Cap. 40
Jeremy.
O sol se levanta em Guarda, e a luz quentinha cobre meu corpo e da Mel. Sinal que deixei mais uma vez a janela aberta. Fico à olhando, ela permanece deitada sobre a cama, em estilo conchinha, protegendo a barriga.
Levanto da cama decidindo fazer um café para ela, antes de irmos ao parque com a Luh, que acredito estar dormindo, coloco uma calça moletom, e abrindo a porta do quarto, levo um susto ao ver o Bob deitado em frente a porta do quarto.
"Quer me matar?" pergunto sorrindo, quando ele pula pra cima de mim me lambendo. "Vamos lá meninão, comer um pouco a noite foi agitada?" Como se ele entendesse o que falo, em menção ao seu suposto namoro de ontem a noite.
Bob começa a latir, olho pra trás e vejo a mel se mexendo na cama. Afasto ele fechando a porta atrás de mim, passando pelo quarto da Luh, ouço ela me chamar, e abro a porta do quarto a vendo sentada na cama.
"Bom dia princesa." Falo lhe dando um beijo e a pegando em meus braços, onde ela me dá um beijo na bochecha desejando bom dia também.
"Papai, por que o Bob não dormiu comigo hoje?"
"Bob estava namorando Luh, acho que seu cachorrinho está crescendo."
"Ele esta maior que eu papai." ela diz rindo e estendendo o braço e o bob que quase a derruba.
"Vamos fazer o café da manhã da mamãe?"
"Oba, vamos sim papai, eu você e o Bob."
Desço a escada com a Luh, em direção a cozinha, a coloco sentada na sua cadeirinha, e aproximei da bancada onde irei começar a preparar o café da manhã, frito ovos e bacon, suco de laranja, maracujá, pão integral, bolacha, frutas cortadas, e decidi fazer um bolo. Por que não?
"Filha vamos fazer um bolo pra mamãe, e pro Austin?" Pergunto a Luh que observa tudo com adoração e alisa a cabeça do Bob.
"Vamos sim papai."
Com a pequena ajuda da minha cozinheira Luh, coloco os ingredientes na bancada e começo a fazer. Sinceramente assim que coloquei ela sentada na bancada a retirando de sua cadeirinha, ela fez a maior bagunça pegou o trigo colocando numa panela pequena que estava próximo a ela e começou a lambuzar, nem liguei pra bagunça pois quem vai limpar sou eu mesmo.
"Papai, vamos colocar chocolate?" ela pergunta assim que coloco a forma, no forno.
"Quando o bolo estiver pronto, colocamos." Falo ao descer ela da bancada. "Agora vamos tomar um banho, que logo após o almoço vamos ao parque com a mamãe."
"Tio Thiago e tia Aprill, também vai?"
"Vai sim amor."
Bob nos segue olhando tudo atento, retiro a roupa da Luh, ela pega seus patinhos e bonecos pra colocar em sua banheira, enchendo coloco ela dentro que começa a me molhar.
"Papai, a gente pode passar na casa da tia pam, queria que o Enzo fosse também."
"Ele é um bebê, o máximo que irá fazer é ficar lhe olhando, ele nem anda ainda Luh." falo colocando o shampoo na cabeça dela, que fecha os olhinhos pra eu enxaguar seus cabelos.
Terminando de dar banho na Luh, coloco seu vestido azul bebê, que destaca bem seus olhos azuis, como sou um desastre em cabelo, preferi deixar solto já que molhei o cabelo dela, é melhor esperar a Mel acordar pois ela sabe o que fazer.
Desço com ela a cozinha, e termino de arrumar a bagunça, o bolo está quase pronto. Colocando os pratos, talheres e xícara, vejo a Luh deitada em cima do Bob, que nem faz sinal de que ela esteja pesada, pelo contrário ele está de olhos fechados como se estivesse dormindo, enquanto a Luh alisa sua orelha.
"Essa cena merece uma foto." Me viro já sabendo de quem é a dona da voz, até por que é algo lógico, só está eu Luh e Mel na casa.
"Bom dia amor." Falo lhe dando um selinho. "Pelo que vejo você está conseguindo andar." Falo rindo.
"Me levantei por causa do parque dela." ela diz me abraçando e olhando pra Luh. "Cada centímetro do meu corpo ainda esta com seu toque de ontem a noite." ela fala sussurrando em meu ouvido.
"Você pode sentir que eu estive ai dentro?"
"Sinto até demais."
"Ótimo, era apenas isso que precisava ouvir."
Mel dá um tapa em meu braço e começo a sorri, decido tomar banho primeiro que ela, pois nos dois juntos somos como uma bomba ativada prestes a explodir. Logo após ela tomar banho, fomos tomar café com a Luh que já estava quase dormindo novamente com o Bob.
"Jeremy, não à necessidade pra tanta comida."
"Mais a Pamela vai nos encontra lá. E como não falamos nada a ela, pode ser que não leve nada." Falo colocando nossa cesta de piquenique, no porta malas do carro.
"Você quem sabe, mais ainda acho muita comida, já ligou avisando a Aprill e Thiago que já estamos saindo?"
"Mandei uma mensagem."
"Vamos então." Ela fala abrindo a porta do carro e coloca a Luh na cadeirinha, e o Bob no banco ao lado da Luh. Entramos no carro vejo ainda a Luh brincando com o Bob pelo retrovisor do carro, que esta lambendo seu rosto.
(...)
Chegando ao parque, Bob sai correndo pelo extenso território verde que é a grama do parque. Luh sai correndo atrás dele, e a Mel começa a retirar as coisas do carro comigo, colocamos a toalha forrada na grama, em um local onde possamos ver a Luh e o Bob com tranquilidade.
Desde o dia em que a Luh sumiu no sequestro, ela não tira os olhos dela, assim como eu. Quando nos sentamos na toalha encosto na árvore que esta logo atrás de mim, e a Mel se deita entre minhas pernas ficando com a cabeça encostada em meu peitoral.
Fico olhando a minha princesa, minha filha brincando tão alegre atrás de seu cachorrinho. Isso é tudo que quero uma familia normal como qualquer outra, onde possamos passear em um final de semana sem medo nem ameaças, graças a Deus que este dia chegou.
"Em que você esta pensando?" Olho pra Mel, que espera uma resposta minha.
"O quanto estou feliz, vou poder ver o nascimento do nosso bebê, só de pensar que meses atrás duvidei disso e..."
Ela não me deixa continuar e coloca um dedo em meus lábios. "Jeremy, não pense demais no passado, nesse momento estou mais interessada no presente."
"Esta bem." Falo me aproximando de seus lábios quando somos interrompidos, por uma loira de olhos azuis.
"Vocês podem parar de se beijar, este é um parque de família, vocês parecem mais um casal de adolescentes."
Pamela retira Enzo do carrinho, no exato momento em que a Luh nos vê e vem correndo.
"Tia pam." Ela abraça a perna da pam, que fica rindo dela, quando se senta com o Enzo e a Luh começa a falar com ele.
"Oi amiguinho, tudo bem?" Ela se senta ao lado da Pamela quando o bob também se aproxima dela.
"Enzo virou o centro das atenções agora." Ela fala, sorrindo quando seus olhos se fixam em um homem que vem em sua direção. Mel fica tensa ao meu lado e vejo que tem alguma coisa acontecendo.
"Oi, Pamela certo?" Diz o rapaz, alto, cabelos encaracolados, olhos verdes, e cheio de tatuagem.
"Oi Christopher." ela diz estendendo a mão o cumprimentando.
"De quem é este bebê lindo." ele fala se referindo ao Enzo.
"Meu filho e do Sthefan."
'Nossa, então você casou com ele?" ele diz surpreso.
"Sim, à 1 mês. Estamos felizes."
"Que bom."
"O que te traz aqui em Guarda?"
"Minha namorada vai chegar de viagem pra ficar com o irmão, então vim pra ficar perto dela uns dias."
"Que bom..."
"Bom, estou indo passei nesse parque apenas pra espairecer um pouco."
"Tchau Christopher." ela diz sendo sincera.
"Tchau Pamela, espero que a gente possa se vê por ai."
Assim que ele vai embora. Mel me olha como quem está supresa. Pamela nem falar consegue, e como as pessoas falam. Tem como ficar pior? Ah se tem, com a chegada do sthefan.
"O que aquele mauricinho estava fazendo aqui falando com você?" Pela sua voz, e o pouco que conheço meu amigo sei que ele esta com raiva disso.
"É o Christopher se lembra dele?"
"Tem como esquecer, ele tentou roubar você de mim."
"Mais não conseguiu, então não tire conclusões precipitadas."
"Por acaso você esta defendendo ele?" Sthefan esta alterado, e talvez eu tenha que intervi se ele não se acalmar.
"Não, estou apenas sendo coerente. Pare com seus ciúmes, eu namoro com você a 5 anos, temos um filho, somos casados, não à necessidade alguma de ciúme."
"Desculpa." Ele fala se sentando ao lado dela.
"Tudo bem, apenas confie mais em mim."
"Eu só tenho medo de lhe perder loirinha."
"Vocês são loucos." Mel fala revirando os olhos.
"Um pelo outro." sthefan diz beijando a pam.
"Tio, vamos comprar algodão doce?" Luh pedi a ele, que se levanta pegando o Enzo dos braços da pam e indo com a Luh em direção a barraca.
"Seu amigo exagera as vezes." Ela fala pra min.
"Pamela, tente relevar ele está cheio de trabalho, principalmente pelo caso em que ele defende um culpado."
"Eu sei Jeremy, ser advogado é cansativo. Mais ele tem de entender que não irei a lugar algum sem ele."
"Quando você o conheceu já sabia que ele era possessivo." Mel diz desta vez. "Mesmo assim quis ficar com ele, então é melhor aguentar."
"Eu sei eu amo ele." Ela diz olhando pro donzelo do meu amigo que esta com um enorme algodão doce nas mãos.
"Não mais do que eu amo a Mel." digo beijando ela e à vejo revirar os olhos.
Após 1h esperando tia Aprill e Thiago, finalmente nos mandaram uma mensagem dizendo que não iriam pós a tia Aprill está indisposta. Quero só ver a cara do meu pai, quando descobri que tia Aprill esta grávida. Ficamos brincando com a Luh após um bom tempo comemos o bolo que fiz com ela, sem a Pamela ver ela colocou um pedacinho de bolo na boca do Enzo, onde rimos muito quando ela disse ser uma formiga na boca dele, apenas pelo bolo ser de chocolate, na verdade acredito que ser loira afetou os neurônios dela.
"Gostou do dia que passou com papai?" Pergunto a Luh colocando na sua cadeirinha.
"Sim, podemos vim todo final de semana."
"Luh, a mamãe tem de descansar. Não podemos vim sempre." Mel fala se sentando no banco da frente e coloca a mão na cabeça.
"Você esta bem amor?" Pergunto me aproximando dela.
"Sim, foi apenas uma má disposição, não se preocupe, acredito que seja pelo calor que esteja fazendo aqui. Ainda não me acostumo com essa mudança de clima."
"Enjôo de novo?" Falo assim que o Bob entra no carro e fecho a porta.
"Cansaço."
"Tchau Mel." Pamela fala de dentro do carro do sthefan que esta estacionando ao lado do meu.
"Tchau." Ela fala, um pouco mais baixo que o normal. Porém sei que há algo de errado.
Entrando no carro, dou partida pra casa, de vez enquanto olho pra ela que tem sua expressão preocupada, e cansada. Decidimos comprar Yakisoba, a Luh adora isso. Bem, um almoço nada nutritivo para uma grávida, mais fazer o que? Ela esta enjoada.
"Quer mais alguma coisa?" falo quando ela deita a cabeça em meu colo.
"Não, apenas descansar" aliso seus cabelos e ela vai fechando os olhos, dormido em meu colo, enquanto a Luh está assistindo "Familia Transilvânia."
"Papai, por que a mamãe só vive dormindo agora?" Luh pergunta curiosa.
"Por que o seu irmãozinho está dormindo na barriga dela e isto da sono."
"Ah, papai posso ir brincar com meus brinquedos?" Luh fala se levantando, quando o Bob se levanta também pronto pra segui-la.
"Mais depois arrume tudo mocinha."
"Já sou uma mocinha papai." A diz rindo e voltando a falar "Tia Pamela diz que sou a mocinha mais linda do mundo."
"Ela tem toda razão." Quando falo isso, ela me da um beijinho e sobe ao seu quarto pra brincar, pegando o controle desligo a televisão, sem me mexer demais, para não acordar a Mel, sei que ela esta sentindo algo, mesmo ela não me contando pra não me preocupar vejo isso em seu olhar.
Melissa.
Dois meses depois
Pensamento positivo que ele não vai surtar, se eu pudesse dizer uma das milhares coisas que me tornou a pessoa que sou hoje, apenas uma se resumiria. Jeremy me fez crescer, deixar a infantilidade, ser mulher, buscar meus sonhos, ser amada, e me entregar ao avassalador sentimento chamado amor.
"Você vai contar a ele?" Andreia pergunta esperando minha resposta.
"Não vou mentir pra ele, caso me aconteça algo ele já deve estar preparado." falo nem tocando na comida.
Nesses últimos dois meses, descobri que minha gravidez era de risco de vida, Jeremy anda muito louco com esse assunto qualquer espirro, suspiro, ele já fica atento. Só que minha gravidez, pode ser complicada pois o Austin pode nascer a qualquer momento, ele já esta posicionado a nascer normal, mais eu não tenho passagem suficiente.
Hoje iremos fazer a última ultrassom para marcar o dia do parto. Pelo jeito será uma cesariana.
"Princesa por que não esta comendo?" Jeremy fala sorrindo, sentando-se ao meu lado e a Andreia que esta na minha frente espera uma atitude.
"Saudade da Luh." Falo a verdade, porém minha preocupação estava mais na gravidez.
"Amor, ela vem hoje pra casa. Liam já deve ter embarcado no vôo neste horário junto com ela e a Ana."
"Sei disso."
Luh foi a Disney, com Liam e Ana. Eles deveriam te ido mês passado, só que o trabalho da Ana não permitiu, então foram semana passada, mini férias é muito tempo longe da minha bebê, mais fazer o que tenho de deixá-la crescer.
"Não esta na hora da ultrassom?" ele pergunta ansioso. Ele só fala nisso em ver o bebê pela tela, só que mesmo trabalhando no hospital não podemos fazer direto temos trabalho a fazer e os pacientes só fazem aumentar.
"Isso que é ser pai coruja." Andreia fala sorrindo, ela sofreu muito quando descobriu sobre a morte do João, mais confessou se ele não tivesse morrido, ela mesma teria matado ele com injeção letal.
"Primeiro filho, o que mais deseja? Tem de ser assim mesmo, loucamente apaixonado pelo bebê." Ele fala dando um beijo na minha testa.
"Nossa, me senti no escanteio agora." falo fazendo biquinho.
"Você é meu bebê também mel, sabe disso." Ele alisa minha barriga de 8 meses que está enorme. Austin não mexe muito acho que é falta de espaço dentro da barriga.
"Isso que é amor." Andreia diz sorrindo diante de nos aparece o motorista da ambulância do hospital chamado o Jeremy à uma emergência.
"Amor, vamos a sala da ultrassom juntos." Ele diz isso indo embora, enquanto fico com a Andreia.
"Transei com ele ontem." Ela fala naturalmente, me fazendo engasgar com o suco que acabei de pôr a boca.
"Com o Jorge?" Pergunto me referindo ao motorista.
"Sim, não estou morta tenho mais que viver, e não quero relacionamento estou bem assim."
"Nossa, essa você me superou." falo rindo, quando meu celular toca pelo visor vejo que é meu pai, peço licença a Andreia e atendo.
"Filha, vamos embarcar apenas a noite, o vôo atrasou chegamos ai amanhã pela manhã." ele diz sendo direto no assunto.
"Estou com saudade da minha filha cadê ela?"
"Vou passar o celular pra ela."
Ouço Liam falando com a Ana, e logo depois a voz da minha princesa.
"Mamãe, tô com saudade sua." a voz da minha pequena é baixa.
"Não gostou da viajem?"
"Gostei mais quero ficar com você, meu irmãozinho esta bem? Tive um sonho estranho."
"Que sonho amor?"
"Quando chegava ai ele não estava na sua barriga apenas você."
"Quando você chegar ele vai estar aqui ainda, além disso ele acabou de mexer." Falo alisando a barriga, é incrível a ligação que ele tem com a Luh.
"Você deixa eu pegar nele quando chegar?"
"Luh, ele vai estar na minha barriga ainda, não esta no momento dele nascer."
"Mamãe, promete que quando chegar ele vai estar na sua barriga ainda?"
"E por que não estaria?" Isso que a luh esta falando esta estranho demais.
"Comprei um boneco pra ele e um carrinho, o vovô comprou vários brinquedos pra brincar com ele quando tiver grande." É incrível como ela muda de assunto.
"Qual foi o brinquedo?" Pergunto mais já sabia do que se tratava.
"Dos monstrinhos S.A."
"Sabia que seria esse os bonecos." Falo rindo.
"Mais o Maicon ousasquem é apenas meu." Ela fala tão firme que nem sei o motivo dela amar tanto aquele boneco verde de apenas um olho, se bem que ele é bem louquinho no filme.
"Eu sei que é seu Luh, à mamãe tem de desligar que vou ajudar seu pai atender as criancinhas."
"Te amo mamãe, dá um beijinho no bob, diz a ele que estou com muitas saudades dele."
"Ele esta com as criancinhas lá em cima."
"As criancinhas doentes que eu fico com ele também?"
"Sim."
"Mamãe eu te amo, e manda um beijo pro papai, e pro Austin."
"Claro que sim linda."
"Tchau mamãe, vou tomar sorvete agora." ela diz rindo, quando escuto o Liam dizer que não era pra falar.
"Tchau linda, a mamãe te ama." desligo o celular, vejo que lá em Orlando deve ser 18h da noite, isso lá é hora de dar sorvete a uma menina.
"Isso que é amor de mãe." Andreia diz se levantando, da cadeira a minha frente.
"Ela é minha família, amo demais aquela pequena."
"Sei disso, existiu momentos que me arrependi de não ter tido filhos, mais ainda bem que não tive, quem sabe antes dos 40 não faça inseminação, e crie um bebê, ou até mesmo adote."
"Sei que seria uma boa mãe."
"Sim serei." ela diz com um olhar triste.
"Aconteceu alguma coisa?" Pergunto sem entender.
"Não, vamos que temos trabalho a fazer."
Seguimos ao nosso local de trabalho a Aprill nesse meio tempo esta pouco estranha também com aquela sogra dela louca ninguém merece. Thiago esta amando esta fase dela grávida.
Conseguimos convence-lá a fazer uma doação de sangue falsa, mais antes tiramos o sangue pra saber se ela poderia doar, mais foi tudo invenção quando ela soube o resultado foi pelo Thiago que chegou ao hospital com dois sapatinhos em uma caixa um balão creme, em que estava escrito. –A mãe mais linda do mundo.
Ela chorou com a supresa, e disse que já sabia da gravidez mais estava com medo dele não gostar, ele disse que apenas ela poderia lhe dar esse milagre pois ele não poderia ter filho então ela é o maior presente que Deus poderia dar a ele.
Os pais do Jeremy estão lá em casa à um mês. Bonnie esta me ajudando demais nesta fase preparação pra ser mãe, não é fácil já estou gorda, e com os pés inchados.
Paul, para ser sincera anda meio estranho não sei por que, mais ontem ele chegou atrasado, e estava discutindo com uma menina em frente ao hospital, não sei de quem se tratá, mais pela aparência e estilo rock, logo vi que a menina não tem mais que 18 anos. Rebeca logo após a morte do João descobriu que não era filha dele, apenas por esse motivo que Liam consegui comprar o hospital, ela nunca foi registrada no nome dele, ela morava em um orfanato o filho realmente é do Paul, ela não quer a criança e disso ao Paul que ficará com ele pra criar apenas sendo dele. Acho que nesta fase paternidade ele esta se ajeitando.
"Em que você esta pensando?" Paul pergunta enquanto termina de colocar os exames na gaveta.
"Quem é aquela menina que você estava discutindo ontem?"
"É apenas uma amiga, e nem se preocupe não quero nada com ela. Fernanda tem apenas 17 anos não serve pra mim, ela tem idade de ser minha filha." não sei porque mais tudo que ele falou não acreditei em nada.
"Só se você a tivesse feito com 17 anos, Coisa que não é impossível hoje em dia." Falo sorrindo mais ele fecha a cara.
"Eu odeio aquela menina, por favor Mel não vamos mais falar sobre isso."
"Desculpa." falo sorrindo. "Mais sabe, o ódio é o sentimento mais perto do amor."
"Mel." Ele fala me repreendendo.
Parei com aquela conversa estranha e me dirigi a sala do Jeremy onde o paciente dele estava acabando de sair.
"Olá Mel." Jason fala alegremente.
"Olá como esta?" pergunto o olhando, a cirurgia dele foi a mais comentada do hospital, graças a Deus ele está sem problema algum de cansaço, talvez tenha melhorado um pouco.
"Estou bem, o doutor disse que o bebê de vocês é menino, e falou que posso jogar bola com vocês quando ele tiver maior." ele fala sorrindo.
"Claro que pode, e leve sua irmã pra brincar com a Luh." digo alisando a cabeça dele.
"Obrigado."
"De nada querido, agora tenho que ir." Falo passando por ele e cumprimentando sua mãe.
Entrando na sala do Jeremy, ele me lança um sorriso e vindo em minha direção me beija, fechando a porta de seu consultório, me senta na maca de sua sala, e continua me beijando todo o percurso sem tirar os olhos de mim.
"Você tem paciente ainda." Falo me afastando dele.
"A paciente que tinha não vira mais, apenas amanhã, então me deixa te beijar." Ele começa e beijar meu pescoço, e desce até a minha bata a abrindo e beijando o começo de meus seios.
"Jeremy estamos em um local de trabalho podemos parar com isso?" Pergunto olhando seus lindos olhos verdes, mais ele continua os beijos e é impossível resistir a esse homem.
"Só quero uma rapidinha, já vamos largar mesmo."
"Jeremy, nos vamos pra casa, e damos uma rapidinha lá. " Falo rindo, porém ele afasta as minhas pernas, e fica no meio delas e sinto seu membro duro como uma rocha.
"Bem rapidinho amor." Ele sussurra, mordendo minha orelha e tem como resistir?
Fizemos amor. Uma rapidinha pra falar a verdade, o perigo de alguém chegar era alucinante, ele foi bem rápido e carinhoso, a cada segundos nos beijamos pra ninguém que passasse pelo corredor escutasse os gemidos.
"Vocês estão com uma cara de pós foda do caramba." Andreia fala sorrindo quando me deito na maca.
"Talvez seja verdade" Jeremy diz sorrindo, dou uma tapa em seu braço ele fica rindo mais ainda.
"Vocês são mais um casal de adolescentes. Isso é bom, mostra que o relacionamento de vocês está firme e forte."
"Então como esta meu filho?" Jeremy pergunta olhando pra tela onde o Austin aparece de costas pra o visor.
"Que bebê lindo da mamãe." Falo deixando uma lágrima cair.
"Esta tudo bem com ele?"
"Sim, mais como vocês sabem gravidez de risco envolve muitos problemas, então é bom se preparar. Ele pode nascer a qualquer momento seu útero já está pronto e você esta dilatada 4 centímetros." Andreia fala desligando a máquina de ultrassom.
"Agora sim, amanhã você não vem mais ao trabalho, fica em casa descansando." Jeremy sorrindo.
"Tudo o que você queria." Falo limpando a barriga, tirando todo o gel.
"Você merece descanso amor."
"Sei disso príncipe." Dou um beijo em sua bochecha, ele me ajuda a descer e o Austin começa a mexer, dói demais quando ele faz isso pelo espaço ser pouco já que ele esta grande.
"Ele esta dizendo que já esta na hora de conhecer ele, mamãe e papai." Andreia diz sorrindo ao perceber meu desconforto.
"É, mais vamos nos controlar pois isso dói viu filho." Falo colocando a mão na barriga e acredito que ele tenha entendido pois ele parou de mexer na hora.
"Menino esperto do papai." Jeremy se abaixa na minha frente e da um beijo na minha barriga, onde o Austin chuta mais forte ainda.
"Ta vendo ele reconhece a voz do papai."
"Então ele esta com o peso e tamanho ideal, vou marcar a cirurgia com Paul para daqui a 2 semanas, mais fiquem atentos ele pode nascer antes não me evitem de ligar. Paul é o cirurgião mais eu sou a obstetra dela." Andreia diz pegando a bolsa. "Agora tenho de ir a meu encontro."
"Quem é o sortudo." Jeremy pergunta curioso.
"Ética profissional, desculpa como você além de amigo é meu chefe não posso falar." Ela abre a porta e sai.
"Você sabe quem é?" Ele pergunta esperando uma resposta.
"Lógico que sei, mais como uma boa amiga não posso falar que é o motorista da a ambulância o senhor Jorge." Falo sorrindo por ter acabado de falar.
"Você é bem louquinha em, mais dou o maior apoio à ela."
"Eu também, ela merece ser feliz."
"Vamos pra casa já é 19 horas, a luh chega amanhã pela manhã."
"Ela ligou pra você também?"
"Sim."
"Estou com saudades dela, cansei do ouvir o Bob chorando a noite, acho que tá com saudades dela."
"Também acho, a namorada não esta suplindo a necessidade dela."
"Quando ele acabou de nascer quem deu mais carinho a ele foi a luh, então é normal ele ser totalmente apegado à ela."
"Se bem, que ele o dorme no quarto dela."
"Pelo menos tenho um segurança pra tomar conta da minha filha." Jeremy fecha a porta da sala de ultrassom e vamos em direção a sala onde o bob estava com a última paciente que já está em estado avançado de câncer terminal, uma menina de 5 anos, que tem um câncer na cabeça. O bom de trazer o bob pro hospital é que nos faz ver o sorrisos nos rostos das crianças que acham que sua vida ira acabar sem nenhuma alegria mais.
"Vamos garoto." Jeremy diz chamando ele, que vem rápido em nossa direção me cheirando, e com certeza procurando o cheirinho da Luh.
"Sua amiga chegara amanhã." Aliso ele que late. "Luh lhe mandou um beijo e disse que esta com saudades de você." Ele começa a latir, e pula pra cima de mim cheirando a minha barriga.
"Bob, não pode." Jeremy tira ele de cima de mim.
"Acho que ele queria falar com o Austin." Falo tocando na barriga.
Saímos do hospital, ao chegarmos em frente ao hospital vejo que o carro do Thiago acabou de sair sinal que ele veio buscar a Aprill. chegando em casa, sou surpreendida por um cheirinho mais que delicioso.
"Ter uma sogra que faz uma comida dessas é uma tentação." digo indo em direção a cozinha.
"Olá querida como foi seu dia?" Bonnie diz colocando o purê de jerimum em cima da mesa.
"Foi bom."
"Mel pode ter o Austin antes do tempo." Jeremy diz aparecendo na porta da cozinha, com seu pai.
"Onde esta o bob?"
"Adivinha." Ele fala rindo.
"Só estou esperando o Henry falar que a cachorra dele esta prenha, Bob será papai, quem vai amar isso é a Luh."
"Vários cachorrinhos dentro de nossa casa." Jeremy diz.
"Estou com saudade dela." Alarck diz sentando-se na cadeira da mesa.
"Todos estamos." falo rindo, quando sinto uma pontada na barriga e dói. Ao me curva o Jeremy já esta ao meu lado.
"Mel, você esta bem?" Ele me segura, e o Alarck sai da cadeira onde está, me sento inspiro e respiro.
"Isso mesmo querida, faça as respirações logo vai passar." Bonnie diz vindo com um copo de água que bebo tudo e logo me acalmo.
"É melhor irmos de volta ao hospital, estou preocupado com você." Jeremy, diz se ajoelhando diante de mim. "Austin filho, calma. Não me preocupe nem sua mãe, nasça no dia certo." Ele fala beijando a minha barriga, e por um milagre o Austin se acalma.
"Ele parou acho que foi apenas susto." falo tentando me levantar, mais o Jeremy não deixa.
"Você vai jantar na cama, vamos te levo nos braços." Ele me pega no colo, nem me deixando responder me conduz levando-me ao nosso quarto.
"Não acho isso necessário." Falo assim que ele entra no quarto.
"É lógico que é necessário." ele diz beijando meus lábios.
"Te amo tanto amor." falo alisando seu rosto.
"Eu também, e é por te amar que desejo que descanse. Trarei seu jantar e ficarei com você aqui." Jeremy diz me colocando na cama.
"Vai me deixar mal acostumada." falo rindo.
"Não me importo, me apaixonei por você pelo que é. E amo seu jeito mimada de ser." Ele dá um beijo em minha testa e sai do quarto fico olhando pro quarto vazio, quando derrepente o Bob entra no quarto.
"Vem aqui menino." falo batendo ao lado no colchão, ele em um pulo esta em cima da cama, e deita sua cabeça em minha perna.
"Você esta com saudade dela?" Ele lati e abaixa o olhar. "É eu também estou com saudades, mais amanhã ela vai vim tenha calma."
Fico alisando o Bob, até pensar que ele estava dormindo quando ouço o latido da cachorra do vizinho ele levanta as orelhas, me olha e sai da cama em disparada.
"O que foi isso?" Jeremy pergunta entrando no quarto com uma bandeja, que quase cai quando Bob passa por ele.
"Namoro que faz isso." digo rindo.
"Sei bem como ele se sente." Ele fala coloca a bandeja em cima da cama com meu jantar e fica me olhando.
"Você não vai comer?"
"Mais tarde depois que você comer."
"Jeremy, não quero que pule refeições por minha causa." Falo cruzando os braços.
"Não disse que iria pular refeição, estou apenas lhe alimentando quando souber que você esta bem, eu irei comer até lá. Nem pense em deixar a comida." Ele fala sério e fico rindo dele.
Após ter jantado, vou tomar banho enquanto Jeremy foi jantar, ainda bem que as pontadas pararam. Coloco uma camisola solta e me deito na cama, estou tão cansada, fazer faculdade, trabalhar, ter casa, filho, estar grávida...Não é qualquer pessoa que aguenta numa boa. As pessoas falam que mulher é sexo frágil, discordo somos as mais fortes que tem.
"Já esta dormido?" sinto a cama ao meu lado afundar, e as mãos do Jeremy rodear minha barriga, enquanto sussurra em meu ouvido.
"Apenas lhe esperando." Falo me virando ficando milímetros nossas bocas.
"Quero ver o rostinho do meu bebê." Ele fala tocando em meu rosto, passando o dedo sobre meus lábios.
"Faz amor comigo." Peço, quando ele para de me tocar, e se afasta um pouco.
"Mel, você acabou de passar mal, esta grávida de risco 8 meses. É melhor não!" entendo ele, já fizemos hoje no hospital e ele está com medo do que a Andreia falou.
"Por favor, faz amor comigo." falo mordendo meus próprios lábios, ele suspira e nega com a cabeça. "Jeremy, estou lhe pedindo, por favor." digo beijando ele que retribui o beijo. Ele levanta fecha a porta, e ao se deitar na cama, retira a minha camisola onde fazemos amor bem devagar, senti um desconforto, uma dor mais não falei nada pra ele quero sentir o momento.
Pela madrugada vou ao quarto do Austin onde as reformas terminaram ontem pelo arquiteto. É todo em tom verde claro e branco, o berço é o branco que foi da Luh, não desfiz dele pois me faz ter lembranças dos meus pais, onde agora será o quarto do Austin era o quarto deles.
Pegando as roupinhas dele fico cheirando, e pedindo a Deus para que tudo corra bem na hora do meu bebê nascer, volto ao quarto vejo que o Jeremy permanece dormindo, me deito ao lado dele no instante em que o Jeremy me abraça.
"Onde você estava?" Ele pergunta com a voz sonolenta.
"No quarto do Austin, agora vamos dormi estou cansada." falo fechando os olhos e ele me da um beijo no pescoço me desejando boa noite, fecho meus olhos sentindo o conforto de estar nos braços de quem amo.
Pela manhã acordo sentindo muita dor na barriga, sinto que o Jeremy esta ao meu lado e olhando pro relógio da escrivaninha vejo que ainda é 5:40 da manhã, mais a dor esta tão insuportável, que gemo quando o Jeremy se mexe ao meu lado.
"O que foi mel?" ele pergunta em alerta ao escutar meu gemido.
"Está doendo muito." Falo me sentando, quando vejo uma enorme mancha de sangue me desespero, não acredito que isto esta acontecendo. "Jeremy estou sangrando." falo alto, ele cai da cama quando iria se levantar. Se levanta do chão e vendo meu desespero me pega nos braços, quando vejo que esta pior que antes todo o lençol esta ensopado de sangue.
"Meu Deus Jeremy, esta doendo muito." falo gemendo colocando a mão na barriga, quando um chute forte me faz começar a chorar.
"Mãe, Pai." Ele grita, em minutos os pais dele aparecem.
"Filho o que...?" Bonnie aparece fechado o robe, quando me ver chorando, e o sangue nas minhas pernas.
"Leve ela ao hospital, estaremos no carro atrás de vocês." Alarck diz preocupado.
Jeremy desce comigo, nas presas quase cai no meio da escada. Ele esta apenas de calça moletom, entra me colocando no banco do carro e sei que vai melar todo pelo sangue.
"Vai dar tudo certo amor." ele fala ligando o carro, quando o Bob aparece latindo.
"Coloca ele no carro." falo colocando a mão na barriga, tentando suportando a dor.
"Mel depois pensamos nisso."
"Coloca ele logo na porra do carro." grito quando ele para o carro abrindo a porta e colocando o Bob dentro. Quando entra sem dizer uma palavra. Passamos todos os sinais vermelhos possíveis até chegar no hospital onde o Paul estava saindo de seu plantão.
"Paul, volta agora a Mel esta tendo o bebê." Ele grita saindo comigo, que sangro mais ainda, estou ficando fraca e a dor esta terrível.
"Amor vai da tudo certo." falo encostando a cabeça em seu ombro.
"Sorte que a Andreia acabou de chegar não poderia fazer uma cesariana apenas eu." Paul diz entrando no hospital.
Jeremy o segue indo direto a sala de cirurgia, me deitando na maca, ele pega a bata e coloca nele quando o Paul entra com uma luva, ligando a máquina de ultrassom, Andreia vem com ele e o anestesista.
"Abra as pernas irei fazer o toque pra saber se sera normal." Andreia coloca a mão, fazendo o teste do toque detecta que ele não nascerá normal, sua luva volta toda melada de sangue. Quando ela passa o instrumento em minha barriga, olha pro Paul que passa a mão na cabeça e o Jeremy se desespera.
"Mais que merda, me fala que isso é mentira." ele grita quando o anestesista me manda virar de costas ao fazer isso ele enfia uma agulha em minhas costas, segundos depois não sinto mais nada da cintura pra baixo.
"O que houve com meu bebê?" Pergunto sem aguentar a dor.
"Mel, acho que não podemos salvar vocês dois." Paul já com a máscara em seu rosto, ele está preocupado.
"Salva o Austin, por favor." peço chorando olhando pro Jeremy que nega com a cabeça.
"Não vou lhe perder." Ele diz chorando quando a Andreia começa a preparar os instrumentos e bisturi.
"Austin é a prova de que nosso amor valeu apena, eu te amo." Falo com a voz cansada.
"Jeremy, vamos ter de começar agora." Paul diz para o Jeremy mais olha para mim, e meu coração se aperta.
"Salve o Austin." falo sentindo a minha visão escurecer, quando as palavras do Jeremy vem em meus ouvidos não consigo falar nada.
"Salva ela Paul, quero a Mel bem... Salve ela."
Todos os direitos autorais reservados à autora: Jéssica Dias.
Apenas um será salvo?
Não percam o próximo capitulo...
Votem e comentem é importante.
Livro da Luh e Enzo disponível em meu perfil de obras, se chama. "Perfect To Me - Ninguém sabe sobre nós."
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