um tremendo susto.

"Oi Jeremy, então voltou?"

"Rebeca o que faz aqui?"

"Sou sua nova vizinha bobo."

Merda. Mel vai surtar quando souber disso.

Melissa.

Assim que chego em frente faculdade, vejo o movimento de pessoas, tomo fôlego e saio do carro.

"Oi Mel." algumas pessoas que conheço direito ficam me olhando estranho, respondo e sigo meu caminho. Quando vejo a minha amiga linda loira.

"Pamela"

"Mel."

Corro e lhe abraço, e sua barriga já esta grande, minha melhor amiga nesta hora que mais precisa abandonei ela.

"Como pode me deixar?" Ela pergunta dando um tapa em meu ombro.

"Eu precisava de um tempo, além disso, depois a gente se fala tenho que ir a sala do reitor."

"Eu vou com você." Ela me seguindo.

"Como esta a Luh?"

"Bem, ela esta com Jeremy neste momento."

"Sentiu falta da tia dela?"

"Lógico que sim, quem não sente sua falta com certeza não é deste mundo."

"Eu sei eu 'causo' ." ela diz me fazendo aspas.

"Sei, por isso que sou sua amiga."

"Eu e o Stefan precisamos falar com você e o Jeremy." Ela diz num tom firme, paro e olho pra ela.

"O que foi? Pode me falando logo."

"Não é nada demais, apenas que seja bom que fomos os dois juntos." Sei que ela esta me escondendo algo pos quando ela menti, suas bochechas ficam rosadas.

"Vou fingir que acredito."

Assim que chegamos na sala do reitor peço a secretaria para me anunciar e fico esperando nervosa, junto da Pamela que esta me apoiando.

"Vai dar tudo certo, ele vai te aceitar novamente."

"Eu não tenho tanta certeza nisso." falo suspirando.

"Senhorita Gilbert" levanto meu olhar a secretária que me chama, sigo ela ouvindo a Pam me desejar boa sorte!

O escritório do Mr. Swan é super organizado, inúmeros troféus da faculdade, honra, e todas aquelas coisas que os diretores amam e se orgulham, ele me olha por cima de seu óculo que já está velho e faz sinal pra me sentar. Quando me aproximo ouço a porta ser fechada deduzo na hora que a secretaria já foi me deixando sozinha com ele.

"Senhorita Gilbert"

"Olá Mr. Swan."

"Como reitor desta faculdade, me sinto no dever de dizer que sua bolsa de estudos não existe mais" Ele vai bem direto ao assunto e firme em suas palavras.

"Mas eu avisei tranquei a faculdade." digo em minha defesa. Assim que cheguei ao Brasil liguei para a faculdade avisando.

"Mas entenda que é uma bolsa de estudos." Ele diz suspirando "a faculdade não é 100% governamental, alguns alunos entram com bolsas e outros pagam mensalidade, não seria justo com o restante dos alunos, mesmo que muitos pensem que somos uma instituição pública. Somos uma faculdade mista."

"Sei disso, no caso perdi o período, como também a bolsa."

"A bolsa sim, o período não, quando você trancou foi nas férias da primavera, suas notas lhe fizeram passar na média e como semana que vem será as provas finais se tirar boa nota em tudo e bem provável que passe."

"Mas eu perdi a bolsa." Digo algo óbvio, já que ele mesmo que me falou isso.

"Sim, mais o Juiz Liam já quitou sua faculdade, então você não é mais bolsista."

Merda como sempre Liam se metendo, sei que foi gentil da parte dele, mais eu queria resolver as coisas sozinha como serei madura deste modo?

"Então?"

"Então amanhã mesmo pode vim pra aula, sugiro que faça os trabalhos que os professores passaram, se informe com seus amigos e siga em frente."

"Obrigado pela confiança."

"De nada, sugiro que estude e não fuja esta é sua ultima chance de estar nesta faculdade, não iremos aceitar falta sua até o fim do curso entendeu?"

"Sim Mr. Swan."

"Agora pode ir, tenho que receber o novo professor de biologia, que será seu a partir de amanhã."

"Ele ficará no lugar no Andrew?" pergunto com receio, espero que desta vez seja alguém de confiança.

"Sim, ficará no lugar daquela decepção." Ele fala abaixando a cabeça

"Estou indo." digo me levando.

"Adeus senhorita Gilbert aproveite a chance que a faculdade esta lhe dando."

Saio pela porta, Pamela esta lá fora, conversando com a barriga dela.

"Então como foi?" ela pergunta logo ao me ver.

"Pamela eu sinto muito." digo abaixando a cabeça numa vontade de rir danada.

"Mel, vamos dar um jeito nisso, você vai a outra faculdade e eu também." ela diz em tom baixo. "Meu Deus está é a única de medicina da cidade" Ela diz rindo ao se lembrar disso.

"Desculpa Pam, você vai me aturar por mais alguns anos." Falo rindo da cara dela.

"Mentira que ele te aceitou?" ela pergunta dando seu pulinho seguido pela dança da vitória dela, toda desengonçada.

"Que mico Pamela"

"Eu também te amo morena gostosa."

"Loira safada." Falo abraçando ela.

Saio de dentro da faculdade, e levo a Pamela, deixando-a no escritório do Sthefan não subi pos tinha que ir ao hospital ainda. Assim que cheguei estaciono o carro na vaga do Jeremy. E fui direito a sala do diretor.

"Estava a minha procura?" Me viro ouvindo aquela voz vendo ele atrás de mim.

"Meu Deus que susto" digo colocando a mão no coração.

"Não sou tão feio assim" ele diz me abraçando. "Como senti sua falta, nunca mais faça isso."

"Eu também senti a sua." digo abraçando ele, sempre o considerei como um avó ele realmente aparenta ser, quando eu estava a procura de estágio ele que me colocou no hospital e sou muito grata por isso.

"Já imagino o que esteja fazendo aqui vamos, entre que tenho de falar com você." Ele abre a porta dando espaço para que eu passe, quando entro ele fecha a porta atrás de mim me sento na cadeira e ele da volta sentando em sua cadeira me olhando.

"Então eu vim aqui..." Ele me interrompe.

"Você não vai poder voltar a ser assistente do Jeremy."

"Mais por que?"

"Você abandonou o trabalho, não me avisou nada, eu lhe entendo só que dele não vai poder a minha filha que está."

"Rebeca?" pergunto e ele concorda,  com todo respeito que tenho por ele, sei que a filha dele é uma puta sempre odiei ela nas poucas vezes que há vi, agora sei quem é que esta dando em cima do Jeremy, vou ficar de olhos bem abertos.

"Sim minha filha, ela vai se formar em cirurgiã pediatra ano que vem, então veio cobrir horas da carga horária aqui, sei que deveria estar com algum cirurgião porém vai intercalar um tempo."

"Então quer dizer que pra mim não tem jeito mesmo"

"Eu não disse isso." ele fala sorrindo.

"Então?"

"A secretária do Paul, entrou de licença maternidade você pode ficar com ele, vocês já se dão bem."

"Mas o Paul é neurologista e minha área é Pediatria."

"Vamos respirar ares novos e ver no que dar, o que acha?"

"Esta bem" digo dando de ombros.

"Você como sempre, determinada Melissa, vá avisar a ele que amanhã você estará lá hoje estou cheio de trabalho e não tem como."

"Obrigado."

"De nada faço isso pela amizade que tinha pelos seus pais, e pelo carinho que tenho por você sei que você é uma menina inteligente. Saio de lá depois de apertar sua mão e agradecer novamente vou a sala do Paul, vejo a porta aberta e ele esta olhando uns papeis.

"Bu" falo assustando ele.

Ele se atrapalha todo com os papéis, e deixa cair quando já iria falar um palavrão me vê e se levanta me abraçando.

"Sua louca, o que deu em você pra sumir assim?"

"Podemos conversar depois" digo me sentando na cadeira após sair do seu abraço.

"Me diga o que veio fazer aqui, onde esta a Luh e Jeremy que só vive feito um zumbi atrás de você"

"Ele esta com a Luh em casa me esperando."

"Então vocês estão juntos novamente." Ele fala, e pela sua expressão é como se ele não estivesse feliz com isso.

"Lógico que sim." digo sorrindo quando ele fecha a cara.

"Então o que veio fazer aqui?"

"Serei sua nova assistente."

"Está brincando comigo." Ele diz rindo.

"Não estou falando sério."

"O que você falou pro diretor? Tenho certeza que fez aquele seu olhar do gato de botas do filme do Sherk."

"Para com isso eu não faço isso."

"Faz sim, então quando começa?"

"Amanhã."

"E a faculdade?"

"Amanhã também, tenho que recuperar os meses perdidos."

"Nossa, até que fim a sorte está ao seu lado."

"Então tenho que ir Jeremy esta me esperando em casa com a Luh, João não quis vim avisar pos ele está com muitos trabalhos lá."

"Sei bem qual o trabalho dele."

"Como assim."

"Ele esta saindo com a Andréia."

"Com a Andréia a clinica geral?"

"Sim, imagina só ela vai matar o coroa na primeira."

"Deixa de ser ridículo Paul." digo me levantando.

"Ate amanhã Mel."

"Até Paul."

O caminho de volta pra casa foi silencioso, estava quase na hora do almoço e quero só ver como Jeremy se saiu com Luh. Assim que dobro a esquina vejo ele na varanda com a Luh e o cachorro brincando.

"Mamãe chegou." Ela diz vindo até mim. Saio do carro e vou ao seu encontro.

"Oi princesa o papai cuidou de você?"

"Ele deu gagau pro Bob."

"Bob é o cachorro?"

"Sim mamãe, é meu bebê."

"Amor, quero falar com você." Jeremy fala diante de mim.

"Que foi amor?" digo dando um selinho nele e sentando em seu colo com a Luh ainda em meus braços.

"Já sei quem é nossa vizinha."

"E quem é?" Pergunto curiosa.

Quando ele abre a boca pra falar ouço a voz da piranha que reconheceria de longe.

"Olá vizinhos." Olho pra trás e vejo a nojenta da rebeca na casa ao lado. Só faltava essa agora.

Todos os direitos autorais reservados à autora: Jéssica Dias.

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Juro a vocês que estou escrevendo enxugando as lágrimas de alegria, sonho realizado, Amo demais vocês.