Jeremy

O congresso está uma porcaria, sempre as mesmas coisas, só vim mesmo representando o hospital, por muita insistência do João. Quem deveria ter vindo em meu lugar era o Paul. Mais ele se esquivou como sempre necessito urgentemente saber como ele consegue fazer isso.

"Deseja mais alguma coisa?" a garçonete pergunta.

"Não obrigado, apenas a conta."

Estar aqui na Alemanha é perfeito. Se não fosse esse congresso chato e a falta que sinto da Mel e Luh. Curtiria, mais por enquanto é melhor pensar apenas no trabalho e torcer que a Mel esteja online no Skype, com a Luh acordada.

"Aqui esta a conta senhor." a garçonete fala quando pago o valor total, deixo uma gorjeta, ela me lança um sorriso não retribuo pra ela não pensar outra coisa.

Subo ao meu quarto, vendo que agora falta apenas dois dias pra voltar pra casa. Ligando a Skype, por sorte ela está, e aceita logo minha chamada de vídeo.

"Olá amor." ela fala ao atender.

"Oi linda, não sabe a saudade que estou de você."

"Também estou, principalmente a noite." fala piscando.

"Safada"

"Você me acostumou, então não me julgue."

"Onde está a Luh?"

"Vou chama-lá." Ela sai da frente do computador uns minutos, ao mesmo tempo que me sento na cama.

"Papai, você vem quando?" vejo a Luh e me bate uma saudade da minha pequena.

"Sexta, pela manhã chegarei ai, quando você acordar já estarei em casa."

"Promete de dedo mindinho?" ela pergunta levantando seu dedinho, levanto o meu jurando.

"Sua mãe esta fazendo muito esforço, tia Aprill como ela esta?"

"Esta bem papai, mais tarde o tio Thiago vem aqui. Ele prometeu brincar comigo."

"Que bom que está se divertindo amor."

"Queria você aqui." ela fala fazendo biquinho.

"Filha coloque uma coisa em sua cabeça, eu estou sempre com você."

"Mais você não esta aqui, agora"

"Claro que estou dentro do seu coração. Sempre que quiser ficar comigo vá ao quarto e veja tudo que eu lhe dei, talvez assim me visualize."

"Mais não é a mesma coisa papai."

"Eu sei." falo tentando apaziguar.

"Papai, eu fiz você a mamãe e o meu irmão. A professora mandou desenhar sua família, vou buscar."

"Ela só falava disso quando chegou da escola hoje." Mel fala, quando a Luh aparece na frente da tela do computador novamente com os desenhos.

"Esta lindo papai?" Vejo aqueles bonequinhos de quando brincamos de 'forca' um esta com um desenho de uma bola e outro e bem alto das canela grande, uma menina pequena percebo a diferença pelo cabelo e um menino pequeno ao lado dela.

"Amei a foto, quando chegar vou colocar num quadro e por na minha sala no trabalho."

"mamãe já comprou o quadro, ela disse que você iria querer."

"Ela esta bem esperta." falo e vejo a mel sorrindo.

"Papai, quando você chegar de viagem, promete que vai me levar a escola?"

"Levo sim amor, mais por que isso agora?"

"Quero mostra as minhas amiguinhas meu papai. Eu disse à elas que você cuida de criancinhas feito eu."

"Uma amiguinha minha disse que o pai dela é policial, e salva vida também, O papai não é só você que cuida de bebês como eu?"

"Luh, você já esta uma mocinha então não é mais bebê." Vejo ela com seu olhar tristonho, porém falo. "Mais sempre será meu bebê. O policial ele salva vidas de pessoas grandes e bebês como você, depende do que ele fizer."

"Ah, então mais eu quero ser igual a você mesmo usar um vestido branco."

"Não é vestido Luh, e jaleco."

"Isso mesmo, eu vou fazer minha tarefa beijos." Ela desce da cama, quando a Mel abre a boca pra falar Luh volta e dessa vez com o Bob, parece mais que ele pulou na cama. "Papai me esqueci. Você mora no meu coração, eu te amo e Bob também."

Depois da Luh da um beijo na tela do computador. Mel, coloca em seu colo vejo que sua barriga esta descoberta, bem redondinha.

"Tomara que ele não mexa comigo longe."

"Será uma menina comportada." ela diz alisando a barriga.

"Ou um menino. Pra me ajudar a cuidar de vocês."

"Ciumento, não consigo me imaginar sem você."

"Nem eu, me apeguei de uma forma tão única que não consigo ficar longe nem mesmo se quisesse, não vejo a hora de chegar sexta."

"Nem eu, quero dormi abraçada com você."

"Disso que mais senti falta esta noite, seu cheiro calor."

"Jeremy"

"Falei algo demais?"

"Não, mais preciso ir a campainha esta tocando deve ser o thiago, podemos nos falar depois?"

"Fui dispensado pelo thiago."

"Bobo."

"Linda."

"Palhaço."

"Princesa."

"Meu príncipe."

"Te amo."

"Eu também Jeremy."

Assim que ela desligou a Skype, tratei logo de arrumar o restante das palestras de amanhã. Quando a porta é batida, pensando que seria o serviço de quarto tratei logo de abrir, dando de cara com meu primo.

"O que você quer santiago?"

"Como você conseguiu?"

"Conseguiu o que?"

"Mata os pais da sua namorada, e ainda fica com ela. Cara ou ela é burra demais de ficar com você ainda, ou você é muito bom de cama e ela não quer perder isso, ou pior esta com você pelo dinheiro."

"Como você sabe de tudo isso?"

"Digamos que tenho minhas fontes."

"Santiago, desembucha."

"Google, já ouviu falar disso? Bem, à umas coisinhas sobre você inclusive da sua namorada Melissa, é esse o nome dela? Ela tem uma pequena fortuna que herdou dos pais mortos, só que é filha do Juiz, o que me faz crê que ela foi adotada."

"Onde você quer chegar com tudo isso?"

"Soube que esta sofrendo ameaças."

"Desde quando você liga pra minha família."

"Vai com calma, é o seguinte. Você tem alguma ideia de quem seja?'

"Nenhuma."

"Bem, existe duas opções. 1° A pessoa tem de trabalhar no hospital, pra estar sempre estar de olho, e saber de tudo e ter envenenado a Melissa. 2° Tem de haver algum tipo de vínculo com vocês pra saber o que acontece na sua casa."

"Como você sabe que a Mel, foi envenenada? Isso nunca saio em notícia alguma, pois aconteceu em Londres."

"Tia Bonnie, falei com ela hoje pela manhã, aliás vou pra Londres semana que vem, nunca deixei de falar com ela por causa desta briga de família idiota."

"Você sabe por que toda a familia por parte de mãe não fala conosco?" Pergunto ao meu primo Santiago.

"Não, mais posso te ajudar com algumas coisas, tenho um amigo policial, que é bom em disfarce, ele pode te ajudar nisso tudo."

"O pai da Mel, já é Juiz, não à necessidade de mais policial."

"Tudo bem, só pensei que o thiago seria uma ótima pessoa de se trabalhar."

"Thiago o que?"

"Thiago Vilar, um amigo meu que mora em Portugal mais você ou seu sogro já deve conhecer."

Melissa.

Desligo a Skype indo em direção a sala, vejo que a Aprill já abriu a porta, pois o thiago entra com duas sacolas.

"Então isso é pra minha princesa." ele tirando da sacola, um jogo de quebra cabeça pra Luh." Isto é pra gente Pizza."

"Você vai deixa-lá mal acostumada." digo me referindo ao presente dele à Luh."

"Temos que mimar as princesas da família."

"Amanhã vou a faculdade, já me da preguiça de ir."

"Mulher grávida é uma coisa de outro mundo."

"Se acostume viu mocinho, estou de 3 meses, então falta muito ainda."

"Espero esta aqui quando o bebê nascer."

"Onde você vai?"

"Não posso ficar aqui pra sempre Mel, tenho meus projetos e planos."

"Vamos comer." falo pegando a caixa de pizza seguindo em direção a cozinha. Chegando lá, peguei os pratos do armário, e talheres na gaveta, coloquei uma fatia generosa pra mim, thiago entrando na cozinha começou a sorrir.

"Nossa, bem que poderia colocar pra mim." ele diz colocando uma fatia no prato e dando a Aprill e outra pra ele. Deixei a fatia da Luh em seu prato, com certeza ela comeria depois, quando ela esta assistindo não à quem a faça sair da frente da TV.

"Thiago estava pensando, Luh vai a escola amanhã, eu vou a faculdade e depois ao hospital, você poderia vim fazer compainha para Aprill."

"Claro, bem que podemos pegar um cinema se der." Agora já tenho certeza não à onde negar. Ele esta gostando dela, toda vez que os olhares deles se encontram é um sorriso atrás do outro. Começo a desconfiar ele é gay ou bissexual?

"Não ligo muito pra ficar sozinha, já estava acostumada ficar sozinha em Londres, não é a coisa mais difícil do mundo."

"Nem invente, vamos nos divertir."

"Thiago, esses dias você está tão homem se é que me entende. Nunca mais veio me falar de seus amores." falo esperando a resposta dele. Não consigo tirar da minha cabeça, o que à Luh disse. 'Que tudo era disfarce.'

"Sem muito interesse de magoar meu coração."

"Sei bem." digo colocando uma fatia de pizza à boca.

"Mamãe, quero comer." Luh fala entrando na cozinha coçando os olhos e o Bob à seguindo.

"Pizza?" digo pegando o prato dela que coloquei.

"Não, quero gagau."

"O bebê de titio quer gagau?" Thiago todo manhoso, pega a luh nos braços e encosta a cabeça no seu pescoço. "Tio vai fazer seu gagau bebê."

"Deixa que eu faço." digo pegando o papeiro pra fazer o mingau dela.

Luh tomou o mingau na mamadeira, e acreditem tem horas que ela fica bem manhosa mesmo. Acredito que isso seja a falta que ela sinta do Jeremy. Thiago ficou comigo até tarde da noite e por fim aceitou dormir aqui, se bem que estou mesmo dando um empurrãozinho. Pra ele e a Aprill, eles formam um casal tão lindo.

Mais sei que Aprill gosta do Paul, então minhas tentativas podem estar sendo falhas, Thiago nesse momento nem sei o que ele é. Ele bem que poderia voltar ao armário novamente mais não é como se eu tivesse esse poder.

"Mamãe, o papai vem logo? Tô com saudade dele." Luh neste momento esta deitada ao meu lado na cama, ela esta alisando minha barriga. Acho fofo ela amar tanto o irmão que nem sabemos o sexo ainda.

"Ele vem depois de amanhã amor."

"Eu amo meu papai." Ela me abraça.

"Eu também meu amor, não se preocupe ele logo vira." Continuo alisando a cabeça dela, seu lindos cabelos loiros até que ela cai no sono, quando decido ir a cozinha pegar um copo de água que não coloquei na mesinha ao lado da cama. Sempre a Luh acorda de madrugada ao dormi comigo pedindo água.

Saio do quarto, quase entrando a sala, paro quando vejo a TV ligada e o thiago beijando a Aprill, e quando falo beijando, digo. Quase fazendo sexo dou meia volta bem devagar pra não fazer barulho chegando ao meu quarto fecho a porta, deito na cama próximo a Luh, e olhando pro teto tenha a plena certeza agora.

Aprill faz milagre, pra ter feito o thiago voltar ao armário, ou ele nunca foi gay, se bem que seria bem confuso.

Nesse momento ouço a porta sendo fechada e decido nem checar pra saber o que foi. Apenas durmo pois isso sim necessito pra amanhã.

Dia seguinte.

"Mamãe, acorde." Luh esta me balançando, finjo que estou dormindo ainda, só pra ver até onde ela ira continuar.

"Mamãe, acorde, to com fome." Ela fala no meu ouvido, quando a giro fazendo cócegas.

"Para mamãe, para." ela diz sorrindo, o Bob começa a latir.

"Bom dia princesa da mamãe." dou um beijo na bochecha dela, e me levanto sentindo uma dorzinha na barriga, mais não deve ser nada grave, quando chegar no hospital vou a sala da Andreia.

"Tio Thiago está aqui ainda mamãe?" Quando ela fala isso, só me vem a imagem dele beijando a Aprill, se fosse Jeremy a ver isso tenho plena certeza que estaria sem meu amigo agora.

"Esta sim, mais vamos tomar banho primeiro, já está quase na hora da escola."

Assim que dei banho na Luh coloquei sua farda, e deixei seu cabelo solto, tomei banho me arrumando. Hoje teria de ir a faculdade por duas, já que a Pamela esta de resguarde tenho de presta bastante atenção, pra repassar a matéria a Pamela ela vai levar Enzo ao pediatra pela manhã.

Já pronta saio do quarto, indo a cozinha onde encontro Thiago dando um selinho na Aprill, que ao perceber que eu vi se afasta dela.

"Eu não disse que eles estavam namorando." Luh indo pra junto dele. "Bom dia tio thiago."

"Mel, não é nada disso que você esta pensando." Aprill tenta contorna a situação, mais quem disse que vou cair nas explicações sem sentindo deles.

"Não estou pensando nada, apenas queria muito ser madrinha de casamento." falo eufórica.

"Somos amigos." Aprill fala ficando com as bochechas levemente corada.

"Por que você quer" Ainda escuto a voz baixa do Thiago pronunciar isso começo a sorri.

"Bem, vamos parando com esse clima chato. E vamos tomar café, já estou em cima da hora, odeio chegar atrasada."

"Claro, eu fiz panquecas doces e tem bolo." Aprill fala.

"Isso que é acordar cedo." Falo olhando bem pros olhos da Aprill. "Não teve noite não?"

Ela se engasga com o bolo que estava comendo, o Thiago cospe o suco todo, Luh solta um 'eca' o Bob começa a latir, e constato minha certeza.

"Melissa." Thiago fala em um tom de repreensão.

"Não falei nada demais, porém se a carapuça serviu não posso fazer nada." Falo sorrindo da cara deles.

Tomamos o café em silêncio, Thiago de vez enquanto olhava pra Aprill que tentava disfarçar, mais terminava olhando pra ele. O relógio marca 7h em ponto, quando pego minha bolsa pasta e a mochila de carrinho da Luh. Espero ela se despedir do Bob, que me da maior pena de deixa-lo sozinho.

"Tomo conta dele, juro a você que vou passear com ele em uma corrida pelo parque." Aprill diz sorrindo.

"Se eu fosse você me preocuparia com esse chupão que está em seu pescoço, Jeremy não irá acreditar que foi um mosquito." Seu rosto fica vermelho na hora e o Thiago começa a sorrir, nesse momento saindo de casa, vejo a oportunidade de falar. "Se assumam logo, quero apenas a felicidade de ambos."

Chegando ao carro coloco a Luh em sua cadeirinha, indo ao volante, vejo que à um papel no retrovisor. Nem abro como estou atrasada decido ver isso depois.

Ao estacionar o carro em frente a escola da Luh, a deixo lá dizendo que Thiago ira busca-lá. Após aquele incidente ninguém deixa mais à luh sair sem mim ou o Jeremy. Apenas nos temos autorização pra isso, Liam apenas se estiver com uma devida autorização por mim.

Chegando a faculdade, o Demitri como sempre. Fala sério sempre que mudamos de período o professor muda, por que Demitri seria meu professor novamente.

"Bom dia Melissa." ele diz me cumprimentando assim que me sento sem responder.

"Como esta a Pamela?" Diogenes nosso amigo de classe.

"Bem, você poderia fazer uma visita pra ela, o bebê dela é lindo."

"Que bom, ela volta antes ou depois do casamento?'

"Ela te contou?" me viro olhando pra ele disfarçadamente. Caso o Demitri tente pegar no meu pé.

"Sim, ela me falou ontem a noite, mais não perguntei quando seria, inclusive vi a foto do bebê dela, muito fofo a cara do Sthefan."

"Todos dizem isso." Falo sorrindo, o Demitri olha pra mim, como quem vai me matar.

"Quer compartilhar a conversa?" Ele pergunta na maior cara de pau.

"Não obrigado, estou bem assim." Retribuo com a maior cara de sínica.

Toda aula seguiu tranquila, pode-se falar assim já que os professores estão falando sobre seminários. Isso vai me enlouquecer.

Falta apenas 5 anos – digo a mim mesma.

Saindo da aula do Demitri, sinto novamente aquela dor no estômago. Como se fosse uma cólica terrível. Decido ignorar já que mais tarde estarei com a Andreia, examinando meu bebê.

Estava indo em direção ao laboratório para a última aula, quando vi pelo corredor, a minha tia brenda, quer dizer minha mãe, ah nem sei mais o que aquela mulher é minha. Fiquei muito surpreendida quando ela beijou o Demitri, como assim eles dois juntos? Ela não estava morando no Canadá? Onde esta o filho dela Klaus?

"Bom dia garota, cadê a educação." ela fala assim que passo por eles sem falar nada.

"Só uso a minha educação com quem merece." falo e me viro ao laboratório.

As horas passaram rápido, e logo já era 12:30 fui direto ao hospital onde almoço. assim que cheguei Thiago me mandou uma mensagem dizendo que iria buscar a Luh mais tarde. Nadine nem deu sinal de vida, ela deve ter se casado ou não, até onde sei ela está de licença.

"Podemos conversar?" Paul diz surgindo ao meu lado no refeitório.

"O que foi Paul?" Falo, e logo apos tomo um gole de suco de morango.

"Queria sua ajuda com a Aprill."

"Como assim ajuda? Acho que ela está muito bem sem você. "

"Não, ela só ficará feliz comigo. Você não entende Melissa machuquei ela demais, tenho que consertar."

"Você não acha que o momento de vocês já passou?"

"Não, sabemos o que queremos. Ela gosta de mim, você sabe disso eu amo ela. Quero fazer tudo certo desta vez, já não consigo imaginar minha vida sem ela."

Olhando nos olhos do Paul, constato a verdade, realmente ele gosta dela. Se bem que minha torcida está no Thiago. Acredito que se eles tivessem de ficar juntos ficariam, não teriam acabado, sempre acreditei no destino. Acho que só acontece quando já se esta destinado a acontecer.

"Eu sei que você gosta dela, mais já tentou falar isso pra ela?"

"Pode-se dizer que eu ando me encontrando com ela as escondidas, sei que o Jeremy não nos quer juntos."

"Com toda razão Paul, ela sofreu demais, perdeu um bebê."

"Sabe o quanto isso me mágoa, saber que não estava ao lado dela todo esse tempo? Eu queria tanto que ela tivesse tido o bebê." Merda ele deixa uma lágrima cair, sei que isso é arrependimento.

"Se estiver destinado à vocês ficarem juntos, vocês iram ficar tenha isso em mente."

"Eu sei, mais é muito difícil tentar viver um grande amor."

"Pode marcar com ela vendo aonde isso vai dar conta tudo que sente, peça desculpas, diga exatamente o que me falou ela irá entender."

"Obrigado, farei isso hoje mesmo."

"Não me agradeça, eu sei o que ela quer basta você saber e sei que no momento certo descobrirá." digo me levantando seguindo em direção a ala de enfermaria, onde não á muito o que fazer. Vejo que hoje será a operação do Jason, um dos pacientes do Jeremy, acho lindo a relação que ele tem com os pacientes sempre tratá cada um como filho.

"Andou fugindo de mim?" Olhando pra trás vejo a Andreia com um belo sorriso.

"Não, apenas cheguei da faculdade e fui logo almoçar."

"Bem, estou sem paciente, não à muito o que fazer aqui. Podemos ver o bebê agora vamos ver se conseguimos ver o sexo." ela fala na maior empolgação.

"Sabe que só irei saber o sexo do bebê, junto com Jeremy, Pamela e a Luh."

"Sim, mais a esperança é a última que morre."

"Você é um pouco louca as vezes."

"Sei disso." Fomos em direção a sala dela, logo após de informar a enfermeira chefe onde eu estava caso ela precisasse de mim, saberia onde me encontrar.

"Então me fala como vai o bebê?" ela fala ligando a máquina, enquanto me deito na maca.

"Senti umas dores agudas, na barriga duas vezes pela manhã, mais acho que não seja nada. Ele ainda não mexeu isso é normal?"

"Como assim dores agudas, e você só me conta agora? Melissa sua gravidez é de risco qualquer coisa que sentir é sua obrigação me falar." ela fala muito preocupada, passa o gel na minha barriga e logo começa passar o instrumento de observação.

"Mais é normal sentir umas dores, li no livro de gestante, e mais seu corpo se elastece pelo bebê que virá."

"Sei disso." É a única coisa que ela fala e continua olhando a tela, vejo meu bebê na tela e começo a chorar sempre é assim, saber que uma sementinha do Jeremy crescendo dentro de mim sempre é motivo de felicidade.

"Melissa, acho melhor você ir pra casa hoje, vou falar com sua chefe, nem é bom você dirigir." Ela fala isso desligando as máquinas, me dando um papel toalha pra limpar o gel da barriga.

"O que houve? Meu bebê está bem?"

"Por enquanto sim." ela diz com a voz baixa.

"Como assim por enquanto? O que tem meu bebê, fala Andréia."

"Sua bolsa esta deslocando, isso é muito perigoso se você fizer muito esforço pode rompe-lá antes da hora, sua gravidez é mais complicada do que pensei."

"O bebê corre risco de vida?"

"Não só o bebê, você também."

"Mais, agora como será minha vida? Jeremy já esta me sufocando com esta história imagina se ele souber disso."

"Ele tem todo direito de saber, o filho é dele, além disso tudo que ele faz é pro seu próprio bem, ele é médico sabe o que faz."

"Eu sei disso entendo, mais tenho medo de perder o bebê. Ele quer tanto um filho, eu também quero ainda mais sabendo que será dele, desde o momento em que ele me disse queria que ficasse grávida. Sonho com essa gravidez eu já amava meu bebê antes mesmo de saber que ficaria grávida."

"Queria tanto te ajudar." ela diz falando baixo.

"Sei disso, mais você não é Deus, então me deixa ligar pro Jeremy." Pego o celular do meu bolso, não sei por que estou tremendo, mais começo a chorar também porcaria de hormônios.

Ligação on.

"Oi bebê, o que houve?" Jeremy fala com a voz alegre animada, ele deve estar curtindo sua viajem, o congresso e contar isso seria faze-lo desistir de tudo.

"Jeremy, eu preciso te contar uma coisa." Falo sugando as lágrimas que caem rápido demais.

"Mel, o que houve amor, alguma coisa com a Luh ou o bebê?"

"Exatamente disso que quero falar o bebê."

"O que houve com nosso filho." ele fala alterando a voz.

"Estou com medo Jeremy, por favor vem pra casa, por favor Jeremy." Minha voz começar a falhar e choro descontroladamente na frente da Andreia.

"Amor, me fala o que houve com você?"

"Minha bolsa está deslocando o bebê pode nascer antes do tempo ou morrer antes porque ele não está formado e ainda corremos risco de vida."

"Você está com a Andreia?" Ele pergunta mais eu permaneço calada, não posso perder mais um bebê, seria demais pra mim. "Mel, fala..."

"Sim, ela esta na minha frente."

"Passa o celular pra ela." passo o celular para ela conversa com o Jeremy, vou a pia e lavo meu rosto, a Andreia me devolve o celular.

"Amor, estou indo pra casa, vou agora mesmo ao aeroporto." ele diz do outro lado da linha.

"Mais o congresso termina amanhã Jeremy, João não irá gostar de você ter abandonado tudo e vindo pra casa."

"Como se eu me importasse estamos falando do meu filho, da sua saúde. É minha obrigação estar ao seu lado, o trabalho fica em segundo plano, você sabe muito bem que é minha prioridade."

"Só não quero que você se prejudique."

"Já falei a Andreia, ela ira avisar ao João. Chegarei de madrugada dependendo do vôo que pegar, vá pra casa, e descanse, e por favor Mel não pegue a Luh, ela é muito pesada pra você."

"Sei disso, farei o que esta me mandando, obrigado por cuidar de mim mesmo estando longe."

"É minha obrigação você sabe disso, tenho que desligar, o mais rápido que chegar no aeroporto, mais rápido pego o vôo, eu te amo."

"Também te amo."

Ligação off.

"Vou te deixar em casa, você não esta com o psicológico bom pra dirigir." Andreia fala pegando a chave de seu carro. Não falo nada apenas assinto, chegando a enfermaria contei a minha chefe que deixou ir pra casa numa boa. Paul viu meu estado quando estava saindo. Não contei nada à ele porém acho que ele percebeu que a coisa era grave.

Andreia irá me dar pelo menos três dias de licença, não posso tirar mais que isso, nem pediria. Chegando em casa, ela me deixa em frente ao condomínio e só vai embora quando me ver entrar Luh ainda não chegou nesse horário só estaria Aprill e Thiago. Ótimo, é o que mais preciso nesse momento meu amigo.

Abrindo a porta que não estava trancada, vejo eles sentados no sofá assistindo TV.

"Chegou cedo, aconteceu alguma coisa?" Thiago pergunta porém não falo apenas vou aos seus braços, choro muito ele não fala nada nem Aprill, me deixam em meu momento. Quando me recupero, falo à eles o que aconteceu, Thiago disse que só sairia daqui quando Jeremy chegasse. Aprill disse que só iria embora quando o bebê nascesse, ela quer tanto o sobrinho feliz que faz tudo por ele.

Tomei um banho e me deitei, relaxar é o que mais precisava nesse momento, Aprill foi buscar a Luh enquanto Thiago ficou aqui comigo até a hora que dormi e não lembro de nada mais.

"Ela é meu anjinho papai, sabia que meu irmãozinho ama ela também?"

"Fale mais baixo se não acorda ela."

"Mais eu tô falando baixo, não é mesmo Bob?"

"Como sempre colocando o Bob no meio da conversa." sinto a quentura de uma mão que conheço bem.

"Jeremy." Falo abrindo os olhos, e constato ele na minha frente, o abraço já que esta ao meu lado. "Amor como chegou tão rápido?"

"Posso falar que ter pais empresários tem sua vantagem, meu pai mandou o jato da empresa dele, e cheguei 2 horas mais cedo."

"Mamãe, meu irmãozinho está melhor?" Luh Pergunta.

"Acho que sim, quem te contou que ele não está bem?"

"O tio Thiago, antes do papai chegar e da um murro na cara dele."

"Como assim você bateu no Thiago? O que houve?" Pergunto quase me levantando mais ele não deixa.

"Depois te conto, e não insista sabe que nossa prioridade é o bebê." ele diz me dando um selinho.

"Não olha Bob, eles vão se beijar." Luh diz tampando os olhos dele, acho tão fofo quando ela faz isso.

"Já parei de beijar ela Luh." Jeremy diz quando a Luh olha pela brecha dos dedos, retirando a mão de vez.

"Mamãe posso dar um beijo na sua barriga, eu to com soninho e quero dormi." Olho pro lado e vejo que marca 04:00 horas da manhã.

"Claro linda, isso não é hora de um bebê esta acordada."

Quando levanto a camisa do Jeremy que estou vestida, eles dão um beijo em conjunto na minha barriga, e por um milagre sinto com magia o bebê mexer.

"Ele....ele..." Jeremy fala parece um bobo sem conseguir falar as palavras corretas pela boca.

"Ele mexeu amor." falo sorrindo, Luh coloca a cabeça em minha barriga quando o bebê da um forte chute na minha barriga, fazendo a Luh se assustar.

"Mamãe sua barriga não dói não? Ele chuta forte."

"Não amor ele esta feliz, por você e o papai estar aqui."

"Isso é a coisa mais extraordinária da minha vida." ele fala com a voz mais alta que o normal.

"Jeremy toca na barriga." Pego sua mão levando onde o bebê está mexendo, ele ficou hipnotizado.

"Oi filho, tudo bem ai dentro? Olha aguenta firme e não saia antes da hora ouviu? Seja forte, o papai e mamãe está aqui fora esperando você." ele fala tirando a mão e beijando a barriga onde chuta mais forte ainda. "Sua irmã Luh, quer brincar com você, e vocês tem um cachorrinho lindo por sinal."

Bob começa a latir, e a Luh fica sorrindo da cara de bobo do Jeremy. Luh não foi mais dormi com a Aprill, quis ficar comigo e o bebê que ficou mexendo um bom tempo até ela dormir.

"Ele estava esperando o papai chegar pra mexer." Jeremy fala selando nossos lábios. Luh esta deitada na cama, enquanto estou vendo com ele pela janela do quarto o sol aparecer em Guarda.

"Vocês são os melhores presentes que Deus poderia ter me dado" ele diz me abraçando.

"Amo você Jeremy."

"Eu amo vocês, com a minha vida Melissa."

Todos os direitos autorais reservados à autora: Jéssica Dias.

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Capítulo dedicado a primeira pessoa que acertou sobre o Thiago, vidamaluca

Momento fofo do bebê mexer apenas quando o Jeremy apareceu.